calu
Membro Conhecido
Maldivas, Abril de 2004
O sol estava prestes a nascer.
Aguardávamos relutantemente a partida do hidrovião que nos levaria de volta a Malé. O tal que nos tiraria da nossa ilha. Para trás ficariam sete dias no paraíso, carregados da magia e fascínio que a primeira viagem às Maldivas acarreta para os amantes de praia, sol e águas cristalinas. Interiorizávamos uma sensação única, até então desconhecida, de que afinal, o paraíso existe mesmo. Está ao alcance do comum dos mortais, não é exclusivo dos deuses. Interiorizávamos ainda uma outra sensação, igualmente única mas talvez mais preciosa: a realização de ter tido o privilégio, sorte e felicidade de termos tido condições de estar num desses paraísos. Como bichinhos de praia que somos, esta viagem sempre foi um sonho mútuo, entretanto realizado, mas também agora terminado, esfumando-se tão rápido por entre os nossos dedos, como a fina areia que pisávamos. Parecia que tinhamos chegado ontem e já era altura de irmos embora. Não era justo. Nunca é.
Mais injusto se tornava já que as Maldivas resolveram despedir-se de nós presenteando-nos com um nascer do sol mágico, pintado numa miríade de cores irrepetível e improvável, que nem o melhor dos fotógrafos conseguiria reproduzir fielmente em vãs tentativas de preservar essa visão. Há momentos que não nascem para serem imortalizados. Recusam-se a serem espelhados. São irrepetíveis. É a maneira que a natureza tem de nos lembrar que por vezes há que simplesmente guardar a máquina, respirar fundo e desfrutar.
Kuredu Island Resort, Lhaviyani Atol, Abril 2004
E ainda assim, apesar dos sentimentos ambíguos e contraditórios de realização, felicidade, tristeza e alguma amargura, são momentos que nunca esqueceremos. Continuarão a alimentar a magia dos lugares que visitamos e o lugar especial que manterão no nosso coração.
Lembro-me que não fomos capaz de dizer uma palavra um ao outro enquanto caminhavamos relutantemente a caminho do hidrovião. Não me envergonho de dizer que havia uma lagrimita no canto do olho. Num deslumbre letargico, contemplávamos o nascer do sol com a sensação que poderia ser a última vez em muito tempo que veríamos algo assim. A viagem de regresso de hidrovião pautou-se pelo mesmo silêncio. O ruído do hidrovião abafava a nossa tristeza, mas não ajudava a atenuá-la. Rever os maravilhosos “nenufares” do Ìndico, visão única e inesquecível, parecia aumentar a distância entre as Maldivas e o nosso regresso num futuro improvável.
Esta sensação de tristeza no regresso era largamente ampliada por factos incontornáveis: a viagem tinha sido carissima para as nossas possibilidades na altura, um esforço financeiro quase titânico, feito de muitas contas e “recontas”, ponderação para aqui e para ali ... mas a dada altura pensámos: se não fazemos um esforço de vez em quando para atingirmos alguns dos nossos sonhos, de que adianta andarmos por cá? Ou sonhar?
Por estas e outras coisas, sempre pensámos não conseguir voltar a um destino destes, mais ainda depois de termos filhos, o que inevitavelmente torna viagens a estes destinos ainda mais caras. Daí esta sensação quase fatídica de que não contariamos poder regressar. Ainda assim, e apesar de ser apenas um desabafo, quando chegámos ao aeroporto de Malé, acabados de sair do hidrovião, a primeira coisa que a minha mulher me disse foi:
“Gostava de cá voltar com quando tivermos um filho, com ele”.
Por mais longinquo e inatingível que parecesse na altura, a verdade é que lá no fundo, ficou uma sementezinha de um novo sonho, nascido de outro acabado de cumprir, qual fénix preparada para renascer das cinzas. O destino encarregou-se de nos possibilitar isso mesmo, com a ironia de poder ser cumprido nos tempos mais conturbados que já vivemos, com toda esta crise. Acho que o essencial é não deixar de nos perguntarmos a nós mesmos, ainda que de vez em quando: “Porque não?”
E para o viajante, o próximo sonho é um destino. Não só o destino em si, mas toda a experiência.
