Estava na hora de iniciar a descida até Chivay, onde almoçamos e seguir viagem de retorno até Arequipa. A chegada a Arequipa estava prevista para meio da tarde e tínhamos voo para Lima às 18h55m, por isso, como ficava em caminho, pedimos para que nos deixassem no aeroporto.
Voo: Arequipa | Lima: 18h55m - 20h20m (1h25m) [Peruvian]
Ao chegar a Lima, novamente nos socorremos dos serviços da TaxiGreen (60 s/.) para nos levar ao hotel. Como o Ibis para este dia estava esgotado, escolhemos outro, no mesmo bairro, um pouco mais caro, mas de melhor qualidade. Há hora tardia a que chegámos, apenas deu para uma saída rápida para comer qualquer coisa e regressar.
Hotel: Tierra Viva Miraflores Larco - muito bem localizado em Miraflores, numa rua secundária, que lhe dá o silêncio necessário, mas perto de tudo. Espaço bastante agradável e moderno, quarto confortável e bem decorado, apesar de não muito grande e sem janela para o exterior. Atendimento excelente de todos os funcionários da recepção que nos ajudaram em várias ocasiões. Pequeno almoço com bastante variedade e produtos saborosos. Preço um pouco elevado, como na generalidade dos hotéis em Lima e em todo o Perú também.
Dia 11 - Lima e início do regresso
Lima é uma cidade de contrastes e cultura. Frequentemente acusada de não ser mais do que uma porta de entrada do Perú, na verdade, Lima tem inúmeros pontos de interesse. Fundada em 1535 por Francisco Pizarro, Lima foi a capital do Império Espanhol na América do Sul durante quase dois séculos. Apelidada de Cidade dos Reis, era nessa altura a metrópole mais importante da região, o centro do poder e da riqueza.
Toda a cidade foi construída em torno da Plaza Mayor, onde a presença da Igreja e do Estado reforçam o seu papel central. Ruas com centenas de anos acolhem sobretudo edifícios da época colonial, pois em 1746 um terramoto arrasou a maioria das estruturas originais. Desde então, casas privadas transformaram-se em museus e gabinetes do governo. Devido à devoção fervorosa à doutrina católica, introduzida pelos espanhóis, há muitas igrejas e conventos.
Apenas tínhamos
um dia para explorar a cidade, pelo que tivemos de ser bastante seletivos
naquilo que iríamos
visitar. Iríamos
centrar-nos no centro histórico e pelo bairro de Miraflores. Deixamos assim para trás, outros locais que merecem visita, como sejam os Sítios Arqueológicos de
Huaca Pucllana e
Huallamarca, além dos bairros de
San Isidro e
Barranco.
O centro da cidade é perto, mas precisamos de transporte para lá chegar. Existem diversos tipos de autocarros para lá chegar, mas com o tempo limitado que tínhamos, a opção mais racional, foi usar um taxi, que custou 20 s/. e demora cerca de 15/20 min.
Como na grande maioria das cidades peruanas, a Plaza de Armas, que aqui em Lima se chama
Plaza Mayor, é o centro nevrálgico das mesmas e, naturalmente, era por aí que íamos iniciar. Começamos com uma vista panorâmica, linda! As praças de Cusco e Arequipa são impressionantes, mas esta de Lima é fantástica, imponente, cheia de cor, consegue superar as restantes.
Começando a olhar mais atentamente, temos 3 edifícios que se destacam e merecem um olhar mais atento: a Catedral, o Palácio Episcopal e o Palácio do Governo. Os dois primeiros foram um único bloco e ocupam toda uma lateral da praça. À direita, a Catedral e à esquerda o Palácio Episcopal.
Vamos explorar mais a fundo a
Catedral. Com as suas torres gémeas, a catedral domina o lado oriental da Plaza Mayor. Francisco Pizarro, conquistador e fundador de Lima, transportou o primeiro toro para a construção da parede de abode original e da estrutura do telhado de colmo em 1535. A construção da atual estrutura começou em 1564, mas a falta de fundos e dois terramotos fizeram com que apenas fosse concluída em 1758, sendo que voltou a ser construída após o terramoto de 1940.
Exploramos de seguida o interior do
Palácio Episcopal. É a residência do Arcebispo de Lima e sede administrativa da Diocese de Lima. Foi construído no local que Pizarro estabeleceu para residência do cura da cidade na época da sua fundação. Em 2010 foi ali inaugurado o Museu Palácio Episcopal, uma jóia arquitectónica do centro histórico, que alberga uma grande coleção de arte colonial. O espaço data originalmente do século XVI e foi reconstruído em 1924 e em 2009 sofreu uma restauração total.