Foi uma viagem de 8 dias por Marrocos de carro sem guias nem excursões, tudo por nossa conta e depois de muitos km rodados espero dar o meu contributo e dar a conhecer um pouco este belo país aqui tão perto.
Ponderámos levar o nosso carro mas os preços das rent a car e o preço de transportar o carro no ferry, ficava "ela por ela", pelo que decidimos alugar um carro através do Rentalscar.
Dica nº1 - Se não gostar de conduzir, se sentir dificuldades de conduzir em Lisboa XP, ou simplesmente stressar muito no trânsito, NÃO FAÇA UMA VIAGEM DESTE TIPO! No entanto, se respeitar todas as velocidades, se tiver os olhos e reflexos com bom desempenho, se gostar de andar de carrinhos de choque e não bater, sim aqui vale tudo, menos desrespeitar a autoridade! Aconselho uma viagem destas, mas não é facil conduzir em Marrocos.
Esteja preparado para uma operação STOP na maior das entradas ou saídas da maioria das vilas/cidades, e muitos radares de velocidades, mas muitos... as estradas nacionais atravessam vilas muito extensas, onde o transito é caótico, policiamento, bicicletas, carroças, pessoas a atravessar a estrada, nao se respeita sinais nem linhas, veiculos en contra-mão, enfim vale tudo, menos desrespeitar a velocidade.
Dica nº2 - O que há mais em Marrocos são carros batidos, oficinas, bate-chapas, vendedores de pneus, pense bem em levar ou não o seu carro. Se preferir alugar um carro, opte por uma rent a car de renome internacional, com a Hertz ou Europcar e não por uma agencia local.
Caímos no erro de alugar um carro numa empresa chamada Green Motion, no centro da cidade de Tanger, apesar de terem preços mais baratos o serviço é péssimo! Tinhamos o Voucher do aluguer, com as condições, local de levantamento, e outras tantas coisas, mas parece que não serviu de muito...
Dia 1 - O primeiro dia foi o dia de viagem entre Portugal e Tarifa (Espanha), que após 5 horas de viagem, pernoitamos no Hostel Las Margaritas, perto do porto de ferrys, o alojamento era razoável, para aquilo que queriamos serviu perfeitamente, que era descansar, para na manha seguinte apanharmos o ferry para Tanger.
Dia 2 - Deixámos o carro no parque pago do porto de Tarifa e fomos comprar os bilhetes do Ferry, aqui operam 2 empresas a Intershiping e a FRS, optámos por esta ultima apenas em função dos horários que melhor nos serviram, o preço foi 66€ ida e volta por pessoa. Na compra dos bilhetes entregam-nos 2 papeis para preencher com os nossos dados pessoais, 1 branco para entrada em Marrocos e 1 amarelo para a saida de Marrocos. Barco bastante bom e faz a viagem em 45 minutos. No próprio barco existe um balcão onde a policia carimba os passaportes durante a viagem, tornando a entrada em Marrocos muito fácil.
Chegando a Tanger, apanhamos um táxi (depois de regatearmos o preço pagamos 50 DH) para a morada da rent a car que estava no voucher, conclusão naquela morada não existia nenhuma rent a car, la o taxi andou a ligar para a sede em Marrocos em Casablanca e com mais não sei quantos, lá nos deixou num local onde alguem nos esperaria... Acabámos por pagar 100 DH ao taxista pois aindou ali meia hora conosco às voltas...
Chegados ao novo endereço fomos recebidos pelo agente do rent a car que só falava árabe e umas 4 ou 5 palavras em francês... fantástico... alguem que supostamente trabalha com turismo e temos de falar por linguagem gestual... Acabámos por perder uma manha na rent a car... ainda tiveram que buscar o carro ao aeroporto e no final entregaram-nos um Kia Picanto, sujo, com várias batidas, filtros do ar condicionado cheios de pó, deposito na reserva e no contrato dizia cheio para cheio, enfim... só queriamos começar esta jornada e sair dali...
Em 2 horas chegámos à bonita cidade azul, Chefchaouen. Ficámos alojados numa magnifica Dar Dadicilef no centro da medina, andámos pela medina, vimos bastantes lojas, aqui os vendedores não faziam muita pressão, cidade tranquila e muito bonita. Os pontos de referência estão muito próximos uns dos outros, acábamos por jantar num restaurante bastante recomendado no Tripadvisor, e decidimos experimentar a nossa primeira Sopa Harira e Tagine de borrego, mal sabiamos que durante a proxima semana seriamos quase forçadamente alimentados a este menu em todas as refeições... não foi fácil...
Já tinha pesquisado que Marrocos era o principal produtor de Marijuana do mundo, pois aqui é legal produzir para consumo próprio, e que grande parte do cultivo estaria nas montanhas circundades a esta região... Mal chegava a noite, a medina deixou de cheirar a especiarias e incensos para cheirar a erva e os vendedores também eram outros... Recolhemos à Riad, onde bebemos chá e café e passámos o resto da noite.