Maldivas, Agosto 2012
Nunca me esquecerei do impacto da primeira vez que se avistam as ilhas a partir do avião ou hidrovião. Lembro-me que pareciamos umas crianças a chegar ao parque de diversões. Não havia cinto de avião que resistisse nem rabo que ficasse quieto. O obturador da máquina até gritava por descanso, tal o frenesim dos disparos. Essa memória é como um selo real inquebrável, gravado para sempre na nossa memória.
A segunda vez ou subsequentes podem ser igualmente bonitas ou incluir até visões mais impressionantes (dependendo das rotas), mas como pudémos constatar nesta 2ª chegada a Malé, a magia daquele primeiro impacto inesperado é irrepetível.
Mas a magia continua lá. Nós é que estamos diferentes, mais conhecedores e experientes.
INFORMAÇÃO GERAL
ESCOLHA DA ILHA
Depois de uma escolha algo complicada em virtude de disponibilidades (algumas das primeiras escolhas já estavam esgotadas), a ilha que acabei por escolher revelou-se uma bela surpresa pela positiva (no geral), embora tivesse um ou outro ponto que não gostei (referido mais adiante).
Uma vez que iamos com a nossa filha de 6 anos, os principais critérios eram:
A Emirates de facto tem uma qualidade acima da média:
TRANSFER PARA A ILHA
O transfer efectuou-se em cerca de 40 minutos por hidrovião, onde chegamos a sobrevoar a nossa ilha, dando uma perspectiva espectacular da mesma, chegando depois ao “Filitheyo International Airport” (entenda-se uma balsa de 6x6m literalmente no meio do Oceano onde o hidrovião atraca. Após 10 minutos de espera, veio um dhoni (embarcação típica, embora esta seja obviamente a motor e não tão tipica) buscar-nos para nos levar para a ilha. 15 minutos depois chegámos à ilha.
Vista aérea da praia na zona das Villas Superiores (60-50 mais ou menos)
Vista aérea da ilha a partir do hidrovião
O aeroporto onde o hidrovião estacionou. Gostava de ver a EMEL a conseguir multar aqui
Dhoni que nos levou do hidrovião até à ilha
O "terminal" de chegadas/partidas
BREVE DESCRIÇÃO DA ILHA
Conforme já referi mais acima, a ilha é pequena (conforme pretendiamos), aliás consideravalmente mais pequena que a maioria das ilhas mais visitadas a partir de Portugal (Meeru, Kuredu, etc). A praia voltada a Norte (zona das villas superiores, onde ficámos) é a zona mais bonita de praia (espectacular aliás) e também a melhor zona de snorkelling, onde vi um grande número de espécies e muito diversificado (detalhe mais à frente) e em alguns casos, tamanhos inesperadamente grandes (principalmente nos tubarões, atuns e peixes napoleão).
Na zona das Water Villas fica o bar que tem a piscina e o Spa “Al Fresco”. A zona de Spa mais Zen fica no meio de ilha, numa zona muito tranquila e bem arranjada.
Mapa do Resort
O hotel tem 3 tipos de quartos: Water, Deluxe e Superior divididas por 125 Villas no total. Nas Maldivas, crianças menores de 12 anos não podem ficar nas Water Villas (política da direcção de turismo) pelo que optámos pelas Villas Superior, já que as Deluxe estavam esgotadas e a sua localização não era tão boa para o snorkelling. Tem 2 restaurantes (o principal e um restaurante/bar) e dois bares (praia e interior, próximo da recepção). Tem um centro de fitness, biblioteca, campo de volei/futebol e o incontornável centro de mergulho, que inclui igualmente uma escola de mergulho, como é costume.
