Pedro Maia
Membro Conhecido
Wild Wild West - Pelas Montanhas Rochosas do Canadá
Eu e a minha mulher tinhamos estado nas Montanhas Rochosas do Canadá há 15 anos, na nossa lua de mel, e desde essa altura que tinha vontade de voltar para conhecer a zona no inverno e, também, para esquiar, e para festejar esses 15 anos decidimos fazer a viagem com os nossos filhos esta Pásqua.
A primeira questão é se vale a pena fazer uma viagem tão longa para esquiar. A resposta a essa questão é: depende. Se é só para descer pistas, talvez não, há muitas pistas na Europa e muitas são melhores do que as das estâncias canadianas. Mas se o que se procura é uma viagem para um lugar longínquo e único, selvagem e com uma dimensão imensa a que não estamos habituados na Europa, aproveitando para conhecer estâncias de esqui com um ambiente e um carácter diferente dos das europeias, nesse caso a resposta é: sim, sem dúvida.
A viagem é longa, voámos de Lisboa a Frankfurt, quase 3 horas, desde Frankfurt directo a Calgary, 9 horas e meia, depois de recolher o carro de aluguer desde Calgary a Banff, já no parque nacional com o mesmo nome, demora-se 1 hora e meia, o total da viagem são quase 20 horas, chegámos cansados mas a verdade é que repetia a graça sem hesitar.
Umas fotos da Gronelândia desde o ar
Ao fundo as montanhas rochosas
À entrada do Parque Nacional de Banff
As datas pareceram-me boas para esta zona e foi uma escolha acertada, as condições eram invernais sem o frio que pode fazer em Janeiro e Fevereiro e os dias já são longos, o sol já se põe depois das 20h e como os meios mecânicos fecham às 16h sobra bastante tempo para aproveitar a passear pelas incríveis estradas que há, tentando ver os animais da zona
Ficámos alojados a uns 2km do centro de Banff, no Douglas Fir Resort, onde já tínhamos estado há 15 anos, desta vez num dos bungalows, estava-se mesmo bem, até podíamos desfrutar da sala com lareira, o que sabe mesmo bem depois dum dia inteiro sem parar no meio do frio. O resort é aberto, sem vedações, e isso nesta zona significa que os animais entram e saiem à vontade, mais de uma manhã tínhamos estes amigos por baixo da varanda ou ao siar da porta do bungalow:
Banff é a única verdadeira povoação dentro do parque nacional, a uns 1.450m de altitude, tem uma rua principal bastante bonita, a Banff Avenue, com muitas lojas turísticas e muitos restaurantes, tem alguns ares de cidade do far-west.
Lake Louise é o nome mais famoso do parque, além da estância de esqui há o lago propriamente dito, cujo nome foi dado em honra duma das filhas da rainha Victoria, à entrada do lago está o também famoso hotel Cahteau Lake Louise e ao fundo o glaciar Victoria, difícil de ver na sua totalidade porque com excepção dos dias em que não há nuvens há sempre alguma que o cobre parcialmente.
O lago totalmente gelado e coberto de neve
Por detrás as pistas da “front face” da estância de esqui
Desde Lake Louise parte a Icefields Parkway em direcção a Jasper, considerada uma das mais espectaculares estradas do mundo, desta vez fizémos apenas o troço até ao Peyto Lake porque as condições não eram as melhores, nevava um pouco e as nuvens quase que não deixavam ver os glaciares que lhe dão o nome.
Parámos no Bow Lake, onde há um hotel histórico onde dormimos há 15 anos, o Num-ti-jah Lodge, estava fechado mas ainda fomos até à margem do lago, ainda que com alguma dificuldade por causa da quantidade de neve acumulada no local.
Não conseguimos ver o Peyto Lake, porque o caminho que dá acesso ao mirador do qual há uma das melhores vistas do parque estava coberto de neve, nota-se que a estação alta nesta zona é o verão e não o inverno.
Assim estava o estacionamento que dá acesso ao mirador no verão, a quantidade de neve era considerável (e este é o “monstro” que alugámos).
Entre Lake Louise e Banff pode-se ir pela auto-estrada ou, se o tempo que demoramos é indiferente, pela Bow Valley Parkway, uma estrada que acompanha o Bow River e que proporciona vistas incríveis se o tempo estiver despejado:
O primeiro dia em que esquiámos em Lake Louise voltámos a Banff pela Bow Valley Parkway e tivémos o melhor momento da viagem, vimos um par de carros parados na berma, o que costuma querer dizer que há animais ao pé da estrada, aproximámo-nos e BINGO, a menos de 100m, na linha do comboio, estava um grizzly, um urso pardo, o animal que mais queríamos ver e que não é nada fácil de encontrar, a comer grãos que caiem dos comboios que passam, totalmente alheado das pessoas que o observavam e fotografavam, foi uma enorme emoção para os miúdos e também para nós, não queríamos acreditar na nossa sorte, é uma zona de ursos mas não é nada fácil vê-los.
