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Férias com ou sem filhos - opiniões e experiências

Sermos pais é talvez a missão mais difícil com que nos deparamos ao longo da vida. E em muitos momentos, muitos procurarão incansavelmente o botão "pause" que lhes permita voltar à realidade (anterior) durante uns momentos.

Neste âmbito, há muitos pais que optam por fazer férias sem filhos; outros dividem as férias em duas partes (uma com e outra sem filhos); e há outros ainda que consideram isto absurdo e inaceitável – uns porque se preocupam que isto não seja socialmente aceitável, outros porque estão tão habituados aos filhos que não se imaginam a estar sem eles, outros porque acham que escolheram ter filhos e têm que fazer tudo juntos.

A Thomson realizou um inquérito em que um terço dos casais entrevistados afirmaram que não passavam tanto tempo a dois como gostariam - e 46% destes afirmaram que gostaria de ter umas férias extra só para adultos. O que mais procurariam numas férias desse tipo seria paz e sossego, bem como boa comida, passeios relaxantes à beira-mar e passar o tempo apenas a conversarem os dois – essencialmente os pequenos prazeres que todos nós tínhamos antes de sermos pais.
Sobre a questão de se é socialmente aceitável fazer umas férias sem os filhos, 78% das pessoas entrevistadas disseram acreditar que não teriam de enfrentar a desaprovação dos outros, mas metade dos pais disseram que se sentiriam culpados em férias sem os filhos.

As vantagens de fazer uma pausa sem levar os miúdos? Mais de metade dos pais entrevistados (55%) acredita que iria reforçar a sua relação conjugal. E um terço (34%) afirma que isso ajudá-los-ia a serem melhores pais durante o resto do ano.

Quanto à forma como as crianças afectam as nossas férias, mais de um terço (35%) dos entrevistados disseram que filhos podem afectar o nosso divertimento “por vezes” ou 'significativamente'.

Pois, se mais tarde ou mais cedo, também os nossos filhos acabarão por passar férias sem nós, porque não podemos nós fazer o mesmo, tendo com quem os deixar em segurança e com todo o amor? Aliás, os psicólogos defendem que estas pequenas “férias” entre pais/filhos, tornam as crianças mais independentes, fortalece a relação que têm com os avós (normalmente as pessoas com quem ficam) e renova a nossa paciência para o ano seguinte. Depois de muitos anos a viver em exclusivo para os filhos, muitos casais divorciam-se assim que os filhos saem de casa. É o chamado síndrome do "ninho vazio". Nesta altura, o casal tem de voltar a reencontrar-se e, por vezes, percebem que já não têm muitas coisas em comum.

As férias a dois não só são possíveis como aconselháveis. E devem ser encaradas como uma excelente oportunidade para se voltarem a conhecer ou, até mesmo, para reafirmarem o seu amor, numa segunda lua-de-mel. Muito especialistas encaram as férias a dois como o primeiro passo para fomentar e/ou recuperar relações. Planeiem em conjunto umas férias românticas, com bastantes actividades de lazer em conjunto e momentos de carinho. Jantares, passeios, visitas, actividades ao ar livre, piqueniques, entre muitas outras hipóteses, vão com certeza ajudar a estimular a relação que durante todo o ano ficou para segundo plano.

Infelizmente vivemos numa sociedade em que o protótipo de boa mãe é aquela que abdica de tudo pelos filhos, a que não se imagina a dar um passo sem eles. Só que isso não faz bem a ninguém, nem aos filhos nem aos pais…A relação entre os pais também precisa de ser construída e alimentada, e isso é também muito positivo para as crianças. O casal é a base da família, já existia antes dos filhos nascerem e vai continuar quando os filhos ganharem asas e “voarem”! Como tal, há que manter esta relação e alimentá-la com estes pequenos momentos.

Quanto mais vida nós, pais, tivermos para além dos filhos, quanto mais existirmos como pessoas autónomas que amam os filhos mas que têm uma vida para lá deles (jantar a dois de vez em quando, saídas à noite com os amigos de vez em quando, uns dias fora sem os filhos, de quando em vez), quanto mais o fizermos, ao longo dos anos, menos nos custará o momento em que eles nos vão tratar como débeis mentais, em que vão enfrentar-nos com respostas tortas e portas batidas com estrépito, em que vão fugir de casa, chegar bêbados ou pior, em que a última coisa que vão querer é estar connosco. Vai doer menos se tivermos amigos com quem continuarmos a sair, vai custar menos se tivermos um grande amor com quem saibamos falar sem ser de filhos, vai ser bom saber viver sem eles porque, nessa altura, eles não vão querer viver ao pé de nós. Vão querer distância. E nós, os pais, estaremos mais preparados para esse abandono se tivermos continuado sempre a ter uma vida, para lá deles.