QUARTO
Ficámos numa Villa Superior nº 88 que estava bem localizada, quer do ponto de vista de praia, snorkelling e acesso ao restaurante principal. O ideal é capaz de ser as villas à volta do nº 60, já que ficam no centro da melhor zona de praia/snorkelling e a meio da ilha. Os quartos são bastante simpaticos, com chão de madeira, uma bonita cama tipo dossel, com a habitual casa de banho/duche ao ar livre numa zona ligada ao quarto principal por uma outra porta. Tem naturalmente ar condicionado e 2 ventoinhas, uma no quarto, outra na casa de banho exterior. A limpeza do quarto era feita normalmente 1x por dia (não quisemos 2x, embora o empregado tivesse perguntado). O alpendre era limpo 2x por dia. Nada a dizer neste aspecto, o quarto era bastante confortável e estava sempre limpo, sem problemas. Em frente aos quartos há uma pequena zona de uns 15 metros com imensa sombra. Em frente à mesma estão as espreguiçadeiras, sendo que cada quarto tem direito a cadeiras em número igual dos seus ocupantes (no nosso caso 3).
Cama decorada para a despedida, no último dia. Escreveram “Good Bay”
A nossa “palhota” à noite
PRAIA
Bom, neste aspecto, normalmente pouco há a dizer por palavras, mais vale deixar as fotos tratarem disso. Ainda assim, importa referir o seguinte: há várias zonas onde mal se consegue entrar descalço dentro de água sem se magoar os pés, devido á elevada quantidade de coral morto em alguns locais. No entanto, também importa dizer que também inúmeras zonas onde se entra sem problemas e em que o fundo é areia (ver fotos).
A parte menos boa para gozar o mar do ponto de vista de praia situa-se na zona do bar de praia/piscina (em frente à Exit 5 e Exit 4) e também um pouco em frente à Exit 2 e 3, embora não tanto como nas primeiras. Inclusivamente no primeiro dia quando chegámos, como a maré havia sido muito grande, a areia tinha imenso coral morto, o que tornava dificil andar na areia perto da água ou mesmo entrar em várias zonas. Cheguei a pensar que tinha escolhido mal a ilha, naquele primeiro impacto. De qualquer forma, no dia seguinte reparei que eles limpam o excesso de coral morto quando há marés grandes enterrando-o de madrugada ou levando-o em carrinhos de mão, pelo que nos dias seguintes não voltámos a ter problemas com isto.
"Limpeza" da praia em dia de maré grande
Ainda assim, sendo uma ilha em que há imenso coral à volta da mesma e poucas zonas com 100% de fundo de areia (vantagens e desvantagens, dependendo do que se procura), significa que é sempre normal que haja algum coral na areia, mas como as fotos mostram, não é nada que seja um problema, de todo. Assim que percebemos quais as melhores zonas para fazer praia e as melhores para fazer snorkelling, era só uma questão de escolher o que preferiamos fazer nesse dia Mesmo em frente à nossa Villa, tinhamos ambas as coisas
Praia em frente à nossa Villa
Como disse, a praia do lado Norte é simplesmente lindíssima. Não vale a pena descrever a água, é só olhar para as fotos. Nem íamos ao outro lado, a não ser para passear a seguir ao almoço no restaurante/bar da praia. A temperatura da água era excelente, diria que rondaria os 28/29. Cheguei quase a dar a volta à ilha a fazer snorkelling, passando inumeras horas dentro de água, mesmo já ao fim do dia e nunca tive um assomo de frio.
No que toca ao snorkelling, mais à frente neste report poderão ver as maravilhas que se escondem nestes recifes.
Vista desde a ponta Norte da praia
Vista da zona das Water Villas, lado Sul da ilha
Face sul da ilha
Relax total no paraíso
O sol estava prestes a nascer.
Aguardávamos relutantemente a partida do hidrovião que nos levaria de volta a Malé. O tal que nos tiraria da nossa ilha. Para trás ficariam sete dias no paraíso, carregados da magia e fascínio que a primeira viagem às Maldivas acarreta para os amantes de praia, sol e águas cristalinas. Interiorizávamos uma sensação única, até então desconhecida, de que afinal, o paraíso existe mesmo. Está ao alcance do comum dos mortais, não é exclusivo dos deuses. Interiorizávamos ainda uma outra sensação, igualmente única mas talvez mais preciosa: a realização de ter tido o privilégio, sorte e felicidade de termos tido condições de estar num desses paraísos. Como bichinhos de praia que somos, esta viagem sempre foi um sonho mútuo, entretanto realizado, mas também agora terminado, esfumando-se tão rápido por entre os nossos dedos, como a fina areia que pisávamos. Parecia que tinhamos chegado ontem e já era altura de irmos embora. Não era justo. Nunca é.
