Riviera Maya
Ao ler os posts colocados aqui quase diariamente, fico com algumas duvidas se o México onde estive praticamente 2 semanas, e de onde regressei na segunda-feira, é o mesmo México que aqui descrevem…Tenho a sensação de que existem 2 lugares com o mesmo nome e eu fui para o menos bom!!! Passo a explicar esta minha dúvida. O México onde eu estive, não é de todo e na minha modesta opinião, um destino de sonho, paradisíaco e perto do céu como eu já li…É um turismo de massas (americanos e canadianos na sua essência), onde tudo é padronizado, desde a oferta hoteleira às excursões propostas. Haverá com toda a certeza algumas (poucas) unidades mais exclusivas cujos serviços oferecidos sejam distintos dos restantes, no entanto eu desconheço-os.
Houve momentos, em que ao passar pela 5ª avenida, tinha a sensação de estar na baixa de Albufeira, em pleno mês de Agosto.
Palmilhar a pé, ou de bicicleta o condomínio Playacar, foi similar a fazê-lo em Vale do Lobo ou Quinta do Lago, sob pena de estar a ser injusta para aquilo que é nacional.
Riu Yucatan, não é de todo um hotel da categoria pelo qual é vendido nas brochuras (5***** lujo), quartos a necessitarem de remodelação urgente, muito básicos, e pouco atraentes, contudo primam pela limpeza, verdade seja dita.
A animação é variada mas pouco convidativa. A comida é de boa qualidade e em quantidade, mas ao terceiro dia já sabemos a ementa de cor e salteado. Houve um único dia temático. Pessoal muito simpático e atencioso, nada a assinalar. Em conversa, com alguns dos empregados fiquei a saber que trabalham 12h por dia e ganham cerca de 48 pesos por dia… (daí andarem constantemente atrás de gorjetas, um pouco à semelhança do que acontece noutros países como no Egipto p.e.). Fui almoçar ao Riu Tequilla e ao Riu Playacar, não constatei quaisquer diferenças.
Acho que a piscina não foi limpa uma única vez durante o período que lá estive. O lixo que estava no fundo da mesma permaneceu durante dias e dias no mesmo sítio.
Os desportos aquáticos (jetski, parasailing – que foi o que fizemos) custam o mesmo que no Algarve, pena é não termos aquele azul-turquesa e aquela temperatura da água do mar…
Excursões – Xcaret, fiz praticamente todas as actividades pagas e não pagas, desde o Seatrek a nadar com tubarões, achei os preços muito inflacionados, e apesar de ter gostado, não me deslumbrou. Adorei o espectáculo nocturno, que nos recorda o quanto aquele povo foi massacrado pelos colonizadores e com quem hoje convive “sem ressentimentos”.
Chichen Itza, era uma das (poucas) maravilhas do mundo que me faltava visitar, mas não senti aquele “friozinho” no estômago, que senti por exemplo ao entrar dentro da Grande Pirâmide no Egipto. Tivemos a sorte de contratar um guia oficial que era uma verdadeira enciclopédia e debitava conhecimento e curiosidades sobre o local e sobre os povos que ali habitaram, que nos deliciaram.
Valladolid, Coba, Tullum, mais do mesmo…
Cancún, a urbe do turismo… a zona hoteleira, uma espécie de Puerto Banús (Marbella) em XXL, mas gostei, pareceu-me limpa e organizada. Já a zona fora daquele anel turístico, é igual a qualquer cidade que vive o seu dia-a-dia, um pouco à margem dos turistas.
Isla Mujeres, já não tive tempo de lá ir.
Cozumel, depois de uma viagem de +/- 40m num mar demasiado agitado para o meu gosto (odeio barcos), mas com animação, uma banda a tocar ao vivo a bordo, o que achei deveras interessante, lá chegamos a bom porto. Almoçamos no Hard Rock Café (que eles dizem ser o mais pequeno do mundo, mas não é… neste momento é o de Veneza). Passeamos por aquelas ruelas, fomos à praia e pouco mais, achei as pessoas menos simpáticas que no continente. Como ilha, devo confessar que depois de conhecer as ilhas de Hydra e Poros (Grécia), por exemplo, sobre a ilha de Cozumel para quem não faz mergulho como eu, posso dizer que gostei mas não me apaixonei…
Já a ilha de Hydra…é uma verdadeira pérola (onde não existe um único carro).
Falta-me falar dos cenotes, essa maravilha da natureza… Imperdíveis de facto.
Outra curiosidade que me fascinou foram os cemitérios… Já tinha visto algo sobre eles na net, mas in loco, são algo indescritível, a criatividade é ilimitada!!!!
Já me alonguei demasiado neste meu post, e de um modo geral não vou dizer que não gostei, porque tal não é verdade, gostei mas não amei. Para quem como eu tem a felicidade de viver em frente à praia 365 dias por ano, numa zona turística por excelência, acabamos sempre por criar termos de comparação e caímos na tentação de por vezes sermos até injustos. Mas quando se viaja, nunca se perde tempo ou dinheiro, aprende-se sempre muito e enriquecemos enquanto seres humanos, e como dizia Amir Clink “ …Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser…”
Bom dia, e boas viagens!!!!
