in: Jornal PUBLICO 27/10/2005
Os turistas portugueses que estavam retidos no México devido à passagem do furacão "Wilma" chegaram esta madrugada a Lisboa, com queixas contra a operadora turística devido à falta de informação e de apoio.
A agência Soltour foi alvo críticas por alegadamente ter ocultado informações aos clientes sobre a chegada do furacão a Cancun.
"Isto começou logo mal na segunda-feira. Tivémos informações lá, e temos um documento emitido pela protecção civil espanhola, de que ia haver um furacão naquela zona e que essa informação foi transmitida para cá [Portugal]. E nós, segunda-feira, estivemos doze horas à espera aqui no aeroporto e ninguém nos informou de nada", disse a turista Noélia Freitas.
A mesma turista indica que "a única justificação" dada pela agência "é que havia um atraso no voo". "Deixaram-nos embarcar sabendo que havia um furacão de força 5. Deixaram-nos ir para lá, deixaram-nos gastar dinheiro e nós não usufruímos absolutamente nada", lamentou.
De acordo com Noélia Freitas, os turistas apenas usufruíram da estância na terça e na quarta-feira e passaram três dias no quartos. "é inadmissível o que a Soltour fez connosco, porque eles sabiam desde o início o que é que se passava, sabiam que ia haver um furacão e sabiam que não havia condições para nos ter lá. Esse comunicado da protecção civil inclusivamente dizia que eles tinham que evacuar as pessoas a um quilómetro da praia. O nosso hotel era em cima da praia", disse Noélia Freitas.
Uma outra portuguesa chegada do México, Cátia Dias, disse à rádio TSF que a passagem do furacão foi vivida em segurança devido às infra-estruturas do hotel. "As cortinas anti-ciclónicas protegeram-nos bastante bem", disse, acrescentando que após a tempestade houve momentos "complicados, porque houve pilhagens", e confessou: "Tivémos que chegar ao ponto de roubar coisas para termos nos quartos."
A Soltour, que tinha um representante no local, não quis reagir às queixas dos clientes.
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Mais alguém com relatos de situações semelhantes?
Obrigado