BrunoF
Membro
Voos:
Porto-Madrid-New York JFK (IBERIA)
Alojamento:
New York Budget Inn, 200 34th St
A viagem dos nossos sonhos, concretizada na altura mais importante das nossas vidas até à data. Uma cidade que todos ouvimos falar, que vemos nos filmes e nas séries, que lemos nos livros, que ouvimos em algumas das mais emblemáticas canções de sempre.
Confesso que com o aproximar da data, fui ficando algo apreensivo. Tinha medo de ter as expectativas demasiado elevadas, tinha medo de me sentir defraudado com tudo aquilo que vamos conhecendo através do que descrevi antes. Mas o primeiro impacto, ainda dentro do avião, quase a aterrar e onde se pode ver ao longe toda a ilha de Manhattan, inundada de enormes e imponentes prédios, começou logo a tranquilizar-me. Depois da enorme seca (1h? 1h30? Nem sei bem...) que é passar pelo controlo de segurança do aeroporto, lá fomos para o metro. E ao sairmos na estação da rua onde íamos ficar, o primeiro impacto é logo brutal. A quantidade de arranha-céus e... O Empire State Building logo ali à frente!
Tudo aquilo que imaginamos torna-se rapidamente numa migalha da realidade. É tudo mais.
Tivemos 7 dias para explorar principalmente a ilha de Manhattan - com uma fugida a Brooklyn durante uma tarde/noite. Assim, pudemos dividir a cidade por dias e por zonas (mais ou menos, claro. Porque a verdade é que estivemos umas 4 ou 5 vezes em Times Square).
De Lower Manhattan ao Central Park, passando por Midtown ou pelos bairros mais típicos como East Village, Chinatown, Soho e Little Italy, foi possível ver tudo do essencial, mas muito menos do que havia ainda para ver. Os bairros típicos, menos conhecidos no geral, foram excelentes para conhecermos onde vivem os verdadeiros nova-iorquinos. É aqui que encontramos os mercados, os cabeleireiros, os cafés quase familiares, os putos a brincar na rua… É nestas visitas que sentimos que Nova Iorque é no fundo uma cidade como as outras, apesar de ser diferente de todas as outras. Esta é especial.
E é especial por causa da skyline vista do rio (fizemos um passeio de barco à volta de toda a ilha, com duração de 2h30);
por causa da skyline vista de Brooklyn (e da sua ponte);
por causa da Skyline vista do Top of the Rock (sem dúvida o melhor ponto de observação no alto da cidade);
por causa dos espaços verdes muito bem cuidados e aproveitados (Bryant Park é excelente, Central Park é imenso e cheio de diferentes distrações e actividades, Tompkins Square terá o maior rácio de esquilos por metro quadrado do mundo? Talvez…);
por causa de todos aqueles pormenores e características típicas de NY (ou dos EUA) - sejam as placas das ruas, os semáforos, os carros da polícia ou os táxis -, por causa da multiculturalidade sentida em cada canto e em cada odor transmitido pelas estações de comida ambulante (e não só, sejamos sinceros…), por causa do constante movimento aglomerado a qualquer hora do dia e da noite. Nova Iorque é mesmo a cidade que nunca dorme!
A comida que por lá se confecciona faz-nos chegar a Portugal e querer apenas sopas de legumes e cozidos. É tudo muito agressivo, picante, cheio de molhos. Mas tivemos boas experiências gastronómicas, como no Grimaldi’s (tem das melhores pizzas da cidade a preços muito apelativos) ou num Deli e nas suas sandes de pastrami com acompanhamento de pickles. O resto foi quase exclusivamente fast-food, desde hambúrgueres e hot-dogs até à comida egípcia e variantes.
