[Report] Índia + Nepal Agosto 2013 [16 dias]

[Jorge Gonçalves]

Olá,

A Índia é magnífica, com muitas coisas fantásticas, mas definitivamente um mundo à parte e é importante estar consciente e suficientemente preparado para esse choque, caso contrário, a viagem pode tornar-se tormentosa.

O planeamento da viagem já o descrevi noutro tópico (Planeamento da viagem), por isso, vou passar desde já para o relato da viagem propriamente dito.

Roteiro da viagem:

Locais visitados:
1. Delhi
2. Udaipur
3. Ranakpur
4. Jodhpur
5. Jaipur
6. Fatehpur Sikri
7. Agra
8. Jhansi
9. Orccha
10. Kajuraho
11. Varanasi
12. Delhi
13. Nepal (Kathmandu e Nagarkot)


DELHI

Ida: Lisboa - Frankfurt - Delhi [Lufthansa]
Regresso: Delhi - Munich - Lisboa [Lufthansa]

Saímos de Lisboa às 14h15m em direção a Frankfurt onde só estivemos pouco mais de uma hora à espera do voo que nos levou até Delhi, O primeiro avião digamos que era normal, sendo o segundo bastante melhor, mais espaço, mais conforto, mas bem longe da qualidade dos aviões e do serviço da Emirates, que tinha usufruído no ano anterior na viagem à Tailândia. Chegámos a Delhi às 6h45m. e, comecei a ficar preocupado: chovia torrencialmente! Felizmente, a chuva parou quando estavamos a chegar ao hotel e não mais apareceu durante toda a viagem!

Após uma pausa para descansar da longa viagem e um banho para refrescar, fomos explorar a cidade, iniciando pela zona de Old Delhi, que ficava bem perto do hotel.

Primeira paragem - Jama Masjid
A maior e mais conhecida mesquita da Índia.

Daqui, temos o primeiro impacto com a realidade deste povo:

De seguida, o imprescindível passeio de riquexó pelas ruas da cidade velha (Old Delhi).

Para início de férias, precisávamos de aliviar e fomos até a zona nova, onde quase dá a sensação que mudámos de país.

Pelo caminho, Forte Vermelho:

Índia Gate:

Rashtrapati Bhavan - palácio presidencial onde hoje vive o Presidente da Índia, foi o palácio residencial do vice-rei da Índia na época do domínio britânico.

Ali perto, fica o Ashram de Gandhi, a sua residência e o local onde morreu:

Gurudwara Bangla Sahib
Este santuário é a mais importante “casa de culto” Sikhi em Delhi. O Sikhismo é uma das grandes religiões do mundo, iniciada nos séculos 16 e 17 na Índia. Actualmente, existem cerca de 23 milhões de sikhs no mundo, tornando o Sikhismo a quinta maior religião do mundo. Desse total, cerca de 19 milhões vivem na Índia.

Tivemos a sorte de fazer a visita em altura de celebração, com o templo e o recinto cheio de fieis, onde pudemos apreciar a forma intensa como vivem o culto. Um dos locais que mais gostei de visitar, vale a pena!

Qutab Minar - é o minarete de tijolo mais alto do mundo e um importante exemplo de arquitectura indo-islâmica.

Lotus Temple - É uma Casa de Adoração Bahá'í, independentemente da religião ou qualquer outra distinção. As leis bahá'í enfatizam que o espírito da Casa de Adoração seja um local de encontro onde as pessoas de todas as religiões podem adorar Deus sem restrições.

O restante de Delhi, conforme estava inicialmente previsto, ficaria para ver no final da viagem, no último dia em que teriamos ainda tempo para conhecer um dos monumentos em que tínhamos as expectativas mais altas: Akshardham. Posso desde já informar que é fantástico, sublime e se é comum dizer-se que o Taj Mahal é o ex-libris da Índia, eu diria que este está ao mesmo nível, sem dúvida um local a não perder!!! Mais à frente, veremos.

Já bastante cansados deste dia intenso e longo, regressámos ao hotel e saímos apenas para jantar num restaurante ali perto, que o dia seguinte ia começar bem cedo.

Hotel: Elegance Hotel - direi apenas que é satisfatório.

