Daqui seguimos para a Phong Nha Cave.
Phong Nha Cave
Esta gruta foi pela primeira vez "descoberta" em 1899 e foi utilizada para muitos fins, diferenciados desde então. Durante a guerra com os EUA foi usada como hospital e como esconderijo de material. Esta gruta não é a única a ter sido utilizada com fins militares de todas aquelas que existem na região. Muitas outras foram usadas como esconderijos, arsenais de armas e abrigos contra bombardeamentos.
Em 1992 um grupo de cientistas britânicos juntou-se à universidade de Hanoi numa expedição dentro desta gruta. Com a missão de explorarem a totalidade da mesma e documentá-la. Entre 18 de Março e 18 de Abril diversas expedições foram organizadas e um grupo descobriu com sucesso 7729 metros da mesma com um máximo de altura de 50 metros euma profundidade máxima de 83 metros. Foi resultante desta expedição que a mesma abriu ao público em 1995.
Pouco depois da sua inauguração um sistema de luz artificial foi instalado no interior da mesma no ano de 1998. Contudo, em 2012 o actual presidente da companhia que a explora mudou a iluminação com a intenção de diminuir os danos causados pela mesma e com isto foi criado um ambiente fantástico.
Dentro da Gruta
A gruta de Phong Nha é a caverna húmida mais longa em todo o mundo. É um sistema grande de rios subterrâneos que corre por esta caverna, contudo existem algumas áreas secas onde a água não chega. A caverna está dividida em 3 diferentes secções, cada uma contém espécies animais diferentes e existe uma grande diferença na temperatura.
A zona da entrada
A entrada da gruta e os primeiros metros da mesma são descritos como a zona de entrada e é a casa de animais que vivem à luz do dia. Em dias quentes estes animais irão procurar abrigo no interior da gruta. Cada animal que viva no interior do parque poderá fazê-lo sejam pássaros, macacos, peixes, insectos e muito mais.
A única forma de entrar na gruta é com uma curta viagem de 30 minutos no Rio Son. Todas as viagens a esta gruta iniciam-se no posto de turismo de Phong Nha Ke-Bang. A entrada da gruta é simplesmente bonita ao contrário de muitas outras por esse mundo fora.
A zona de transição
Esta é a a zona em que a iluminação artificial está instalada. Este sistema ilumina a totalidade da gruta estando focado nas estalactites e estalagmites. Esta iluminação cria uma atmosfera de tirar a respiração e tornando-a num local único, melhora a beleza da gruta bem como a experiência de visita a este local. Não existem muitos animais a viverem nesta zona na medida em que há muitos visitantes a acederem à gruta todos os dias. Existe contudo alguns animais que vivem na zona, mas na sua maioria dentro de água, nomeadamente carangueijos, camarões, enguias e outras espécies de peixes.
A zona escura
Depois da última instalação de iiluminação, a qual se situa a cerca de 1.2km da entrada, não existe nada mais para além de escuridão. Aqui a gruta pode ser explorada tal como ela é, escura. Para muitos visitantes esta é uma zona misteriosa da gruta a qual estes nunca acedem. Contudo, para aqueles que sejam mais do tipo aventureiro existe a opção de explorarem mais 4.5km o que significa que estes irão aventurar-se na escuridão com um guia. Quanto mais se entra na gruta mais estranhos são os animais que se vislumbram
eixes cegos, morcegos cegos e insectos cegos (grilo, aranhas). Estes têm antenas longas para que possam sobreviver e deslocar-se na escuridão. Alguns lagartos vermelhos podem ser vistos nesta zona, sendo no entanto muito difícil de os encontrar.
Preservação da caverna
Não é um tabu, mas os visitantes podem danificar a grutas de muitas maneiras. Contudo, no posto de turismo de Phon Nha-Ke Bang o governo está a realizar um muito bom trabalho relativamente à preservação desta região. Há um número limitado de visitantes que podem visitar a grutas todos os dias, felizmente este número é muito raramente excedido.
Existem diversas formas dos turistas danificarem a gruta, a primeira destas é a apetência que os turistas têm para tocar nas estalactites e estalagmites. Poderemos pensar que esta não é uma verdadeira razão, mas de facto assim é. Quando alguém toca numa destas estruturas a gordura corporal irá agarrar-se a esta e deste modo as gotas de água ao invés de se agarrarem á formação, passarão por estas não se fixando. Facilmente percebemos que o efeito de centenas de pessoas a tomarem esta atitude dos seus resultados como sendo algo muito significativo. A segunda razão é a mudança da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. Quanto mais pessoas ali forem mais o equilibrio da gruta se modifica. Esta situação irá afectar, eventualmente, a temperatura no interior da mesma podendo isto ser muito prejudicial. Contudo, a temperatura no interior da gruta tem-se mantido estável desde a sua abertura ao público.
O povo de Cham
No final do século XIX, Leopold Michel Cadiere, um missionário Francês, liderou a exploração dos primeiros 600 metros desta gruta onde descobrira alguns inscrições antigas nas paredes da mesma e vestígios de um altar que pertencera a este povo. O povo de Cham habitou esta região à milhares de anos e assim existem vestígios da sua cultura um pouco por todo o Vietname. Este povo tinha uma escrita própria e ainda não foi totalmente descodificada e assim irá permanecer, muito provavelmente, por mais alguns anos.
Fósseis
Um outro aspecto muito interessante é que muitos fósseis podem ser encontrados no interior embutidos nas enormes paredes de calcário. Os fósseis são todos de criaturas marinhas tais como peixes, conchas, caranguejos e provavelmente muitos mais. De facto, a totalidade do chão deste parque é preenchido com fósseis que irão ver a luz do dia, muito provavelmente daqui a umas centenas de anos.
Era então tempo de nos dirigirmos ao local
Junto ao cais de embarque
E os barcos
A caminho da gruta, já no barco
A chegada ao local