JoãoM
Membro
Notas sobre Marrakech
Marrocos, Novembro de 2008
Chegados ao aeroporto de Casablanca e enquanto esperávamos pelo voo de ligação a Marrakech, decidimos sair à rua para arejar um pouco.
Embora a tripulação não tivesse fornecido o documento de imigração cujo preenchimento é obrigatório, arranjámos 2 impressos e fizemos a fronteira em Casablanca. Assim, as formalidades em Marrkech foram encurtadas e mais rápido para sair.
Ao chegar a Marrakech, saímos do avião e fomos a pé pela pista até ao edifício do aeroporto. Novos controlos policiais e filas bastante grandes para as pessoas que tinham registado as bagagens.
Talvez fosse pela realização do festival de Cinema de Marrakech, ou mesmo porque a cidade tem, nesta época do ano, um clima bastante agradável.
Ao sair para a rua sentimos imediatamente aquele ar quente misturado com um leve cheiro de combustível, que para mim já se tornou familiar e associado a muitos destinos tropicais.
Dei-me conta então de que fez este ano 30 anos que pela primeira vez andei em Marrocos.
Foi em 1978 que, durante 21 dias, andei à boleia neste país.
E desde então o fascínio persiste, a atracção pela “cidade vermelha”, um oásis de verdura no meio de um vasto território árido, com vista para as montanhas do Atlas: a bela e misteriosa cidade de Marrakech !
É sempre fantástico ver o movimento louco da Medina, em contraste com outras zonas mais calmas da cidade, como o bairro do Hivernage, onde está o casino e toda a zona envolvente do Hotel Es Saadi, ou o Guéliz, uma zona residencial relativamente moderna, onde há alguns cafés e restaurantes da moda como o Grand Café de la Poste, ou locais interessantes como os famosos Jardins de Majorelle.
“Na alma de cada homem há uma dimensão que é um jardim”
Alguns locais a visitar na cidade:
Menara – vastíssimo olival, com milhares de árvores e um enorme tanque de rega, com vista para os picos do Atlas
Palácio da Bahia – um fantástico palácio do séc XIX, cheio de estuques, tectos pintados e azulejos (zelligs)
Detalhe de uma porta do Palácio de la Bahia
Jardins da Koutoubia – adjacentes à torre da Koutoubia (gémea das torres Hassan em Rabat e da Giralda em Sevilha)
Túmulos Saadianos – um conjunto de túmulos da dinastia Saadiana, com destaque para o belíssimo conjunto da Sala das Doze Colunas, de uma extraordinária riqueza decorativa, onde se encontra o mausoléu do Sultão Ahmed El-Mansour, um dos 2 reis marroquinos que se defrontaram com D. Sebastião em Alcácer Quibir
Jardins Majorelle – uma maravilha dos anos 1930, foi o atelier do pintor Jacques Majorelle, restaurado por Yves St Laurent, também ele um apaixonado por Marrakech;
Medersa Bem Youssef – uma das mais belas escolas corânicas do país, repleta de decoração com estuques, madeiras pintadas, azulejos e madeira entalhada.
Uma outra maneira de conhecer a cidade é passear a pé pelos souks. Deixar-se perder e reencontrar o caminho é sempre um prazer.
Café dos Jardins Majorelle – agradável para tomar um café ou um chá, num verdadeiro paraíso no meio da cidade, com um pátio e várias salinhas adjacentes com uma bela decoração.
Depois da visita, continuar a pé pela Av. Yacoub El Mansour (sair do jardim para a dta e novamente à dta no cruzamento) até à Rue Loubnane. Virar à esquerda e após alguns metros aparece à esquerda o charmoso Hotel Morocco House.
Dê uma olhadela ao hall e salas contíguas, com uma riquíssima decoração em azulejos e madeiras pintadas.
Continuar por esta rua até encontrarmos a grande Avenue Mohamed V. Na esquina vê-se o café Elite.
Atravessar a rua até ao Grand Café de la Poste.
Se quer ver passar as modas, pode tomar um almoço ligeiro neste café frequentado pela fina-flor da sociedade de Marrakech e por uma quantidade enorme de estrangeiros residentes ou que querem passar por um dos locais IN da cidade (muito BCBG).
À escolha, desde o simples croque-monsieur às ostras de Oualidia (preço médio de 200-250 DHM).
Na Praça Jemaa elFnaa há vários restaurantes panorâmicos de onde se podem desfrutar as melhores vistas da agitada praça, da torre da Koutoubia e dos souks.
Baratos -Café Alhambra e Café de France (ambos servem refeições económicas numa base de 50 DHM por prato.
Caro - Se desejar uma coisa mais bonita e sofisticada, tem o vizinho Le Marrakchi,
Deliciosa a tagine de borrego com damascos. (www.lemarrakchi.com)
Miamm...
