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[Report] Pantanal Outubro 2021 - The Kill

Pedro Maia

Membro Conhecido
Para matar o "bichínho" das viagens e aproveitando a reabertura de alguns destinos, neste caso do Brasil, eu e a minha mulher decidimos fazer uma escapadinha de uma semana ao Pantanal, onde tínhamos estado em 2013, fomos na semana do 5 de Outubro, para aproveitar o feriado.

Como já fiz um report da nossa primeira visita ao pantanal [Report] Aventura no Pantanal e como andámos pelos mesmos sítios não vou fazer um report da viagem mas não resisto a partilhar o momento mais incrível que alguma vez vivemos numa viagem, uma caçada desde o início até ao fim mesmo à nossa frente, um momento único que por muitas vezes que lá voltássemos seguramente não se repetiria, para quem gosta de vida selvagem não pode haver melhor do que isto.

Chamo a atenção dos mais sensíveis para o facto de algumas das imagens serem bastante "gráficas", mas a natureza é mesmo assim, uns têm que matar para viver e para isso outros têm que morrer...

Estávamos alojados junto ao rio São Lourenço/Cuiabá onde passámos 3 dias de barco no Parque Estadual Encontro das Águas, no Pantanal do Mato Grosso, onde há a maior concentração de jaguares do mundo e onde é mais fácil de os ver, sobretudo na época seca, como foi o caso.

No segundo dia, voltámos para o rio a seguir ao almoço, ainda não tínhamos chegado à zona onde normalmente se começa a procurar os jaguares, quando vomos 3 ou 4 barcos perto da margem, na esquina entre os rios Cuiabá e Piquiri, fomos dar uma olhadela para ver o que se passava e encontrámos esta beleza:

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É uma fêmea conhecida como Agué, que significa "fantasma", e nessa altura parecia bastante sonolenta, mas lá se foi levantando e começando a mover-se.

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Um gato mesmo espectacular

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Pedro Maia

Membro Conhecido
De repente as coisas mudaram, começou a deslocar-se para cima da margem e a razão tornou-se evidente, tinha visto qualquer coisa que lhe interessava.

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Essa "coisa" era um jacaré que estava numa parte rasa do rio, mesmo junto à margem mais ou menos disfarçado entre uns troncos de árvores (ou isso era o que o jacaré julgava), nesta altura já estavam mais alguns barcos na zono e a excitação crescia com toda a gente atenta e à espera de ver acção a sério.

Entretanto a Agué desapareceu por alguns instantes enquanto tentava aproximar-se da presa sem que esta desse por nada até chegar à distância certa para lançar o ataque, não havia dúvidas de que ia haver ataque a questão era saber qual ia ser o resultado, eu estava com o telemóvel preparado para carregar no play, desta forma podia filmar e ver a acção sem ser por trás da lente da máquina fotográfica, ainda carreguei no play um par de vezes em vão, sem ter acontecido nada, até que...

Saíu disparada da vegetação e saltou!!!


O vídeo não é da melhor qualidade, como disse é de telemóvel, mas mostra toda a acção que decorreu mesmo à nossa frente, nunca esperei nem sequer sonhei ver um jaguar a apanhar um jacaré mesmo à minha frente.
 

Pedro Maia

Membro Conhecido
Entretanto a Agué começou a atravessar para o outro lado da entrada do rio Piquiri transportanto o jacaré com a boca, o que dá bem para ver a força que tem um jaguar, até porque o jacaré era maior do que ela.


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E ainda tinha que o arrastar para o banco de areia, que força incrível

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Pedro Maia

Membro Conhecido
Uma última parte rasa para atravessar


Altura para descansar outra vez

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E altura para ir embora

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Sob o olhar atento dum abutre, à espera de alguma sobra, talvez mais tarde

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Foi a última vez que vimos esta fêmea, mais tarde ficámos a saber que voltou para trás, para a outra margem do rio Cuiabá para ir buscar duas crias, a partir daí estiveram dentro da floresta a alimentar-se do jacaré fora de vistas, voltámos duas vezes ao local mas uma dessas vezes perdêmos as crias por questão de minutos, tinham saído da floresta para beber água no rio, os nossos últimos momentos no rio foram à espera de que voltassem a aparecer mas não foi esse o caso, tivémos que voltar para o hotel quando o sol se punha, não vimos as crias mas vimos muito mais do que alguma vez pensámos que fosse possível, é altamente improvável que voltemos a ver algo parecido, mas nunca se sabe...

Umas últimas imagens deste paraíso, ao fim da tarde...

 
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