Pedro Maia
Membro Conhecido
O destino
Os que andam mais por aqui já devem ter reparado duas coisas, uma que volta e meia gosto de procurar destinos menos conhecidos, procurar novidades e de preferência fora dos circuitos comerciais, ainda que também não procure experiências muito radicais, e a outra é que ganhei o bichinho (neste caso a expressão não se podia aplicar melhor) dos safaris, acho incrível ver os animais selvagens no seu meio natural, Africa é o lugar certo para isso e a Africa do Sul é um país onde há muitas opções para quem queira fazer safaris, com a possibilidade de escolher vários níveis de conforto, desde acampar até dormir nos lodges mais sofisticados, e obviamente de preço, desde os mais baratos até valores incomportáveis para o mais comum dos mortais, mas para quem não quer dormir numa tenda nem num lodge de luxo há opções intermédias que são os campos dos parques nacionais, onde há chalets com um nível de conforto muito aceitável, que permitem cozinhar se for o que se quer ou, em muitos casos, comer nos restaurantes dos campos, e tudo com preços muito razoáveis, mais baratos do que na Europa.
Por outro lado, para quem, como eu, gosta da opção do self-drive, há boas estradas, conduzir com o volante à direita não é assim tão difícil, uma pessoa habitua-se, e o preço dos combustíveis é francamente barato, este ano paguei o gasóleo a cerca de € 0,80/litro e, mais importante do que isso, há vários parques que permitem essa opção sem necessidade de experiência em condução de 4x4 (apesar deste ano ter alugado um 4x4, mas não por opção, não porque não pudesse ter ido num carro normal).
Este ano decidi arriscar e ir para o lugar mais remoto em estivemos até agora, ia com algum receio por irmos mesmo para um fim do mundo, sem saber exactamente as condições que íamos encontrar e sobretudo sem ter a certeza de que o resto da família ia gostar.
O parque para onde fomos, que já tinha debaixo de olho há algum tempo (o ano passado esteve quase para ser mas para o último vôo só conseguia ficar em lista de espera, por isso não arrisquei), foi o Kgalagadi Transfrontier Park, um parque partilhado entre a Africa do Sul e o Botswana, se bem que na parte do Botswana só há ou lugares onde acampar ou dois lodges de luxo, hipóteses que estavam fora de questão, além de que as estradas, só para 4x4, têm que ser feitas com pelo menos dois carros, o que não é necessário é formalidades de fronteira se depois se voltar a sair pela Africa do Sul.
Além da incerteza sobre as a condições e de ser um lugar muito mais selvagem do que qualquer outro onde já tínhamos estado, muito mais do que o Kruger para dar um exemplo, tinha algum receio de que o resto da família se aborrecesse porque este parque, situado numa região semi-árida, na parte sul do deserto do Kalahari, não tem alguns dos animais mais emblemáticos de Africa, espécies mais dependentes de água como é o caso dos elefantes, hipopótamos, búfalos, rinocerontes, zebras ou crocodilos.
No entanto, além de irmos conhecer paisagens completamente diferentes das de outros lugares por onde já andámos, o Kgalagadi tem fama de ser um lugar excelente para ver predadores, e isso era um atractivo suplementar que podia compensar a falta daquelas espécies que normalmente se vêm nos parque africanos, por isso arrisquei, comprei os vôos, marquei as dormidas e depois foi a longa espera de vários meses até chegar a data da partida.
Só posso antecipar que valeu completamente o risco, foi um dos lugares que mais gostei de conhecer até hoje e correu tudo bem, toda a família gostou e isso é o mais importante (em resumo, safei-me de boa…).
Em termos de localização, o Kgalagadi fica, no que diz respeito à Africa do Sul, na região do Northern Cape, a maior e mais despovoada província da Africa do Sul, neste mapa podem ver onde fica o parque, que faz fronteira com a Namíbia e, como já disse, se estende também em parte pelo Botswana.