Uma das visitas a Times Square foi reservada para adquirir bilhetes com desconto para um espectáculo da Broadway através da TKTS, uma entidade estatal com balcão ali. É caro (mesmo com desconto), mas era uma experiência que não podíamos deixar de sentir – e os lugares são quase todos muito bons, tipo orquestra ou primeiras filas. A peça que fomos ver foi “Once – a new musical” e foi absolutamente soberba! Talvez fuja um pouco ao padrão habitual do musical (tipo Chicago, Cats, etc), na medida em que a peça de teatro é quase um concerto, com músicos e instrumentos tocados ao vivo, mas tudo foi perfeito. Recomendo vivamente!
A zona do WTC é psicologicamente pesada. Visitámos o 9/11 Memorial e acaba por ser impressionante circular nas redondezas e ouvir/ler algumas histórias contadas (há uma pequena capela lá próximo que se tornou o centro do comando de operações nas buscas de sobreviventes e na remoção dos escombros).
Houve ainda tempo para visitar os três principais museus da cidade: Metropolitan, História Natural e MoMA (todos os museus são teoricamente gratuitos, onde cada um dá o que quer ou o que eles sugerem: 25-29$). O meu preferido foi o último, muito à base de obras do século XIX para a frente (Van Gogh, Picasso, Monet, O’Keefe, Cézanne, Andy Warhol), e a maior desilusão foi o Met, que acaba por ter que ser comparado a museus do género na Europa e fica claramente atrás.
Ainda em Portugal, comprámos o NY CityPass e tivemos acesso a estes 3 museus + subida ao Top of the Rock (Rockefeller Center) + subida ao Empire State Building (a experiência mais cómica da viagem, pois à noite estava tanto nevoeiro que não se via rigorosamente nada! – o que vale é que durante o dia já lá tínhamos ido, já que o nosso bilhete dava duplo acesso no mesmo dia, pelo que pudemos de facto rir com a situação) + passeio de barco à volta da ilha. Valeu bem a pena!
Nova Iorque é diferente de tudo aquilo que já tivemos oportunidade de ver, é única e por isso mesmo inesquecível.
Uma pequena nota: dei por mim a cantarolar “New York, New York” do Sinatra durante boa parte do tempo.
Porto-Madrid-New York JFK (IBERIA)
Alojamento:
New York Budget Inn, 200 34th St
A viagem dos nossos sonhos, concretizada na altura mais importante das nossas vidas até à data. Uma cidade que todos ouvimos falar, que vemos nos filmes e nas séries, que lemos nos livros, que ouvimos em algumas das mais emblemáticas canções de sempre.
Confesso que com o aproximar da data, fui ficando algo apreensivo. Tinha medo de ter as expectativas demasiado elevadas, tinha medo de me sentir defraudado com tudo aquilo que vamos conhecendo através do que descrevi antes. Mas o primeiro impacto, ainda dentro do avião, quase a aterrar e onde se pode ver ao longe toda a ilha de Manhattan, inundada de enormes e imponentes prédios, começou logo a tranquilizar-me. Depois da enorme seca (1h? 1h30? Nem sei bem...) que é passar pelo controlo de segurança do aeroporto, lá fomos para o metro. E ao sairmos na estação da rua onde íamos ficar, o primeiro impacto é logo brutal. A quantidade de arranha-céus e... O Empire State Building logo ali à frente!
Tudo aquilo que imaginamos torna-se rapidamente numa migalha da realidade. É tudo mais.
Tivemos 7 dias para explorar principalmente a ilha de Manhattan - com uma fugida a Brooklyn durante uma tarde/noite. Assim, pudemos dividir a cidade por dias e por zonas (mais ou menos, claro. Porque a verdade é que estivemos umas 4 ou 5 vezes em Times Square).
De Lower Manhattan ao Central Park, passando por Midtown ou pelos bairros mais típicos como East Village, Chinatown, Soho e Little Italy, foi possível ver tudo do essencial, mas muito menos do que havia ainda para ver. Os bairros típicos, menos conhecidos no geral, foram excelentes para conhecermos onde vivem os verdadeiros nova-iorquinos. É aqui que encontramos os mercados, os cabeleireiros, os cafés quase familiares, os putos a brincar na rua… É nestas visitas que sentimos que Nova Iorque é no fundo uma cidade como as outras, apesar de ser diferente de todas as outras. Esta é especial.
