Victor Morais
Membro
Este é o meu primeiro report, espero que ajude a convencer quem quer, ou está a pensar ir a Zanzibar, porque acreditem vale muito a pena!
Sinceramente, este ano ainda estou a decidir para onde ir de férias e já pensei em voltar a Zanzibar, pelo menos 10 vezes. Escrevo este report ano e meio após lá ter estado, com muitas saudades espero não me esquecer de nada importante.
Bem, vamos ao que interessa...Zanzibar!
Na altura de escolher o nosso destino de férias, em que pesquisamos sobre as Maldivas, Maurícias, Seicheles, etc... deparamo-nos com Zanzibar. Após alguma investigação (não foi muito fácil arranjar informação, principalmente da diferença entre o note e o sul) achámos interessante e foi assim que lá fomos parar.
Foi uma viagem a 4! Quatro amigos que decidiram fazer uma viagem de finalistas.
Para terem uma ideia relativamente aos voos, no dia 14 de Setembro partimos de Lisboa para o Dubai, pela Emirates e daí para Zanzibar pela Fly Dubai, onde aterramos de manhã cedo. No regresso voamos de Zanzibar para Dar es Salaam pela PrecisionAir, e daí para o Dubai pela Emirates, onde passamos 3 dias. À vinda para Lisboa viemos pela Emirates Dubai.
Pelos voos, comprados no site da Emirates, pagamos, pelo circuito inteiro, cerca de 900 euros, cada um, e compramos os voos separados.
Ao aeroporto de Zanzibar chegámos no dia 15. Aí foi preciso comprar o visto que custa cerca de 50 dólares (este valor tem mesmo que ser pago em dólares), e mostrar o boletim internacional de vacinação por causa da febre-amarela (é mesmo obrigatório). A isto juntem os 5 euros de gorjeta para nos darem as malas... na altura ainda não tínhamos xelins (moeda local).
A caminho do hotel parámos 3 vezes. A primeira para trocar dinheiro (e trocámos bastante), principalmente as notas grandes (tem mais valor que as restantes), e embora se possa pagar em euros ou dólares, compensa pagar em xelins, pois 1 Euro são aproximadamente 1600 xelins. Saímos de lá com milhões, e já levamos de antemão elásticos para as notas, que, acreditem, deu muito jeito!
A casa de cambio foi a recomendada pelo motorista, que nos levou em seguida a uma senhora na rua a quem, com 15 xelins, comprámos um cartão telefónico. Levámos um telemóvel desbloqueado já a pensar nesta compra, só mesmo para o caso de ser preciso. Foi com este que, mais tarde, contactamos com o nosso guia...de resto não lhe demos grande utilidade, mas o valor de custo foi irrisório.
Por fim, ao passar pelo meio de uma dessas aldeias, abrem-se dois portões, guardados por guerreiros Masai (grupo étnico africano deseminômadas... em Zanzibar, uma espécie de seguranças que encontramos, também, no Hotel), e ali estava o paraíso...o “Hotel Indigo”.
Ainda foram algumas horas até chegarmos... perdi a conta do tempo. Apesar da ilha ser pequena, o hotel ainda ficava relativamente longe de Stone Town (capital), pelo menos assim nos pareceu. Estávamos ansiosos para chegar e cansados das viagens, com calor...mas compensou. Mal eu sabia que era mesmo o paraíso. Sabem aqueles hotéis que nos fazem sentir em casa? Pois, neste fazem-nos sentir em casa da mãe, é impossível sermos melhor tratados.
Por curiosidade... as reservas do hotel foram feitas via Booking, acho que até hoje, de todos os hotéis por onde passei, foi onde me senti melhor. Para saberem mais: http://www.indigobeachzanzibar.com/.
Neste no hotel, no Sul ficámos 5 dias, e no Norte, que vos falo mais à frente, 4 dias, para conhecermos o maior número de coisas!
Apesar de não termos efectuado a reserva com meia pensão, quando chegamos decidimos alterar e passamos a jantar no hotel, onde a comida era muito boa.
O Jantar era sempre escolhido previamente, durante a manhã/tarde, para saberem com antecedência o que pretendíamos comer, e a que horas. Todos os dias comíamos peixe, por ser fresco e óptimo, e verdade seja dita depois da visita a Stone Town, ao mercado...que já falo nisso mais à frente... nem pensar em comer carne!!
