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[Report] UMA AVENTURA NA INDIA & NEPAL - Diz que vai ser um report!

Olá Ana. Também estás quase de partida. Olha, quantos €s gastas-te em medicação?Tens mais ou menos a noção de quantos €s levar para recuerdos ou alguma coisa extra?
 

anaibj

Membro Novo
Olá, Paula. Por pessoa, gastei 16 euros na vacina da hepatite A. A da poliomielite foi gratuita. A consulta de medicina do viajante é 7,50, a não ser que estejas isenta de taxas moderadoras. Assim, não pagas a consulta. Depois, já tinha em casa medicamentos básicos para levar (antidiarreicos, metaclopramida, paracetamol). Por ultra-levur, ben-u-ron e omeprazol gastei 9 euros. Só faltam os repelentes. Ainda não comprei.
Não vou levar dinheiro. Levanto lá no multibanco. Cada levantamento custa 2,50 euros + 2,7% de taxa. Mas isto deve depender do banco. Não sei se é igual em todos.
 
Ana, qualquer cartão dá para levantar dinheiro lá? É mais prático porque fica-se logo com rúpias sem precisar de cambiar. A minha amiga que esteve lá o ano passado diz que com 100€ compras muita muita coisa mas sempre a regatear. Vou servir-me da tua viagem para me orientar depois.
 

anaibj

Membro Novo
Ana, qualquer cartão dá para levantar dinheiro lá? É mais prático porque fica-se logo com rúpias sem precisar de cambiar. A minha amiga que esteve lá o ano passado diz que com 100€ compras muita muita coisa mas sempre a regatear. Vou servir-me da tua viagem para me orientar depois.
Se for da rede Visa, em princípio dá. TambÉm se pode usar cartão de crÉdito, mas as taxas são maiores. Ainda vou ver como está o câmbio na western union, se calhar compensa cambiar cá. Vou analisar e depois digo qualquer coisa
 

anaibj

Membro Novo
De qualquer maneira, daqui a uns dias já tens aqui mais informação sobre o assunto.
Quando voltar vou fazer aqui no Portal o relato da viagem, para ser útil a outras pessoas.
 

sandritarodrigues

Membro Ativo
JAIPUR - The Pink City

À hora combinada o Ambrósio esperava alegremente por nós, sempre de turbante imaculado. Adeus Delhi, olá Jaipur. A viagem de aproximadamente 265 km foi divertida e deu para perceber que os indianos são os melhores condutores do mundo! Ao longo da viagem há várias portagens e postos de controlo com polícia.
A reter sobre a viagem: Ultrapassámos centenas de camiões, não há 10metros sem pessoas, carros, motas, burros, elefantes, rickshaws, camelos, etc. e o meu Ford Fiesta de 1996, na India era um topo de gama!
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Dou um berro histericamente, finalmente vejo a primeira vaca sagrada e o Ambrório (que deve ter pensado que eu não batia bem cabeça) diz: “Madam we arrive at Jaipur”.
À medida que vamos entrando pela cidade eu penso…OMG…OMG…agora sim estamos na India!!!
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Chegamos ao hotel Radoli House e pode-se dizer que não é nenhum luxo mas é fofinho vá. Fica um pouco afastado do centro, cerca de 5km, mas perto de um centro comercial onde tivemos a nossa primeira experiência “Bollywoodesca”.

