Filipa Alexandra
Membro Novo
Olá a todos!
Mais uma vez vou relatar a minha experiência em mais uma viagem desta vez pela República Dominicana mais propriamente em Samaná no Hotel Bahia Príncipe Portillo.
Este ano tive alguma dificuldade em decidir o destino, pois estava indecisa entre Punta Cana e Samaná e depois de ler os vários reports que existem aqui no Forum ainda fiquei mais confusa pois li coisas muito boas e muito más dos dois destinos. Por fim o que me fez tomar uma decisão foram os relatos fantásticos sobre a praia deste Hotel em Samaná, e agora posso dizer que foi a melhor escolha que fiz pois as praias lindíssimas e desertas à volta do Hotel valeram bem a escolha.
O pior de tudo foi a viagem para Samaná pois tivemos de fazer escala na Jamaica e no total demoramos cerca de 13 horas a chegar ao hotel. Na Jamaica tivemos de sair do avião, deram-nos um cartão de Pass com um n.º, fomos encaminhados novamente para as barreiras de controlo de saída do País e ao chegar a porta de embarque já estavam a chamar por nós, este percurso demora mais ou menos uma hora. Depois assim que chegámos a Samaná pagamos a taxa de entrada, 10 dolares ou 10 Euros mas também se pode pagar em pesos, depois entregamos os papéis que preenchemos no avião para poder entrar no país, e à saída do aeroporto está uma representante da Soltour que nos indica o autocarro que já está à nossa espera, antes de entrar no autocarro, põem-nos a pulseira e entregam-nos um envelope com o n.º do quarto e a chave (cartão magnético), um mapa explicativo do Hotel com os horários e uns cartões para levantar as tolhas de praia, e preenchemos uma folha de dados para o hotel, a viagem até ao hotel dura 01h30, na viagem a representante da Soltour que é portuguesa, chama-se Silvia, fala um pouco da reunião que vamos ter no dia seguinte de manha e pouco mais, o resto do tempo deu para apreciar a paisagem e ter uma ideia de como vivem e da condução um pouco confusa dos Dominicanos, das péssimas condições em que se encontram as estradas e das inúmeras palmeiras que preenchem os campos. Ao chegar ao hotel quase à hora de jantar já podemos ir directamente para os quartos, mas enquanto retiramos as malas do autocarro ainda podemos apreciar dois dançarinos a dançar uma música de Boas vindas e beber o típico refresco.
No dia em que chegamos o tempo estava um pouco encoberto mas um calor insuportável, a primeira impressão que tivemos do hotel e da praia é que não se notava minimamente a passagem do furação, apesar de nos termos apercebido de algumas inundações e árvores arrancadas nalgumas zonas da ilha quando íamos no avião e nos estávamos aproximar do aeroporto.
O quarto: O meu quarto foi o n.º 11103, uma suite júnior, fica no lote mais afastado do lobby mas isso significa dois minutos a andar a pé, o que é óptimo pois todos os dias podias desfrutar da beleza dos jardins lindíssimos do hotel, com muita variedade de flora e super bem tratados. O quarto era enorme, tinha chuveiro e banheira de hidromassagem, o ar condicionado funcionava na perfeição, o frigorifico sempre recheado de bebidas fresquinhas, não cheirava a mofo, não tinha melgas mortas nas paredes, enfim nada apontar e também não tive a visita de nenhum bichinho indesejado, tinha varanda com uma mesinha, cadeiras e ficava de frente para uma piscina só para os apartamentos suite.
No primeiro dia tivemos a reunião com a Soltour às 09h00, durou apenas uma hora, apenas nos falou de algumas coisas importantes à cerca do hotel e da viagem de regresso e depois entregou-nos um catálogo explicativo com as excursões, não nos tentou vender nada apenas nos aconselhou a não comprar com os vendedores de praia.
O hotel é pequeno fica mesmo na praia, todos os espaços são proporcionais ao tamanho do hotel, muito acolhedor, sempre impecavelmente limpo e com um serviço 5 estrelas em todos os aspectos, desde a limpeza dos quartos ao atendimento nos restaurantes, bares e principalmente a simpatia dos funcionários.