No resto do nosso primeiro dia, arrumamos as coisas nos quartos, comemos qualquer coisa, marcamos o jantar, e ficamos o resto do dia pelo hotel, pela praia que era logo em frente.
No segundo dia, logo pela manhã encontrámos um senhor na praia que nos falou das excursões que podíamos fazer. Ao falar com ele percebemos que tinha uma empresa local, e que era o recomendado pelo hotel. Aliás foi neste dia que ficamos a saber, que aquando da união de Zanzibar à Tanzânia o sultão entregou a ilha a todos habitantes, por isso para construir algo na mesma é preciso o apoio da comunidade. Este senhor, cujo nome, infelizmente não me lembro, fazia parte da aldeia local, que permitiu a construção do hotel. Acertámos com ele a visita para o dia seguinte, com guia, à Spice Farm, não fosse Zanzibar conhecido por ser a ilha das especiarias, e a visita a Stone Town, por onde já tínhamos passado.
Ficamos o resto do dia pelo hotel, e pela praia para conhecermos o sitio. Ao andar poucos metros encontrámos um restaurante ainda em construção, e após conversa decidimos almoçar por lá. Nesse, perguntaram-nos o que queríamos comer, e escolhemos polvo e peixe (não me lembro qual), que eles foram nesse momento pescar!
O nosso peixe chegou poucos minutos antes da hora de almoço. Mais fresco impossível! Mas o melhor foi quando lançaram os polvos aos nossos pés, e nos deram um pau para irmos, literalmente, bater-lhes até ficarem bons. Certamente que ajudou! Foi das melhores refeições que já comi.
O resto do dia foi praia e piscina, piscina e praia, até sermos mordidos por uma Caravela Portuguesa...sim, eu sei, estamos do outro lado do mundo e somos mordidos por algo que tem a nossa nacionalidade.
A água estava turva, e ao mergulharmos acabou por fazer estragos em três de nós! Corremos para o hotel cheios de dores e tentámos explicar o que tinha acontecido. Só vimos os fios azuis e já depois de sermos mordidos (não deixem de pesquisar sobre a Caravela Portuguesa para a saberem reconhecer!).
No hotel a rapariga que nos socorreu trouxe Aloe Vera e pediu para esfregarmos nas zonas onde nos tinha tocado. Nisto, foi chamar um local, que nos trouxe cinzas para fazermos o mesmo. Nós, verdes de Aloe Vera e cobertos de cinza, cheios de dores, digamos que foi...maravilhoso!! A dor acabou por passar mas as marcas ainda ficaram, pelo menos, dois meses.
No dia seguinte, foi o dia das excursões que marcámos. Saímos cedo, logo a seguir ao pequeno-almoço, em direção a Spice Farm, que na minha opinião, vale muito a pena visitar. Para além de ajudarmos a comunidade que sustem esta atracão turística, é engraçado observarmos todos os frutos e sementes, e perceber os processos de plantação e desenvolvimento, que nos são devidamente apresentados. Zanzibar é conhecida por ser a ilha das especiarias.
Saímos de Spice Farm em direcção a Stone Town, onde nos encontrámos com um guia. Visitámos o antigo mercado de escravos, os palácios, e o mercado de carne e peixe. Aqui, posso dizer-vos que não vomitei por pouco, ou melhor, não vomitei porque na mala levava toalhitas de bébé e consegui fazer o mercado todo com uma toalhita à frente do nariz. De outra forma, não seria capaz! Quem for visitar é melhor ir-se preparando... Como vos disse, só comi peixe nesta viagem!
Ainda tivemos tempo para visitar as ruínas de uma antiga fortaleza portuguesa e foi bastante satisfatório ver os canhões em frente ao palácio ostentarem a coroa portuguesa.
Foi um dia bastante cansativo, eram 16 horas e ainda não tínhamos almoçado, por isso aconselho a fazer estas visitas em dias diferentes, para não vos acontecer o mesmo.
Voltámos para o hotel, pois o cansaço era tanto que já nem conseguimos almoçar na vila. E depois, a comida lá era mesmo maravilhosa, e fomos tão mimados que era tudo o que nos apetecia.