Alguns depoimentos e citações:

“Ir de férias para a praia com crianças pequenas é tudo menos ir de férias. Aliás, está mais próximo de trabalhos forçados infligidos por crime de sangue violento e punido com prisão perpétua do que de férias.
A odisseia começa muito antes do momento da partida. O momento de fazer as malas é o primeiro grande teste aos nossos nervos. Isto porque eles, os miúdos, insistem em «ajudar» a fazer as malas. (…) Passado que está este primeiro obstáculo, deparamo-nos com a tarefa titânica de meter no mínimo de malas possível tudo aquilo que eles vão usar.(…) Conte que vai precisar de, pelo menos, duas mudas por dia – e isto se eles se portarem bem, o que, convenhamos, nunca acontece. Depois das roupas, segue-se mais um sem número de bens chamados essenciais. Os brinquedos especiais sem os quais eles não dormem. Os baldes, baldinhos, forminhas e pás fundamentais para horas de grande diversão. (…) Concluídas estas tarefas, chega o momento da viagem, também conhecido por verdadeiro martírio. Seja de carro ou de avião, eles vão ficar impossíveis de aturar e exclamar a cada cinco minutos desde que saíram de casa: - Falta muito? E agora? Agora ainda falta muito? Tenho chichi! E quando é que chegamos? Falta muito? Tenho chichi! Falta muito?
Tudo isto seria suportável se, chegados ao destino de férias, entrássemos de facto de férias. Mas não, não entramos. Os miúdos continuam a não dormir a noite toda mas, mesmo assim, a acordar ainda mal o Sol nasceu a dizer: Tenho fome! E também chichi!
No entanto há que reconhece, nem tudo é mau. Não quero ser acusada de derrotista e de só ver o lado negro das coisas. Nada disso. Há coisas boas, como por exemplo isto: como acordamos de madrugada, somos os primeiros a chegar à praia e a conseguir lugar para ao carro como deve ser. Até podemos escolher e tudo, é uma alegria. Ir do carro ao areal é outra aventura. Temos de carregar com os miúdos e carregar com tudo o que os miúdos nos obrigam a levar. (…) A primeira coisa a fazer assim que largamos as tralhas no chão à balda (…) untá-los de protector solar. Outro drama! Não só o creme é uma pasta gorda difícil de espalhar como eles saltitam como se fossem uma aranha perneta a dançar break-dance por cima de um chão em chamas.
No fim de tudo isto, chega finalmente o nosso momento de paz. Deitamo-nos na areia, viramos cinco minutos de um lado, cinco minutos do outro e ala que se faz tarde. Está na hora de começar a guardar as tralhas e voltar para casa. Toda a gente sabe que a partir de meio da manhã o sol faz mal aos nossos pequeninos. A viagem de regresso até ao carro é ainda pior do que a da chegada. Eles estão cansados e recusam-se a dar um passo que seja no areal e nós temos de alombar com eles às costas.
É assim todos os dias. Não é de admirar, portanto, que a meio das férias os pais comecem a ter delírios e miragens com as reuniões intermináveis no emprego e os gritos do chefe.
Eu pelo menos começo a ansiar por esse paraíso ao fim do segundo dia de férias.”
Maria José Areias, mulher de Ricardo Araújo Pereira, mãe de 2 filhas – citação de “Ó mãeee!!!”

