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[Report] Riu Palace Santa Maria - Setembro/Outubro 2021 - Cabo Verde, Ilha do Sal

JPedro

Membro
Boas,

Este ano o nosso destino de férias de praia foi a ilha do Sal em Cabo Verde, não era de a nossa primeira opção, em primeiro lugar estava Zanzibar, mas o fato de Cabo Verde estar a curta distância de Lisboa, não precisar de profilático para a malária e aceitar o o certificado de vacinação covid português para entrar no país sem ser necessário mais testes, levou a que tivéssemos optado pelo Sal.

Decidido o país, foi altura de decidir o resort, e a opção caiu sobre o recém inaugurado Riu Palace Santa Maria.

Optamos por um pacote de férias da Abreu, com saída de Lisboa em voo charter da Privilege, 7 noites hospedados no dito Riu Palace regime TI, com um custo total para duas pessoas de cerca de 1900 euros.

REPORT

A viagem na privilege correu bem e sem quaisquer atrasos ou constrangimentos, o espaço de pernas foi suficiente contudo a ausência de entretenimento, portas USB e uma refeição como deve ser (foi servida apenas uma sandes) foram pontos negativos. A viagem teve uma duração de cerca de 3 horas e meia entre Lisboa e o Sal.

O processo de entrada no país demorou um pouco mais do que eu gostaria, com apenas duas funcionárias a fazerem o controlo sanitário para um voo completamente cheio. Como já referi, apenas necessitam de verificar o certificado covid português e o preenchimento de um curto questionário.

O transfer para o resort demorou cerca de 30m, foi feito num pequeno e muito antigo autocarro, sendo que as malas foram colocadas num atrelado. Tudo assegurado pelo operador turístico local, Barracuda Tours, que estava em parceria com a Abreu.

Ao chegar ao resort, o check-in foi tranquilo, se bem que não fizeram nada de especial para receber os hóspedes como já vi noutros resorts neste mesmo segmento de mercado nas caraíbas.

É importante referir que o resort ainda não estava a funcionar a 100%, uma das piscinas estava fechada, bem como o parque aquático e o entretenimento noturno estava a “meio gás” se tanto.

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Pontos positivos:
  • Qualidade de acabamentos e espaço dos quartos. O estilo e materiais é de todo semelhante ao que já tinha experimentado no Riu Atoll nas Maldivas, moderno, minimalista e muito uso da cor “branca” e contraste com cerâmica;
  • Piscinas enormes, provavelmente das maiores piscinas que já vi num resort, e existem várias em funcionamento, nunca me senti “sufocado” por muita gente na água ao redor;
  • Dois bares de piscina, não permitiram haver muitas filas, nunca tive que esperar muito tempo pelas bebidas;
  • Segurança, presença de segurança privada bem como da PSP cabo Verdiana dentro do resort;
  • Buffet tinha boa variedade de comida;
  • Clima seco e solarengo, apenas apanhei céu coberto num dos dias, os restantes foram de muito sol e calor. O medo da famosa “brisa” cabo Verdiana foi injustificado, o vento não é intenso, não levanta areia e até ajuda a refrescar.
  • Ginásio gratuito e bem equipado;
  • Wi-fi ilimitado, gratuito e com uma excelente cobertura;
  • Poucas crianças e reboliço no resort e as mesmas estavam concentradas numa piscina específica para crianças longe das restantes;
Pontos negativos:
  • Restaurantes à la carte são péssimos, dos dois que experimentei, o gourmet e o italiano, só se aproveitou as entradas;
  • Entretenimento noturno é do pior que já vi num resort deste género, consistia numa banda a tocar música ligeira, um piano bar e alguns jogos envolvendo os hóspedes, com um espetáculo de dança e para os mais novos metidos pelo meio. Mesmo no Riu Atoll nas maldivas que não impressionou nada pelo entretenimento, achei a animação mais conseguida. O feedback que tive de pessoal a ficar no Riu funaná ao lado do Palace é que o entretenimento lá era bem melhor;
  • Atendimento, não sei se foi devido a ser um resort recém inaugurado, mas a qualidade do staff deixou muito a desejar e em certas alturas foi mesmo ofensiva com os hóspedes. Dois casos em específico, um onde dois jardineiros numa viatura mudaram de direção e colocaram-se atrás de uma turista de biquíni em marcha lenta e o segundo caso onde o pessoal da manutenção que estava a limpar as cadeiras nas piscinas ficaram imenso tempo a limpar duas cadeiras atrás de uma turista que fazia topless enquanto olhavam fixamente para ela, o que levou esta a se vestir e mudar de lugar;
  • Este resort não é de todo um lugar para fazer praia, apesar do extenso areal, a linha de costa é distante do resort e das espreguiçadeiras de praia, não existe bar para servir quem está na praia e a bandeira esteve vermelha todos os dias exceto um;
  • Presença constante de vendedores senegaleses no areal que importunavam os turistas e chegavam a pedir para irmos ao resort buscar-lhes comida;
  • Esses mesmos vendedores tornaram a visita à vila de santa maria um martírio, pois mal sais do táxi és imediatamente abordado e importunado;
  • Fora do resort não existe muito para ver para além de uma visita de meio-dia ao redor da ilha, com destaque para as salinas, poça de maré da buracona e visitar uns tubarões juvenis junto à costa. De resto, existe a hipótese de um passeio à vila de Santa Maria para ver os costumes locais e comprar uns souvenirs.