 

[Jorge Gonçalves]

UDAIPUR

DELHI - UDAIPUR [Voo Spice Jet] (1h50min)

Cidade conhecida como a "Veneza do Oriente", com os seus lagos e palácios de mármore rodeados de colinas, foi fundada pelo marahana Udai Singh em 1559. A cidade é dominada pelo grandioso Palácio da Cidade, nas margens do lago Pichola, repleto de românticos palácios-ilhas, cenário de inúmeros filmes, sendo provavelmente o mais famoso deles, "007 Octopussy".

Regresso ao hotel, já bem tarde, o que não permitiu usufruir as suas excelentes condições.

Hotel: Trident Udaipur - excelente!

 

[Jorge Gonçalves]

Saímos de Udaipur em direção a Jodhpur. Esperava-nos várias horas de carro para fazer os cerca de 250kms em medeiam estas duas cidades; pelo caminho paragem em Ranakpur para visitar os seus templos.

RANAKPUR

Numa zona isolada e coberta de florestas, o complexo de templos de Ranakpur é dominado pelo Templo de Adinath. A grandiosa escala e complexa estrutura deste templo de mármore fazem dele o mais impressionante exemplo de arquitetura sacra da Índia Ocidental. Tem uma invulgar planta de quatro frentes, cada uma delas com uma entrada principal que dá para uma autentica floresta de colunas e numerosos salões e capelas. casa um dos 1444 pilares do templo foi lavrado com um padrão floral único e o jogo de luzes e sombras no seu interior é encantador. São também surpreendentes a meticulosa filigrana dos pendentes do tecto.

JODHPUR

Chegámos a Jodhpur já a tarde ia longa e optámos por ficar pelas imediações do hotel, a espreitar o comércio local (barracas de beira de estrada) e um designado centro comercial, que era verdadeiramente surreal.

Hoje, a segunda maior cidade do estado, conhecido como a Cidade Azul, nome que deriva das casas caiadas de azul e que dão uma paisagem bem interessante quando vista a cidade do majestoso forte de Mehrangarth, o principal ex-libris da cidade.

Junto ao nosso quarto, tínhamos um terraço com esta bela vista (Palácio Imaid Bhavan), onde acabámos por ficar a descansar.

Hotel: Ranbanka Palace - bom!

 

[Jorge Gonçalves]

Iniciámos o dia com visita a Jawant Thada, um elegante memorial de mármore que é o Chhatri​ (memorial fúnebre) do marajá Jaswant Singh II.

Forte de Mehrangarth

Voltámos à estrada, em direção a Jaipur para mais cerca de 330 kms... chegámos ao final da tarde e tão cansados dos caminhos de cabras que são as estradas na Índia que soube tremendamente bem o mergulho na piscina do hotel; para o serão, optámos por jantar no hotel e ficar por ali a relaxar

Hotel: Trident Jaipur - Muito bom!

 

[Jorge Gonçalves]

JAIPUR

Até chegarmos a Jaipur, poucos foram os turistas que vimos, já que fomos passando por locais que não estão nos pacotes tradicionais de quem viaja para a Índia; Jaipur faz parte do chamado "Triângulo Dourado" (juntamente com Delhi e Agra), como tal, começamos a ver turistas com maior frequência, mas só nos principais monumentos, pois bastava vaguear pelas ruas que deixávamos de os ver.. só nós e os milhões de indianos locais.

Jaipur é também conhecida como a cidade rosa devido à cor avermelhada de grande parte dos seus edifícios.

Iniciámos o dia com visita ao Fort Amber, que fica a cerca de 10km de Jaipur e trata-se de um palácio-fortaleza com uma bela vista panorâmica para a cidade.

Subida feita de elefante. No meu caso, fizemos a pé, pois a esposa teve medo...

Lago Maota e o jardim Kesar Kyari Bagh.

À saída, os tradicionais encantadores de serpentes.

Regressámos à cidade e uma breve paragem para apreciar o pitoresco Jal Mahal.

Uma amostra das condições de limpeza das ruas. A foto é de Jaipur, mas poderia ser de qualquer outro local em que estivemos na Índia. O monovolume que surge na foto foi o nosso companheiro em mais de metade da viagem.

Jantar Mantar
É um observatório astronómico, dos 5 construído por Sawai Sing II, o maior e melhor preservado. Este marajá era um estudioso da astronomia e envolveu-se pessoalmente na construção deste complexo, composto por 14 instrumentos, em grande escala, para medir o tempo, prever eclipses, etc. Alguns dos instrumentos ainda são utilizados para previsões meteorológicas, por exemplo.