“Mais uma vez fomos deixar os filhos com os avós para mais uma semana de férias. As nossas em conjunto aproximam-se a passos largos mas ainda faltam duas semanitas. Estou ansioso e desejoso que cheguem porque preciso de descansar e de passar uns dias em família.
Na primeira semana que os deixamos com a avó foi uma semana de desbunda. todos os dias tivemos um programa, fosse jantar fora fosse ir ao cinema ou ver um espectáculo. Na segunda semana já não nos apeteceu fazer isso e esta semana também não. Andamos tão cansados que só nos apetece ir para casa e gozar umas horas de silêncio e paz. Sem fazer jantar, comendo qualquer coisa que haja no frigorífico e depois ficar a ler um livro ou ver um filme.
Este tipo de coisas sabe bem, mas ao final de oito anos com filhos sentimos a falta deles. As nossas vidas estão formatadas em função deles, dos horários deles, das necessidades deles e quando temos tempo livre já nem sabemos o que fazer. Salvo as devidas distâncias julgo que esta situação se assemelhará a alguém que esteve preso durante uma série de tempo e que de repente se vê livre. Nem sabe o que fazer pois o mundo à sua volta é diferente daquele a que ele estava habituado."

“E o meu coração de mãe já está todo cheio de saudades e apertos e melancolias.
Eu sei que depois passa. Eu sei que depois é maravilhoso, andar de mão dada com o meu homem, sem pressa, sem interrupções, sem mais nada a não ser nós os dois e o tanto que gostamos um do outro. Eu sei que são poucos dias e que quando voltarmos vamos estar mais apaixonados e eles vão ficar deliciados a ver como os pais são uns beijoqueiros e é sempre divertido ver como gozam com a nossa felicidade reforçada. Eu sei que eles um dia crescem, vão às suas vidinhas, e é essencial que nós os dois saibamos existir sem eles, para lá deles, porque a vida não se limita aos nossos filhos, a vida também somos nós, como indivíduos e como casal. “

“Uma semana inteira sem banhos nem jantares nem birras nem choros... já precisávamos! Mas foi também sem os beijinhos lambuzados de boa noite, as histórias antes de adormecer, os miminhos de manhã, os sorrisos, as conversas hilariantes no carro e as brincadeiras no jardim ao entardecer. Senti muita falta dos meus piolhos nesta semana de férias, mas gozei muito o pai deles, e voltei com mais paciência, mais brincadeiras, mais vontade de ter tempo e mais sorrisos. Fazer férias dos filhos é bom para sentirmos como eles nos fazem falta. E para recordarmos que estar a dois é muito bom, mas estar a quatro (ou a cinco ou seis...) é muito melhor!”

“São tão poucas as oportunidades que temos de estar a sós com eles (maridos) sem os filhos... Eu costumo dizer que gosto de "dividir" as minhas férias. A maior parte em família, é bom estarmos todos juntos em ambientes fora da rotina. E outro período bem mais pequeno e menos vezes ao ano, só com o meu marido. Faz falta partilhar esses momentos a dois.”
 

Nuno

Administrador
Staff
Boas,

Antes de mais, os meus parabéns pelo excelente tópico, pois sou pai e naturalmente que considero este tipo de tema sempre muito pertinente.

Na verdade, nenhuma das opções é óptima! Reconheço que todos os casais (com ou sem filhos) precisam de ter tempo e espaço para os próprios e muitas das vezes tornam-se vítimas do meio em que vivem.

Pessoalmente já fiz férias com e sem as minhas filhas e naturalmente que faz muito bem ao casal e aos filhos; Para os país porque lhes dá espaço para poderem desfrutar daquilo que não podem fazer com a presença dos filhos, porque reforça os laços como já foi referido e por fim, porque nos liberta do stress de tê-los por perto a fazer das boas (quando são pequenos). Para os filhos, porque lhes permite criar autoestima e confiança, obriga-os a tomar decisões e dá-lhes espaço para terem vivências diferentes das habituais.

Se tivesse de enumerar uma vantagem para cada opção diria que na opção de férias sem filhos agrada-me a liberdade, independência e alívio (descanso) de não os ter por perto (egoista :) ), quanto à opção de os levar nas férias, reforça os laços da família e permite estar mais presente bem como fazer actividades que não fazemos durate o todo o ano.