O buffet Principal "Las Dálias” tinha comida muito variada e bem confeccionada, todos os dias era sempre diferente ao almoço e o jantar sempre alusivo a um país diferente, a comida era excelente e havia sempre pratos para todos os gostos, a área das sobremesas era enorme o os bolos divinos e muito variados, quanto à manga sem duvida uma delícia, indescritível o sabor, nunca mais vou ter coragem de comer manga aqui para não estragar aquela deliciosa recordação. O buffet também tinha um terraço para comer mais perto da natureza e onde também dava para ver o mar mas por causa do calor a melhor altura para usufruir deste espaço era ao pequeno-almoço, pois à noite havia uns bichinhos pequeninos muito desagradáveis que também não tornavam agradável o momento da refeição.
Também havia um buffet na praia “Las Olas” tinha menos variedade de comida mas igualmente deliciosa, apenas o utilizei para comer entre as refeições, tinha uma vista fabulosa de frente para o mar.
Existem três bares, um no lobby, o Bar da Piscina e o Bar no Buffet da praia, à uma grande variedade de bebidas umas melhor que outras, aconselho a experimentar todas, na minha opinião as melhores são as preparadas no bar do Lobby, onde durante a tarde também colocam à disposição bolachas, chás e café, ideal para o lanche.
O buffet Principal era tão bom que apenas fui a dois restaurante “a lá carte” apenas por curiosidade, fui ao Italiano e ao Gourmet, adorei os dois, a comida também tinha muita qualidade, uma excelente apresentação e era mais que suficiente para saciar a fome.
A piscina principal do hotel era pequena e estava sempre com bastante gente mas para quem tinha uma praia com uma beleza daquelas ali ao lado a piscina era bem dispensável.
À entrada do hotel tem o Pueblo Príncipe uma zona pequenina com lojas de artesanato, uma loja de fotografias, a discoteca (não recomendo, nos dias em lá fui estava sempre vazia, a música era má e tinha um cheiro insuportável), o restaurante Italiano e um Bar que abre a partir das 23h onde também se podem comer refeições rápidas.
A praia do hotel é linda, pela cor da água, a sua transparência e limpeza, tem imensos corais, excelente para fazer snorkeling, tinha imensa variedade de peixes coloridos. Á volta do hotel não havia mais hotéis apenas um hotel em construção dum lado e do outro umas casinhas particulares mas mais afastadas por isso podia-se caminhar pela praia à vontade e quando mais nos afastávamos mais a beleza aumentava, divide-se em pequenas baías, com imensas palmeiras cheias de cocos, areia fininha, e a água tão transparente que até dá para ver os peixinhos sem meter a cabeça na água. Da praia do hotel para o lado esquerdo são 5km pela praia até a localidade mais próxima “Las Terrenas”, aconselho a fazerem esta caminha não só pela beleza mas também porque contactam mais de perto com a realidade Dominicana e também compensa comprar lá as lembranças para trazer pois são muito mais baratas que na loja do hotel e até mesmo que nos vendedores de praia. A praia do hotel é pública e por isso tem imensos vendedores a vender o artesanato deles e também vendem excursões mas não são nada chatos, passam lá o dia todo mas o mesmo vendedor só nos abordava uma vez e quando dizíamos que não queríamos eles seguiam com um sorriso na cara e às vezes até brincavam connosco, adorei a simpatia e boa disposição dos dominicanos. Sempre que saímos da praia do hotel quer para o lado direito como para o lado esquerdo têm seguranças armados para evitarem que qualquer pessoa entre, e sempre que saímos apontam o número do nosso quarto, até os vendedores para entrar têm de ter uma camisola com um logótipo em como pertencem a uma associação de vendedores. Nunca me senti insegura fora do hotel, as praias estão praticamente desertas, de vez enquanto lá nos cruzávamos com um ou mais dominicanos deitados à sombra duma árvore que como é costume cumprimentam sempre quem passa. Nas localidades apenas nos abordavam para oferecer o serviço de táxi em motas e na praia para perguntar se queríamos cocos.
Do lado esquerdo da praia tem uma barraquinha onde se pode levantar equipamento de snorkeling, canoas entre outros equipamentos, tudo o que não tem motor é grátis 1h por dia.