CONCLUSÃO

Foi uma experiência satisfatória mas com alguns senãos.
O resort é novo, é grande, mas não é um destino de praia, o foco está direcionado para férias de piscina. Existe também a questão do staff, entretenimento e qualidade dos restaurantes gourmet, tudo problemas que vejo como prioritários para a gestão do resort.

Em relação ao destino “Sal”, tem a seu favor a distância curta de viagem a partir de Lisboa e o clima quente e seco, mas de resto é uma miséria fora do resort, muito pouco para ver e experimentar em relação à concorrência nas caraíbas nesta gama de preços.

DICAS
  • Deixei uma gorjeta diária de 2 euros ao staff de limpeza do quarto;
  • Podem ir a pé ao longo do areal até à vila de Santa Maria, contudo é bem mais comodo pedir um táxi na receção, tem um custo de 3 euros por viagem e deixa mesmo no centro da Vila;
  • Por falar em Santa Maria, recomendo comprarem lá os souvenirs, porque os que existem na loja do resort são um simples rebranding de material que existe à venda noutros resorts da Riu;
  • Se quiserem fazer excursões, recomendo apenas a volta de meio-dia à ilha, saem de manha e chegam ao hotel por volta das 14h00, é mais do que o suficiente para terem ideia do que é o “Sal” fora do resort;
  • Não são necessários adaptadores de corrente para as tomadas, são compatíveis com o que usamos em Portugal, e o quarto tem portas USB para carregar equipamento eletrónico.
PERGUNTAS FREQUENTES

Como se efetuam os transfers?


Neste caso, como foi um pacote da Abreu, o transfer foi tratado pelos agentes deles em Cabo Verde sem quaisquer constrangimentos

Taxa turística?

Existe uma taxa mas a mesma já estava incluída no pacote turístico, é algo a ter em atenção se planeiam viajar por conta própria

Moeda?

Gorjetas, compras e similares, são pagas ou em escudos de cabo verde ou euros, todas as lojas aceitam ambas

Visto?

Com passaporte português não é necessário visto de entrada

Vacinação e teste covid?

Apresentação do certificado de vacinação covid bastou para entrar e sair sem teste

Mosquitos, animais, alergias?

Não senti quaisquer mosquitos, não sendo necessário o uso de repelente. Em relação às alergias, o clima seco foi bastante agradável para a minha Asma.

FOTOS

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Anexos

Última edição:

NunoCorreia

Membro Conhecido
Obrigado pelo report.
Dada a experiência que já tenho dessa ilha, a praia é agradável no Oasis, nessa zona do Riu já é ponta da ilha por isso tem muita ondulação e as correntes podem não ser as mais favoráveis.
Um novo resort é sempre uma espada de 2 gumes, por um lado é tudo novo e acabado de construir, por outro lado há sempre algo que não foi finalizado ou não há know-how suficiente dos funcionários.
Estranha-me é o facto de ser uma cadeia internacional e não conseguir ter os parâmetros de qualidade standardizados.

Realmente a pandemia não tem sido fácil para ninguém, para caboverdianos e senegaleses muto menos, mas não é desculpa estes últimos serem chatos que dói e não foi com a pandemia que essa perseguição apareceu. Sempre que vêem turistas, perseguem a ver se conseguem vender algo.

Gostei de ver que a Buracona já tem passadiços o que traz mais segurança a quem visita e vejo que a ilha continua na mesma mas não acho que a ilha se veja ou baste só uma manhã.
Eu pelo menos numa das vezes fiz Buracona, Salinas, visitei uma escola e uma igreja em Espargos, almocei num sítio típico e ainda fui visitar a vila de Santa Maria com passagem no pontão e aproveitei mandei um salto de lá.

Por último e concordando com o que diz sobre o destino, Boavista e Sal está caro comparado com o que as caraíbas oferecem mas temos de nos lembrar que a maior parte dos destinos dentro do range de preços está carregado com Sargaço e são praticamente 2,5x o tempo de viagem, sendo que para crianças (incluindo os mosquitos) torna-se chato ir para as caraíbas.

Eu digo sempre para não aumentarem muito as expectativas quando visitam Cabo Verde porque não são as Caraíbas, mas sol e praia o ano inteiro há ali a 3h30 de distância com um calor muito agradável por parte da população caboverdiana.
 

Cláudia Baldaia

Membro Novo
Bom dia obrigada pelo report...

Não sei se me podem ajudar... Vamos de férias em Junho para Ilha do sal.. Estamos indecisos no hotel. Gostamos mto do oasis Salinas sea, pelo aspeto, localização, e praia, contudo vamos com uma criança de 4 anos que se apaixonou pelas piscinas do hotel Riu funana.... O oasis não nos parece tão apropriado para crianças.. O que dizem.?
 
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