Nos dias seguintes fizemos Snorkeling Blue Safari. Gostei tanto de o fazer no sul como no norte, foi dos melhores e mais bonitos sítios onde já fiz.
Mais uma vez fomos transportados até outra comunidade que nos levou num barco local (construído na ilha) desde o sitio onde mergulhamos a um ilhéu lá perto onde almoçamos (estava incluído). Fizemos um pouco de praia e voltámos para a ilha num barco à vela, visto que para lá tínhamos ido num a motor.
Num destes dias que passámos no sul, fomos sair à noite com o nosso motorista (não sei se vos disse, mas ele é que nos transportava para todo o lado. Estava incluído no serviço que contratámos), com quem nos dávamos muito bem, e com uma amiga dele. Foi brutal! Começamos por um bar local, e a convivência, a música e o divertimento são brutais. A meio da noite fomos para um bar de turistas. Arrependemos-nos de ter trocado de bar, no primeiro não nos sentíamos inseguros, eles tem um sentido de comunidade muito grande, a dona, assim o aparentava, veio logo ter connosco para nos avisar para termos atenção às malas (que se usam para à frente) e dançamos e bebemos durante umas boas horas. No último bar não foi tão divertido.
No último dia completo no sul fomos visitar o The Rock, um bar que fica nas rochas. Optamos por não almoçar nem jantar lá. Estávamos rodeados de tão boa comida nos restaurantes à beira da praia e no hotel que não quisemos, fomos sim passar a tarde a beber uns copos, tirar umas fotos e ver a vista. Foi muito agradável e ainda aproveitamos para dar uns mergulhos na praia. Chegámos com a maré vazia e fomos embora com a maré cheia.
Os preços aqui não são baixos, mas também não são os mais altos, são preços considerados normais para nós, o que para lá, como é óbvio, é caro. Foi o primeiro sítio em que encontrámos um português. Não me recordo onde encontramos outro, mas estou certo que encontramos portugueses por duas vezes.
No sexto dia de viagem rumamos a norte, com aquele sentimento de: “fogo aqui no sul foi tão barato e tão bom, e agora vamos para um hotel grande vamos deixar de ser nós e vamos passar a ser um número.”
Uma viagem longa, tudo lá parece muito longe, e é sempre preciso passar por Stone Town, com bastante calor.
Quando chegamos ao nosso segundo hotel, fomos recebidos com uma bebida de “boas-vindas”, tal como é habitual. De referir que nos esquecemos de ter atenção e tinham colocado gelo no sumo. Escusado será dizer que ficámos os quatro a tomar imodium! Enfim, vínhamos mal habituados, o resto dos dias tivemos mais atenção ao que bebemos e comemos, em suma, nunca descobrimos o que que causou, mas não voltamos a beber sumo e passou.
Notámos, claramente, a diferença de um grande hotel para um pequeno, principalmente ao nível da comida.
O Hotel Mnarani Beach Cottages era muito giro, e tinha uma vista esplêndida.
No Norte optamos por ter dias de mais descanso, praia e piscina. Aqui fizemos Snokeling ao largo da Ilha de Memba. Para tal tivemos que ir de barco do hotel, tendo reservado com eles diretamente.
Aqui ficamos mais tempo a fazer snorkling que no sul, mas foi igualmente bonito. O hotel providenciou o almoço e comemos numa praia próxima.
Num dos dias, saímos para visitar as ruínas portuguesas e acabámos por ir visitar uma escola e uma comunidade local. Ainda passamos por umas grutas mas não quisemos mergulhar.
Existe um pequeno circuito de grutas, e em algumas delas pode-se mergulhar. O caminho não é fácil, mas vale a pena. Só não quisemos mergulhar porque quando chegamos havia pessoas a nadar nuas e optámos por não o fazer.
Ainda formos visitar a aldeia local onde ganhámos côco fresco e de tarde fomos ao Zoo (não me lembro do nome), onde fazem conservação de espécies, mas para minha desilusão não tinham tartarugas gigantes.
Com pena minha não conseguimos visitar a ilha da prisão, e das coisas que sem dúvida me vai dar um desculpa para voltar.
Num dos dias que decidimos ficar pelo hotel optámos por ir à aventura visitar a aldeia mais próxima. Almoçamos à beira mar.
Das coisas que mais gostei na “ilha do Hakuna Matata” foi a simplicidade com que o tempo passa, engraçado até então eu pensava que a expressão era do rei leão, shame on me.