Os funcionários do hotel são todos extremamente simpáticos e atenciosos, sempre que passam por nós dizem sempre alguma coisa como cumprimento com um sorriso na cara. A única coisa mais fraquinha no hotel é a animação tanto diurna como nocturna, é um pouco amadora e feita por funcionários que têm muitas outras funções no hotel mas têm muita energia e o esforço deles é notável para tentarem animar toda a gente.
O hotel tinha muita gente mas fiquei com a sensação que não estava cheio, as pessoas estavam sempre muito dispersas pelas várias partes do hotel por isso havia sempre pouquíssima gente onde quer que estivéssemos, a qualquer hora do dia havia cadeiras à sombra quer na praia ou na piscina. A maioria são Portugueses e Espanhóis, havia tanto famílias como casais jovens. Resumindo é um hotel ideal para quem quer passar umas férias sossegadas e a descansar com todo o conforto dum hotel 5 estrelas e a beleza dum paraíso.
Eu já levava muito boas referências aqui do fórum à cerca dos vendedores de praia, levava inclusive o nome e número de alguns. Assim que saí da reunião dei de caras com o Ivan, identifiquei-o logo porque trazia um polo com o n.º 15, perguntei-lhe logo se fazia excursões e ele disse que sim, quais e os preços e como já me tinham falado muito bem dele e não achei caro compramos logo uma excursão para o dia seguinte e outra para dois dias depois, pagamos metade da primeira excursão adiantado à confiança mesmo, combinamos encontrar-nos as 08h do dia seguinte à entrada do Hotel e na hora marcada lá estava ele. Fiz a excursão aos “Haitises e à Ilha Cayo Levantado” e outra à “Cascata El Limon e à Playa Rincón”, ambas as excursões ficaram a 80 dolares por pessoa.
A excursão aos “Haitises” fomos numas carrinhas táxi com um grupo de espanhóis até Samaná, depois apanhamos um catamarã a motor fomos ver os “Haitises” sempre com muito Rum à mistura a viagem toda e claro a música dominicana também não podia faltar, vimos muitos pelicanos entre outras aves, entramos em duas grutas para ver as pinturas dos Taínos, e os morcegos pendurados de cabecinha para baixo dentro duns buraquinhos no tecto, depois fomos até à “Ilha do Caio Levantado”, onde almoçamos lagosta grelhada entre outras coisas, desfrutamos um pouco da praia e viemos embora a meio da tarde. Não achei a ilha nada de especial comparativamente com a praia que temos no hotel, os “Haitises” gostei pois é uma coisa diferente.
Na excursão à cascata “El Limon” tivemos uma aventura engraçada e inesquecível, o casal de espanhóis que também ia fazer a excursão faltou e o Ivan para não estar a alugar uma carrinha só para nós os dois perguntou se não nos importávamos de ir de mota e claro como gostamos de aventura dissemos logo que não e lá fomos os dois um em cada mota, eu fui com o Ivan, super cuidadoso a conduzir comparativamente à restante população da República pois lá o trânsito é um pouco sem regras, capacetes praticamente não existem, às vezes até assusta mas corre sempre tudo bem. A meio da viagem a mota onde ia o meu namorado ficou sem gasolina pois o rapaz disse que não tinha dinheiro para pôr (lá a gasolina é pouco menos que aqui ou seja caríssima para eles) e lá fomos nós o resto da viagem os três na mota do Ivan, naquelas subidas tão acentuadas até me custa a crer como aguentou com os três, nada que não fosse normal para eles pois lá a mota é o meio de transporte da família, há poucos carros e quem não tem mota tem cavalo, portanto o que mais se vê é três e quatro pessoas numa mota desde crianças a bebes recém-nascidos e até televisões, frigoríficos e botijas de gás enfim outra realidade, as estradas são muito sinuosas e em más condições mas correu tudo bem e adoramos a experiência. Depois a descida à cascata de cavalo foi outra experiência para não esquecer, os cavalos são diferentes dos nossos, mais pequenos parecem burrinhos e já estão mais que habituados a fazer aquele percurso só por isso não é perigoso pois à alturas que mete medo, são trilho com subidas e descidas muito íngremes e em péssimas condições com muitas pedras, no final temos de dar gorjeta aos rapazes que nos acompanham ao lado do cavalo a pé pois eles não são pagos para fazer aquilo e sobrevivem das gorjetas. A cascata é bonita e grande mas não tivemos coragem para tomar banho pois tem muita corrente e assusta um pouco. Depois fomos no jipe do Ivan até à Playa Rincon por um caminho de terra batida em péssimas condições uma parte estava alagada por cauda do furação e tivemos de ir por um caminho alternativo e chegamos ao verdadeiro paraíso, uma praia linda virgem com água azul transparente, areia branca, numa parte tinhas ondulação muito forte, fica longe de tudo e com acesos muito difíceis, por isso só tinha dois restaurantes por causa das excursões, nós pusemos uma mesa na areia em frente ao mar e comemos só com o Ivan imensa lagosta, um arroz de coco delicioso e um peixe azul lindo e muito saboroso. À tarde desfrutamos da praia, depois ainda fomos a um rio que vai desaguar à “Praia Rincón” e a caminho do hotel ainda paramos numa piscina natural frequentada pelos Dominicanos, onde fazem verdadeiras festas nos domingos. O Ivan com o n.º 15 foi excelente, super simpático, atencioso, é mesmo boa pessoa e recomendo-o a quem quer fazer uma excursão com alguém de confiança, e sempre preocupado em que estejamos bem.