Ao ler os posts colocados aqui quase diariamente, fico com algumas duvidas se o México onde estive praticamente 2 semanas, e de onde regressei na segunda-feira, é o mesmo México que aqui descrevem…Tenho a sensação de que existem 2 lugares com o mesmo nome e eu fui para o menos bom!!! Passo a explicar esta minha dúvida. O México onde eu estive, não é de todo e na minha modesta opinião, um destino de sonho, paradisíaco e perto do céu como eu já li…É um turismo de massas (americanos e canadianos na sua essência), onde tudo é padronizado, desde a oferta hoteleira às excursões propostas. Haverá com toda a certeza algumas (poucas) unidades mais exclusivas cujos serviços oferecidos sejam distintos dos restantes, no entanto eu desconheço-os.
Houve momentos, em que ao passar pela 5ª avenida, tinha a sensação de estar na baixa de Albufeira, em pleno mês de Agosto.
Palmilhar a pé, ou de bicicleta o condomínio Playacar, foi similar a fazê-lo em Vale do Lobo ou Quinta do Lago, sob pena de estar a ser injusta para aquilo que é nacional.
Riu Yucatan, não é de todo um hotel da categoria pelo qual é vendido nas brochuras (5***** lujo), quartos a necessitarem de remodelação urgente, muito básicos, e pouco atraentes, contudo primam pela limpeza, verdade seja dita.
A animação é variada mas pouco convidativa. A comida é de boa qualidade e em quantidade, mas ao terceiro dia já sabemos a ementa de cor e salteado. Houve um único dia temático. Pessoal muito simpático e atencioso, nada a assinalar. Em conversa, com alguns dos empregados fiquei a saber que trabalham 12h por dia e ganham cerca de 48 pesos por dia… (daí andarem constantemente atrás de gorjetas, um pouco à semelhança do que acontece noutros países como no Egipto p.e.). Fui almoçar ao Riu Tequilla e ao Riu Playacar, não constatei quaisquer diferenças.
Acho que a piscina não foi limpa uma única vez durante o período que lá estive. O lixo que estava no fundo da mesma permaneceu durante dias e dias no mesmo sítio.
Os desportos aquáticos (jetski, parasailing – que foi o que fizemos) custam o mesmo que no Algarve, pena é não termos aquele azul-turquesa e aquela temperatura da água do mar…
Excursões – Xcaret, fiz praticamente todas as actividades pagas e não pagas, desde o Seatrek a nadar com tubarões, achei os preços muito inflacionados, e apesar de ter gostado, não me deslumbrou. Adorei o espectáculo nocturno, que nos recorda o quanto aquele povo foi massacrado pelos colonizadores e com quem hoje convive “sem ressentimentos”.
Chichen Itza, era uma das (poucas) maravilhas do mundo que me faltava visitar, mas não senti aquele “friozinho” no estômago, que senti por exemplo ao entrar dentro da Grande Pirâmide no Egipto. Tivemos a sorte de contratar um guia oficial que era uma verdadeira enciclopédia e debitava conhecimento e curiosidades sobre o local e sobre os povos que ali habitaram, que nos deliciaram.
Valladolid, Coba, Tullum, mais do mesmo…
Cancún, a urbe do turismo… a zona hoteleira, uma espécie de Puerto Banús (Marbella) em XXL, mas gostei, pareceu-me limpa e organizada. Já a zona fora daquele anel turístico, é igual a qualquer cidade que vive o seu dia-a-dia, um pouco à margem dos turistas.
Isla Mujeres, já não tive tempo de lá ir.
Cozumel, depois de uma viagem de +/- 40m num mar demasiado agitado para o meu gosto (odeio barcos), mas com animação, uma banda a tocar ao vivo a bordo, o que achei deveras interessante, lá chegamos a bom porto. Almoçamos no Hard Rock Café (que eles dizem ser o mais pequeno do mundo, mas não é… neste momento é o de Veneza). Passeamos por aquelas ruelas, fomos à praia e pouco mais, achei as pessoas menos simpáticas que no continente. Como ilha, devo confessar que depois de conhecer as ilhas de Hydra e Poros (Grécia), por exemplo, sobre a ilha de Cozumel para quem não faz mergulho como eu, posso dizer que gostei mas não me apaixonei…
Já a ilha de Hydra…é uma verdadeira pérola (onde não existe um único carro).
Falta-me falar dos cenotes, essa maravilha da natureza… Imperdíveis de facto.
Outra curiosidade que me fascinou foram os cemitérios… Já tinha visto algo sobre eles na net, mas in loco, são algo indescritível, a criatividade é ilimitada!!!!
Já me alonguei demasiado neste meu post, e de um modo geral não vou dizer que não gostei, porque tal não é verdade, gostei mas não amei. Para quem como eu tem a felicidade de viver em frente à praia 365 dias por ano, numa zona turística por excelência, acabamos sempre por criar termos de comparação e caímos na tentação de por vezes sermos até injustos. Mas quando se viaja, nunca se perde tempo ou dinheiro, aprende-se sempre muito e enriquecemos enquanto seres humanos, e como dizia Amir Clink “ …Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser…”
Bom dia, e boas viagens!!!!