blueorquidea
Membro
Milagre dos milagres estive de folga no feriado de 15 de Agosto. O meu namorado também. Assim que soube disso deitei mãos à obra, à procura de um passeio que não fosse muito longe de Lisboa, que não ficasse muito caro nem estivesse cheio de gente.
Queria ir ao Portinho da Arrábida mas o J. lembrou-me, e bem, que a margem sul num feriado com 35º de temperatura iria estar intransitável.
Não precisei de muito trabalho para arranjar duas sugestões: Sintra ou Almourol. Bem sei que Sintra é um sítio lindíssimo, mas já lá tinha estado de fugida, e desta vez quisemos fugir para outro lado. Escolhemos visitar o castelo de Almourol, há tanto tempo na lista de sítios a visitar e nunca se havia proporcionado. Pelo caminho parámos em Vila Nova da Barquinha e em Tancos e, após a visita ao castelo, voltámos para Lisboa. Aqui fica um pequeno report, o meu primeiro e pequeno contributo para este fórum.
Saímos de Lisboa pouco passava das 10h da manhã pois queríamos aproveitar bem o dia. A viagem durou menos de hora e meia, portanto ainda não era meio-dia e já estávamos em Vila Nova da Barquinha. Com a ajuda da Cecília (o nosso GPS ) chegámos num instante onde queríamos. Ela de vez em quando fica um bocado perdida, mas desta vez até se portou bem.
1ª paragem - Parque Almourol, Vila Nova da Barquinha. É um imenso espaço verde, com cerca de 12km, mas nós não o percorremos todo. Afinal, eram 12 horas e estavam 35º à sombra, impossível atravessar o parque todo. Segundo li, os arquitectos responsáveis por esta requalificação ganharam um prémio pela mesma. O parque é agradável, efectivamente. É grande, tem uma zona infantil bastante completa e tem uma vista deslumbrante junto à beira-rio.
Queria ir ao Portinho da Arrábida mas o J. lembrou-me, e bem, que a margem sul num feriado com 35º de temperatura iria estar intransitável.
Não precisei de muito trabalho para arranjar duas sugestões: Sintra ou Almourol. Bem sei que Sintra é um sítio lindíssimo, mas já lá tinha estado de fugida, e desta vez quisemos fugir para outro lado. Escolhemos visitar o castelo de Almourol, há tanto tempo na lista de sítios a visitar e nunca se havia proporcionado. Pelo caminho parámos em Vila Nova da Barquinha e em Tancos e, após a visita ao castelo, voltámos para Lisboa. Aqui fica um pequeno report, o meu primeiro e pequeno contributo para este fórum.
Saímos de Lisboa pouco passava das 10h da manhã pois queríamos aproveitar bem o dia. A viagem durou menos de hora e meia, portanto ainda não era meio-dia e já estávamos em Vila Nova da Barquinha. Com a ajuda da Cecília (o nosso GPS ) chegámos num instante onde queríamos. Ela de vez em quando fica um bocado perdida, mas desta vez até se portou bem.
1ª paragem - Parque Almourol, Vila Nova da Barquinha. É um imenso espaço verde, com cerca de 12km, mas nós não o percorremos todo. Afinal, eram 12 horas e estavam 35º à sombra, impossível atravessar o parque todo. Segundo li, os arquitectos responsáveis por esta requalificação ganharam um prémio pela mesma. O parque é agradável, efectivamente. É grande, tem uma zona infantil bastante completa e tem uma vista deslumbrante junto à beira-rio.
Deixo-vos algumas fotos.
Depois de caminharmos um pouco pelos jardins, sentámo-nos numa das muitas esplanadas. Eu com um copo de sangria na mão e o J, como bom condutor, com uma água com gás. Fomos à beira-rio e voltámos, prontos para o próximo destino.
Mais fotos:
Acabei por não muitas tirar fotos fora do parque porque descobri que a máquina estava com pouca bateria. Também não fui ver a Praça de Toiros, que é a segunda mais antiga do país. Mas nós não suportamos tourada e nem que fosse a mais antiga do mundo iria perder tempo a visitá-la. Contudo, pelas buscas que fiz, é um dos locais a visitar para quem vai a Vila Nova da Barquinha, vila fundada em finais do século XVIII e, nessa época, chamada apenas de Barca.
Passando à frente... posso dizer também que vi no parque um campo de ténis, um de futebol e basquetebol, mesas de piquenique. Enfim, um espaço muito agradável e no qual vale a pena perdermo-nos.
