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Easyjet deixa passageiros em terra por overbooking

Cláudio Pereira

Membro Conhecido
Isto é só triste.
Eu quando venho do sul para Lisboa, tenho de passar nas portagens da ponte 25 de Abril ou da Vasco da Gama. Pago a portagem e sei o que estou a pagar, no entanto, não concordo com ela(portagem). Se não me quiser sujeitar à portagem, vou por Vila Franca de Xira, que é o mesmo que dizer que não é alternativa porque se não gasto em portagem, gasto em tempo e combustível. Posso manifestar-me contra as portagens e lutar pelo fim das mesmas ? Posso.

Isto para dizer, quantas e quantas vezes compramos uma coisa porque temos essa necessidade e sujeitamos-nos ao que há. Isso não quer dizer que concordemos com ela.
 

kareca

Membro Ativo
Mas isso é resposta que se dê?
" se não gostas do nosso serviço tens bom remédio, andôr "

As pessoas estão a comentar o que acham que é errado no seu ponto de vista e que devia ser alterado.
É como não concordar com a taxa de audiovisual na conta da luz e me dizerem "tens bom remédio, usa velas". Tem algum jeito?

Isto para dizer, quantas e quantas vezes compramos uma coisa porque temos essa necessidade e sujeitamos-nos ao que há. Isso não quer dizer que concordemos com ela.
Exatamente.
 

ploferreira

Administrador
Staff
Peço desculpa mas pensei que o objectivo era tentar esclarecer o que é e porque existe o overbooking.

Sim, eu também gosto de usar auto estradas, são muito mais confortáveis, rápidas e seguras então se fossem de graça era top, só que alguém tem de pagar, porque elas nāo se pagam sozinhas.

Assim quando uso a auto estradas sei que estou a pagar por um serviço, pago e não reclamo. Se não estiver contente nāo a uso.

Como ainda não temos companhias aéreas IPSS e como as companhias aéreas tem de pagar os aviões, combustível e pessoal, o overbooking existe e existirá quer vocês gostem ou não, quer reclamem ou não.

Já agora se algum de vocês os dois quiser investir e abrir uma companhia de aviação sem overbooking, com o máximo de respeito pelo cliente e acima de tudo com preços sopimpas avisem. Serei o primeiro a comprar um bilhete ;)
 

Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
O overbooking existe, é legal e tem regras para funcionar, desde que estas sejam equilibradas, não vejo qualquer problema em existir.

Neste caso concreto, já se percebeu que a Easy Jet não cumpriu as regras, nomeadamente, esta:
O que acontece no aeroporto
Serás ajudado pela nossa tripulação de terra, tendo por base a tua escolha de reembolso ou viagem alternativa.
A nossa tripulação de terra irá dirigir-te até ao Balcão de serviço de apoio ao cliente no aeroporto, onde um dos nossos membros da tripulação de terra irá ajudar-te
Uma dúvida que tenho e que se alguém souber esclarecer agradeço: esta regra acima é apenas um compromisso verbal da Easy Jet ou faz também parte das regras a que as companhias aéreas são obrigadas? Caso seja a 2ª opção, acho que o @zb007 pode ainda, para além dos custos de alimentação, estadia e os tais 250€, pedir uma indemnização pelo não cumprimento deste serviço (os 250€ não são para isto...). E já agora, uma queixa nas entidades competentes também devia originar a aplicação de uma coima pelo não cumprimento de serviços a que é obrigada.
 

lfdm

Membro Conhecido
A situação é lamentável, imoral e sem respeito com o cliente, que apenas quer chegar do ponto A ao B ao melhor preço, conforto e segurança possível.
Mas convém perceber o que é o overbooking e porque ele existe. Retirei o seguinte texto da wikipédia para esclarecimento:

Overbooking ou Overselling (Português: sobrevenda) é um termo utilizado por empresas que se refere a prática de vender um serviço em quantidade maior do que a capacidade que a empresa pode fornecer. Tal prática pode ser ocasionada propositadamente pela empresa, que vende ativamente o serviço para compensar consumidores faltantes ou pode acontecer de forma acidental dado um grande número de variáveis nas operações. O termo é mais comum no setor de transporte de passageiros e na Hotelaria.
Até o começo da década de 90, o aproveitamento médio dos voos regulares era de aproximadamente 60%. A baixa ocupação permitia às empresas conviverem sem maiores danos com os passageiros que não compareciam no embarque (No-show) sem aplicar penalidade e revalidando os respectivos bilhetes para outro voo ou reembolsando o valor pago. [1]
A partir da década de 90 com a diminuição da interferência do governo, a globalização, e principalmente a maior liberdade de concorrência, a procura ficou maior do que a oferta no segmento de transporte aéreo, fazendo o no-show virar efetivo prejuízo, já que estes assentos deixaram de ser vendidos e a companhia ainda terá a obrigação de remarcar o voo ou reembolsar o bilhete do passageiro faltante. Como solução para evitar o prejuízo as empresas do segmento adotam a prática de vender uma quantidade de assentos maior do que a quantidade disponível, usando como referência a porcentagem de no-show observada por um período de tempo. Entretanto por se basear apenas em uma estimativa, com frequência se apresentam para o embarque um número de passageiros superior ao número de assentos disponíveis, fazendo com que alguns passageiros fiquem impedidos de embarcar.[1]
Ao realizar um voo de forma regular observa-se uma taxa de ocupação média que raramente representa todos os lugares da aeronave porque existe uma porcentagem de passageiros que não se apresenta no embarque. Considerando uma aeronave de 100 lugares onde foram vendidos 100 bilhetes, mas só 90 passageiros se apresentaram para o embarque, existe uma taxa de 90% de ocupação e 10% de no-show. Se essa taxa se estabilizar por um período considerável a companhia passa a vender 110 lugares, ou seja, 100% da aeronave + 10% da estimativa de no-show. Assim se a estimativa for real, a aeronave ainda estará otimizada.
O overbooking também pode acontecer de forma acidental na operação de malhas aéreas com muitas variáveis. Companhias que utilizam aeronaves de vários tipos com números de assentos disponíveis diferentes podem sofrer imprevistos de operação ou manutenção que provocam trocas para aeronaves de menor porte, como o número de passagens já vendidas é imutável este por vezes fica maior do que o número de assentos disponíveis na nova aeronave.

Por isso, apesar de não se concordar com o overbooking, ele existe e é legal. Não vale a pena discutir o "sexo dos anjos". O que podemos fazer? De todos os comentários que li anteriormente e com base na minha experiência, é fazer check in o mais cedo possível e tentar ser dos primeiros a entrar, ou então pagar mais pelo bilhete. Na eventualidade de acontecer, reclamar e fazer prevalecer os nossos direitos. Tudo o resto meus caros é conversa....;)

Um pequeno a parte, já que falaram de autoestradas, não gosto de andar a menos de 120km, dá-me sono, mas se for apanhado vou ser multado. Logo existem duas possibilidades ou arrisco ou cumpro a lei... Se não quero ficar fora do fora do avião porque não concordo com as leis existentes, ou pago mais, ou escolho outro meio de transporte alternativo.
 
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ploferreira

Administrador
Staff
Uma dúvida que tenho e que se alguém souber esclarecer agradeço: esta regra acima é apenas um compromisso verbal da Easy Jet ou faz também parte das regras a que as companhias aéreas são obrigadas?
Olá Jorge,

O direito de assistência está previsto no Regulamento (CE) n.º 261/2004 do Parlamento Europeui

As companhias aéreas devem oferecer-lhe e prestar-lhe assistência a título gratuito enquanto espera por uma solução alternativa. Em caso de interrupção da viagem, deve apresentar-se à companhia aérea para evitar uma situação em que tenha de tomar as suas próprias disposições. A companhia aérea dever também assegurar, sempre que possível, que o alojamento é acessível a pessoas com deficiência e a cães-guias. A assistência que deve ser prestada inclui:
  • Bebidas
  • Refeições
  • Alojamento (se o voo alternativo não for no mesmo dia)
  • Transporte de ida e volta para o local de alojamento
  • Duas chamadas telefónicas, telex, mensagens de fax ou de correio eletrónico
Se não lhe for oferecida assistência e pagar por refeições, bebidas, etc., a companhia aérea deve reembolsá-lo das despesas necessárias, razoáveis e adequadas. Não se esqueça de guardar os recibos. Só tem direito a assistência durante o tempo de espera por um voo alternativo, em condições de transporte equivalentes, para o seu destino final, na primeira oportunidade, ou por um voo de regresso.

Em casos excecionais, a companhia aérea pode decidir limitar a assistência prestada ou mesmo não prestar assistência se tal causar atrasos adicionais para os passageiros que esperam por um voo alternativo ou atrasado.
Todos as despesa enquadráveis deverão ser pagas sem grandes problemas, indemnizações adicionais já serão mais difíceis, até porque não será fácil de provar que houve de facto falta de assistência por parte da companhia.
 
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zb007

Membro Conhecido
Peço desculpa pelo meu desabafo, mas compreendo o overbooking e entendo que existe e vai continuar apesar de não concordar mas como alguém já disse ou vamos ou não e infelizmente há sitios que só de avião e por isso temos que aceitar as regras que existem, mais uma vez aqui saliento que o mais grave foi a easyjet não cumprir com essas regras e deixar os passageiros sem assistências as 23 horas no aeroporto porque se eles cumprissem as regras e cumprissem esta regra:
O que acontece no aeroporto
Serás ajudado pela nossa tripulação de terra, tendo por base a tua escolha de reembolso ou viagem alternativa.
A nossa tripulação de terra irá dirigir-te até ao Balcão de serviço de apoio ao cliente no aeroporto, onde um dos nossos membros da tripulação de terra irá ajudar-te
quase decerto eu não tinha sequer aberto este comentário.
De qualquer forma penso que deu para quem não estava a par destas situações tenha conhecimento e fique a saber o que deve fazer.
O @ploferreira tem razão tudo o que não esteja lá eles dificilmente ou nunca vão pagar. Mas não deixa de nos podermos queixar para quem de direito para eles serem chamados á atenção e quem venha a seguir não passe pelo mesmo abandonar os passageiros sem qualquer apoio quase à meia noite.
 