Mais injusto se tornava já que as Maldivas resolveram despedir-se de nós presenteando-nos com um nascer do sol mágico, pintado numa miríade de cores irrepetível e improvável, que nem o melhor dos fotógrafos conseguiria reproduzir fielmente em vãs tentativas de preservar essa visão. Há momentos que não nascem para serem imortalizados. Recusam-se a serem espelhados. São irrepetíveis. É a maneira que a natureza tem de nos lembrar que por vezes há que simplesmente guardar a máquina, respirar fundo e desfrutar.
Kuredu Island Resort, Lhaviyani Atol, Abril 2004
E ainda assim, apesar dos sentimentos ambíguos e contraditórios de realização, felicidade, tristeza e alguma amargura, são momentos que nunca esqueceremos. Continuarão a alimentar a magia dos lugares que visitamos e o lugar especial que manterão no nosso coração.
Lembro-me que não fomos capaz de dizer uma palavra um ao outro enquanto caminhavamos relutantemente a caminho do hidrovião. Não me envergonho de dizer que havia uma lagrimita no canto do olho. Num deslumbre letargico, contemplávamos o nascer do sol com a sensação que poderia ser a última vez em muito tempo que veríamos algo assim. A viagem de regresso de hidrovião pautou-se pelo mesmo silêncio. O ruído do hidrovião abafava a nossa tristeza, mas não ajudava a atenuá-la. Rever os maravilhosos “nenufares” do Ìndico, visão única e inesquecível, parecia aumentar a distância entre as Maldivas e o nosso regresso num futuro improvável.
Esta sensação de tristeza no regresso era largamente ampliada por factos incontornáveis: a viagem tinha sido carissima para as nossas possibilidades na altura, um esforço financeiro quase titânico, feito de muitas contas e “recontas”, ponderação para aqui e para ali ... mas a dada altura pensámos: se não fazemos um esforço de vez em quando para atingirmos alguns dos nossos sonhos, de que adianta andarmos por cá? Ou sonhar?
Por estas e outras coisas, sempre pensámos não conseguir voltar a um destino destes, mais ainda depois de termos filhos, o que inevitavelmente torna viagens a estes destinos ainda mais caras. Daí esta sensação quase fatídica de que não contariamos poder regressar. Ainda assim, e apesar de ser apenas um desabafo, quando chegámos ao aeroporto de Malé, acabados de sair do hidrovião, a primeira coisa que a minha mulher me disse foi:
“Gostava de cá voltar com quando tivermos um filho, com ele”.
Por mais longinquo e inatingível que parecesse na altura, a verdade é que lá no fundo, ficou uma sementezinha de um novo sonho, nascido de outro acabado de cumprir, qual fénix preparada para renascer das cinzas. O destino encarregou-se de nos possibilitar isso mesmo, com a ironia de poder ser cumprido nos tempos mais conturbados que já vivemos, com toda esta crise. Acho que o essencial é não deixar de nos perguntarmos a nós mesmos, ainda que de vez em quando: “Porque não?”
E para o viajante, o próximo sonho é um destino. Não só o destino em si, mas toda a experiência.
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Maldivas, Agosto 2012
Nunca me esquecerei do impacto da primeira vez que se avistam as ilhas a partir do avião ou hidrovião. Lembro-me que pareciamos umas crianças a chegar ao parque de diversões. Não havia cinto de avião que resistisse nem rabo que ficasse quieto. O obturador da máquina até gritava por descanso, tal o frenesim dos disparos. Essa memória é como um selo real inquebrável, gravado para sempre na nossa memória.
A segunda vez ou subsequentes podem ser igualmente bonitas ou incluir até visões mais impressionantes (dependendo das rotas), mas como pudémos constatar nesta 2ª chegada a Malé, a magia daquele primeiro impacto inesperado é irrepetível.
Mas a magia continua lá. Nós é que estamos diferentes, mais conhecedores e experientes.