Após um almoço muito bom, como todos até agora, demos uma volta pela praia da aldeia e compramos algumas lembranças nas barracas locais. Visitámos, ainda, os construtores de barcos que nos fizeram uma pequena visita guiada e ficámos a saber como eram e foram construídos os barcos da ilha, inclusive aquele que nos levou ao Blue Safari.
No último dia completo, fomos passar o dia à praia de Kemdwa, almoçámos lá e ficamos para ver o maravilhoso pôr do sol.
Depois de um último mergulho, depois daqueles “só mais 30 segundos”, voltámos à realidade e rumamos a Dar es Salaam para irmos para o Dubai, onde ficámos 3 dias até voltarmos a Lisboa...mas isso já é outra história!
Notas importantes:
- Em Zanzibar são mais 2h do que em Portugal.
- É necessário tomar a vacina da febre amarela e fazer a profilaxia da Malária! Podem fazer isto na Consulta do Viajante em qualquer hospital particular ou público. Eu fiz no Instituto de Medicina Tropical e paguei 50 euros da consulta.
- É importante levar repelente.
- Não tivemos problemas em falar inglês, apesar desta não ser a língua materna!
- Nós trocamos dinheiro, e compensou porque negociamos tudo em xelins, e pagamos os hotéis com xelins também, no entanto eles aceitam dólares ou euros sem qualquer problema. Muitas das lojas em Stone Town, tem só os preços em dólares.
- No sul com a maré vazia a água fica bastante longe da praia, o que não acontece no norte, no entanto no norte na maré cheia existem praias que a areia desaparece como é o caso da praia do hotel em que ficamos no norte, mas não dá para sentir a falta da areia. O sul por si só é mais familiar, bom para famílias, chegamos a ver casais com bebés de colo lá, o norte é mais turístico.
Espero que tenham gostado, não tenho de todo jeito para escrever, se tiverem duvidas perguntem que eu posso me ter esquecido de alguma coisa.
Criei este álbum partilhado no google fotos, onde irei colocar mais fotos de Zanzibar, aqui só consigo colocar 10. Clica Aqui (https://goo.gl/photos/8Ui7yetv5wUNbBE86 ).
Sinceramente, este ano ainda estou a decidir para onde ir de férias e já pensei em voltar a Zanzibar, pelo menos 10 vezes. Escrevo este report ano e meio após lá ter estado, com muitas saudades espero não me esquecer de nada importante.
Bem, vamos ao que interessa...Zanzibar!
Na altura de escolher o nosso destino de férias, em que pesquisamos sobre as Maldivas, Maurícias, Seicheles, etc... deparamo-nos com Zanzibar. Após alguma investigação (não foi muito fácil arranjar informação, principalmente da diferença entre o note e o sul) achámos interessante e foi assim que lá fomos parar.
Foi uma viagem a 4! Quatro amigos que decidiram fazer uma viagem de finalistas.
Para terem uma ideia relativamente aos voos, no dia 14 de Setembro partimos de Lisboa para o Dubai, pela Emirates e daí para Zanzibar pela Fly Dubai, onde aterramos de manhã cedo. No regresso voamos de Zanzibar para Dar es Salaam pela PrecisionAir, e daí para o Dubai pela Emirates, onde passamos 3 dias. À vinda para Lisboa viemos pela Emirates Dubai.
Pelos voos, comprados no site da Emirates, pagamos, pelo circuito inteiro, cerca de 900 euros, cada um, e compramos os voos separados.
Ao aeroporto de Zanzibar chegámos no dia 15. Aí foi preciso comprar o visto que custa cerca de 50 dólares (este valor tem mesmo que ser pago em dólares), e mostrar o boletim internacional de vacinação por causa da febre-amarela (é mesmo obrigatório). A isto juntem os 5 euros de gorjeta para nos darem as malas... na altura ainda não tínhamos xelins (moeda local).
A caminho do hotel parámos 3 vezes. A primeira para trocar dinheiro (e trocámos bastante), principalmente as notas grandes (tem mais valor que as restantes), e embora se possa pagar em euros ou dólares, compensa pagar em xelins, pois 1 Euro são aproximadamente 1600 xelins. Saímos de lá com milhões, e já levamos de antemão elásticos para as notas, que, acreditem, deu muito jeito!