Quem não sai do hotel não tem noção da realidade deles, no inicio fiquei um pouco impressionada e com muita pena da pobreza em que vivem, quase sem condições de higiene, as casas são uma caixinhas de fósforo algumas feitas de tijolos mas a maioria feitas da madeira e das folha das palmeiras e algumas de chapas, mas depois de falar com o Ivan e de algum convívio no meio deles percebi que à casa é ao que eles dão menos valor, preferem a tecnologia, todos têm telemóvel, todas as casinhas até as feitas com chapa de zinco podem não ter portas ou janelas mas têm antena parabólica e o sonho deles é terem uma mota, vivem inteiramente do turismo por isso pedem gorjeta para tudo e o artesanato que vendem é muito caro, mas não passam fome pois têm muita fruta e principalmente são felizes assim, são extremamente simpáticos e têm sempre um sorriso na cara até mesmo quando nos tentam vender algo e não queremos, e não põem a hipótese sequer de abandonar o país.
Um conselho: Compensa fazer as compras em pesos dominicanos pois para pagar noutra moeda eles não fazem a conversão certa e dão sempre o troco em pesos, o melhor mesmo é levar dólares e trocar lá por pesos, há imensas casas de câmbio fora do hotel que fazem mais barato que na recepção do hotel.
No dia de regresso ainda deu para aproveitar a manha toda para nos despedirmos do hotel, deu para comer antes de sair no bar da praia a ao meio dia fomos buscar as malas ao quarto para mais uma viagem de 01h30 até ao aeroporto, primeiro fizemos o check-in, depois pagamos 20 dolares cada um para sair, entregamos novamente os papéis de saída do país e fomos para a porta de embarque que é apenas uma em todo o aeroporto pois é muito pequeno, apenas tem um piso e parece uma igreja. O voo saiu com um atraso de cerca de 1h, mas mesmo assim desta vez a viagem foi bem mais rápida e feita de noite também parece que se faz melhor, o pior mesmo foi a comida que ao contrário da outra viagem foi péssima, massa com molho de tomate e pouco mais.
Em relação ao tempo acordamos todos os dias com uns lindos dias de sol, um calor húmido típico dum clima tropical, e apenas num dia caiu uma trovoada no hotel ao fim da tarde que durou apenas meia hora mas até a água da chuva é quente e a água do mar ficou ainda mais quente, e na excursão no “Cayo Levantado” tivemos mais uma trovoada passageira à hora do almoço. O tempo manteve-se sempre quente tanto de dia como de noite, e as noites tinham um céu estrelado lindíssimo.
Um alerta: Para aquelas pessoas mais propícias aos ataques de mosquitos tal como eu, lá não há mosquitos mas cuidado com uns bichinhos muito pequeninos que aparecem ao fim da tarde e de manha cedinho na praia ou junto à vegetação, são tipo pulgas pois saltam quando os tentamos matar, têm uma picadela terrível, dá imensa comichão e faz uma borbulha grande. Na praia como andava sempre a sair e entrar na água não dava para pôr o repelente então vim com as pernas uma lástima com tanta picadela.
