Informação retirada de um blog, a pessoa encontra se em Krabi:
KRABI – Passa das 21h na Tailândia. Krabi, um dos destinos turísticos mais procurados do Sudeste Asiático, dormirá mais cedo e seus comerciantes, no prejuízo. Isso porque, dois dias depois do exército decretar a Lei Marcial, a constituição do país foi suspensa e o golpe instalado. Um toque de recolher está em vigor: a partir das 22h até às 5h, grupos com mais de cinco pessoas devem ser dispersados pelos agentes do exército.
Nos estabelecimentos comerciais e em alguns hotéis, um cartaz na porta já avisa da proibição de circular após às 22h, meio-dia no horário de Brasília.
Informativo tailandês. Fotos: Bruna Serra
Saí para jantar às 20h. Notei as ruas do balneário de Ao Nang – na província de Krabi – mais vazias. Passando em frente a um hotel, notei o cartaz que avisava do toque de recolher. Mas a maioria dos turistas não parecia ter conhecimento do assunto. Povo sempre muito amável e sorridente, notei alguns tailandeses tensos, porém discretíssimos.
Em função de um problema no ar condicionado do meu quarto, os recepcionistas do hotel me propuseram uma troca. No caminho para o novo aposento, demandei porquê não fui avisada do toque de recolher e perguntei ainda se os outros hóspedes foram avisados. “Não sei”, foi a frase repetida pelo recepcionista para todas as perguntas que se seguiram.
Curiosamente, ontem recebi um informativo do hotel de que, das 22h às 5h desta quinta-feira (quarta-feira no Brasil), eu deveria “evitar” deixar meu quarto porque haveria uma dedetização.
O principal canal de televisão da Tailândia está fora do ar. Apenas uma imagem das forças do exército com uma marchinha ao fundo. Durante alguns minutos desta noite estranhíssima da minha vida, apareceu a imagem do general Prayuth Chan-Ocha, com pronunciamento impossível de ser decifrado. Obviamente o recepcionista do hotel não quis me ajudar nessa missão.
O comandante Prayuth Chan-Ocha se pronuncia na televisão.
A expectativa agora é como será o amanhecer aqui. Ainda não sei como a multidão de turistas reagirá. Nas ruas de Bangkok – de acordo com informações do The Bangkok News – estão ocupadas com homens do exército armados com metralhadoras. Não há, porém, notícias de conflitos. No cair da noite, líderes da oposição aos militares foram convidados para uma conversa no gabinete nacional e terminaram presos.
Quanto a mim, decidi aguardar o movimento desta sexta-feira nas ruas. A programação inicial era voltar a Bangkok apenas na segunda-feira (26), de onde embarco para Doha, Qatar. Diante do exposto, vou esperar para tentar saber qual é a situação das ruas e dos aeroportos de Krabi e de Bangkok
Algumas respostas no blog:
Estou em Bangkok e apesar de toda esse relato, as coisas continuam. Confesso que não vi desde que cheguei aqui um único carro do exército ou bloqueio nas ruas.
Como já morei aqui anteriormente, consigo notar algumas diferenças, contudo, elas são sutis. O trânsito sempre caótico está um pouco mais tranquilo.
Dependendo de onde irá ficar, pode vir tranquila.
Abraços e boa sorte
Moro em Bangkok e posso te dizer que nada mudou. Sim as ruas ficaram mais vazias apos as 22hrs, mas ainda se ve taxis e tuktuks andando. Quanto ao toque de recolher, o exercito garantiu que pessoas entrando ou saindo da Thailandia estão livres para ir e vir, ou seja, não ha problema para chegar aos aeroportos. Acredito que não ha motivo para desespero. Basta evitar os locais de concentração dos protestos. E esperar. A vida continua.
Estou em Bangkok desde o dia 20 e embarco amanhã de manhã para Filipinas.
o centro de Bangkok está em paz, não vi nenhum soldado por enquanto. talvez as imagens que muitos estão vendo são as em torno de estabelecimentos governamentais, estas sim estão cercadas pelas forças militares.
Viajo a serviço e devido ao meu Doutorado para a Tailândia desde 2005. No golpe de estado de 2006 foi bem mais violento, desta vez foi pacífico. O toque de recolher foi avisado em quase todos os hotéis em Bangkok. Para os turistas em trânsito para os voos de madrugada, o deslocamento foi autorizado, mas é aconselhável pedir ao hotel para conversar com a Polícia.