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O Pior Voo da Minha Vida (referente ao atraso do voo em Punta Cana)

cRaZyzMaN

Membro Conhecido
Não sou piloto nem estou no ramo aeronáutico, mas para os aviões poderem cruzar o atlântico tem de obedecer a certos requisitos. Podiam estes requisitos não estarem satisfeitos, mas que em nada influenciariam a segurança do voo. Tanto que pelo que sei, o avião aterrou sem incidentes.
Conheço alguns pilotos e posso garantir que não conheço nenhum, que arriscaria fazer um voo sem as condições de mínimas de segurança estarem todas satisfeitas.
Eles zelam pela vida dos passageiros, mas também zelam pelas próprias vidas ....;)
Se o voo vai por outra rota, pois existe a possibilidade de ter de aterrar de emergência, fica logo no ar que afinal não está em condições.
 
Isso é um procedimento normal após uma reparação , o avião teria sempre de estar a 2 ou a 3 horas de um aeroporto caso voltasse a acontecer uma avaria do género. Faz parte do protocolo. Garanto eu que nenhum piloto, que opere na Europa, pusesse um avião no ar e confiasse na sorte.
 

Dsanto

Membro Conhecido
As pessoas contrariadas são do pior com que se tem que lidar. E isso aliado à falta de paciência e educação dá em situações como a testemunhada. É de lamentar. As pessoas nunca estão preparadas para quando corre mal mas têm que ter o bom senso de aceitar isso e pensar pelo menos que o cenário podia ser bem pior, em vez de fazerem birras e espingardarem para onde calha (que é invariavelmente em quem não tem culpa). Por essas e outras somos vistos como barraqueiros e mal educados pelo mundo fora.
 

cRaZyzMaN

Membro Conhecido
mais um acontecimento

Chamas, fumo e cheiro a queimado num avião da Evelop que fazia a ligação entre Cancún, no México, e Madrid, em Espanha, causaram pânico entre os 380 passageiros que seguiam a bordo.

"Foi um horror! Houve pânico, toda a gente a gritar... Foi um filme, com crianças e bebés a bordo. As pessoas só acalmaram quando o avião aterrou de novo em Cancún", descreveu ao JN uma das portuguesas que seguia a bordo Airbus A330-300 da Evelop Airlines.

O aparelho partiu de Cancún, no México, na noite de segunda-feira (25 de setembro) e deveria ter chegado no dia seguinte a Madrid, em Espanha. Mas tal só aconteceu esta quinta-feira de manhã (dia 28), quase 40 horas mais tarde.

À entrada no avião, os passageiros - cerca de 380, incluindo dezenas de portugueses - sentiram cheiro a combustível, mas a tripulação disse que era normal, porque tinham estado a encher os depósitos do avião.

"O avião estava no ar há mais ou menos dez minutos quando se começaram a ouvir gritos à frente de 'fogo!' Olhámos para as janelas do lado esquerdo. Eu estava nas filas do meio e vi um clarão, quem estava perto das janelas viu chamas e fumo. Depois, vários clarões de um lado e do outro", descreveu a passageira ao JN.

"Ainda estávamos com os cintos de segurança e nenhuma da hospedeiras se levantou para acalmar os passageiros", acrescentou.

Foram longos minutos de "pânico" e "horror". Do piloto só ouviram uma frase. "Disse que era normal, que alguns restos de combustível podiam ter ficado no motor quando o avião foi atestado e às vezes [esses restos] ardiam e que íamos voltar a Cancún por medida de segurança".

citacao Se tudo aquilo que vimos - chamas, fumo, clarão - era 'normal', porquê regressar? esquerda

"Estranho", afirma a portuguesa. "Se tudo aquilo que vimos - chamas e fumo - era normal, porquê regressar?", questiona. "Se era normal, por que é que ninguém da tripulação acalmou os passageiros que estavam assustados?"

"Quando o avião deu a volta para regressar a Cancún, viu-se um rasto de fumo e cheirava a queimado", garante.

"Ainda hoje não sabemos o que realmente aconteceu. Não é oficial que houve uma avaria mecânica", mas "à saída do avião, vimos bombeiros a deitar água em, pelo menos, um dos motores", sublinhou ao JN.

