Cristina Sousa
Membro Conhecido
Antuérpia (Anvers em francês - não conhecia
) é uma cidade portuária situada no norte da Bélgica, banhada pelo rio Escalda, e junto do mar do Norte, e é a 2ª maior cidade belga e a maior da região de Flandres.
O seu porto adquiriu uma grande relevância no comércio europeu no séc. XV, com a pioneira fundação de uma primitiva "bolsa" na cidade, que rapidamente transformou Antuérpia num dos mais bem sucedidos centros comerciais e produtores do Velho Continente. Foi, em parte, devido a estas condições que após a chegada à Índia, os Portugueses para aí transferiram a feitoria que na Idade Média mantinham em Bruges. Este facto revelou-se da maior importância para a cidade. Com os Portugueses, instalou-se igualmente uma forte colónia mercantil espanhola, passando os negócios das coroas ibéricas a fazer-se maioritariamente por aí. Assim, ao longo do século XVI, Antuérpia tornou-se um centro da "economia-mundo".
A prosperidade desta cidade prosseguiu ao longo desse século, com a chegada de inúmeros judeus, expulsos de Portugal. Esta comunidade de exímios mercadores e artesãos veio enriquecer o negócio da indústria dos diamantes e, consequentemente, a própria cidade, que passou a contar com a colaboração destes artesãos especializados com uma propensão natural para o trato comercial.
Antuérpia é considerada o centro mundial do diamante, pois nesta cidade são negociados 80% dos diamantes brutos e 50% dos diamantes lapidados do mundo, o que ilustra bem a sua importância na comercialização desta pedra preciosa para a cidade e para o país. Inclusive, existe uma rua, a Pelikaanstraat, inserida num bairro judeu e dedicada quase exclusivamente ao comércio de jóias e diamantes.
(Apesar de todo o brilho das jóias, os meus olhos fixaram-se naquelas fantásticas bolas brancas pintadas em tons coloridos, pelas quais me apaixonei. Só pensava...ficavam a matar lá em casa...
)
Antuérpia deriva do termo "Hand Werpen", que significa mão arremessada em holandês.
Reza a lenda que no rio Esclada havia um gigante, chamado Druon Antígono, que exigia pagamento a todos os que pretendiam atravessar o rio. Um soldado romano de nome Silvio Bravo, recusou-se a pagar e envolveu-se numa luta com o gigante. Depois de o matar, cortou-lhe a mão a atirou-a ao rio. A mão acabou por dar à margem do rio, no local onde se encontra a cidade. Daí a explicação para o nome de Antuérpia!
E perguntam vocês, porquê Antuérpia?
Porque no ano anterior adorei a experiência Flandres e apeteceu-me conhecer o resto da região. E visitar o mercado de Natal. Porque Antuérpia aparece sempre como sendo o patinho feio das cidades da Flandres em comparação com as belas Bruges e Gent.
E porque após algumas pesquisas, percebi que estabelecendo "base" em Antuérpia, teria a possibilidade de visitar algumas outras pequenas cidades ali à volta, também interessantes.
E se bem o pensei, melhor o fiz.
Voei até Zaventem, que à primeira vista já não aparenta obras, e estava mais fofo do que nunca!
Após o almoço, viagem do aeroporto até Antuérpia de comboio (11,30€), em pouco mais de 20/25 minutos.
A chegada a Antuérpia coincide logo com um dos principais ícones da cidade.
A Estação Central
A revista newsweek nomeou-a como a quarta mais bonita do mundo.
É um edificio palaciano neoclássico do início do séc. XX.
Escapou à demolição em 1975. Esteve em obras de remodelação e ampliação durante décadas. Agora é uma estação enorme, moderna, com fáceis acessibilidades a todas as regiões da Bélgica.
Aqui também passa, no subsolo, o comboio de alta velocidade, com ligações a outros países.
Tão bela por dentro como por fora, de dia ou de noite, peca apenas por não ter a fachada mais iluminada. Merecia!
Deixadas as malas no hotel, há que começar a explorar a cidade.
Primeiro impacto - tudo em obras!
Fez-me lembrar o (meu) Porto há 20 anos atrás, cheio de buracos, andaimes, gruas, ruas impedidas, máquinas a fazer barulho, etc....