INFORMAÇÃO GERAL
- Roteiro: Lisboa > Dubai > Malé
- Tempo de vôo: Lisboa > Dubai: 8h. Dubai > Malé: 4h
- Companhia aérea: Emirates
- Resort nas Maldivas: Filitheyo Island Resort
- Transfer: Hidrovião (40 mins) + Barco (10/15 mins)
- Noites: 10 em meia pensão
- Hotel no Dubai: Ramada Jumeirah
- Noites: 4 em APA
- Agência / marcação própria: um misto. Marquei primeiro por minha conta (site da Emirates e booking.com) e depois uma agência fez-me praticamente o mesmo preço e incluia todos os transferes, o que era mais “confortável” e um pouco mais seguro, relativamente a overbookings, etc.) No regresso, passámos 3 dias no Dubai, que serão alvo de um outro mini report.
ESCOLHA DA ILHA
Depois de uma escolha algo complicada em virtude de disponibilidades (algumas das primeiras escolhas já estavam esgotadas), a ilha que acabei por escolher revelou-se uma bela surpresa pela positiva (no geral), embora tivesse um ou outro ponto que não gostei (referido mais adiante).
Uma vez que iamos com a nossa filha de 6 anos, os principais critérios eram:
- ser uma ilha pequena (para não ter que se andar muito, como em algumas ilhas mais compridas em que até chegam a haver carrinhos tipo golfe para levar o pessoal)
- ter um snorkelling de referência (para que ela também pudesse disfrutar com alguma facilidade)
- boa comida
- praia boa, claro, mas sendo as Maldivas como são, não era o principal critério, já que praticamente todas as ilhas têm praias fantásticas, pelo menos num dos lados da ilha.
A Emirates de facto tem uma qualidade acima da média:
- O catering era genericamente bom (embora o das crianças não fosse consistentemente bom, mistura de massa cozinhada e crua uma das vezes)
- os écrãs individuais com montes de filmes, jogos, musica, noticias, etc. O facto de terem duas cameras de video, uma na "barriga" do avião e outra no "nariz" tornaram a aproximação e aterragem em Malé muito gira, já que podiamos ter uma visão privilegiada a partir dos nossos lugares, nos monitores.
- Muita simpatia e eficiência;
- Nestes vôos, as crianças tinham direito a uma mochila da Emirates com um boneco de peluche da colecção “Monsters” da Emirates, lápis para pintar, desenhos, etc.
- O espaço de pernas não era nada por aí além, mas pelo menos era normal.
TRANSFER PARA A ILHA
O transfer efectuou-se em cerca de 40 minutos por hidrovião, onde chegamos a sobrevoar a nossa ilha, dando uma perspectiva espectacular da mesma, chegando depois ao “Filitheyo International Airport” (entenda-se uma balsa de 6x6m literalmente no meio do Oceano onde o hidrovião atraca. Após 10 minutos de espera, veio um dhoni (embarcação típica, embora esta seja obviamente a motor e não tão tipica) buscar-nos para nos levar para a ilha. 15 minutos depois chegámos à ilha.
Vista aérea da praia na zona das Villas Superiores (60-50 mais ou menos)
Vista aérea da ilha a partir do hidrovião
O aeroporto onde o hidrovião estacionou. Gostava de ver a EMEL a conseguir multar aqui
Dhoni que nos levou do hidrovião até à ilha
O "terminal" de chegadas/partidas
BREVE DESCRIÇÃO DA ILHA
Conforme já referi mais acima, a ilha é pequena (conforme pretendiamos), aliás consideravalmente mais pequena que a maioria das ilhas mais visitadas a partir de Portugal (Meeru, Kuredu, etc). A praia voltada a Norte (zona das villas superiores, onde ficámos) é a zona mais bonita de praia (espectacular aliás) e também a melhor zona de snorkelling, onde vi um grande número de espécies e muito diversificado (detalhe mais à frente) e em alguns casos, tamanhos inesperadamente grandes (principalmente nos tubarões, atuns e peixes napoleão).
Na zona das Water Villas fica o bar que tem a piscina e o Spa “Al Fresco”. A zona de Spa mais Zen fica no meio de ilha, numa zona muito tranquila e bem arranjada.