Dia 3 - Acordámos cedo, tomámos o pequeno-almoço e fizemo-nos à estrada em direção à costa, o destino era o Mogador, atual El Jadida, a ultima cidade portuguesa em Marrocos. Após 6 horas de viagem pela Nacional e auto-estrada chegámos ao destino. A condução pela nacional foi um pouco penosa, requer bastante concentração e uma boa dose de paciência.
Lá paramos na guarda, excesso de velocidade! Havia um guarda com um radar à entrada de uma localidade (como existe na maior parte delas), o limite era 60km/h e o radar acusou 74km/h, o guarda pediu 400DH, mas após um choradinho, ficou em 150DH, e não era que no papel da infração dizia marcava este valor, acredito que este tenha sido o valor correto desta infração. Paramos num restaurante como muitos em Marrocos, com carcaças de cabras e borregos pendurados ao ar livre, pedimos 1kg de costeletas de borrego e 1 bife de entrecote de novilho, acompanhado com tagine de legumes, o preço ficou +- 12€.
No Mogador, que se apresentou como uma cidade muito maior do que aquilo que pensáva, visitámos o Forte Português e a cisterna portuguesa, passeámos um pouco pela zona mais movimentada da cidade, e fomos jantar um restaurante de peixe. O peixe e marisco em Marrocos é muito bom, por vezes não é cozinhado da maneira que estamos habituados, mas a melhor parte é o baixo custo, para vos dar um exemplo, sardinhas a 2€, salmonetes grandes custavam 6€/kg, douradas e robalos frescos a 8/10€ carabineiros a 12€, lagostas a 20€, por ai..., vale a pena comprar! Jantámos Sardinhas grelhadas e salmonetes grelhados com salada, pagámos 10€.
Dia 4 - Fizemos a estrada junto à costa com destino ao Mazagão ou Essaouira, pelo meio parámos no pequena vila chamada de Oualidia, a qual foi recomendada pelo gerente da Riad que ficámos na noite anterior. Oualidia é uma vila piscatória, com turismo balnear durante o Verão, mas neste momento apenas havia residentes. Nesta vila é possivel ver os pescadores a chegarem com os barcos e a venderem o peixe na praia muito barato. Na praia existe pessoas que acendem o grelhador para quem queira comer na praia. Como ainda era de manhã seguimos a estrada. Passámos ainda por uma cidade chamada de Safim, que possui uma grande industria conserveira, sendo que desde a entrada à saída da cidade, o cheiro a peixe era intenso.
Chegámos a Essaouira, cidade com muito turismo, caminhámos pelo forte, pela zona junto à praia e pelo porto. É uma cidade costeira bonita, que é maioritariamente visitada através de excursões vindas de Marraquexe.
Ponderámos levar o nosso carro mas os preços das rent a car e o preço de transportar o carro no ferry, ficava "ela por ela", pelo que decidimos alugar um carro através do Rentalscar.
Dica nº1 - Se não gostar de conduzir, se sentir dificuldades de conduzir em Lisboa XP, ou simplesmente stressar muito no trânsito, NÃO FAÇA UMA VIAGEM DESTE TIPO! No entanto, se respeitar todas as velocidades, se tiver os olhos e reflexos com bom desempenho, se gostar de andar de carrinhos de choque e não bater, sim aqui vale tudo, menos desrespeitar a autoridade! Aconselho uma viagem destas, mas não é facil conduzir em Marrocos.
Esteja preparado para uma operação STOP na maior das entradas ou saídas da maioria das vilas/cidades, e muitos radares de velocidades, mas muitos... as estradas nacionais atravessam vilas muito extensas, onde o transito é caótico, policiamento, bicicletas, carroças, pessoas a atravessar a estrada, nao se respeita sinais nem linhas, veiculos en contra-mão, enfim vale tudo, menos desrespeitar a velocidade.
Dica nº2 - O que há mais em Marrocos são carros batidos, oficinas, bate-chapas, vendedores de pneus, pense bem em levar ou não o seu carro. Se preferir alugar um carro, opte por uma rent a car de renome internacional, com a Hertz ou Europcar e não por uma agencia local.
Caímos no erro de alugar um carro numa empresa chamada Green Motion, no centro da cidade de Tanger, apesar de terem preços mais baratos o serviço é péssimo! Tinhamos o Voucher do aluguer, com as condições, local de levantamento, e outras tantas coisas, mas parece que não serviu de muito...
Dia 1 - O primeiro dia foi o dia de viagem entre Portugal e Tarifa (Espanha), que após 5 horas de viagem, pernoitamos no Hostel Las Margaritas, perto do porto de ferrys, o alojamento era razoável, para aquilo que queriamos serviu perfeitamente, que era descansar, para na manha seguinte apanharmos o ferry para Tanger.
Dia 2 - Deixámos o carro no parque pago do porto de Tarifa e fomos comprar os bilhetes do Ferry, aqui operam 2 empresas a Intershiping e a FRS, optámos por esta ultima apenas em função dos horários que melhor nos serviram, o preço foi 66€ ida e volta por pessoa. Na compra dos bilhetes entregam-nos 2 papeis para preencher com os nossos dados pessoais, 1 branco para entrada em Marrocos e 1 amarelo para a saida de Marrocos. Barco bastante bom e faz a viagem em 45 minutos. No próprio barco existe um balcão onde a policia carimba os passaportes durante a viagem, tornando a entrada em Marrocos muito fácil.
