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Ryanair - Acho que começa a ser preocupante......

Paulo Leite

Moderador Honorário
Staff
Fonte : Jornal Expresso


A companhia aérea low cost Ryanair registou nas últimas semanas vários incidentes em voos em Espanha e noutros países europeus, entre os quais várias aterragens de emergência, falhanços de motor e até um caso de pulgas num voo.
Os casos estão a suscitar ampla polémica, especialmente nas redes sociais, com a imprensa a relatar cinco incidentes registados esta semana, entre os quais aterragens de emergência, em aeroportos espanhóis, por falta de combustível.
Para agravar a polémica, esta semana a empresa registou vários outros casos, com cinco incidentes, o primeiro dos quais a 2 de setembro quando um avião foi obrigado a uma aterragem de emergência em Valência devido à despressurização da cabine. A empresa explica que o problema se deveu a "motivos técnicos de cariz leve".

Vários voos com pouco combustível
Dois dias depois um novo caso, desta vez em Lanzarote (Canárias), quando um avião da empresa pediu prioridade de aterragem por ter pouco combustível, reacendendo a polémica sobre a política low cost de poupança no carregamento do combustível. Uma situação que já ocorreu com voos da empresa em pelo menos três outros países: Reino Unido, Itália e Alemanha.
O dia mais negro da semana foi na sexta-feira, com vários casos relatados, primeiro com um voo para as Canárias que teve que regressar a Madrid onde foi obrigado a uma aterragem de emergência e depois com outro avião da Ryanair que teve que fazer uma aterragem de emergência em Bérgamo (Itália) por uma alegada avaria num motor.
O caso mais caricato ocorreu em Ciampino (Roma) quando os passageiros tiveram que ser assistidos nas urgências médicas por terem sido mordidos por insetos.

Aterragens de emergência
A empresa estava já a ser alvo de uma investigação espanhola e outra europeia, para determinar se atuou ou não com irresponsabilidade em vários outros casos - três no mesmo dia - em que aviões da empresa realizaram aterragens de emergência no aeroporto de Valência por falta de combustível.
A agencia estatal de segurança aérea, organismo dependente do Ministério do Fomento, quer determinar, segundo dados da investigação, as "responsabilidades que a Ryanair possa ter nos casos", que ocorreram em julho e agosto. Associações de consumidores querem uma multa de quatro milhões de euros e que a licença da Ryanair seja suspensa três anos.
O processo começou depois de três aviões, desviados do aeroporto de Madrid por uma tempestade elétrica para Valência, terem solicitado aterrar de emergência por falta de combustível.
Quando chegaram a Valência os aviões estiveram que permanecer em espera, a voar, para poder aterrar mas três aviões da Ryanair acabaram por comunicar à torre que o seu combustível se aproximava dos níveis mínimos permitidos. A torre acabou por lhes dar prioridade na lista de espera para a aterragem de emergência.
A empresa defendeu já as suas ações, afirmando que todos os voos operam com níveis de combustível exigidos pela Boeing e pela Agência Europeia de Segurança Aérea.
No caso de Valência, afirmam, os aviões esperaram 50, 68 e 69 minutos e solicitaram aterragem de emergência por terem alcançado o nível mínimo de reserva de combustível que permite que cada avião possa operar durante 30 minutos adicionais de voo, ou 480 quilómetros.
A imprensa inglesa noticiou recentemente que a Ryanair deu instruções aos seus pilotos para que carreguem a bordo o nível mínimo possível de combustível. Qualquer excesso tem que ser justificado por escrito.
 

ploferreira

Administrador
Staff
Não vejo motivo para este tipo de noticias, no caso de valência, houve pelo menos mais uma companhia a aterrar de emergência pelos mesmos motivos mas que não foi falada na imprensa...

Se colocarem um avião da TAP ou da Ibéria em espera 70 minutos após ter de divergir de certeza que ele também vai declarar emergência...
 

Torgut

Membro Novo
A campanha anti Ryanair não é de agora nem deixa dúvidas. Existe uma guerrilha muito activa, com muito suporte nos media (vá-se lá saber porquê.....) e estas notícias são comuns. Depois, desmontam-se as coisas, e não resta nada.

Aliás, a menção a pulgas, só por si, destroi logo a credibilidade da notícia e do pseudo-jornalista que a redige. Quer dizer... se eu for ali ao McDonalds, me sentar, e apanhar uma pulga que o cliente que saiu há 2 minutos lá deixou, a culpa é do restaurante? Gostaria que ouvir da boca do senhor pseudo-jornalista se a British Airways, a Lufthansa ou a Iberia passam os seus passageiros por uma daquelas máquinas de desinfestação com DDT ao bom estilo dos campos de prisioneiros da 2ª Guerra Mundial, ou senão, se o senhor pseudo-jornalista tem alguma solução brilhante que possa ensinar à Ryanair para tratar com estes casos. Tudo isto assumindo que aquestão das pulgas não é um boato criado por algum passageiro ressabiado por, apesar de estar escrito por todo o lado e apresentando umas dez vezes desde o momento em que abriu o website pela primeira vez, ele se ter apresentado na porta de embarque com uma mala do tamanho de um bau.

Depois, a organização (err.... quer dizer... falta dela) do aeroporto de Madrid é notória e aquilo que sucedeu é da responsabilidade do sistema aeroportuário espanhol, que é ridiculamente mau.

É curioso que não vi muitas notícias nem muitos ecos ao avião da TAP que aterrou de emergência, não porque dai uma hora ia ficar sem combustível (sabem os aviões têm esta chatice, não têm depósitos infinitos de combustível e se a incompetência de quem controla o aeroporto não os deixa aterrar, eventualmente este acaba-se) mas porque, vejam lá esta questão de somenos importância, o cockpit se encheu de fumo. O que é lá isso! Grave mesmo é o piloto sentir um comichão no pescoço e pensar se não teria apanhado uma pulga de um dos sarnentos passageiros da Ryanair que se cruzaram com ele no terminal.

E dito isto tudo, tenho que acrescentar uma coisa: depois de anos a fio e uns 50 vôos com a Ryanair, evito ao máximo recorrer à empresa porque considero que os seus esquemas e estratagemas e a sua vontade de ser desagradável para com os clientes chegou ao limite da minha paciência. Já não posso com o website desfuncional, com o aumento de preços que ameaça deixar de justificar a falta de qualidade de serviço, com rotas canceladas à última da hora, com SEO's marados da cachimónia, com caminhadas de centenas de metros para embarcar e desembarcar e por ai em diante.
 

Flecha

Membro Conhecido
tenho de citar um colega forista de outro forum, e no qual partilho a mesma opnião

Boas

Eu não consigo acreditar que algum Comandante leve menos combustível do que aquele mínimo que está legislado, agora crucificar a companhia sem saber os motivos reais...começa a cheirar a campanha para denegrir a imagem.

Ninguém sabe se o avião entrou em espera, e quanto tempo esteve na mesma, restrições de ATC, etc. Existem n condicionantes que não aparecem....

A TAAG teve duas falhas de motor quase seguidas, e teve inclusivé a frota de 777 no chão, e na altura a imprensa andava calminha, com algumas notícias, mas de cariz objectivo, com a Ryan as notícias vem sempre enviesadas à partida.....

Vamos aguardar....até porque companhias de bandeira tem falhas muito mais graves e todos assobiam para o lado.... (não restou a falar da TAP)
 
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