Passaram-se longas horas de espera e incerteza: até às 2 horas da madrugada sem comer porque estava tudo fechado no aeroporto; ida para um hotel com indicação da operadora Joliday de que às 6.30 horas iam apanhar novo voo, mas afinal só às 12 horas haveria informação mais concreta; depois, indicação de que teriam voo da AirEuropa ao final da tarde, o que não aconteceu porque a tripulação tinha que descansar. Voo de regresso só descolou na manhã seguinte, dia 27.

citacao Gastei 871 euros em três voos de ligação Madrid-Porto esquerda

Inicialmente quiseram que a viagem fosse feita no mesmo avião da Evelop, mas os passageiros recusaram, ainda mal refeitos do susto que viveram em pleno voo.

A passageira com quem o JN falou destaca que o voo tinha destino a Madrid, Espanha, por isso, muitos portugueses afetados tinham já voos de ligação programados para Lisboa e Porto. "Perdi o voo que tinha inicialmente marcado para o Porto, fiz a marcação de um segundo voo quando a operadora deu indicação que iríamos viajar ao final da tarde de dia 26 - que não consegui cancelar porque no hotel onde ficámos nessa noite não havia internet - e um terceiro voo para o dia 27. No meu caso, gastei 871 euros que não sei se me serão reembolsados".

destaque Evelop atribui responsabilidade à "atitude infundada de alguns passageiros" esquerda

À chegada a Madrid, esta quinta-feira de manhã, os passageiros tinham à sua espera um representante da companhia aérea espanhola Evelop, que lhes deu um documento no qual justifica o atraso de dois dias do voo, mas refere que "não existiu incêndio" e que "o aparelho estava em perfeitas condições", atribuindo responsabilidade ao "falso alarme criado por alguns passageiros que denunciaram a existência de fogo no motor 2 direito".

"Apesar de não se detetar avaria alguma por parte da tripulação e dos parâmetros de cabine serem perfeitamente normais, parte dos passageiros insistiu na existência de fogo, pelo que, para garantir a segurança do voo, o comandante regressou ao aeroporto de origem", refere a Evelop.

A transportadora aérea espanhola lamenta ainda os "transtornos" causados pela "atitude infundada de alguns passageiros" que originou "grave prejuízo" à empresa e aos seus clientes, referindo que entregou o caso aos seus advogados para que avancem com ações civis e penais contra os responsáveis pelo sucedido.

Transponder 1200 on Twitter
 
Boa, agora por avisarmos que o avião tem chamas e deita fumo podemos ser processados:eek:. Qualquer dia temos de ir para as Caraíbas num barco a remos.
Também vim do México neste avião há 15 dias , e uma situação que me fez confusão foi o avião ter aterrado vindo de Madrid, e só houve tempo dos passageiros saírem, limpar, reabastecer e embarcarmos para mais uma viagem de 10 horas. Não foi feita qualquer inspecção mais a fundo ao avião acabado de chegar de uma viagem de 10 horas. Não sei se é uma situação normal, mas eu pelo menos não achei. Como também não é/deve ser normal ficar restos de combustível no motor depois de reabastecer, dando origem à situação relatada.
Já sabem, nem que caiam peças do avião em pleno võo, não se pode dizer nada, nem entrarmos em pânico, sob pena de sermos processados pela companhia aérea:p:D
 
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NunoF

Membro Ativo
Quando voltei de Punta Cana o ano passado, o avião que nos trouxe um A330 dos novos da Evelop, também foi só aterrar, largar os passageiros, e sei disso porque uma Portuguesa com que mantive contato chegou nesse avião e também ia para o mesmo hotel ontem eu estive, mudar a tripulação e voltou de novo a Madrid.
 
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Tinker Bell

Membro Conhecido
@Luis Santos_5496 Certamente que essa inspecção é sempre feita, o que não quer dizer que o passageiro comum se aperceba. Duvido que um avião levante vôo sem ser inspeccionado. Quanto a descarregar num gate e entrarem passageiros logo a seguir, já me aconteceu várias vezes.
 
Por acaso desta vez pude apreciar, e sinceramente não vi nada de especial a nível de inspecionar o avião. Mas é como disse o comum passageiro não se apercebe.
 
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Segundo o flightradar, o voo acabou por ser feito com um avião da AirEuropa
 
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cRaZyzMaN

Membro Conhecido
Não reparem o avião como deve ser, que não é preciso.
 