Chegando a Tanger, apanhamos um táxi (depois de regatearmos o preço pagamos 50 DH) para a morada da rent a car que estava no voucher, conclusão naquela morada não existia nenhuma rent a car, la o taxi andou a ligar para a sede em Marrocos em Casablanca e com mais não sei quantos, lá nos deixou num local onde alguem nos esperaria... Acabámos por pagar 100 DH ao taxista pois aindou ali meia hora conosco às voltas...
Chegados ao novo endereço fomos recebidos pelo agente do rent a car que só falava árabe e umas 4 ou 5 palavras em francês... fantástico... alguem que supostamente trabalha com turismo e temos de falar por linguagem gestual... Acabámos por perder uma manha na rent a car... ainda tiveram que buscar o carro ao aeroporto e no final entregaram-nos um Kia Picanto, sujo, com várias batidas, filtros do ar condicionado cheios de pó, deposito na reserva e no contrato dizia cheio para cheio, enfim... só queriamos começar esta jornada e sair dali...
Em 2 horas chegámos à bonita cidade azul, Chefchaouen. Ficámos alojados numa magnifica Dar Dadicilef no centro da medina, andámos pela medina, vimos bastantes lojas, aqui os vendedores não faziam muita pressão, cidade tranquila e muito bonita. Os pontos de referência estão muito próximos uns dos outros, acábamos por jantar num restaurante bastante recomendado no Tripadvisor, e decidimos experimentar a nossa primeira Sopa Harira e Tagine de borrego, mal sabiamos que durante a proxima semana seriamos quase forçadamente alimentados a este menu em todas as refeições... não foi fácil...
Já tinha pesquisado que Marrocos era o principal produtor de Marijuana do mundo, pois aqui é legal produzir para consumo próprio, e que grande parte do cultivo estaria nas montanhas circundades a esta região... Mal chegava a noite, a medina deixou de cheirar a especiarias e incensos para cheirar a erva e os vendedores também eram outros... Recolhemos à Riad, onde bebemos chá e café e passámos o resto da noite.
Dia 3 - Acordámos cedo, tomámos o pequeno-almoço e fizemo-nos à estrada em direção à costa, o destino era o Mogador, atual El Jadida, a ultima cidade portuguesa em Marrocos. Após 6 horas de viagem pela Nacional e auto-estrada chegámos ao destino. A condução pela nacional foi um pouco penosa, requer bastante concentração e uma boa dose de paciência.
Lá paramos na guarda, excesso de velocidade! Havia um guarda com um radar à entrada de uma localidade (como existe na maior parte delas), o limite era 60km/h e o radar acusou 74km/h, o guarda pediu 400DH, mas após um choradinho, ficou em 150DH, e não era que no papel da infração dizia marcava este valor, acredito que este tenha sido o valor correto desta infração. Paramos num restaurante como muitos em Marrocos, com carcaças de cabras e borregos pendurados ao ar livre, pedimos 1kg de costeletas de borrego e 1 bife de entrecote de novilho, acompanhado com tagine de legumes, o preço ficou +- 12€.
No Mogador, que se apresentou como uma cidade muito maior do que aquilo que pensáva, visitámos o Forte Português e a cisterna portuguesa, passeámos um pouco pela zona mais movimentada da cidade, e fomos jantar um restaurante de peixe. O peixe e marisco em Marrocos é muito bom, por vezes não é cozinhado da maneira que estamos habituados, mas a melhor parte é o baixo custo, para vos dar um exemplo, sardinhas a 2€, salmonetes grandes custavam 6€/kg, douradas e robalos frescos a 8/10€ carabineiros a 12€, lagostas a 20€, por ai..., vale a pena comprar! Jantámos Sardinhas grelhadas e salmonetes grelhados com salada, pagámos 10€.
Dia 4 - Fizemos a estrada junto à costa com destino ao Mazagão ou Essaouira, pelo meio parámos no pequena vila chamada de Oualidia, a qual foi recomendada pelo gerente da Riad que ficámos na noite anterior. Oualidia é uma vila piscatória, com turismo balnear durante o Verão, mas neste momento apenas havia residentes. Nesta vila é possivel ver os pescadores a chegarem com os barcos e a venderem o peixe na praia muito barato. Na praia existe pessoas que acendem o grelhador para quem queira comer na praia. Como ainda era de manhã seguimos a estrada. Passámos ainda por uma cidade chamada de Safim, que possui uma grande industria conserveira, sendo que desde a entrada à saída da cidade, o cheiro a peixe era intenso.
Chegámos a Essaouira, cidade com muito turismo, caminhámos pelo forte, pela zona junto à praia e pelo porto. É uma cidade costeira bonita, que é maioritariamente visitada através de excursões vindas de Marraquexe.
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