De tarde saímos à descoberta de Jaipur. Visitámos um pequeno forte à saída da cidade, uma fábrica de tapeçarias, e joalharia. Foi a primeira vez que o Ambrósio nos levou a este tipo de lojas comerciais cujo objetivo n.º1 é impingir os artigos ao turista, para no fim ganhar a sua comissão! Mas aqui a menina já anda nestas lides turísticas há alguns aninhos e conhece estas artimanhas! Não é que não valorize estes trabalhos manuais, é simplesmente porque não faz o meu género. Resultado, a seca valeu pelo ar-condicionado e pelas coca-colas que nos deram enquanto víamos as diversas demonstrações!
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Já era final de tarde e dispensámos o Ambrósio… ele não pareceu contente uma vez mais! Ficámos parados simplesmente a observar os movimentos e comportamentos dos “Jaipurenses” e foi encantador. Milhares de pessoas e vacas passaram por nós naquela hora. O cheiro, as cores, os saris, o pó, os sorrisos, a confusão, as buzinas, as bijutarias, os turbantes, as crianças a pedir, a magreza extrema dos senhores dos rickshaws, os vendedores melgas…tudo se conjuga harmoniosamente e tudo faz sentido naquele espaço. Absolutamente mágico…
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Após o momento de contemplação seguimos a pé passando pelo Hawa Mahal, ou Palácio dos Ventos.
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O plano seguinte foi regressar ao hotel a pé, passando pelo bazar interminável que acompanha a estrada de um lado e do outro. Este bazar é como se regressássemos a 1923 (data meramente fictícia :baby:)!
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O segundo dia na “Pink City” começou com a visita ao Amber Fort, com direito a subida de elefante e tudo!
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Seguiu-se o City Palace, onde o que tenho a reter é que os simpaticíssimos marajás que guardam o palácio querem “tip”- gorjeta, por tudo e por nada. Se olhamos vêm a correr pedir tip, se tiramos fotografia, pedem tip, se respiramos lá estão eles a pedir tip tip de mão estendida. São danados os senhores!
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Visitámos também Jantar Mantar – o observatório astronómico
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Lembram-se de ter dito que foi em Jaipur que tive a minha primeira experiência “Bolywoodesca”? Pois bem…com a tarde livre e sem saber o que fazer decidimos ir ao cinema ver um filme de Bollywood e posso dizer que foi um fartote de rir! Primeiro porque era uma comédia, segundo porque era em Hindi ou seja não percebemos um boi, terceiro porque os indianos comportam-se de forma (como devo dizer…) “estranha” no cinema.
A grandiosa produção de Bolywood, digo grandiosa porque demorou 3h, dava por seu nome Houseful 2 e era a sensação do momento. Aquilo até estava a ser engraçado…uma comédia é sempre comédia em qualquer parte do mundo, mas 3h de filme??? OMG. A sala mais parecia um restaurante indiano do Martim Moniz, pois eles fazem mega picnics no cinema e não pensem que se limitam a pipocas e gomas. Quando digo picnic é mesmo picnic, com direito a geleira e tupperware. Mas o mais incrível para mim, para além do filme que eu classificaria de “cantoria e bailação abichanada”, foi sem dúvida a ovação que a plateia fazia sempre que algo de mais emotivo se passava na tela. Ou seja, sempre que o herói do filme fazia algo de bom, ou sempre que o parzinho romântico fazia as pazes a malta levanta-se da cadeira, esquecendo as chamuças, os tandoris e os dhals que caíam para o chão, e aplaudia, gritava, assobiava, transformando a sala de cinema numa festa digna da noite de 31 de Dezembro às 23h59! Surreal…mesmo muito surreal.


AGRA e o Fantástico Taj Mahal

A viagem entre Jaipur e Agra correu normalmente…foram mais 233km de estrada a ver plantações de trigo, mulheres a trabalhar no campo destacando-se os seus coloridos saris, fábricas de produção de tijolo, carros, motas, autocarros e camiões completamente sobrelotados e personagens engraçadas.

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Pelo caminho parámos em Fatehpur Sikri, uma cidade abandonada com estilo indo-islâmico construída pelo imperador Akbar. Está muitíssimo bem preservada e merece uma visita. No local há dezenas de pessoas a oferecerem os seus serviços de guias e fotógrafos, apesar de dispensarmos eles são tão chatos que acabam por vencer pelo cansaço!

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Chegámos a Agra. O entusiasmo começa a tomar conta de mim, afinal estou na cidade do grandioso Taj Mahal o principal motivo da minha viagem à India.

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Alojámo-nos no Hotel Taj Inn, um simpático e relativamente recente hotel no centro da cidade de Agra. Subo ao telhado do hotel e o que vejo lá ao fundo…o Taj Mahal, o meu coração teve uma taquicardia. Começo a perceber o porquê de ser uma das 7 Maravilhas do mundo.

Por sugestão do Ambrósio, à noite fomos ao espetáculo “Mohabbat the Taj – The Saga of Love”, um show realizado no centro cultural Kalakriti e que representa a história do Taj Mahal. A experiência é fantástica, muito emocionante e fundamental para compreender melhor o monumento e o que ele representa. http://www.kalakritionline.com/

O dia seguinte começou muito cedo, bem antes de nascer o sol. O objetivo foi ver os primeiros raios solares a incidir no Taj Mahal pois cria um efeito visual lindíssimo e as fotos ficam fantásticas.
O complexo do monumento tem 2 entradas, a Norte e a Sul, antes temos de comprar o bilhete que vem acompanhado de 1 saquinho com águas e umas proteções para os sapatos para não danificar o mármore. Entre as bilheteiras e as entradas há um serviço de shuttle pois a distância é considerável. Uma vez mais 2 filas, uma de senhoras e uma de homens, um tempo interminável de espera por causa do RX, das revistas e afins (tem um sistema de segurança muito bem montado), finalmente entrámos no complexo e quase morro… ficámos sem palavras.