E é especial por causa da skyline vista do rio (fizemos um passeio de barco à volta de toda a ilha, com duração de 2h30);
por causa da skyline vista de Brooklyn (e da sua ponte);
por causa da Skyline vista do Top of the Rock (sem dúvida o melhor ponto de observação no alto da cidade);
por causa dos espaços verdes muito bem cuidados e aproveitados (Bryant Park é excelente, Central Park é imenso e cheio de diferentes distrações e actividades, Tompkins Square terá o maior rácio de esquilos por metro quadrado do mundo? Talvez…);
por causa de todos aqueles pormenores e características típicas de NY (ou dos EUA) - sejam as placas das ruas, os semáforos, os carros da polícia ou os táxis -, por causa da multiculturalidade sentida em cada canto e em cada odor transmitido pelas estações de comida ambulante (e não só, sejamos sinceros…), por causa do constante movimento aglomerado a qualquer hora do dia e da noite. Nova Iorque é mesmo a cidade que nunca dorme!
A comida que por lá se confecciona faz-nos chegar a Portugal e querer apenas sopas de legumes e cozidos. É tudo muito agressivo, picante, cheio de molhos. Mas tivemos boas experiências gastronómicas, como no Grimaldi’s (tem das melhores pizzas da cidade a preços muito apelativos) ou num Deli e nas suas sandes de pastrami com acompanhamento de pickles. O resto foi quase exclusivamente fast-food, desde hambúrgueres e hot-dogs até à comida egípcia e variantes.
Uma das visitas a Times Square foi reservada para adquirir bilhetes com desconto para um espectáculo da Broadway através da TKTS, uma entidade estatal com balcão ali. É caro (mesmo com desconto), mas era uma experiência que não podíamos deixar de sentir – e os lugares são quase todos muito bons, tipo orquestra ou primeiras filas. A peça que fomos ver foi “Once – a new musical” e foi absolutamente soberba! Talvez fuja um pouco ao padrão habitual do musical (tipo Chicago, Cats, etc), na medida em que a peça de teatro é quase um concerto, com músicos e instrumentos tocados ao vivo, mas tudo foi perfeito. Recomendo vivamente!
A zona do WTC é psicologicamente pesada. Visitámos o 9/11 Memorial e acaba por ser impressionante circular nas redondezas e ouvir/ler algumas histórias contadas (há uma pequena capela lá próximo que se tornou o centro do comando de operações nas buscas de sobreviventes e na remoção dos escombros).
Houve ainda tempo para visitar os três principais museus da cidade: Metropolitan, História Natural e MoMA (todos os museus são teoricamente gratuitos, onde cada um dá o que quer ou o que eles sugerem: 25-29$). O meu preferido foi o último, muito à base de obras do século XIX para a frente (Van Gogh, Picasso, Monet, O’Keefe, Cézanne, Andy Warhol), e a maior desilusão foi o Met, que acaba por ter que ser comparado a museus do género na Europa e fica claramente atrás.
Ainda em Portugal, comprámos o NY CityPass e tivemos acesso a estes 3 museus + subida ao Top of the Rock (Rockefeller Center) + subida ao Empire State Building (a experiência mais cómica da viagem, pois à noite estava tanto nevoeiro que não se via rigorosamente nada! – o que vale é que durante o dia já lá tínhamos ido, já que o nosso bilhete dava duplo acesso no mesmo dia, pelo que pudemos de facto rir com a situação) + passeio de barco à volta da ilha. Valeu bem a pena!
Nova Iorque é diferente de tudo aquilo que já tivemos oportunidade de ver, é única e por isso mesmo inesquecível.
Uma pequena nota: dei por mim a cantarolar “New York, New York” do Sinatra durante boa parte do tempo.