Em conclusão e voltando ao início, não existe formula perfeita, há que dosear ambas as opções, pois como individuos precisamos de ambas!
 

rique

Membro Ativo
"menos nos custará o momento em que eles nos vão tratar como débeis mentais"
Frase muito infeliz.
Desculpe a sinceridade, mas penso que deveria ter optado por não ter filhos, visto que eles parecem ser uns verdadeiros empecilhos para si.
Tenho amigos que fizeram essa opção e aceito perfeitamente a suas razões para tal.
Um abraço
Boas viagens
 
Rique, pode ser sincero à vontade, por acaso a frase não é minha, assim como parte do que transcrevi para aqui, embora concorde com mtas coisas... Mas penso que infelizmente mta da nossa juventude se porta assim, a partir de certa altura, chamam-lhe "são fases".
Sempre quis ter filhos e não me arrependo de ter tido a minha filhota, que não é empecilho nenhum para mim. :baby: Os filhos só são empecilhos para quem deixa de fazer o que lhes apetece por causa deles e andam contrariados. Não nos devemos anular por causa dos filhos.
Eu tenho tenho tido oportunidade de tempo e monetária para fazer férias com ela (o grosso das férias) e outras sem ela, e recomendo a toda a gente, especialmente enquanto são mais pequenos que nos consomem mta energia e mto do tempo de lazer que tínhamos a dois. Faz falta esse "refresh". É claro que se um dia não tiver oportunidade disto e tiver de abdicar de umas férias, aquelas que passamos com ela estão sempre em primeiro lugar :p
Também conheço quem tenha optado por não ter filhos dizendo explicitamente que não gostam de crianças, e dessas pessoas é que desconfio sempre... Quem não gosta de crianças, não pode ser boa pessoa :nono:
 
Cagm! grande tópico, grande discussão! sem duvida, isto é como tudo na vida.... todos têm razão! cada um deve gerir a coisa como gosta mais e sem duvida não há formula mágica.... o que há de facto são opções para todos os gostos e aínda bem! no que respeita á minha pessoa... se me meto a viajar sem o meu filhote.... é uma viagem vazia! o moço foi eximio na busca dos genes dos pais e logo transpira passeio... tem 9 anos, aguenta frio, chuva, calor, serra, praia, cidade, avião, autocarro, carro, come, dorme quando pode.... o que fôr... é para passear está lá eheheheh. ainda há uma semana tive de ir ao porto e o moço foi comigo e ficou radiante por ir de avião....e já conta com quase 200h de voo e umas 18 viagens.... por isso nada tinha a ver com a novidade. será o facto de passar muito tempo fora de casa... talvez! mas ferias sem o pirrolho nem pensar! momentos a dois... claro que sim...de vez em quando lá vai até á avó e é-lhe dito.... filhote! os papás vão namorar... e ele fica radiante...quem não gosta de ver os papás a namorar????
 

Corisca

Membro
Sem duvida um tópico pertinente e que vai sempre gerar muitas opiniões diversas.

Eu como mãe tenho sempre as minhas duvidas nesse assunto, se vou sózinha fica o sentimento de culpa de os ter deixado com os avós e o imenso vazio que me fica no peito, e quando os levo tem momentos, em que já estou literalmente com os cabelos em pé e em que penso : " mas porque os trouxe comigo ".
Ser se mãe /pai não é tarefa fácil, e é uma profissão a tempo inteiro que faço com muito gosto, mas sabe muito bem um serão de descanso :blush:

Se bem que também sou da opinião que a personalidade da criança faz muita diferença.
há crianças que se podem levar para qualquer sitio sem stress e há outras que é quase humanamente impossivel aguenta-las quietas por mais de 5 min.

Mas no fim fica sempre a certeza que eles são parte de nós e que não podemos viver sem eles, e quando eles não estão conosco, o nosso pensamento está sempre onde eles estão e que inevitavelmente a conversa acaba sempre por passar no tema filhos e o que estarão eles a fazer.
 

RSantos (Cenoura)

Membro Conhecido
...pois...

...o certo e o errado...

...o melhor a fazer será, o que a nossa consciência/vontade mandar no momento... :)
Concordo totalmente! cada casal deve fazer o que a sua consciência dita!!!!

