Tita e Rosário,
Felizmente neste mundo nem toda a gente partilha da mesma opinião e ainda bem. Se há quem goste há também quem não goste. E por vezes gosta-se de determinados aspetos e de outros não. E ter uma opinião negativa é um direito tão igual a ter uma opinião positiva.
Lembro-me de ter dito no 1º post que fiz referente a este tópico e cito-me "Fui cliente da Mil Destinos por vários anos (agência de Vila Franca de Xira) e tenho algumas situações a apontar, talvez não necessiaramente as que a possam preocupar" e ainda assim considerei útil partilhar a minha experiência, dado que era esse o objetivo do tópico.
Se existe coisa à qual estou habituada é a viajar, definitivamente e estou perfeitamente a par dos procedimentos. Independentemente disso e referindo-me a agências mais pequenas como a Mil Destinos é um direito total meu e de qualquer cliente sentir-se enganado para com uma situação semelhante em que ora não se pode mudar de operador turístico, ora já se pode se der jeito à agência fazê-lo.
Pessoalmente nunca senti que as "dicas" das meninas M* e L* (já descodificada pela Rosário) fossem nada de especial, muito honestamente. Para exemplificar, na minha 1ª viagem com a Mil Destinos o aconselhamento de um determinado pacote de circuito foi de tal forma mau que o grupo de portugueses viu-se obrigado a ligar para a Iberojet em pleno circuito a reportar todas as situações que eram intoleráveis a nível hoteleiro (desde polibans rachados de uma ponta a outra, janelas de WC sem vidro e com rede rasgada com osgas a entrar, estado dos WC's dos 3 hotéis do circuito em deterioração total, higiene geral completamente deficitária, quartos com cortinas rasgadas de uma ponta a outra onde o sol e a luz entrava diretamente, isto para não me estender mais na descrição), isto sugerido pela menina L* porque a própria dizia que comprar o circuito no destino só servia para ver tudo a correr. Em conclusão, eu andei 3 noites/4 dias em circuito, fiquei nos hotéis mais deploráveis que já vi (considero-me muito pouco exigente nesse âmbito até) e fui para os ditos hotéis às 16h não sei fazer o quê. O circuito comprado no destino tinha exatamente o mesmo roteiro, mas com uma única noite fora e num hotel perfeitamente aceitável. Devo sentir que fui bem aconselhada?? Certamente que não. Não penso como é óbvio que o conselho foi dado com má intenção, mas há muitas lacunas de informação nas sugestões que são feitas ou na falta delas.
Eu pessoalmente leio muito sobre destinos em artigos da especialidade, guias de viagem e em vastos sites que estão à disposição de todos nós em português, inglês, espanhol e francês. É um tema que me atrai e gosto de estar informada vá ou não viajar de imediato para esse destino. Certamente que as dúvidas e interesses de um cliente num determinado destino, ou no conjunto de destinos em geral, não são necessariamente as mesmas. Nesse sentido eu considero que um agente de viagens deve ser muito mais que um vendedor de pacotes e deve tornar-se um conselheiro informado e interessado ao ponto de tentar conhecer o cliente e sugerir-lhe opções que vão ao encontro dos seus interesses. Nesse âmbito, bem como noutros, sinto que a Mil Destinos não vai ao encontro das minhas necessidades, o que não quer obviamente dizer que não vá ao encontro de outros clientes que não eu.
A nível de bons preços nas minhas viagens e da minha família nunca vi nada de especial também à exceção do pacote que tinha comprado em que o Operador Turístico faliu e no caso da Boa Vista em que recebi uma promoção de TI no Royal Decameron Boa Vista por 599€/pax e sugeri à minha mãe e ao meu padrasto que acabaram por comprar a viagem.
Aliás, a menina M* regra geral em Março ligava ao meu padrasto para passar lá pela agência para lhe tentar vender pacotes sempre quando os valores das viagens estavam altos (foi o caso da viagem "final" com a Mil destinos-México). A minha mãe 1º e mais tarde o meu padrasto começaram a interpretar isso como intencional, o que os foi deixando desagradados. É certo que o trabalho e o ganho da agência é vender (e por quanto mais alto vender melhor para a agência), mas o ganho de nós clientes é comprar pelo preço mais em conta possível e esse é um direito que nos assiste.
Nós gastámos nesta agência durante anos a fio bastante dinheiro em viagens, pelo que sinto-me em pleno direito de sentir que não fui tratada como a cliente de anos que era quando me foi negado um desconto no pacote em questão. Conheço outras agências pequenas utilizadas por amigos (como a Mil Destinos) em que isto é feito e a isso chama-se fidelizar o cliente. A gestão da empresa sentiu-se no direito de não o fazer e eu sinto-me (à semelhança da minha mãe e padrasto) no meu direito de não querer comprar lá mais nada. Não quer dizer que não o faça se tiverem algum tipo de exclusivo que eu pretenda e não encontre em mais lado algum, mas parece-me um tipo de situação algo improvável.