Vista da Koutoubia através das grades do Café de France
Mais a sul, na Place Ferblantiers, perto do Palácio Badii, está o belo restaurante Tanjia. É um dos locais marroco-chique, mas também uma das recomendações para testar a boa cozinha marroquina num quadro calmo e elegante (www.le-tanjia.com)
Restaurante Le Tanjia
Mas se desejar comer que nem um sheik, num quadro verdadeiramente especial, sugiro o restaurante Dar Zellig (www.darzellij.com), na parte norte da Medina, perto da mesquita Sidi Bem Slimane.
Num verdadeiro Riad do século XVII, perfeitamente restaurado, tem 3 menus à sua escolha. Perfeito para pedir alguém em casamento...
Dois cafés muito interessantes, ambos na Rue Mouassine, são o Café Árabe e o Dar Cherifa (do mesmo dono do Dar Zellig).
Café Arabe
Por último, para comprar os melhores “Cornes de Gazelle”, deve dirigir-se à Patisserie des Princes, na rua pedonal Rua Bab Agnaou, que começa na Praça Jema El Fnaa. Aliás, toda a doçaria marroquina é DELICIOSA...
Cornes de gazelle
A saber:
1. Tente escolher o hotel ou Riad onde vai ficar longe de uma mesquita (a não ser que prefira ser acordado diariamente às 5 da manhã quando o muesin faz a chamada para a primeira oração do dia);
2. Não coma saladas pelo menos nos primeiros dias (a comida cozinhada é sempre recomendável em países de África);
3. Quer oferecer "aquela" prenda de excelente qualidade? Há uma loja com coisas lindíssimas (peças únicas) e as melhores babouchas de Marrakech (Prepare o cartão de crédito) – Au Fil d’Or – 10, Souk Semmarine;
4. Taxistas simpáticos que o podem levar em passeio até Essaouira ou Ouarzazate.
Irmãos que têm um Mercedes impecável e uma carrinha com capacidade para 8 pessoas.
- Hamid – 066 590 095
- Aziz – 070 014 658
5. Quando passear nos souks da Medina, será melhor levar um lenço para tapar a boca e o nariz, porque há dias e horas em que a circulação de mobilettes se torna caótica;
6. Que poderá ver na Praça Jema El Fnaa?
Encantadores de serpentes, macacos acrobatas, os coloridos aguadeiros com o grandes chapéus, dentistas com bancas em que expõem dentaduras e aparelhos, mulheres que predizem o futuro, vendedores de sumo de laranja, bancas com frutos secos, etc.
Um turbilhão de gente em constante movimento...
VOOS: Lisboa/Casablanca/Marrakech e volta com a Air Maroc
Divirta-se !
NOTAS SOBRE MARRAKECH
Céu de fogo
Céu de fogo
Chegados ao aeroporto de Casablanca e enquanto esperávamos pelo voo de ligação a Marrakech, decidimos sair à rua para arejar um pouco.
Embora a tripulação não tivesse fornecido o documento de imigração cujo preenchimento é obrigatório, arranjámos 2 impressos e fizemos a fronteira em Casablanca. Assim, as formalidades em Marrkech foram encurtadas e mais rápido para sair.
Ao chegar a Marrakech, saímos do avião e fomos a pé pela pista até ao edifício do aeroporto. Novos controlos policiais e filas bastante grandes para as pessoas que tinham registado as bagagens.
Talvez fosse pela realização do festival de Cinema de Marrakech, ou mesmo porque a cidade tem, nesta época do ano, um clima bastante agradável.
Ao sair para a rua sentimos imediatamente aquele ar quente misturado com um leve cheiro de combustível, que para mim já se tornou familiar e associado a muitos destinos tropicais.
Dei-me conta então de que fez este ano 30 anos que pela primeira vez andei em Marrocos.
Foi em 1978 que, durante 21 dias, andei à boleia neste país.
E desde então o fascínio persiste, a atracção pela “cidade vermelha”, um oásis de verdura no meio de um vasto território árido, com vista para as montanhas do Atlas: a bela e misteriosa cidade de Marrakech !
É sempre fantástico ver o movimento louco da Medina, em contraste com outras zonas mais calmas da cidade, como o bairro do Hivernage, onde está o casino e toda a zona envolvente do Hotel Es Saadi, ou o Guéliz, uma zona residencial relativamente moderna, onde há alguns cafés e restaurantes da moda como o Grand Café de la Poste, ou locais interessantes como os famosos Jardins de Majorelle.
“Na alma de cada homem há uma dimensão que é um jardim”
Alguns locais a visitar na cidade:
Menara – vastíssimo olival, com milhares de árvores e um enorme tanque de rega, com vista para os picos do Atlas
Palácio da Bahia – um fantástico palácio do séc XIX, cheio de estuques, tectos pintados e azulejos (zelligs)
Detalhe de uma porta do Palácio de la Bahia
Jardins da Koutoubia – adjacentes à torre da Koutoubia (gémea das torres Hassan em Rabat e da Giralda em Sevilha)
Túmulos Saadianos – um conjunto de túmulos da dinastia Saadiana, com destaque para o belíssimo conjunto da Sala das Doze Colunas, de uma extraordinária riqueza decorativa, onde se encontra o mausoléu do Sultão Ahmed El-Mansour, um dos 2 reis marroquinos que se defrontaram com D. Sebastião em Alcácer Quibir
Jardins Majorelle – uma maravilha dos anos 1930, foi o atelier do pintor Jacques Majorelle, restaurado por Yves St Laurent, também ele um apaixonado por Marrakech;
Medersa Bem Youssef – uma das mais belas escolas corânicas do país, repleta de decoração com estuques, madeiras pintadas, azulejos e madeira entalhada.