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JTi

Membro Novo
Eu estava nesse vôo de Cancun, confirmo o que foi dito pela passageira ao JN. Fomos muito mal tratados por parte da Evelop. Assim que saímos do avião, a tripulação desapareceu e só voltamos a falar com alguém da Evelop quando aterramos esta madrugada em Madrid. Ou seja, em Cancún quando, finalmente, embarcamos, não estava ninguém no balcão da Evelop para receber reclamações, nem dar informações sobre nada de nada (voos de ligação, por exemplo). Chegados a Madrid, estavam apenas três funcionários da Evelop que mal olharam para a nossa cara quando perguntamos sobre os voos de ligação. Nenhum responsável se dignou dar—nos uma justificação sobre o que se passou, apenas houve uma funcionária que nos disse que o avião já tinha regressado a Lisboa com portugueses! E, entregaram—nos um papel (sim, um papel!) onde se descartam de qualquer responsabilidade referindo que não houve fogo no motor do lado direito (quando todos os passageiros viram que o que aconteceu foi no lado esquerdo!) e que o voo só não seguiu o rumo normal devido a agitação causada pelos passageiros! Pergunto: não questiono a decisão tomada pelo piloto em regressar a Cancún porque acima de tudo esta a segurança e as nossas vidas, mas se não fosse mesmo algo grave porque o próprio piloto informou que houve uma combustão e antes de sairmos do avião nos disse que ia ser averiguado o que tinha acontecido? Ficamos no terminal 3 do aeroporto fechados sem comida (ninguém tinha jantado!), nem água potável (com crianças pequenas!) quase cinco horas a espera de uma solução num aeroporto onde nenhum funcionário esta preparado para este tipo de situação. Foram os próprios passageiros que tiveram de ter iniciativas tao básicas como pedir para que se mostrem os passaportes na distribuição dos comprovativos de pagamento da taxa de saída do País e indicar para que as famílias com crianças pequenas passassem a frente nas filas !
 

Nuno Gomes

Membro Conhecido
A Evelop este ano pontuou bastante, ainda bem que oferta de Madrid não falta, porque de Lisboa o monopólio é de uma única empresa.
Siga para a frente com queixas contra a Evelop, façam queixa na AESA (Agência Segurança Aérea Espanha), o ideal seria reunir todos os portugueses e seguir com um advogado, o insinuar que foi tudo uma invenção é demasiado grave.

Quanto aos aviões apenas pararem apenas para ser reabastecidos, limpeza, troca de tripulação e siga para bingo, os aparelhos estão preparados para isso, foram criados para voar ;)
 

ploferreira

Administrador
Staff
Quando voltei de Punta Cana o ano passado, o avião que nos trouxe um A330 dos novos da Evelop, também foi só aterrar, largar os passageiros, e sei disso porque uma Portuguesa com que mantive contato chegou nesse avião e também ia para o mesmo hotel ontem eu estive, mudar a tripulação e voltou de novo a Madrid.
É uma situação perfeitamente normal em qualquer companhia do Mundo, os aviões apenas ficam no chão o tempo estritamente necessário.
Antes de cada voo é sempre feita a inspecção visual conforme o definido pelo manual de procedimentos.
 

Dsanto

Membro Conhecido
Por mais alarmante que seja, é perfeitamente normal a combustão de restos de combustível que fiquem no motor... e isso acontece imenso em diversas situações do dia a dia, a diferença é que não damos por ela.
Mas percebo o medo das pessoas, mas acho que há uma coisa de que as pessoas têm que ter noção: nós não sabemos tudo e nem controlamos tudo, nem temos como saber ou controlar, então se eu sou leiga em motores e nas suas combustões associadas e tenho alguém que é piloto, que tenho que pressupor que percebe mais que eu do assunto, e essa pessoa informa que é normal eu tenho que confiar, até porque qualquer outra coisa que possa fazer ou dizer em nada vai ajudar. O alarme não vai ajudar... estavam todos no mesmo avião, o piloto não saca de para-quedas e salta do avião e deixa os passageiros, se a coisa correr mal, corre para todos. Tirando muito raras exceções eles querem o mesmo que nós: chegar bem a solo. As pessoas em pânico são do pior... independentemente de toda a situação inconveniente de atrasos e cancelamentos, não tenho qualquer reticência em acreditar que o que a companhia diz é verdade e as pessoas fizeram tempestade em copo de água e com isso só atrapalharam. Não sei se ando desacreditada da humanidade mas já me deram a conhecer muitas vezes histerismos infundados e a coisa é tipo uma praga, as pessoas chegam a bater no ridículo quando se veem 1mm fora da redoma habitual, gente que a meu ver deveria optar mais por ficar em casa, digo eu.
 