Mais uma vez vou relatar a minha experiência em mais uma viagem desta vez pela República Dominicana mais propriamente em Samaná no Hotel Bahia Príncipe Portillo.
Este ano tive alguma dificuldade em decidir o destino, pois estava indecisa entre Punta Cana e Samaná e depois de ler os vários reports que existem aqui no Forum ainda fiquei mais confusa pois li coisas muito boas e muito más dos dois destinos. Por fim o que me fez tomar uma decisão foram os relatos fantásticos sobre a praia deste Hotel em Samaná, e agora posso dizer que foi a melhor escolha que fiz pois as praias lindíssimas e desertas à volta do Hotel valeram bem a escolha.
O pior de tudo foi a viagem para Samaná pois tivemos de fazer escala na Jamaica e no total demoramos cerca de 13 horas a chegar ao hotel. Na Jamaica tivemos de sair do avião, deram-nos um cartão de Pass com um n.º, fomos encaminhados novamente para as barreiras de controlo de saída do País e ao chegar a porta de embarque já estavam a chamar por nós, este percurso demora mais ou menos uma hora. Depois assim que chegámos a Samaná pagamos a taxa de entrada, 10 dolares ou 10 Euros mas também se pode pagar em pesos, depois entregamos os papéis que preenchemos no avião para poder entrar no país, e à saída do aeroporto está uma representante da Soltour que nos indica o autocarro que já está à nossa espera, antes de entrar no autocarro, põem-nos a pulseira e entregam-nos um envelope com o n.º do quarto e a chave (cartão magnético), um mapa explicativo do Hotel com os horários e uns cartões para levantar as tolhas de praia, e preenchemos uma folha de dados para o hotel, a viagem até ao hotel dura 01h30, na viagem a representante da Soltour que é portuguesa, chama-se Silvia, fala um pouco da reunião que vamos ter no dia seguinte de manha e pouco mais, o resto do tempo deu para apreciar a paisagem e ter uma ideia de como vivem e da condução um pouco confusa dos Dominicanos, das péssimas condições em que se encontram as estradas e das inúmeras palmeiras que preenchem os campos. Ao chegar ao hotel quase à hora de jantar já podemos ir directamente para os quartos, mas enquanto retiramos as malas do autocarro ainda podemos apreciar dois dançarinos a dançar uma música de Boas vindas e beber o típico refresco.
No dia em que chegamos o tempo estava um pouco encoberto mas um calor insuportável, a primeira impressão que tivemos do hotel e da praia é que não se notava minimamente a passagem do furação, apesar de nos termos apercebido de algumas inundações e árvores arrancadas nalgumas zonas da ilha quando íamos no avião e nos estávamos aproximar do aeroporto.
O quarto: O meu quarto foi o n.º 11103, uma suite júnior, fica no lote mais afastado do lobby mas isso significa dois minutos a andar a pé, o que é óptimo pois todos os dias podias desfrutar da beleza dos jardins lindíssimos do hotel, com muita variedade de flora e super bem tratados. O quarto era enorme, tinha chuveiro e banheira de hidromassagem, o ar condicionado funcionava na perfeição, o frigorifico sempre recheado de bebidas fresquinhas, não cheirava a mofo, não tinha melgas mortas nas paredes, enfim nada apontar e também não tive a visita de nenhum bichinho indesejado, tinha varanda com uma mesinha, cadeiras e ficava de frente para uma piscina só para os apartamentos suite.
No primeiro dia tivemos a reunião com a Soltour às 09h00, durou apenas uma hora, apenas nos falou de algumas coisas importantes à cerca do hotel e da viagem de regresso e depois entregou-nos um catálogo explicativo com as excursões, não nos tentou vender nada apenas nos aconselhou a não comprar com os vendedores de praia.
O hotel é pequeno fica mesmo na praia, todos os espaços são proporcionais ao tamanho do hotel, muito acolhedor, sempre impecavelmente limpo e com um serviço 5 estrelas em todos os aspectos, desde a limpeza dos quartos ao atendimento nos restaurantes, bares e principalmente a simpatia dos funcionários.