Eu sou mãe de uma menina com 4 anos e no seu 1º ano de vida não fui de férias para fora, os últimos 3 anos temos ido sempre para a RD e ela vai sempre connosco!
Se me perguntarem se dá trabalho? - sim, dá muito, especialmente quando são muito pequeninos - Se me perguntarem se por vezes não penso que estaria bem mais sossegada sem ela? - sim, especialmente quando faz birras de meia noite! - Se me perguntarem se não seria bom estar só com o meu marido nesses locais paradisíacos? - sim, claro que sim - Se me perguntarem se com estas respostas eu não iria de férias sem a minha filha, só com o meu marido? Não, não iria!
A minha última resposta não parece concensual com as anteriores, mas tem uma lógica. Todos os dias saio de casa às 7 horas da manhã, deixo a minha filha a essa hora em casa dos meus pais ainda a dormir (pelo que não estou com ela de manhã!). A hora da minha chegada a casa dos meus pais depois do trabalho raramente é antes das 19/20 horas (nunca consigo ir po-la á escola nem buscar). O meu marido tem o mesmo horário, sendo que ainda chega mais tarde.
Qual o tempo que me sobra durante a semana para estar com ela? Muito pouco! Tudo bem que temos o fim-de-semana, mas eu não acho suficiente, por isso vai sempre connosco de férias para que se possa divertir e para que nós pais possamos "aproveitar" a nossa filha. Sei que há-de chegar a altura em que ela não vai querer saber dos pais, mas na minha opinião não vou agora exluí-la dos bons momentos só porque no futuro ela nos vai ignorar!

Bem, opiniões são opiniões ;)
 

Solitária

Membro Ativo
Eu desde que a minha filha nasceu foi sempre connosco, durante o 1, ano de vida não fomos para lado nenhum, assim que completou o 1. ano começou logo a andar de avião, não sei se foi por andar sempre connosco ou por ter o bichinho dentro dela, sempre se portou 5*, com o ritmo de vida que eu e o pai dela temos é nos dificil ter momentos a 3 durante o ano, aproveitamos sempre as viagens para estarmos em familia. De vez em quando eu saio com o pai e ela fica com os avós, mas férias não era capaz de estar sem ela tanto tempo, ela adora ver as coisas diferentes de cada cultura, quando estivemos no méxico ela adorou ver como os mayas viviam e não se esquece
 

Tomauricio

Membro Novo
Viajei sempre com os meus filhos, acompanham-nos sempre nas férias.

Obvio que eu e a mãe também temos os nossos momentos a dois, também faz falta. Mas fazemos questão de os levar para todo o lado.
 

Guerreiro

Membro Ativo
Temos um filho com 5 anos e cá por casa tem sido assim:
Pelo menos uma vez por ano fazemos um fim de semana a dois numa capital europeia.
Ferias de inverno sempre uma semana com a pestinha, este ano vamos para a Tailandia, será a viagem de avião mais longa que ele alguma vez fez...
Ferias de verão fica sempre uma semana com os avós e três semanas conosco.

Quando passa o fim se semana em casa dos amigos é um drama para o tirar de lá...
Quando fica com os avós é outro drama para voltar para casa!
Quando passa as 3 semanas connosco está sempre a pedir para convidar os amiguinhos, o que acaba por acontecer...
As ferias de inverno como é só uma semana não se aborrece tanto dos pais :)

Temos adaptado as ferias á idade dele e aos seus gostos.
Nas ferias de inverno há dois anos fomos para Cabo Verde e ele adorou, o ano passado fomos para a Disney, este ano já fomos a Berlim de fim de semana e ele portou-se muito bem conseguimos visitar museus e tudo, bastou pedir um audio guide para ele tambem, que andou entretido a por os numeros e ouvir as explicações...

Isto tudo para dizer que nós optamos por fazer sempre ferias a dois e sempre ferias em familia. Achamos muito importante como casal termos tempo só para nós. Um divorcio pesaria muito mais na minha consciencia que uma semana de ferias longe do meu filho.

Cada casal é diferente com situações diferentes. Nós passamos muito tempo com o nosso filho: segundas, terças e quintas saimos de casa ás 8h30 e vou buscá-lo ás 17h30 ás 18H estamos todos em casa. Quartas ele sai da escola ás 12h30 e passa o resto do dia comigo. Sexta o pai trabalha de casa por isso vai levá-lo á escola ás 8h30 e buscá-lo as 15h00. Talvez por isso ele fique tão contente quando se vê livre de nós :)

Boas viagens!
 

joker

Membro Conhecido
Aproveitando este excelente tópico....

Estou a pensar(acho que é mais do que isso, mas como ainda nada está confirmado ficamos assim) ir ao México em Maio.
Ora como a família são 4 pessoas é de todo impossível economicamente movimentá-la para as Caraibas.