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O Taj Mahal é qualquer coisa de fenomenal. Lindo, branquinho, imponente, riquíssimo, soberbo, é absolutamente a coisa mais impressionante que já vi até hoje. Dá para sentir o amor incondicional com que foi construído. AMEI

Após várias horas a observar e sentir a energia do Taj Mahal seguimos para o Red Fort e percebemos que o Ambrósio tinha razão quando sugeriu que não visitássemos o de Delhi pois este seria bem mais interessante! O Red Fort tem vista privilegiada para o Taj Mahal.

Ao final do dia vimos o por do sol nas margens do rio Yamuna e seguimos para a estação de comboios para a nossa inesquecível experiência sobre carris indianos rumo a Varanasi – antiga Benares. Foi também o momento da despedida do ambrósio n.º1.

Chegámos à estação e parecia que entrámos naqueles filmes de 1897 onde famílias inteiras resolviam emigrar para qualquer parte do mundo, carregando os seus pertences em malas retangulares de cartão grosso.

Para ocupar o tempo, uns dormem, outros fazem picnics no chão, outros gritam, outros passam pela linha a pé e os mais moderninhos ouvem o seu walkman com a cassete do último hit.
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Após algumas horas a observar os comportamentos dos senhores monhés embarcámos no Marudhar Express onde passaríamos a noite despertando no dia seguinte na meca dos hindus – Varanasi. Alojámo-nos no nosso beliche com mantas que aqueceram os soldados americanos na guerra do Afeganistão e dormimos. Tirando o cheiro a camembert proveniente dos pezinhos do pessoal, o senhor do chai que berrava de 10 em 10 minutos na expectativa de alguém comprar aquela aguinha esquisita e o medo de uma barata se alojar no meu beliche pode-se dizer que foi tranquilo!

HIPNÓTICA VARANASI

Chegámos à estação de Varanasi e à nossa espera uma comitiva de receção da Travelite. Quer dizer, eram apenas 2, o representante da agência e o novo motorista que por sinal não pescava nada de Ingês…bonito.

Refrescámo-nos no simpático Indian Hotel, que fica afastado do centro mas nada que um rickshaw não resolva! A tarde foi passada a visitar alguns monumentos importantes na zona Tulsi Manas temple, Alamgir temple, Bharat Mata temple.

Ao pôr-do-sol celebra-se diariamente o grand ‘Aarti’ ceremony no Dasaswamedh Ghat. Uma cerimónia imperdível dedicada às vidas que renascem no rio ganges. É impressionante ver e sentir a intensidade da devoção hindu ao rio.
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O dia começou bem cedinho para podermos assistir ao ritual matinal de banhos no Ganges. Fizemos o tradicional passeio de barco, uma experiência muito intensa e inesquecível.
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Nas margens do rio sucedem-se os ghats de cremações, aos quais temos acesso pela via pedestre, ou de barco. Igualmente impressionante e indescritível.
Atenção às fotografias, quase ia ardendo na fogueira por ter desrespeitado os sucessivos avisos de que era proibido tirar fotos. Foi uma situação complicada e a única vez em que tive realmente medo, em qualquer parte do mundo! Quanto ao ritual, tem de ser vivido pois palavras não têm qualquer significado face à cerimónia em si. Inesquecível, sem dúvida.
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Varanasi é um local mágico. Leva-nos para um estranho e inexplicável estado psicológico em que as coisas estão a acontecer sem que tenhamos a noção do que estamos a ver. Não sei explicar muito bem, mas é como se apanhássemos a “bezana” do ano e ficássemos meio hipnotizados!
O místico ambiente, os misteriosos Sadhus, os incríveis Ghats, as cores, os labirintos de ruelas, as vacas, o Aarti, a devoção, as cremações, o Ganges, tudo se conjuga tornando Varanasi um local fascinante.
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Junto a Varanasi fica Sarnath, a cidade onde Lord Budha proferiu o seu 1.º sermão. Toda a vila tem momumentos budistas em homenagem ao grandioso profeta desta religião.

A aventura na India termina com uma animada viagem entre Varanasi e o Nepal com paragem para descanso em Lumbini de onde partimos rumo a Kathmandu, uma viagem que durou basicamente 2 dias!
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