Obrigada
@CristinaBF ,
@susy4 e
@Maria B. pelos vossos comentários!!
@Maria B. peço desculpa se transmiti uma impressão menos positiva da cidade de Oslo
. Não foi de todo essa a minha intenção.
Eu adorei Oslo e como direi algures no report, a cidade, no geral, correspondeu inteiramente às minhas expetativas, como cidade e como capital.
A verdade, e foi por isso que decidi apontar esses aspetos, menos positivos, é que fiquei de facto surpreendida.
Nem tanto em relação ao lixou que encontrámos nas ruas, muito do qual se deveu certamente ao evento que decorreu e no qual nós ainda participámos um pouco também.
Até porque já tinha observado esse fenómeno em outras cidades do norte da Europa. Helsínquia por exemplo. Lembro-me de chegar a Helsínquia e haver, em pleno centro, latas vazias de bebida espalhadas pelo chão e caixas de hambúrgueres. Na Irlanda do Norte, o ano passado, numa pequena cidade havia uma feira e nós decidimos ir ver como eram estes eventos por lá. Muito parecidas, de resto, com as nossas: barracas de roupas, comidas e bebidas e afins. Mas fiquei estarrecida, nunca tinha visto tanto lixo na rua na minha vida. E se nós temos feiras, mercados e mercadinhos. A impressão que dava era que acabavam de comer, os hambúrgueres e esse tipo de coisas, e não procuravam um recipiente para o lixo, parecia deitarem tudo no chão. Andávamos na rua, literalmente, aos pontapés a lixo.
Na verdade impressionou-me mais o número de pessoas a pedir e sem abrigo.
Mas há que olhar ao contexto atual. Vivemos na Europa dias de grande turbulência no que respeita à emigração. E como sabemos, países do Sul da Europa, como o nosso, são preteridos pelos do Norte pelos emigrantes provenientes dos conflitos ainda em curso, porque de certo modo os países do Norte, devido ao seu grau de desenvolvimento e oferta de emprego, dão outras garantias de sobrevivência. Ou davam. Porque têm os seus próprios limites, e talvez o que agora se observa seja o reflexo disso mesmo. Mas muitas das pessoas que vemos a pedir parecem provenientes do leste da Europa ( Roménia, por aí) com escassa qualificação, logo muito menor empregabilidade...
Vejo a diversidade étnica e a emigração como uma coisa positiva, não fossemos nós um país de emigrantes, e não tivesse eu um filho a viver em Inglaterra e outro na Catalunha.
Mas não esperava deparar-me com este problema e não estava a ser sincera se me referisse apenas à beleza extraordinária e avassaladora da Noruega e não falasse do que me perturbou e entristeceu. Porque entristece em qualquer parte do mundo onde vá. Talvez porque viva numa cidade com 10000 habitantes onde felizmente esse cenário não faz parte do meu quotidiano...
Sabemos que a pobreza é um flagelo mundial, mas não esperamos ver isso tão latente na capital do país mais rico da Europa. Mas atualmente esse é um fenómeno incontrolável e transversal aos países desenvolvidos.
De qualquer modo, que fique claro, Oslo é uma cidade encantadora, que adorámos. E privilegiámos a rua, os parques, os jardins, sentir a vida da cidade. Ver como sabem aproveitar cada raio de sol, como enchem jardins e esplanadas...
Consegui sentir a sua beleza e percorrer alguns dos seus cantos e recantos cheios de encanto.
E o bairro de que falamos, e que casualmente esteve muito presente no nosso percurso, também os terá!
Muito obrigada pelos seus comentários que me permitiram clarificar que Oslo é uma cidade vibrante, organizada, bela, moderna, a capital de um país gradioso em tamanho e em beleza e também ela em sintonia com essas qualidades!!!
Cumprimentos.