http://expresso.sapo.pt/sindicatos-da-aviacao-civil-e-aeroportos-aderem-a-greve-geral=f762691
"Os oito sindicatos da aviação civil e aeroportos anunciaram hoje uma greve em todo o setor para o dia 14 de novembro, em comunicado conjunto, onde atacam fortemente o executivo de Pedro Passos Coelho.
Os sindicatos subscritores do documento são os das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), o Democrático dos Trabalhadores e Aeroportos e Aviação (SINDAV), o Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), o dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC), o dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), o Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), o dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e o dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA).
A greve é uma das ações conjuntas que decidiram fazer, argumentando com "a defesa de Portugal e dos trabalhadores que representam".
Falta de comunicação
Os sindicalistas queixam-se do Governo, argumentando com a ausência de "liderança, interlocutores credíveis, rumo, estratégia, diálogo [ou] comunicação".
Criticam que o executivo só comunique com os portugueses "através dos órgãos de comunicação social e, mais grave, através de consultores que nada representam".
Acentuam que apenas a Presidência da República respondeu positivamente a um dos vários pedidos de audiência que dirigiram aos ministérios das Finanças e da Economia e às comissões parlamentares de Economia e do Trabalho.
A mesma queixa de marginalização foi feita a propósito da privatização da TAP e ANA Aeroportos, sobre a qual não foram ouvidos "como parceiros sociais", apesar de os processos estarem "em acelerado andamento".
Os sindicatos "alertam" para a "importância de ativos como o transporte aéreo e a gestão aeroportuária numa economia futura, sólida e devidamente emancipada" e recordam que "muitos setores de atividade económica em Portugal já desapareceram".
Por outro lado, estes sindicatos destacam o facto de o Governo ter 'conseguido' "unir organizações que historicamente sempre foram heterogéneas, na sua génese, conceção e até filiação, bem como, nas suas formas de ação", acrescentando que a "descredibilização" do executivo os "obrigou a agir" com uma celeridade também inédita.
Críticos do que consideram ser "uma austeridade autista", os sindicatos alertam para o risco de, em resultado, se cair em "uma espiral depressiva, em que os esforços, desproporcionados, de pagamento de uma dívida, irão 'somente' destruir a economia, arrasando tudo."