Antes de passar à viagem e como o texto já vai longo, deixo aqui algumas fotos, todas estas tiradas pela minha filha (depois vou pôr fotos minhas, dela e da minha mulher e em máquinas diferentes, daí algumas diferenças de formato):
Os que andam mais por aqui já devem ter reparado duas coisas, uma que volta e meia gosto de procurar destinos menos conhecidos, procurar novidades e de preferência fora dos circuitos comerciais, ainda que também não procure experiências muito radicais, e a outra é que ganhei o bichinho (neste caso a expressão não se podia aplicar melhor) dos safaris, acho incrível ver os animais selvagens no seu meio natural, Africa é o lugar certo para isso e a Africa do Sul é um país onde há muitas opções para quem queira fazer safaris, com a possibilidade de escolher vários níveis de conforto, desde acampar até dormir nos lodges mais sofisticados, e obviamente de preço, desde os mais baratos até valores incomportáveis para o mais comum dos mortais, mas para quem não quer dormir numa tenda nem num lodge de luxo há opções intermédias que são os campos dos parques nacionais, onde há chalets com um nível de conforto muito aceitável, que permitem cozinhar se for o que se quer ou, em muitos casos, comer nos restaurantes dos campos, e tudo com preços muito razoáveis, mais baratos do que na Europa.
Por outro lado, para quem, como eu, gosta da opção do self-drive, há boas estradas, conduzir com o volante à direita não é assim tão difícil, uma pessoa habitua-se, e o preço dos combustíveis é francamente barato, este ano paguei o gasóleo a cerca de € 0,80/litro e, mais importante do que isso, há vários parques que permitem essa opção sem necessidade de experiência em condução de 4x4 (apesar deste ano ter alugado um 4x4, mas não por opção, não porque não pudesse ter ido num carro normal).
Este ano decidi arriscar e ir para o lugar mais remoto em estivemos até agora, ia com algum receio por irmos mesmo para um fim do mundo, sem saber exactamente as condições que íamos encontrar e sobretudo sem ter a certeza de que o resto da família ia gostar.
O parque para onde fomos, que já tinha debaixo de olho há algum tempo (o ano passado esteve quase para ser mas para o último vôo só conseguia ficar em lista de espera, por isso não arrisquei), foi o Kgalagadi Transfrontier Park, um parque partilhado entre a Africa do Sul e o Botswana, se bem que na parte do Botswana só há ou lugares onde acampar ou dois lodges de luxo, hipóteses que estavam fora de questão, além de que as estradas, só para 4x4, têm que ser feitas com pelo menos dois carros, o que não é necessário é formalidades de fronteira se depois se voltar a sair pela Africa do Sul.
Além da incerteza sobre as a condições e de ser um lugar muito mais selvagem do que qualquer outro onde já tínhamos estado, muito mais do que o Kruger para dar um exemplo, tinha algum receio de que o resto da família se aborrecesse porque este parque, situado numa região semi-árida, na parte sul do deserto do Kalahari, não tem alguns dos animais mais emblemáticos de Africa, espécies mais dependentes de água como é o caso dos elefantes, hipopótamos, búfalos, rinocerontes, zebras ou crocodilos.
No entanto, além de irmos conhecer paisagens completamente diferentes das de outros lugares por onde já andámos, o Kgalagadi tem fama de ser um lugar excelente para ver predadores, e isso era um atractivo suplementar que podia compensar a falta daquelas espécies que normalmente se vêm nos parque africanos, por isso arrisquei, comprei os vôos, marquei as dormidas e depois foi a longa espera de vários meses até chegar a data da partida.
Só posso antecipar que valeu completamente o risco, foi um dos lugares que mais gostei de conhecer até hoje e correu tudo bem, toda a família gostou e isso é o mais importante (em resumo, safei-me de boa…).
Em termos de localização, o Kgalagadi fica, no que diz respeito à Africa do Sul, na região do Northern Cape, a maior e mais despovoada província da Africa do Sul, neste mapa podem ver onde fica o parque, que faz fronteira com a Namíbia e, como já disse, se estende também em parte pelo Botswana.
Antes de passar à viagem e como o texto já vai longo, deixo aqui algumas fotos, todas estas tiradas pela minha filha (depois vou pôr fotos minhas, dela e da minha mulher e em máquinas diferentes, daí algumas diferenças de formato):