Encontrei este texto, antigo (2009) mas que a meu ver retrata muito bem Djerba
Localizada a Norte da Tunísia, Djerba é uma ilha de contrastes em muitos âmbitos. De origem
fenícia, cartaginesa e romana, a sua população é de origem berbere, foi colonada
no século XIX pelos franceses, e conta com uma grande comunidade judaica. De
salientar ainda que a Tunísia é um pais do Norte de África, e que Djerba é
banhada pelo mediterrâneo. Com tanta influência não é de estranhar que a ilha
seja uma mescla nas tradições, nos costumes, na vida e até na música, onde o som
dos tambores, que lembram as tribos africanas, se juntam a outros que nos
remetem para o Oriente. Também a paisagem é um constante contraste. Ao
percorrermos as estradas, o cenário é dominado por terrenos áridos, pontuados
aqui e além por resorts, casas particulares e outras construções, mas com o azul
turquesa do Mediterrâneo sempre no horizonte, como se estivéssemos num
permanente Oásis.
SPA’s à la carte
A oferta hoteleira é vasta. Há para várias bolsas, para vários estilos, em diversos sistemas,
contudo, de uma forma geral todos têm um denominador comum: SPA’s. É nesta
vertente que se sente forte aposta por parte dos grupos hoteleiros que se
implantaram na ilha. Entre os inúmeros tratamentos que se pode encontrar, que
vão do relaxamento aos dedicados à estética, existe uma corrente que se
evidencia, a Talassoterapia. Este tratamento feito com a água do mar, conta com
especial destaque nos resorts da ilha, nomeadamente com a oferta de estâncias
termais de luxo que primam pelos detalhes. Entrando num centro Talasso de um
qualquer resort de Djerba, sucedem-se as cabinas para os vários tratamentos,
sente-se o cheiro dos óleos perfumados no ar, juntamente com os das velas e
flores que adornam os espaços, e raras são as vezes onde não acabamos de frente
a uma piscina com cascatas e jactos de massagem. Estes centros de tratamento são
por isso as coqueluxe dos hotéis, sendo que ao que o Publituris conseguiu
apurar, têm uma afluência de hóspedes bastante considerável. Para além dos
centros, as unidades hoteleiras apostam na animação, para crianças e adultos, na
gastronomia, na praia, e nas piscinas. Por tudo isto, cada dia que se passa na
ilha de Djerba tem um sabor diferente. As actividades dentro dos resorts variam,
os espectáculos e animações sucedem-se, os jantares podem ser temáticos ou
continentais, buffet ou à la carte.
Na piscina a animação é uma garantia, e na praia é possível dar uma volta de camelo à beira
do Mediterrâneo, comprar algum artesanato local, ou ficar calmamente deitado
numa espreguiçadeira a deixar que o dia passe.
Para os menos sedentários, porque não ir dar um passeio?
Pelos mercados
Houmet Essouk é a capital da ilha e um centro de comércio à boa maneira tunisina, onde tudo se
regateia até ao último dinar. Repleto das tradicionais casas brancas de portas e
janelas turquesas, enfeitadas com taxas e os símbolos da prosperidade, destino e
abundância, Houmet Essouk é uma boa opção para quem quer dar folga à praia e
perceber um pouco mais sobre o modo de vida dos habitantes da ilha. O mercado é
uma amálgama de cores, cheiros, pessoas e sons. Existe o mercado da carne, o do
peixe, o das frutas e legumes e o do artesanato.
Labiríntico, essa é a melhor forma de o caracterizar. Ao entrarmos por ruas de meio metro de
largura os olhos perdem-se por tanta oferta, deixamos de saber onde fica o
Norte. Aqui, ouvem-se várias línguas, pois comerciantes natos como são, falam um
pouco de tudo. No entanto, rapidamente se é contagiado por este stress
comercial, e sem se dar bem conta já se está a regatear alguma peça entre risos
e ultimatos. Mas sabendo de antemão que esta postura não dá para todos, existe
em torno do mercado lojas de preço fixo, com as mesmas ofertas, onde se pode
calmamente escolher, pagar e trazer uma recordação para
casa.
Entre uma e outra compra, e enquanto se descansa entre a diversa joalharia e as irresistíveis
especiarias, é possível relaxar numa das inúmeras esplanadas e saborear um
fantástico sumo de laranja natural.
Atelier a céu aberto
Guellala é um atelier de cerâmica em formato de povoação, onde parece que todas as casas têm
um forno para criar a cerâmica tradicional. Ao entrar numa qualquer loja de rua
é possível ver no mesmo instante um artesão a trabalhar o barro e em poucos
minutos saber como se faz muitas das peças que se vêem espalhadas pelo mercado.
Ao natural, pintadas, baças ou vidradas, encontra-se de tudo ao nível de
cerâmica. No alto da colina, também em Guellala, fica o Museu do Património, um
local onde é possível ficar a conhecer os costumes locais. Aqui, registados em
figuras de cera estão os rituais do casamento, os da circuncisão, as várias
profissões tradicionais, os trajes, e toda a história deste povo. Também no
museu é possível conhecer por dentro uma casa típica da ilha, as chamadas
“menzel”.
Fortificadas por tradição, e escondidas por detrás de muros e de um palmeiral, as casas eram
construídas desta forma por ser essencial no tempo da pilhagem. Hoje em dia a
tradição mantém-se para proteger as famílias dos olhares
indiscretos.
Por detrás de uma ilha árida banhada pelo Mediterrâneo, o Publituris descobriu um mundo de escolhas, uma diversidade de programas e um destino que, para quem o desejar, pode ser bem mais do que praia.