Ao lado, temos o Palácio da Cidade:

Este parte do palácio é ao dia de hoje a residência do marajá da cidade.

A manhã estava terminada, era hora de ir ao almoço. Ia com bastantes receios da adaptação à alimentação, mas a verdade é que comi quase sempre fantasticamente bem. Tínhamos de ter algum cuidado com os picantes, pedíamos sempre sem picante, mas trazia sempre algum, era inevitável. Por norma, pedíamos recomendação aos motoristas dos carros que alugávamos, outras vezes nos hóteis e correu sempre bem. Tendo em conta as deficientes condições de higiene em geral por todo o país, tínhamos algum cuidado na escolha, não comi na rua como tinha feito na Tailândia, daí que diga que se come mais caro do que na Tailândia, mas conseguimos comer a preços razoáveis, andava sempre à volta dos 12€-15€ pelos dois. No final das refeições, éramos sempre presenteados com isto (sementes de anis e açúcar de cana... tão bom!):

Depois do repasto, visita a um dos mais famoso monumento de Jaipur: Hawa Mahal, também conhecido como Palácio dos Ventos. Lindo!

Na mesma rua e nas imediações cruzamo-nos com o dia-à-dia deste povo.

 

[Jorge Gonçalves]

No dia seguinte, voltámos à estrada para mais cerca de 220 kms entre Jaipur e Agra.

Ao longo dos dias, fomo-nos cruzando com inúmeros grupos de peregrinos.

Já perto de Agra, paragem para visitar Fatehpur Sikri.

FATEHPUR SIKRI

É uma cidade abandonada com aproximadamente 500 anos e que permanece em óptimo estado de conservação. Fatehpur Sikri foi construída no século XVI em estilo indo-islâmico com a missão de ser a capital mongol. Apenas catorze anos depois da sua construção, foi abandonada por falta de água.

Já em Agra, aproveitámos o resto do dia para desfrutar da excelente piscina do hotel e apreciar a vista do Taj Mahal no terraço. Estava para breve um dos momentos altos da viagem.

Hotel: ITC Mughal - Fantástico!

 

[Jorge Gonçalves]

AGRA

Eram 5h30m e já estávamos de saída do hotel em direcção ao exlibris da cidade de Agra. A esta hora conseguíamos atenuar o calor imenso que se fazia sentir e, por outro lado, evitar as enchentes de turistas que viram de comboio directamente de Delhi. Demorámos apenas 10 minutos a entrar e, sem dúvida, que foi o local onde vimos mais turistas, mas mesmo assim bem menos do que esperava. Pacifico.

Quanto ao Taj Mahal, a sua história é mais do que conhecida por todos, por isso, antes de passar directamente para as fotos, apenas dizer que é fantástico, sem dúvida, um dos monumentos mais bonitos onde estive, faz jus à fama que tem.

Entrada:

Regressámos ao hotel para tomar o pequeno-almoço e de seguida visitar o que mais Agra tem para oferecer.

Forte de Agra
Situado, tal como o Taj Mahal, na mesma margem do rio Yamuna, o Forte de Agra é uma construção imponente em arenito vermelho que rodeia um grande complexo de edifícios palacianos. Considerado como uma das fortalezas mongóis mais notáveis da Índia, foi construído entre 1565 e 1573 pelo imperador Akbar. O neto deste imperador, Sha Yahan (o mesmo que construiu o Taj Mahal), acrescentou-lhe edifícios em mármore branco, transformando o forte num palácio e daí que seja considerado como uma cidade-palácio fortificada. Mais tarde o forte viria a transformar-se na jaula de ouro de Sha Yahan, quando o filho lhe arrebatou o poder e o manteve aqui prisioneiro durante os seus últimos oito anos de vida.

Vista do Forte para o Taj Mahal

Túmulo de Itmad-ud-Daulah
Conhecido também como o "Pequeno Taj" e "Caixa de jóias de mármore", este pequeno e elegante túmulo-jardim é uma fusão de mármore branco, mosaicos coloridos, embutidos de pedra e rendilhados. Estilisticamente, é o monumento mongol mais inovador do século XVII, marcando a transição entre a robusta arquitectura de arenito vermelho e a sofisticada sensualidade do Taj Mahal.

Taj Mahal visto da outra margem.