O buffet Principal "Las Dálias” tinha comida muito variada e bem confeccionada, todos os dias era sempre diferente ao almoço e o jantar sempre alusivo a um país diferente, a comida era excelente e havia sempre pratos para todos os gostos, a área das sobremesas era enorme o os bolos divinos e muito variados, quanto à manga sem duvida uma delícia, indescritível o sabor, nunca mais vou ter coragem de comer manga aqui para não estragar aquela deliciosa recordação. O buffet também tinha um terraço para comer mais perto da natureza e onde também dava para ver o mar mas por causa do calor a melhor altura para usufruir deste espaço era ao pequeno-almoço, pois à noite havia uns bichinhos pequeninos muito desagradáveis que também não tornavam agradável o momento da refeição.
Também havia um buffet na praia “Las Olas” tinha menos variedade de comida mas igualmente deliciosa, apenas o utilizei para comer entre as refeições, tinha uma vista fabulosa de frente para o mar.
Existem três bares, um no lobby, o Bar da Piscina e o Bar no Buffet da praia, à uma grande variedade de bebidas umas melhor que outras, aconselho a experimentar todas, na minha opinião as melhores são as preparadas no bar do Lobby, onde durante a tarde também colocam à disposição bolachas, chás e café, ideal para o lanche.
O buffet Principal era tão bom que apenas fui a dois restaurante “a lá carte” apenas por curiosidade, fui ao Italiano e ao Gourmet, adorei os dois, a comida também tinha muita qualidade, uma excelente apresentação e era mais que suficiente para saciar a fome.
A piscina principal do hotel era pequena e estava sempre com bastante gente mas para quem tinha uma praia com uma beleza daquelas ali ao lado a piscina era bem dispensável.
À entrada do hotel tem o Pueblo Príncipe uma zona pequenina com lojas de artesanato, uma loja de fotografias, a discoteca (não recomendo, nos dias em lá fui estava sempre vazia, a música era má e tinha um cheiro insuportável), o restaurante Italiano e um Bar que abre a partir das 23h onde também se podem comer refeições rápidas.
A praia do hotel é linda, pela cor da água, a sua transparência e limpeza, tem imensos corais, excelente para fazer snorkeling, tinha imensa variedade de peixes coloridos. Á volta do hotel não havia mais hotéis apenas um hotel em construção dum lado e do outro umas casinhas particulares mas mais afastadas por isso podia-se caminhar pela praia à vontade e quando mais nos afastávamos mais a beleza aumentava, divide-se em pequenas baías, com imensas palmeiras cheias de cocos, areia fininha, e a água tão transparente que até dá para ver os peixinhos sem meter a cabeça na água. Da praia do hotel para o lado esquerdo são 5km pela praia até a localidade mais próxima “Las Terrenas”, aconselho a fazerem esta caminha não só pela beleza mas também porque contactam mais de perto com a realidade Dominicana e também compensa comprar lá as lembranças para trazer pois são muito mais baratas que na loja do hotel e até mesmo que nos vendedores de praia. A praia do hotel é pública e por isso tem imensos vendedores a vender o artesanato deles e também vendem excursões mas não são nada chatos, passam lá o dia todo mas o mesmo vendedor só nos abordava uma vez e quando dizíamos que não queríamos eles seguiam com um sorriso na cara e às vezes até brincavam connosco, adorei a simpatia e boa disposição dos dominicanos. Sempre que saímos da praia do hotel quer para o lado direito como para o lado esquerdo têm seguranças armados para evitarem que qualquer pessoa entre, e sempre que saímos apontam o número do nosso quarto, até os vendedores para entrar têm de ter uma camisola com um logótipo em como pertencem a uma associação de vendedores. Nunca me senti insegura fora do hotel, as praias estão praticamente desertas, de vez enquanto lá nos cruzávamos com um ou mais dominicanos deitados à sombra duma árvore que como é costume cumprimentam sempre quem passa. Nas localidades apenas nos abordavam para oferecer o serviço de táxi em motas e na praia para perguntar se queríamos cocos.
Do lado esquerdo da praia tem uma barraquinha onde se pode levantar equipamento de snorkeling, canoas entre outros equipamentos, tudo o que não tem motor é grátis 1h por dia.