Um dos 4 membros da família tem 3 anos e meio(um rapaz muito sossegadinho :D) e estou na duvida se devo levá-lo ou não(isto claro que se só pagar as taxas).
Eu sei que ficará muito bem entregue aos avós e com a companhia da sua irmã, mas por outro lado gostaria que ele desfrutasse do paraíso, Caraíbas, coisa a sua irmã já fez na RD, mas com uma idade superior.

Tenho 2 preocupações(se assim se pode chamar):
- como o vou entreter durante as 10h de voo na ida e na volta, apesar de existirem n coisas para entreter
- não terei umas férias descansadas (é coisa que sei, pois nunca formos de férias sem eles)

Vamos aumentar este tópico, venha de lá a vossa opinião/experiência sobre viajar com crianças para destinos de longa duração.

joker
 
Olá joker,

Desde que a minha filha nasceu, fizemos 3 viagens para essa bandas (duas sem ela e uma com ela).

Fomos a primeira vez para a Jamaica, 1 semana, tinha ela 1 ano e meio e foi bom, fez-nos bem. Estavamos a precisar de descansar e de namorar ;) Chorava baba e ranho todos os dias que falava com a minha mãe ao telefone, mas correu tudo bem.

Segunda vez, ela tinha dois anos e meio, fomos 15 dias para o México, fartámo-nos de passear e de noitadas e com ela era impensável... "Perdia" umas duas horas por dia a falar com ela no Skype...

No ano passado, optámos por levá-la para a RD e tinha precisamente 3 anos e meio. Fomos 15 dias.
A viagem correu lindamente (e olha que saímos com imeeeenso atraso, vê o meu report). Levei livros e jogos e o DVD portátil, mas nem usei nada, apenas o DVD enquanto teve bateria mas até mais para o fim da viagem. Ainda dormiu bastante tempo à ida e à vinda veio quase sempre a dormir, claro.
Na primeira semana andava um bocado ensonada, especialmente à hora do jantar, adormecia sempre. Encostávamos duas cadeiras almofadadas à parede nos restaurantes, ela lá dormia à vontade e acabávamos por ter um jantar romântico...
Foi mais difícil mesmo foi a falta de apetite... Não sei se foi do calor ou da diferença horária, mas a médica já me tinha avisado.
A mim sinceramente o que me custou mais foi não poder ir à discoteca...

Férias descansadas nunca temos, com ou sem eles... Se ficam, ficamos preocupados e com saudades e fartamo-nos de telefonar para cá e se vão, não é a mesma coisa, não. São férias mais familiares e menos para namorar ou para grandes passeios ou noitadas.
 

joker

Membro Conhecido
Carla (AKA Cagm) disse:
Férias descansadas nunca temos, com ou sem eles... Se ficam, ficamos preocupados e com saudades e fartamo-nos de telefonar para cá e se vão, não é a mesma coisa, não. São férias mais familiares e menos para namorar ou para grandes passeios ou noitadas.
O teu último paragrafo reflete exactamente a minha opinião/pensamento sobre este assunto.
Estou com vontade/não estou com vontade levá-lo...e assim ando enquanto vejo preços e não decido para onde e quando vou.

O pequenote é falador, irrequieto, ..., mas só de pensar na viagem, fico logo sem vontade de o levar (até pode ser que corra bem, pois vão n crianças de idade semelhante e corre bem).
Por outro lado só de imaginar em estar a vê-lo no México a correr pela praia, jardins,...penso logo, tenho que levá-lo.

Ora aí está um grande dilema???!!!
 
Pois, 1 semana é pouco para ir com eles. Quando se habituarem, já se estão a vir embora... Queres um conselho? Se o quiseres levar mesmo, vai 2 semanas. Se só podes ir uma, aproveita para irem sozinhos. Além do que, o México tem imenso para ver e é um desperdício ficar apenas no hotel. Com uma criança tão pequena não consegues fazer nada...
 

CarpeDiemMan

Membro Conhecido
Olá Carla

Muito bom tópico.
Por enquanto ainda não tenho esse dilema...
Mas na verdade acho que quando for pai, vai haver alturas em que eu e a minha senhora vamos precisar de algum tempo para nós, situação que irá ser rara quando formos pais. E se conseguirmos ir de férias sem o filho/os, acho que nos irá fazer bem. E digo se conseguirmos, porque há sempre a questão que custa deixar os filhos(com os avós quase de certeza) e irmos para longe nem que seja só uma semana sem eles.
Enfim, minha altura há-de chegar :).

Cumprimentos
 
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