A casa de cambio foi a recomendada pelo motorista, que nos levou em seguida a uma senhora na rua a quem, com 15 xelins, comprámos um cartão telefónico. Levámos um telemóvel desbloqueado já a pensar nesta compra, só mesmo para o caso de ser preciso. Foi com este que, mais tarde, contactamos com o nosso guia...de resto não lhe demos grande utilidade, mas o valor de custo foi irrisório.
Por fim, ao passar pelo meio de uma dessas aldeias, abrem-se dois portões, guardados por guerreiros Masai (grupo étnico africano deseminômadas... em Zanzibar, uma espécie de seguranças que encontramos, também, no Hotel), e ali estava o paraíso...o “Hotel Indigo”.
Ainda foram algumas horas até chegarmos... perdi a conta do tempo. Apesar da ilha ser pequena, o hotel ainda ficava relativamente longe de Stone Town (capital), pelo menos assim nos pareceu. Estávamos ansiosos para chegar e cansados das viagens, com calor...mas compensou. Mal eu sabia que era mesmo o paraíso. Sabem aqueles hotéis que nos fazem sentir em casa? Pois, neste fazem-nos sentir em casa da mãe, é impossível sermos melhor tratados.
Por curiosidade... as reservas do hotel foram feitas via Booking, acho que até hoje, de todos os hotéis por onde passei, foi onde me senti melhor. Para saberem mais: http://www.indigobeachzanzibar.com/.
Neste no hotel, no Sul ficámos 5 dias, e no Norte, que vos falo mais à frente, 4 dias, para conhecermos o maior número de coisas!
Apesar de não termos efectuado a reserva com meia pensão, quando chegamos decidimos alterar e passamos a jantar no hotel, onde a comida era muito boa.
O Jantar era sempre escolhido previamente, durante a manhã/tarde, para saberem com antecedência o que pretendíamos comer, e a que horas. Todos os dias comíamos peixe, por ser fresco e óptimo, e verdade seja dita depois da visita a Stone Town, ao mercado...que já falo nisso mais à frente... nem pensar em comer carne!!
No resto do nosso primeiro dia, arrumamos as coisas nos quartos, comemos qualquer coisa, marcamos o jantar, e ficamos o resto do dia pelo hotel, pela praia que era logo em frente.
No segundo dia, logo pela manhã encontrámos um senhor na praia que nos falou das excursões que podíamos fazer. Ao falar com ele percebemos que tinha uma empresa local, e que era o recomendado pelo hotel. Aliás foi neste dia que ficamos a saber, que aquando da união de Zanzibar à Tanzânia o sultão entregou a ilha a todos habitantes, por isso para construir algo na mesma é preciso o apoio da comunidade. Este senhor, cujo nome, infelizmente não me lembro, fazia parte da aldeia local, que permitiu a construção do hotel. Acertámos com ele a visita para o dia seguinte, com guia, à Spice Farm, não fosse Zanzibar conhecido por ser a ilha das especiarias, e a visita a Stone Town, por onde já tínhamos passado.
Ficamos o resto do dia pelo hotel, e pela praia para conhecermos o sitio. Ao andar poucos metros encontrámos um restaurante ainda em construção, e após conversa decidimos almoçar por lá. Nesse, perguntaram-nos o que queríamos comer, e escolhemos polvo e peixe (não me lembro qual), que eles foram nesse momento pescar!
O nosso peixe chegou poucos minutos antes da hora de almoço. Mais fresco impossível! Mas o melhor foi quando lançaram os polvos aos nossos pés, e nos deram um pau para irmos, literalmente, bater-lhes até ficarem bons. Certamente que ajudou! Foi das melhores refeições que já comi.
O resto do dia foi praia e piscina, piscina e praia, até sermos mordidos por uma Caravela Portuguesa...sim, eu sei, estamos do outro lado do mundo e somos mordidos por algo que tem a nossa nacionalidade.
A água estava turva, e ao mergulharmos acabou por fazer estragos em três de nós! Corremos para o hotel cheios de dores e tentámos explicar o que tinha acontecido. Só vimos os fios azuis e já depois de sermos mordidos (não deixem de pesquisar sobre a Caravela Portuguesa para a saberem reconhecer!).