Os funcionários do hotel são todos extremamente simpáticos e atenciosos, sempre que passam por nós dizem sempre alguma coisa como cumprimento com um sorriso na cara. A única coisa mais fraquinha no hotel é a animação tanto diurna como nocturna, é um pouco amadora e feita por funcionários que têm muitas outras funções no hotel mas têm muita energia e o esforço deles é notável para tentarem animar toda a gente.
O hotel tinha muita gente mas fiquei com a sensação que não estava cheio, as pessoas estavam sempre muito dispersas pelas várias partes do hotel por isso havia sempre pouquíssima gente onde quer que estivéssemos, a qualquer hora do dia havia cadeiras à sombra quer na praia ou na piscina. A maioria são Portugueses e Espanhóis, havia tanto famílias como casais jovens. Resumindo é um hotel ideal para quem quer passar umas férias sossegadas e a descansar com todo o conforto dum hotel 5 estrelas e a beleza dum paraíso.
Eu já levava muito boas referências aqui do fórum à cerca dos vendedores de praia, levava inclusive o nome e número de alguns. Assim que saí da reunião dei de caras com o Ivan, identifiquei-o logo porque trazia um polo com o n.º 15, perguntei-lhe logo se fazia excursões e ele disse que sim, quais e os preços e como já me tinham falado muito bem dele e não achei caro compramos logo uma excursão para o dia seguinte e outra para dois dias depois, pagamos metade da primeira excursão adiantado à confiança mesmo, combinamos encontrar-nos as 08h do dia seguinte à entrada do Hotel e na hora marcada lá estava ele. Fiz a excursão aos “Haitises e à Ilha Cayo Levantado” e outra à “Cascata El Limon e à Playa Rincón”, ambas as excursões ficaram a 80 dolares por pessoa.
A excursão aos “Haitises” fomos numas carrinhas táxi com um grupo de espanhóis até Samaná, depois apanhamos um catamarã a motor fomos ver os “Haitises” sempre com muito Rum à mistura a viagem toda e claro a música dominicana também não podia faltar, vimos muitos pelicanos entre outras aves, entramos em duas grutas para ver as pinturas dos Taínos, e os morcegos pendurados de cabecinha para baixo dentro duns buraquinhos no tecto, depois fomos até à “Ilha do Caio Levantado”, onde almoçamos lagosta grelhada entre outras coisas, desfrutamos um pouco da praia e viemos embora a meio da tarde. Não achei a ilha nada de especial comparativamente com a praia que temos no hotel, os “Haitises” gostei pois é uma coisa diferente.
Na excursão à cascata “El Limon” tivemos uma aventura engraçada e inesquecível, o casal de espanhóis que também ia fazer a excursão faltou e o Ivan para não estar a alugar uma carrinha só para nós os dois perguntou se não nos importávamos de ir de mota e claro como gostamos de aventura dissemos logo que não e lá fomos os dois um em cada mota, eu fui com o Ivan, super cuidadoso a conduzir comparativamente à restante população da República pois lá o trânsito é um pouco sem regras, capacetes praticamente não existem, às vezes até assusta mas corre sempre tudo bem. A meio da viagem a mota onde ia o meu namorado ficou sem gasolina pois o rapaz disse que não tinha dinheiro para pôr (lá a gasolina é pouco menos que aqui ou seja caríssima para eles) e lá fomos nós o resto da viagem os três na mota do Ivan, naquelas subidas tão acentuadas até me custa a crer como aguentou com os três, nada que não fosse normal para eles pois lá a mota é o meio de transporte da família, há poucos carros e quem não tem mota tem cavalo, portanto o que mais se vê é três e quatro pessoas numa mota desde crianças a bebes recém-nascidos e até televisões, frigoríficos e botijas de gás enfim outra realidade, as estradas são muito sinuosas e em más condições mas correu tudo bem e adoramos a experiência. Depois a descida à cascata de cavalo foi outra experiência para não esquecer, os cavalos são diferentes dos nossos, mais pequenos parecem burrinhos e já estão mais que habituados a fazer aquele percurso só por isso não é perigoso pois à alturas que mete medo, são trilho com subidas e descidas muito íngremes e em péssimas condições com muitas pedras, no final temos de dar gorjeta aos rapazes que nos acompanham ao lado do cavalo a pé pois eles não são pagos para fazer aquilo e sobrevivem das gorjetas. A cascata é bonita e grande mas não tivemos coragem para tomar banho pois tem muita corrente e assusta um pouco. Depois fomos no jipe do Ivan até à Playa Rincon por um caminho de terra batida em péssimas condições uma parte estava alagada por cauda do furação e tivemos de ir por um caminho alternativo e chegamos ao verdadeiro paraíso, uma praia linda virgem com água azul transparente, areia branca, numa parte tinhas ondulação muito forte, fica longe de tudo e com acesos muito difíceis, por isso só tinha dois restaurantes por causa das excursões, nós pusemos uma mesa na areia em frente ao mar e comemos só com o Ivan imensa lagosta, um arroz de coco delicioso e um peixe azul lindo e muito saboroso. À tarde desfrutamos da praia, depois ainda fomos a um rio que vai desaguar à “Praia Rincón” e a caminho do hotel ainda paramos numa piscina natural frequentada pelos Dominicanos, onde fazem verdadeiras festas nos domingos. O Ivan com o n.º 15 foi excelente, super simpático, atencioso, é mesmo boa pessoa e recomendo-o a quem quer fazer uma excursão com alguém de confiança, e sempre preocupado em que estejamos bem.