Mapa do Resort
O hotel tem 3 tipos de quartos: Water, Deluxe e Superior divididas por 125 Villas no total. Nas Maldivas, crianças menores de 12 anos não podem ficar nas Water Villas (política da direcção de turismo) pelo que optámos pelas Villas Superior, já que as Deluxe estavam esgotadas e a sua localização não era tão boa para o snorkelling. Tem 2 restaurantes (o principal e um restaurante/bar) e dois bares (praia e interior, próximo da recepção). Tem um centro de fitness, biblioteca, campo de volei/futebol e o incontornável centro de mergulho, que inclui igualmente uma escola de mergulho, como é costume.
QUARTO
Ficámos numa Villa Superior nº 88 que estava bem localizada, quer do ponto de vista de praia, snorkelling e acesso ao restaurante principal. O ideal é capaz de ser as villas à volta do nº 60, já que ficam no centro da melhor zona de praia/snorkelling e a meio da ilha. Os quartos são bastante simpaticos, com chão de madeira, uma bonita cama tipo dossel, com a habitual casa de banho/duche ao ar livre numa zona ligada ao quarto principal por uma outra porta. Tem naturalmente ar condicionado e 2 ventoinhas, uma no quarto, outra na casa de banho exterior. A limpeza do quarto era feita normalmente 1x por dia (não quisemos 2x, embora o empregado tivesse perguntado). O alpendre era limpo 2x por dia. Nada a dizer neste aspecto, o quarto era bastante confortável e estava sempre limpo, sem problemas. Em frente aos quartos há uma pequena zona de uns 15 metros com imensa sombra. Em frente à mesma estão as espreguiçadeiras, sendo que cada quarto tem direito a cadeiras em número igual dos seus ocupantes (no nosso caso 3).
Cama decorada para a despedida, no último dia. Escreveram “Good Bay”
A nossa “palhota” à noite
PRAIA
Bom, neste aspecto, normalmente pouco há a dizer por palavras, mais vale deixar as fotos tratarem disso. Ainda assim, importa referir o seguinte: há várias zonas onde mal se consegue entrar descalço dentro de água sem se magoar os pés, devido á elevada quantidade de coral morto em alguns locais. No entanto, também importa dizer que também inúmeras zonas onde se entra sem problemas e em que o fundo é areia (ver fotos).
A parte menos boa para gozar o mar do ponto de vista de praia situa-se na zona do bar de praia/piscina (em frente à Exit 5 e Exit 4) e também um pouco em frente à Exit 2 e 3, embora não tanto como nas primeiras. Inclusivamente no primeiro dia quando chegámos, como a maré havia sido muito grande, a areia tinha imenso coral morto, o que tornava dificil andar na areia perto da água ou mesmo entrar em várias zonas. Cheguei a pensar que tinha escolhido mal a ilha, naquele primeiro impacto. De qualquer forma, no dia seguinte reparei que eles limpam o excesso de coral morto quando há marés grandes enterrando-o de madrugada ou levando-o em carrinhos de mão, pelo que nos dias seguintes não voltámos a ter problemas com isto.
"Limpeza" da praia em dia de maré grande
Ainda assim, sendo uma ilha em que há imenso coral à volta da mesma e poucas zonas com 100% de fundo de areia (vantagens e desvantagens, dependendo do que se procura), significa que é sempre normal que haja algum coral na areia, mas como as fotos mostram, não é nada que seja um problema, de todo. Assim que percebemos quais as melhores zonas para fazer praia e as melhores para fazer snorkelling, era só uma questão de escolher o que preferiamos fazer nesse dia Mesmo em frente à nossa Villa, tinhamos ambas as coisas
Praia em frente à nossa Villa
Como disse, a praia do lado Norte é simplesmente lindíssima. Não vale a pena descrever a água, é só olhar para as fotos. Nem íamos ao outro lado, a não ser para passear a seguir ao almoço no restaurante/bar da praia. A temperatura da água era excelente, diria que rondaria os 28/29. Cheguei quase a dar a volta à ilha a fazer snorkelling, passando inumeras horas dentro de água, mesmo já ao fim do dia e nunca tive um assomo de frio.
No que toca ao snorkelling, mais à frente neste report poderão ver as maravilhas que se escondem nestes recifes.
Vista desde a ponta Norte da praia
Vista da zona das Water Villas, lado Sul da ilha
Face sul da ilha
Relax total no paraíso