Anexos

Paulo Leite

Moderador Honorário
Staff
Boas,

Este é 1 assunto que me interessa e por isso segui com bastante interesse o tópico, contudo só hoje é que me foi possível falar com alguém "especialista no assunto".

O que me foi explicado hoje foi +- isto:
Principalmente de verão há todos os dias overbooking na Easyjet, a compensação por aquilo que me foi dito é de : +- € 500 + hotel e restantes direitos...

- O passageiro no check in é abordado do que se está a passar e é exposto o problema...

- Passageiros com check in feito na web --- (isto é importante e foi o caso) - só são "tirados fora na porta de embarque" os últimos que tenham feito check in online , só no caso de as pessoas que ficam de fora seja 1 família com crianças...

Recomendação : fazer check in online com +- 1 mês de antecedência...

Fica a dica... vale o que vale...

Nota:
Não estou minimamente a :
- Dizer que em todo o lado é assim (estou a falar do Apt. do Porto)
- Que concordo ou não... unicamente falei com quem sabe de forma a poder explicar aqui :)
 
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kareca

Membro Ativo
É possível fazer checkin com tanta antecedência?
 
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zb007

Membro Conhecido
@Paulo Leite a compensação por aquilo que me foi dito é de : +- € 500 + hotel e restantes direitos... Depende ds distâncias. Aqui foram menos de 1500KM. Deu 250 euros.
- O passageiro no check in é abordado do que se está a passar e é exposto o problema... Negativo, neste caso. Deixaram passar até àporta de embarque sem dizer absolutamente nada e, no fim, retiraram as últimas 8 pessoas e mandaram embora às 23 horas, sem qualquer esclarecimento e sem balcão aberto. Nem sequer quem estava a receber os passageiros, para entrar no avião, deu explicações, apenas que não tinham lugar. Mais nada! O que puderam fazer foi dirigir-se a pessoal responsável do aeroporto, que claro disseram nada terem a ver com o assunto. O problema mais grave aqui foi a falta de explicações e apoio pelo pessoal da easyject. Com uma dica sugerida aqui contactei, pelo twiter, o apoio em Londres que resolveram tudo, porque nem no aeroporto nem nos contatos com Lisboa fizeram algo. Disseram que nada podiam fazer. Já foi tudo enviado e pagaram 250 euros e mais as despesas de alimentação e hotel. Mas a pessoa em causa perdeu 3 dias de trabalho e, quem a acompanhou, perdeu 2, além de que tinha uma criança de 2 anos esperando em Portugal. Resumo: Grave a falta de apoio, porque o dinheiro não paga tudo. Por mim vou evitar Easyjet sempre que puder, pois já não é o primeiro caso que conheço e nas outras companhias, quando acontece o mesmo, há ajuda e apoio na hora, que até está escrito na lei que são obrigados a fazer.
 
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kareca

Membro Ativo
Obrigado pela partilha zb e ainda bem que ficou resolvido, ainda que apenas ao que estavam obrigados.
 

ploferreira

Administrador
Staff
As companhias que oferecem vouchers acima do valor não o fazem por mimo ou atenção.
Fazem-no porque retirando a margem de lucro estão ter um custo inferior ao valor que pagariam em dinheiro.
Mas sim concordo que em alguns casos aceitar um voucher acima do valor de mercado pode ser uma situação de win/win.
 

NunoCorreia

Membro Conhecido
Assim quando uso a auto estradas sei que estou a pagar por um serviço, pago e não reclamo. Se não estiver contente nāo a uso.
;)
Se não estiver contente com a autoestrada reclamo junto das portagens, ou envio e-mail ou ligo. Mais cedo ou mais tarde às coisas mudam.
Alguém lembra-se do piso da autoestrada da A8 entre Loures e Torre Vedras, o piso era quase todo muito clarinho, daquele asfalto que não parecia ter muita aderência. Agora, quase que já não há desse piso.
Imagino a quantidade de reclamações

Em relação ao overbooking e à situação.
É por essas e por outras que raramente viajo pela easyJet e Ryanair.
Todos fazem overbooking mas lá está, quando o preço é baixo haverá sempre alguma coisa que poderá falhar mais neles do que nos outros.
Têm visto as notícias e reportagens sobre a ryanair?
 
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ploferreira

Administrador
Staff
@NunoCorreia quando me referia que não reclamo era em relação ao modelo de negócio da autoestrada, ex. acho demasiado caro, posso reclamar à vontade mas não é por isso que vão baixar o preço :)
 
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