(Ex. da avenida onde se situa a ópera)
Não foi um bom começo....
O seu porto adquiriu uma grande relevância no comércio europeu no séc. XV, com a pioneira fundação de uma primitiva "bolsa" na cidade, que rapidamente transformou Antuérpia num dos mais bem sucedidos centros comerciais e produtores do Velho Continente. Foi, em parte, devido a estas condições que após a chegada à Índia, os Portugueses para aí transferiram a feitoria que na Idade Média mantinham em Bruges. Este facto revelou-se da maior importância para a cidade. Com os Portugueses, instalou-se igualmente uma forte colónia mercantil espanhola, passando os negócios das coroas ibéricas a fazer-se maioritariamente por aí. Assim, ao longo do século XVI, Antuérpia tornou-se um centro da "economia-mundo".
A prosperidade desta cidade prosseguiu ao longo desse século, com a chegada de inúmeros judeus, expulsos de Portugal. Esta comunidade de exímios mercadores e artesãos veio enriquecer o negócio da indústria dos diamantes e, consequentemente, a própria cidade, que passou a contar com a colaboração destes artesãos especializados com uma propensão natural para o trato comercial.
Antuérpia é considerada o centro mundial do diamante, pois nesta cidade são negociados 80% dos diamantes brutos e 50% dos diamantes lapidados do mundo, o que ilustra bem a sua importância na comercialização desta pedra preciosa para a cidade e para o país. Inclusive, existe uma rua, a Pelikaanstraat, inserida num bairro judeu e dedicada quase exclusivamente ao comércio de jóias e diamantes.
(Apesar de todo o brilho das jóias, os meus olhos fixaram-se naquelas fantásticas bolas brancas pintadas em tons coloridos, pelas quais me apaixonei. Só pensava...ficavam a matar lá em casa...
Antuérpia deriva do termo "Hand Werpen", que significa mão arremessada em holandês.
Reza a lenda que no rio Esclada havia um gigante, chamado Druon Antígono, que exigia pagamento a todos os que pretendiam atravessar o rio. Um soldado romano de nome Silvio Bravo, recusou-se a pagar e envolveu-se numa luta com o gigante. Depois de o matar, cortou-lhe a mão a atirou-a ao rio. A mão acabou por dar à margem do rio, no local onde se encontra a cidade. Daí a explicação para o nome de Antuérpia!
E perguntam vocês, porquê Antuérpia?
Porque no ano anterior adorei a experiência Flandres e apeteceu-me conhecer o resto da região. E visitar o mercado de Natal. Porque Antuérpia aparece sempre como sendo o patinho feio das cidades da Flandres em comparação com as belas Bruges e Gent.
E porque após algumas pesquisas, percebi que estabelecendo "base" em Antuérpia, teria a possibilidade de visitar algumas outras pequenas cidades ali à volta, também interessantes.
E se bem o pensei, melhor o fiz.
Voei até Zaventem, que à primeira vista já não aparenta obras, e estava mais fofo do que nunca!
Após o almoço, viagem do aeroporto até Antuérpia de comboio (11,30€), em pouco mais de 20/25 minutos.
A chegada a Antuérpia coincide logo com um dos principais ícones da cidade.
A Estação Central
A revista newsweek nomeou-a como a quarta mais bonita do mundo.
É um edificio palaciano neoclássico do início do séc. XX.
Escapou à demolição em 1975. Esteve em obras de remodelação e ampliação durante décadas. Agora é uma estação enorme, moderna, com fáceis acessibilidades a todas as regiões da Bélgica.
Aqui também passa, no subsolo, o comboio de alta velocidade, com ligações a outros países.
Tão bela por dentro como por fora, de dia ou de noite, peca apenas por não ter a fachada mais iluminada. Merecia!
Deixadas as malas no hotel, há que começar a explorar a cidade.
Primeiro impacto - tudo em obras!
Fez-me lembrar o (meu) Porto há 20 anos atrás, cheio de buracos, andaimes, gruas, ruas impedidas, máquinas a fazer barulho, etc....
(Ex. da avenida onde se situa a ópera)
Não foi um bom começo....
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