Seguimos caminho, com o auxílio da Cecília. Encalorados, já esfomeados, mas contentes.
2ª paragem - Tancos. Não é que tenha muito que ver, mas as vistas sobre o rio são fantásticas. Foi aqui que almoçámos, no restaurante mais conhecido da área (se calhar até é o único eheh) - Restaurante Almourol. Estava cheio, tivemos de esperar um pouco, mas fomos bem atendidos. Enquanto esperámos fizemos as nossas escolhas e, deste modo, quando chegámos à mesa já não demorou muito. Pelo que vi, é o procedimento habitual, pois havia mais gente à espera e foi assim com todos. Em relação à comida, estava bastante boa, não comemos nenhuma daquelas especialidades famosas por lá: eu comi um belo bacalhau casa e o meu namorado um bife em mostarda. Já em relação ao preço, foi um pouco caro, mas sabía ao que íamos. Sem cafés, nem vinhos, pagámos 40 euros e qualquer coisa. Atendimento e comida de qualidade, valeu a pena, mas encareceu a viagem.
Aqui ficam algumas fotos.
Fomos até à beira rio, observar o Arripiado, uma aldeia mesmo em frente, de casas brancas e vista para o Tejo. Sentámo-nos à sombra, para relaxar um pouco, apreciar a brisa e a vista e, claro, namorar. Objectivos cumpridos, seguimos viagem. Já passava das 3 da tarde e o calor continuava abrasador.
3ª paragem - Almourol. O castelo fica no meio do nada, apenas com um café/bar/esplanada e o parque de estacionamento por companhia. Surge-nos, imponente, no fundo da descida, solitário e calmo no meio do rio, na sua ilhota. Segundo o senhor das travessias, de manhã pela fresquinha, com o rio baixo, consegue atravessar-se a pé a partir da margem em frente ao estacionamento. Subir aquilo tudo depois é que não deve ser fácil.
Tivemos de esperar um pouco pela próxima travessia, e aproveitei para tentar carregar a bateria da máquina um pouco, mas ela recusou-se a trabalhar no preciso momento em que chegámos ao grande destino do passeio. Resultado: fotos com o telemóvel, que não é tecnologia de ponta mas até me surpreendeu pela positiva. Lá entrámos no barquito, 1,50Euro por pessoa, ida e volta. Acho que nem 10 minutos demora a viagem até ao cais da ilhota. Primeira sensação: xii, ainda temos que subir um bocado até ao castelo.
Em redor, cactos e mais cactos, protecções a delimitarem o caminho de acesso, mas, ainda assim, o percurso não é fácil, tem pedras salientes (dei cabo das sandálias), pelo que aconselho ténis. Lá chegámos ao arco de entrada. "Bem, isto é mesmo grande". Infelizmente, boa parte da estrutura está vedada, não é que o esteja literalmente, mas tem placas a dizer "Perigoso - Acesso proibido", embora nem uma corda lá esteja a servir de barreira. Entretanto chegámos à entrada para o interior do castelo, que foi reconstruído com escadas de madeira. "Ufa, tanta escadaria. Degraus e mais degraus, apertaditos e pequeninos".
Eu não tenho medo de alturas nem vertigens, mas algumas escadas e pontes em geral deixam.me os nervos em franja. Escadarias daquelas em que se vê o chão enquanto se sobe, ou daquelas nas quais quase não se tem espaço para colocar o pé... Quando vi o que teria de subir para chegar ao topo exterior ia-me dando uma coisa. Agarrei-me ao corrimão com força e comecei a empreitada.
Mas valeu a pena. A paisagem é deslumbrante, vemos o rio até ao horizonte, a vegetação (que sítio tão verde!), os patinhos lá em baixo, as pessoas à espera. Não aconselhado a quem sofra de vertigens, aquilo está mesmo alto, e olhamos para baixo e lá estão as muralhas, e o chão, e as água. Mete respeito.
Cá vos deixo as fotos possíveis, todas tiradas com o telemóvel.
Em suma, adorei a paisagem, mas estava à espera de mais. De poder visitar mais partes do castelo, mas afinal só se pode ir até lá acima. Claro que é muito bonito, e vale a pena, mas as entidades responsáveis deveriam tentar recuperar/restaurar/conservar o restante espaço, ao invés de se limitarem a espetar placas a avisar que é perigoso.
Mas visitem, a paz lá em cima é indescritível (apesar de ter o coração a mil depois daquela escadaria)...