No hotel a rapariga que nos socorreu trouxe Aloe Vera e pediu para esfregarmos nas zonas onde nos tinha tocado. Nisto, foi chamar um local, que nos trouxe cinzas para fazermos o mesmo. Nós, verdes de Aloe Vera e cobertos de cinza, cheios de dores, digamos que foi...maravilhoso!! A dor acabou por passar mas as marcas ainda ficaram, pelo menos, dois meses.
No dia seguinte, foi o dia das excursões que marcámos. Saímos cedo, logo a seguir ao pequeno-almoço, em direção a Spice Farm, que na minha opinião, vale muito a pena visitar. Para além de ajudarmos a comunidade que sustem esta atracão turística, é engraçado observarmos todos os frutos e sementes, e perceber os processos de plantação e desenvolvimento, que nos são devidamente apresentados. Zanzibar é conhecida por ser a ilha das especiarias.
Saímos de Spice Farm em direcção a Stone Town, onde nos encontrámos com um guia. Visitámos o antigo mercado de escravos, os palácios, e o mercado de carne e peixe. Aqui, posso dizer-vos que não vomitei por pouco, ou melhor, não vomitei porque na mala levava toalhitas de bébé e consegui fazer o mercado todo com uma toalhita à frente do nariz. De outra forma, não seria capaz! Quem for visitar é melhor ir-se preparando... Como vos disse, só comi peixe nesta viagem!
Ainda tivemos tempo para visitar as ruínas de uma antiga fortaleza portuguesa e foi bastante satisfatório ver os canhões em frente ao palácio ostentarem a coroa portuguesa.
Foi um dia bastante cansativo, eram 16 horas e ainda não tínhamos almoçado, por isso aconselho a fazer estas visitas em dias diferentes, para não vos acontecer o mesmo.
Voltámos para o hotel, pois o cansaço era tanto que já nem conseguimos almoçar na vila. E depois, a comida lá era mesmo maravilhosa, e fomos tão mimados que era tudo o que nos apetecia.
Nos dias seguintes fizemos Snorkeling Blue Safari. Gostei tanto de o fazer no sul como no norte, foi dos melhores e mais bonitos sítios onde já fiz.
Mais uma vez fomos transportados até outra comunidade que nos levou num barco local (construído na ilha) desde o sitio onde mergulhamos a um ilhéu lá perto onde almoçamos (estava incluído). Fizemos um pouco de praia e voltámos para a ilha num barco à vela, visto que para lá tínhamos ido num a motor.
Num destes dias que passámos no sul, fomos sair à noite com o nosso motorista (não sei se vos disse, mas ele é que nos transportava para todo o lado. Estava incluído no serviço que contratámos), com quem nos dávamos muito bem, e com uma amiga dele. Foi brutal! Começamos por um bar local, e a convivência, a música e o divertimento são brutais. A meio da noite fomos para um bar de turistas. Arrependemos-nos de ter trocado de bar, no primeiro não nos sentíamos inseguros, eles tem um sentido de comunidade muito grande, a dona, assim o aparentava, veio logo ter connosco para nos avisar para termos atenção às malas (que se usam para à frente) e dançamos e bebemos durante umas boas horas. No último bar não foi tão divertido.
No último dia completo no sul fomos visitar o The Rock, um bar que fica nas rochas. Optamos por não almoçar nem jantar lá. Estávamos rodeados de tão boa comida nos restaurantes à beira da praia e no hotel que não quisemos, fomos sim passar a tarde a beber uns copos, tirar umas fotos e ver a vista. Foi muito agradável e ainda aproveitamos para dar uns mergulhos na praia. Chegámos com a maré vazia e fomos embora com a maré cheia.
Os preços aqui não são baixos, mas também não são os mais altos, são preços considerados normais para nós, o que para lá, como é óbvio, é caro. Foi o primeiro sítio em que encontrámos um português. Não me recordo onde encontramos outro, mas estou certo que encontramos portugueses por duas vezes.
No sexto dia de viagem rumamos a norte, com aquele sentimento de: “fogo aqui no sul foi tão barato e tão bom, e agora vamos para um hotel grande vamos deixar de ser nós e vamos passar a ser um número.”
Uma viagem longa, tudo lá parece muito longe, e é sempre preciso passar por Stone Town, com bastante calor.