Uma outra maneira de conhecer a cidade é passear a pé pelos souks. Deixar-se perder e reencontrar o caminho é sempre um prazer.
Café dos Jardins Majorelle – agradável para tomar um café ou um chá, num verdadeiro paraíso no meio da cidade, com um pátio e várias salinhas adjacentes com uma bela decoração.
Jardins de Majorelle
Depois da visita, continuar a pé pela Av. Yacoub El Mansour (sair do jardim para a dta e novamente à dta no cruzamento) até à Rue Loubnane. Virar à esquerda e após alguns metros aparece à esquerda o charmoso Hotel Morocco House.
Dê uma olhadela ao hall e salas contíguas, com uma riquíssima decoração em azulejos e madeiras pintadas.
Continuar por esta rua até encontrarmos a grande Avenue Mohamed V. Na esquina vê-se o café Elite.
Atravessar a rua até ao Grand Café de la Poste.
Se quer ver passar as modas, pode tomar um almoço ligeiro neste café frequentado pela fina-flor da sociedade de Marrakech e por uma quantidade enorme de estrangeiros residentes ou que querem passar por um dos locais IN da cidade (muito BCBG).
À escolha, desde o simples croque-monsieur às ostras de Oualidia (preço médio de 200-250 DHM).
Na Praça Jemaa elFnaa há vários restaurantes panorâmicos de onde se podem desfrutar as melhores vistas da agitada praça, da torre da Koutoubia e dos souks.
Baratos -Café Alhambra e Café de France (ambos servem refeições económicas numa base de 50 DHM por prato.
Caro - Se desejar uma coisa mais bonita e sofisticada, tem o vizinho Le Marrakchi,
Deliciosa a tagine de borrego com damascos. (www.lemarrakchi.com)
Miamm...
Vista da Koutoubia através das grades do Café de France
Mais a sul, na Place Ferblantiers, perto do Palácio Badii, está o belo restaurante Tanjia. É um dos locais marroco-chique, mas também uma das recomendações para testar a boa cozinha marroquina num quadro calmo e elegante (www.le-tanjia.com)
Restaurante Le Tanjia
Mas se desejar comer que nem um sheik, num quadro verdadeiramente especial, sugiro o restaurante Dar Zellig (www.darzellij.com), na parte norte da Medina, perto da mesquita Sidi Bem Slimane.
Num verdadeiro Riad do século XVII, perfeitamente restaurado, tem 3 menus à sua escolha. Perfeito para pedir alguém em casamento...
Dois cafés muito interessantes, ambos na Rue Mouassine, são o Café Árabe e o Dar Cherifa (do mesmo dono do Dar Zellig).
Café Arabe
Por último, para comprar os melhores “Cornes de Gazelle”, deve dirigir-se à Patisserie des Princes, na rua pedonal Rua Bab Agnaou, que começa na Praça Jema El Fnaa. Aliás, toda a doçaria marroquina é DELICIOSA...
Cornes de gazelle
A saber:
1. Tente escolher o hotel ou Riad onde vai ficar longe de uma mesquita (a não ser que prefira ser acordado diariamente às 5 da manhã quando o muesin faz a chamada para a primeira oração do dia);
2. Não coma saladas pelo menos nos primeiros dias (a comida cozinhada é sempre recomendável em países de África);
3. Quer oferecer "aquela" prenda de excelente qualidade? Há uma loja com coisas lindíssimas (peças únicas) e as melhores babouchas de Marrakech (Prepare o cartão de crédito) – Au Fil d’Or – 10, Souk Semmarine;
4. Taxistas simpáticos que o podem levar em passeio até Essaouira ou Ouarzazate.
Irmãos que têm um Mercedes impecável e uma carrinha com capacidade para 8 pessoas.
- Hamid – 066 590 095
- Aziz – 070 014 658
5. Quando passear nos souks da Medina, será melhor levar um lenço para tapar a boca e o nariz, porque há dias e horas em que a circulação de mobilettes se torna caótica;
6. Que poderá ver na Praça Jema El Fnaa?
Encantadores de serpentes, macacos acrobatas, os coloridos aguadeiros com o grandes chapéus, dentistas com bancas em que expõem dentaduras e aparelhos, mulheres que predizem o futuro, vendedores de sumo de laranja, bancas com frutos secos, etc.
Um turbilhão de gente em constante movimento...
VOOS: Lisboa/Casablanca/Marrakech e volta com a Air Maroc
Divirta-se !
Nota: Todas as fotografias são publicadas com permissão da minha querida IH