 

[Jorge Gonçalves]

No dia seguinte, bem cedo, apanhámos o comboio até Jhansi. As estações, quer em Agra quer em Jhansi, estavam completamente apinhadas de pessoas, muitas a mendigar, muitas a dormir. O comboio, para surpresa minha, era bem confortável, tinha lugares marcados, incluía pequeno almoço e uma garrafa de água de 1,5lts. A viagem demorou cerca de 2h30m.

Em Jhansi esperava-nos um novo carro que nos levaria até Khajuraho ao final do dia. Pelo caminho, paragem para conhecer Orchha e os seus bem bonitos monumentos.

ORCHHA

A cidade medieval de Orchha parece ter parado no tempo, mas os seus palácios e templos ainda mantêm a sua grandeza original. Orchha teve a distinção de ser a capital de um dos maiores e mais poderosos reinos da Índia Central (Bundela) no século XVI, localizada ao lado do Rio Betwa.

Aqui encontrámos os primeiros e únicos portugueses durante toda a viagem!

Almoço num palacete reconvertido em Hotel e Restaurante, muito agradável.

Chegada a Khajuraho ao final da tarde. Aproveitámos para um rápido mergulho na piscina e saímos do hotel apenas para ir jantar, num restaurante que claramente ficámos com a sensação que abriu exclusivamente para nós. Gostámos tanto que no dia seguinte, fomos lá novamente almoçar.

Hotel: Taj Chandela - Razoável.

 

[Jorge Gonçalves]

KHAJURAHO

O conjunto de templos de Khajuraho são Património Mundial da Humanidade, tendo sido erguidos entre os séculos iX e X pela dinastia Chandela, que dominava a Índia Central na altura. São notáveis pelas suas enormes dimensões, pela sua harmoniosa complexidade e minucioso trabalho escultórico. Os templos têm mais de 800 esculturas que representam deuses e deusas, animais e guerreiros, donzelas sensuais e muitas cenas eróticas, as principais protagonistas e que tornaram famosos em todo o mundo os templos de Khajuraho.

Pelas ruelas da cidade...

A seguir ao almoço, ida para o aeroporto com destino a Varanasi.

KHAJURAHO - VARANASI [Voo Air Índia] (50 minutos)

 

[Jorge Gonçalves]

VARANASI

Também conhecida como Cidade da Luz, situa-se na margem do Ganges e é considerada a mais sagrada das cidades hindus, com um legado religioso e espiritual que remonta a cerca de 3000 anos. Esta é a cidade de Xiva, o mais importante dos 12 locais onde o deus terá irrompido numa flamejante coluna de luz e alcançado os céus. Santificada pela presença permanente de Xiva e do sagrado rio Ganges, a vida e a identidade de Varanasi são definidas pelos cerca de 90 ghats, escadas na margem do rio. Pontuados por templos e santuários, os ghats perpetuam o contínuo ciclo das praticas religiosas hindus, desde os rituais diários de oração às cremações constantes. Além disso, os habitantes da cidade usam o rio para lavar roupa, tomar banhos rituais e fazer oferendas de flores e incensos.

Morrer em Varanasi é um momento de celebração para os hindus, que aqui acreditam beneficiar da salvação imediata, daí que por toda a cidade vemos muitos idosos, vagueando, à espera da morte.

Infelizmente, devido a enchentes no rio que fizeram subir vários metros o nível da água, tapando quase por completo as enormes escadarias, não nos foi possível ver as preces diárias (aarti) com todo o seu esplendor nem mesmo fazer o tradicional passeio de barco ao longo dos ghats. Mesmo assim, deu para sentir a cidade, a sua importância e a sua influência para o povo hindu. É um local onde é impossível ficar indiferente!

Conhecemos a cidade ao final da tarde/noite e na manhã seguinte, começando bem cedo (5h).

Hotel: Rivatas by Ideal - Excelente!

 

[Jorge Gonçalves]

DELHI

VARANASI - DELHI [Voo Spice Jet] (1h20min)

Regressámos a Delhi para no dia seguinte rumar até ao Nepal, mais propriamente Kahtmandu. Conforme estava previsto, a chegada a Delhi (12h50m) permitia-nos aproveitar a tarde para visitar o que tinha ficado por ver no primeiro dia e a expectativa era bem alta...