Quando chegamos ao nosso segundo hotel, fomos recebidos com uma bebida de “boas-vindas”, tal como é habitual. De referir que nos esquecemos de ter atenção e tinham colocado gelo no sumo. Escusado será dizer que ficámos os quatro a tomar imodium! Enfim, vínhamos mal habituados, o resto dos dias tivemos mais atenção ao que bebemos e comemos, em suma, nunca descobrimos o que que causou, mas não voltamos a beber sumo e passou.
Notámos, claramente, a diferença de um grande hotel para um pequeno, principalmente ao nível da comida.
O Hotel Mnarani Beach Cottages era muito giro, e tinha uma vista esplêndida.
No Norte optamos por ter dias de mais descanso, praia e piscina. Aqui fizemos Snokeling ao largo da Ilha de Memba. Para tal tivemos que ir de barco do hotel, tendo reservado com eles diretamente.
Aqui ficamos mais tempo a fazer snorkling que no sul, mas foi igualmente bonito. O hotel providenciou o almoço e comemos numa praia próxima.
Num dos dias, saímos para visitar as ruínas portuguesas e acabámos por ir visitar uma escola e uma comunidade local. Ainda passamos por umas grutas mas não quisemos mergulhar.
Existe um pequeno circuito de grutas, e em algumas delas pode-se mergulhar. O caminho não é fácil, mas vale a pena. Só não quisemos mergulhar porque quando chegamos havia pessoas a nadar nuas e optámos por não o fazer.
Ainda formos visitar a aldeia local onde ganhámos côco fresco e de tarde fomos ao Zoo (não me lembro do nome), onde fazem conservação de espécies, mas para minha desilusão não tinham tartarugas gigantes.
Com pena minha não conseguimos visitar a ilha da prisão, e das coisas que sem dúvida me vai dar um desculpa para voltar.
Num dos dias que decidimos ficar pelo hotel optámos por ir à aventura visitar a aldeia mais próxima. Almoçamos à beira mar.
Das coisas que mais gostei na “ilha do Hakuna Matata” foi a simplicidade com que o tempo passa, engraçado até então eu pensava que a expressão era do rei leão, shame on me.
Após um almoço muito bom, como todos até agora, demos uma volta pela praia da aldeia e compramos algumas lembranças nas barracas locais. Visitámos, ainda, os construtores de barcos que nos fizeram uma pequena visita guiada e ficámos a saber como eram e foram construídos os barcos da ilha, inclusive aquele que nos levou ao Blue Safari.
No último dia completo, fomos passar o dia à praia de Kemdwa, almoçámos lá e ficamos para ver o maravilhoso pôr do sol.
Depois de um último mergulho, depois daqueles “só mais 30 segundos”, voltámos à realidade e rumamos a Dar es Salaam para irmos para o Dubai, onde ficámos 3 dias até voltarmos a Lisboa...mas isso já é outra história!
Notas importantes:
- Em Zanzibar são mais 2h do que em Portugal.
- É necessário tomar a vacina da febre amarela e fazer a profilaxia da Malária! Podem fazer isto na Consulta do Viajante em qualquer hospital particular ou público. Eu fiz no Instituto de Medicina Tropical e paguei 50 euros da consulta.
- É importante levar repelente.
- Não tivemos problemas em falar inglês, apesar desta não ser a língua materna!
- Nós trocamos dinheiro, e compensou porque negociamos tudo em xelins, e pagamos os hotéis com xelins também, no entanto eles aceitam dólares ou euros sem qualquer problema. Muitas das lojas em Stone Town, tem só os preços em dólares.
- No sul com a maré vazia a água fica bastante longe da praia, o que não acontece no norte, no entanto no norte na maré cheia existem praias que a areia desaparece como é o caso da praia do hotel em que ficamos no norte, mas não dá para sentir a falta da areia. O sul por si só é mais familiar, bom para famílias, chegamos a ver casais com bebés de colo lá, o norte é mais turístico.
Espero que tenham gostado, não tenho de todo jeito para escrever, se tiverem duvidas perguntem que eu posso me ter esquecido de alguma coisa.
Criei este álbum partilhado no google fotos, onde irei colocar mais fotos de Zanzibar, aqui só consigo colocar 10. Clica Aqui (https://goo.gl/photos/8Ui7yetv5wUNbBE86 ).