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Flecha

Membro Conhecido
Uii...o drama...o horror...a tragédia.
a noticia está exagerada, claramente. é assim que se criam mitos....é isso e os aviões voarem sem manutenção na Europa...
informem-se.
 
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lfdm

Membro Conhecido
Nem sei por onde começar.... Todas as histórias tem pelo menos dois lados e esta não é excepção.
Acredito que de facto alguma coisa não habitual tenha acontecido, mas reforço aquilo que já tinha dito num post anterior, não acredito que algum piloto arrisque voar sem as condições mínimas de segurança. Os passageiros muitas vezes empolam situações que sendo estranhas para eles não são ameaças, ainda este ano também num voo que fiz Madrid-Cancun aconteceu uma coisa que nunca me tinha acontecido, o comandante ou outro tripulante disse pelo sistema de som do avião "alarme de fuego" e muitos passageiros perceberam "arma de fuego", logo existiu um agitação muito grande, um senhor que ia na minha fila ficou mesmo muito agitado e depois dos tripulantes explicarem que se tratava de possivelmente alguém estar a fumar no WC e ter despoletado o alarme o senhor queria "partir para cima" da pessoa que estava no WC e teve que ser segurado por várias pessoas. Por isso, até me faz sentido que havendo "motim" dentro do avião o comandante tenha preferido voltar ao aeroporto.
A evelop conseguindo provar que o avião não tinha qualquer problema, acho muito bem que responsabilize ou tente responsabilizar quem "criou" o motim. Não podemos estar sempre a reivindicar os nossos direitos e assobiar para o lado quando se tratam dos nossos deveres... Existe muita gente que dentro dos aviões tem atitudes que atentam a segurança de todos e esses deverão ser responsabilizadas a séria. Quanto a Evelop, se efectivamente se provar que existiu uma falha técnica deverá cumprir as regras e indemnizar os passageiros.
 
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Alguma coisa de anormal deve ter acontecido. Houve histerismo a mais? O mais certo. Mas se o avião não tivesse nada, tinham seguido viagem no mesmo avião após uma inspeção mais cuidada, e não num da Air Europa.
Quem costuma ver a série/documentário acidentes aéreos constata que a maior parte dos acidentes é por erro humano, quer por falta de formação dos pilotos, facilitismos das equipas de manutenção e dos próprios pilotos, etc. E muitos acidentes podiam ser evitados com um regresso ao aeroporto (quando possível). Com isto não digo que aqui fosse o caso.
Como já disse aqui uma vez não se pode encostar na berma a 11000 metros de altitude e erros na aviação pagam-se bastante caros. 400 pessoas é muita gente .
 
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Dsanto

Membro Conhecido
Alguma coisa de anormal deve ter acontecido. Houve histerismo a mais? O mais certo. Mas se o avião não tivesse nada, tinham seguido viagem no mesmo avião após uma inspeção mais cuidada, e não num da Air Europa.
Quem costuma ver a série/documentário acidentes aéreos constata que a maior parte dos acidentes é por erro humano, quer por falta de formação dos pilotos, facilitismos das equipas de manutenção e dos próprios pilotos, etc. E muitos acidentes podiam ser evitados com um regresso ao aeroporto (quando possível). Com isto não digo que aqui fosse o caso.
Como já disse aqui uma vez não se pode encostar na berma a 11000 metros de altitude e erros na aviação pagam-se bastante caros. 400 pessoas é muita gente .
Como em muitas empresas sem ser de aviação, há um protocolo para anomalias, e há anomalias que mesmo identificadas pressupõe o regresso à base. É quase como os semáforos, quando está amarelo devemos parar, embora saibamos que de outro lado ainda está vermelho e não verde... o princípio é o mesmo. Sabia-se que não era grave mas o protocolo manda regressar. O facto de terem trocado de avião é por uma questão de logística, aquele vai para uma inspeção/reparação e passamos ao "seguinte" na fila. O histerismo dá-se porque as pessoas não acreditaram na informação passada pelo piloto e basicamente achavam que estavam em risco. Entendo mas acho mau.
Esses programa da Nat. Geographic têm que ser vistos com olho crítico... Têm um cunho um bocado sensacionalista.
 
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