rum
Membro Conhecido
Cláudio, claro que não financiaram... não podem. O negócio do Brasil foi de fato um problema, foi uma decisão mal tomada mas é daquelas coisas que só sabemos depois de acontecerem. Correu mal e provavelmente alguém foi responsabilizado por isso, e espero que não o tenha sido responsabilizado de bolsos cheios. De resto a questão aqui é só mesmo a da concorrência, independentemente se a companhia voa para Tires ou para Caracas. Enquanto companhia área tem concorrência em toda a Europa de todas as outras companhias europeias. Quanto à Fertagus além dos comboios e as contrapartidas que o estado paga pelo baixo número de passageiros em determinados horários, e outras PPPs que todos conhecemos isso sim são vergonhas, mas aqui não há as tais imposições que vigoram em Bruxelas, ou há outras, e talvez por isso sejam o que são.Os governos não financiaram a TAP, logo, nem sequer houve parecer da UE em relação a algo que não aconteceu.
A bola de neve aumentou bastante quando compraram a VEM, sobre isso não contra-argumentam, como é natural.
Não se trata aqui de concorrência, a TAP não tem concorrência para destinos onde as outras companhias não voam. De qualquer forma, se assim fosse, não faria sentido o mesmo governo que não colocou 1 cêntimo na TAP, fosse do outro lado financiar as companhias de baixo custo. O interesse nacional não passará por dar dinheiro a um privado em detrimento de um público.
Na CP, aquando da criação da Fertagus, o governo de então deu(literalmente) os comboios à Fertagus, a Fertagus vendeu os mesmo comboios à CP e agora está a pagar um aluguer dos comboios à CP, que é menor do que a mensalidade que a CP paga pelo empréstimo contraído para comprar os comboios à Fertagus ! O caso da CP vs Fertagus, é um bom exemplo de como funcionam as PPPs.
Por muito que nos custe, a mim custa, não acredito que houvesse outra solução.