Quem não sai do hotel não tem noção da realidade deles, no inicio fiquei um pouco impressionada e com muita pena da pobreza em que vivem, quase sem condições de higiene, as casas são uma caixinhas de fósforo algumas feitas de tijolos mas a maioria feitas da madeira e das folha das palmeiras e algumas de chapas, mas depois de falar com o Ivan e de algum convívio no meio deles percebi que à casa é ao que eles dão menos valor, preferem a tecnologia, todos têm telemóvel, todas as casinhas até as feitas com chapa de zinco podem não ter portas ou janelas mas têm antena parabólica e o sonho deles é terem uma mota, vivem inteiramente do turismo por isso pedem gorjeta para tudo e o artesanato que vendem é muito caro, mas não passam fome pois têm muita fruta e principalmente são felizes assim, são extremamente simpáticos e têm sempre um sorriso na cara até mesmo quando nos tentam vender algo e não queremos, e não põem a hipótese sequer de abandonar o país.
Um conselho: Compensa fazer as compras em pesos dominicanos pois para pagar noutra moeda eles não fazem a conversão certa e dão sempre o troco em pesos, o melhor mesmo é levar dólares e trocar lá por pesos, há imensas casas de câmbio fora do hotel que fazem mais barato que na recepção do hotel.
No dia de regresso ainda deu para aproveitar a manha toda para nos despedirmos do hotel, deu para comer antes de sair no bar da praia a ao meio dia fomos buscar as malas ao quarto para mais uma viagem de 01h30 até ao aeroporto, primeiro fizemos o check-in, depois pagamos 20 dolares cada um para sair, entregamos novamente os papéis de saída do país e fomos para a porta de embarque que é apenas uma em todo o aeroporto pois é muito pequeno, apenas tem um piso e parece uma igreja. O voo saiu com um atraso de cerca de 1h, mas mesmo assim desta vez a viagem foi bem mais rápida e feita de noite também parece que se faz melhor, o pior mesmo foi a comida que ao contrário da outra viagem foi péssima, massa com molho de tomate e pouco mais.
Em relação ao tempo acordamos todos os dias com uns lindos dias de sol, um calor húmido típico dum clima tropical, e apenas num dia caiu uma trovoada no hotel ao fim da tarde que durou apenas meia hora mas até a água da chuva é quente e a água do mar ficou ainda mais quente, e na excursão no “Cayo Levantado” tivemos mais uma trovoada passageira à hora do almoço. O tempo manteve-se sempre quente tanto de dia como de noite, e as noites tinham um céu estrelado lindíssimo.
Um alerta: Para aquelas pessoas mais propícias aos ataques de mosquitos tal como eu, lá não há mosquitos mas cuidado com uns bichinhos muito pequeninos que aparecem ao fim da tarde e de manha cedinho na praia ou junto à vegetação, são tipo pulgas pois saltam quando os tentamos matar, têm uma picadela terrível, dá imensa comichão e faz uma borbulha grande. Na praia como andava sempre a sair e entrar na água não dava para pôr o repelente então vim com as pernas uma lástima com tanta picadela.