O “nosso” grizzly:
Os ursos são animais perigosos sobretudo se forem surpreendidos pelas pessoas e mais ainda se forem fêmeas com crias, há bastantes avisos e também é curioso ver que os caixotes de lixo do parque foram adaptados por causa dos ursos, que comem tudo o que podem:
Por todos os lados à avisos por causa dos animais e nesta época do ano há algumas estradas fechadas para proteger a fauna:
Eu e a minha mulher tinhamos estado nas Montanhas Rochosas do Canadá há 15 anos, na nossa lua de mel, e desde essa altura que tinha vontade de voltar para conhecer a zona no inverno e, também, para esquiar, e para festejar esses 15 anos decidimos fazer a viagem com os nossos filhos esta Pásqua.
A primeira questão é se vale a pena fazer uma viagem tão longa para esquiar. A resposta a essa questão é: depende. Se é só para descer pistas, talvez não, há muitas pistas na Europa e muitas são melhores do que as das estâncias canadianas. Mas se o que se procura é uma viagem para um lugar longínquo e único, selvagem e com uma dimensão imensa a que não estamos habituados na Europa, aproveitando para conhecer estâncias de esqui com um ambiente e um carácter diferente dos das europeias, nesse caso a resposta é: sim, sem dúvida.
A viagem é longa, voámos de Lisboa a Frankfurt, quase 3 horas, desde Frankfurt directo a Calgary, 9 horas e meia, depois de recolher o carro de aluguer desde Calgary a Banff, já no parque nacional com o mesmo nome, demora-se 1 hora e meia, o total da viagem são quase 20 horas, chegámos cansados mas a verdade é que repetia a graça sem hesitar.
Umas fotos da Gronelândia desde o ar
Ao fundo as montanhas rochosas
À entrada do Parque Nacional de Banff
As datas pareceram-me boas para esta zona e foi uma escolha acertada, as condições eram invernais sem o frio que pode fazer em Janeiro e Fevereiro e os dias já são longos, o sol já se põe depois das 20h e como os meios mecânicos fecham às 16h sobra bastante tempo para aproveitar a passear pelas incríveis estradas que há, tentando ver os animais da zona
Ficámos alojados a uns 2km do centro de Banff, no Douglas Fir Resort, onde já tínhamos estado há 15 anos, desta vez num dos bungalows, estava-se mesmo bem, até podíamos desfrutar da sala com lareira, o que sabe mesmo bem depois dum dia inteiro sem parar no meio do frio. O resort é aberto, sem vedações, e isso nesta zona significa que os animais entram e saiem à vontade, mais de uma manhã tínhamos estes amigos por baixo da varanda ou ao siar da porta do bungalow:
Banff é a única verdadeira povoação dentro do parque nacional, a uns 1.450m de altitude, tem uma rua principal bastante bonita, a Banff Avenue, com muitas lojas turísticas e muitos restaurantes, tem alguns ares de cidade do far-west.
Lake Louise é o nome mais famoso do parque, além da estância de esqui há o lago propriamente dito, cujo nome foi dado em honra duma das filhas da rainha Victoria, à entrada do lago está o também famoso hotel Cahteau Lake Louise e ao fundo o glaciar Victoria, difícil de ver na sua totalidade porque com excepção dos dias em que não há nuvens há sempre alguma que o cobre parcialmente.
O lago totalmente gelado e coberto de neve
Por detrás as pistas da “front face” da estância de esqui
Desde Lake Louise parte a Icefields Parkway em direcção a Jasper, considerada uma das mais espectaculares estradas do mundo, desta vez fizémos apenas o troço até ao Peyto Lake porque as condições não eram as melhores, nevava um pouco e as nuvens quase que não deixavam ver os glaciares que lhe dão o nome.
Parámos no Bow Lake, onde há um hotel histórico onde dormimos há 15 anos, o Num-ti-jah Lodge, estava fechado mas ainda fomos até à margem do lago, ainda que com alguma dificuldade por causa da quantidade de neve acumulada no local.
Não conseguimos ver o Peyto Lake, porque o caminho que dá acesso ao mirador do qual há uma das melhores vistas do parque estava coberto de neve, nota-se que a estação alta nesta zona é o verão e não o inverno.
Assim estava o estacionamento que dá acesso ao mirador no verão, a quantidade de neve era considerável (e este é o “monstro” que alugámos).
Entre Lake Louise e Banff pode-se ir pela auto-estrada ou, se o tempo que demoramos é indiferente, pela Bow Valley Parkway, uma estrada que acompanha o Bow River e que proporciona vistas incríveis se o tempo estiver despejado:
O primeiro dia em que esquiámos em Lake Louise voltámos a Banff pela Bow Valley Parkway e tivémos o melhor momento da viagem, vimos um par de carros parados na berma, o que costuma querer dizer que há animais ao pé da estrada, aproximámo-nos e BINGO, a menos de 100m, na linha do comboio, estava um grizzly, um urso pardo, o animal que mais queríamos ver e que não é nada fácil de encontrar, a comer grãos que caiem dos comboios que passam, totalmente alheado das pessoas que o observavam e fotografavam, foi uma enorme emoção para os miúdos e também para nós, não queríamos acreditar na nossa sorte, é uma zona de ursos mas não é nada fácil vê-los.
O “nosso” grizzly:
Os ursos são animais perigosos sobretudo se forem surpreendidos pelas pessoas e mais ainda se forem fêmeas com crias, há bastantes avisos e também é curioso ver que os caixotes de lixo do parque foram adaptados por causa dos ursos, que comem tudo o que podem:
Por todos os lados à avisos por causa dos animais e nesta época do ano há algumas estradas fechadas para proteger a fauna:
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