Akshardham
Swaminarayan Akshardham é um impressionante templo que mostra a magnitude da antiga arquitectura da Índia. Trata-se de um grande monumento de arenito cor de rosa e mármore branco, com 43 metros de altura e 96 de largura. Além disso, o templo está decorado com 234 colunas talhadas em pedra, contando com mais de 20.000 esculturas e estátuas de divindades. Ele contém, também, 148 elefantes esculpidos em pedra em tamanho real que pesam um total de 3000 toneladas.

Em 17 de dezembro de 2007, Akshardham entrou para o Guinness World Records, como o maior templo hindu do mund edifício foi inspirado por Pramukh Swami Maharaj , líder espiritual e 3.000 voluntários ajudaram 7.000 artesãos a construí-lo. O templo que atrai cerca de 70% de todos os turistas que visitam Delhi, foi oficialmente inaugurado em 06 de Novembro de 2005. O conjunto é espectacular, o que já leva a que muitos o considerem como a oitava maravilha do mundo!

É proibido fotografar ou filmar lá dentro, pelo que só tenho uma foto tirada por mim antes de entrar. Mas para que possam apreciar a beleza do local, incluo fotos tiradas da net do site oficial, que mostram o esplendor desta maravilha. Ir à India e não visitar o Akshardham devia ser crime..

Humayun's Tomb
Neste túmulo está sepultado Humanyun, o segundo imperador mongol. Este é o primeiro exemplo de um túmulo-jardim mongol que inspiraria monumentos como o Taj Mahal.

À noite, ainda fomos brindados por um cortejo pelas ruas de Old Delhi...

Hotel: Elegance Hotel

 

[Jorge Gonçalves]

NEPAL
KATHMANDU

DELHI - KATHMANDU [Voo Spice Jet] (2h)

Tínhamos acabado de sair do aeroporto em direcção à cidade e as diferenças face à Índia eram claramente evidentes: ruas muito mais limpas e organizadas, uma lufada de ar fresco.

Paragem no hotel para deixar as malas e estavamos prontos para começar a explorar o Vale de Kathmandu. Declarado Património Mundial da Humanidade pela Unesco em 1979 é o principal ponto turistico do Nepal, sendo sete os principais monumentos: praças Durbar em Kathmandu, Patan e Bhaktapur, as stupas budistas de Swayambhu e Bauddhanath e os templos hindus de Pashupati e Changu Narayan.

Swayambhunath Stupa
Este templo budista, situado no topo de uma colina, a oeste de Katmandu, é um dos símbolos mais populares, santos e instantaneamente reconhecíveis do Nepal. O templo é popularmente conhecido como o "Templo do Macaco" por causa da grande tribo de macacos itinerantes que guardam o templo. É o mais antigo e enigmático de todos os santuários sagrados no Vale de Kathmandu. Tem uma cúpula branca elevada e uma torre de ouro reluzente que são visíveis de todos os lados do vale.

Próximo destino, Kathmandu Durbar Square.
Trata-se de um conjunto de templos antigos, palácios, pátios e ruas que datam dos séculos XII a XVIII. A praça é conhecida por ser o ponto focal social, religioso e urbana da Capital. O complexo do palácio foi a residência real do Nepal até o século XIX e é o local de cerimonias importantes, como a coroação do monarca nepalês.

No dia em que a visitámos, aconteciam as comemorações do aniversario do nascimento da deusa Krishna, um dos pontos altos no calendário hindu, que permitiu enriquecer ainda mais a experiência vivida. Adorámos.

Nas refeições, ao contrário da Índia, não pedimos recomendações a ninguém. Chegada a hora, víamos algum local que nos agradasse e ia ao Tripadvisor ver o que diziam do local ou algum recomendado na zona e assim decidíamos; posso dizer que comemos sempre muito bem, a comida nepalesa é excelente e os preços interessantes.

Hotel: Royal Penguin Boutique - excelente, mas um pouco caro.

 

[Jorge Gonçalves]

Iniciámos a manhã com uma caminhada na zona de Sundarijal, que fica a cerca de 15kms de Kathmandu e é uma das portas de entrada para os grandes percursos de trekking tão famosos no Nepal.

Regressámos à cidade para visitar Boudthanath Stupa.
É a maior stupa no Nepal, também chamado por muitos como Khasti Chitya, é uma das stupas mais antigas do país. Depois de 1959, muitos tibetanos começaram a chegar e estabeleceram-se nesta área. É um conhecido local de peregrinação budista e está incluído na lista do Património Mundial Cultural pela UNESCO.

Ali bem perto fica o Pashupatinath Temple.
Com sua a beleza arquitectónica, é um símbolo de fé, religião, cultura e tradição. Considerado como o templo mais sagrado do hinduísmo em honra de Shiva no mundo, a existência do templo remonta a 400 dc. Milhares de peregrinos de todo o mundo vêm aqui para prestar homenagem a este templo, que também é conhecido como "O Templo dos Seres Vivos". Aqui são também feitas inúmeras cremações diariamente.

 

[Jorge Gonçalves]

Patan Durbar Square
É um conjunto de praças e pequenas vielas situadas no centro da cidade de Patan, também conhecida como Lalitpur. É uma das três Durbar Square no Vale de Kathmandu, todas elas fazem parte do Património Mundial da UNESCO. Uma de suas atracções é o antigo Palácio Real, onde os reis da Dinastia Malla residiram por algum tempo. Assumem, também, particular relevo os Krishna Temple, Bhimsen Temple e o Templo Dourado de Hiranya Varna.

Changu Narayan
O antigo templo de Changu Narayan está localizado no alto de uma colina. O templo é cercado por uma floresta e perto de uma pequena vila, conhecida como Changu Village. Este monte fica a cerca de 8 km a leste de Kathmandu e a poucos quilómetros a norte de Bhaktapur. Este santuário é dedicado ao Senhor Vishnu e é considerado como o mais antigo templo no Nepal.

 

[Jorge Gonçalves]

Bhaktapur Durbar Square
É um conjunto de pelo menos quatro praças em frente ao palácio real do antigo reino de Bhaktapur. É uma das três Durbar Square no Vale de Kathmandu, as quais fazem parte do Património Mundial da UNESCO. A Bhaktapur Durbar Square está localizada na actual cidade de Bhaktapur, que fica 13 km a leste de Kathmandu. Enquanto o complexo é composto de pelo menos quatro praça distinta (Durbar Square, Taumadhi Square, Dattatreya Square e Olaria Square) , o conjunto é informalmente conhecido como o Bhaktapur Durbar Square, sendo um dos locais mais visitados no vale de Kathmandu.

Para terminar em beleza, resolvemos passar a última noite no Nepal numa zona de montanha e poder usufruir de belas paisagens.

Hotel: Club Himalaya Nagarkot - bom.

 

[Jorge Gonçalves]

Nagarkot
É uma aldeia localizada a 32 km a leste de Kathmandu, no distrito de Bhaktapur. Fica a uma altitude de 2.195 metros, é considerado um dos locais mais belos da região. É conhecido pela sua vista do nascer do sol dos Himalaias, incluindo o Monte Everest, Nagarkot também oferece uma vista panorâmica sobre o Vale de Kathmandu.

Estavam terminadas as férias, faltava o regresso a casa... que se fez com mais 3 voos:

KATHMANDU - DELHI [Voo Spice Jet]
DELHI - MUNICH [Voo Lufthansa]
MUNICH - LISBOA [Voo Lufthansa]

E assim termina este report, de uma viagem memorável a todos os níveis!!!

Espero que gostem e sirva para aumentar o desejo de conhecer estes dois países fantásticos. Se tiverem alguma dúvida ou queiram algum esclarecimento adicional, chutem!

 

[Oscar Reis]

Olá Jorge,

Mais um fantástico Report como já é habito.


Obrigado pela partilha

 

[Hello Tomorrow]

Contra factos não existem argumentos

Simplesmente brutal, uma viagem de sonho!!!

Parabéns pelo report e pelas excelentes fotos....

 

[CarpeDiemMan]

Olá Jorge

Brutal o teu Report .
São dois países que ainda não conheço, mas espero vir a conhecer. Não sei porque mas tenho mais curiosidade de conhecer o Nepal que a India..

Cumprimentos

 

[Nika]

Olá Jorge!

Parabéns pelo report, está fantástico.

A India está no topo da minha "lista", visitaste os locais que eu gostava de conhecer: Agra, Jaipur, Jodhpur, Udaipur, Delhi ... e através deste report descobri mais alguns que gostaria de conhecer. Também tenho curiosidade de conhecer a região de Kerala.
Para além da miséria que julgo não estar preparada para ver, outra questão que tem adiado a minha ida à India é a da segurança. O que achaste do país ... alguma vez se sentiram inseguros?

Cumprimentos