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TRANSIBERIANO
Nota prévia
Este report descreve uma viagem que geograficamente aconteceu em 2 continentes, Europa e Ásia. E porque grande parte da viagem aconteceu na Ásia, apesar de Moscovo ser continente Europeu tomei a decisão de fazer um só report e fazer a sua publicação na secção Ásia.
Introdução
Foi num fim de tarde/noite entre copos de Gin que soou nos meus ouvidos uma frase chave com um desafio, do género: “Tu eras o gajo certo para ir comigo fazer o Transiberiano”. Não respondi, pelo contrário, perguntei: “Quando é que partimos?”
Sempre olhei para o Transiberiano como uma aventura e um grande desafio, mas nunca tinha oportunidade de pensar nele a sério. Após amadurecer a ideia, percebemos que precisaríamos de 4 a 6 meses antes de partir. Isto porque devido aos meus compromissos profissionais era obrigado a ter um calendário rígido e sem grandes margens para falhas. Posto isto havia muito para ler e investigar, perceber as rotas escolher as paragens o que ver e o que fazer.
Rússia
Um dos pontos que foi definido à partida é que a Rússia é um país de inverno e teria de ser feito no inverno… atravessar a Sibéria no pico do frio, gelo e neve parecia loucura. Mas se há tanta gente que o faz porque é que eu não o faço? E fiz.
Como já referi, o nosso calendário era apertado e tendo eu um emprego normal, por conta de outrem, conseguir férias para isto tudo não era tarefa fácil, mas depois de muita engenharia e fazendo manobras com o calendário lá consegui 26 dias seguidos para concretizar a loucura.
Decidimos fazer o Transiberiano e rapidamente escolhemos a versão Trans-Mongol. Com isto percebemos que Ulan Bator iria balizar para trás e para a frente a nossa viagem, já que durante o inverno só há um comboio semanal de Ulan Bator para Pequim e sai à quinta-feira. Há outras opções para sair de Ulan Bator, nomeadamente o avião (que não era opção) e outras opções ferroviárias e rodoviárias mas não eram diretas e menos confortáveis.
E já que o destino é a China, há que dedicar uns dias à China.
Compra de bilhetes
Depois de ler algumas coisas percebemos que a melhor opção é comprar os bilhetes a uma agência. É possível comprar bilhetes online de Moscovo para Pequim, ou para Ulan Bator. Mas não era esse o nosso objetivo, queríamos fazer algumas paragens e é possível comprar bilhetes para essas paragens, mas não é possível comprar bilhetes online na Mongólia. As agências que vendem bilhetes conseguem com antecedência fazer as reservas e garantir os lugares, além de que o risco erro é reduzido substancialmente.
Também é possível ir diretamente à estação e sujeitando à disponibilidade, comprar os bilhetes. Mas eu tinha um calendário sem margem para manobras. Escolhemos a realrussia.co.uk.
No site da realrussia, fizemos várias simulações e quando chegámos a um calendário favorável avançámos para a compra. Primeiro fizemos a reserva e pagámos um depósito e por fim a confirmação com o resto do pagamento.
Real Russia | Travel and Visas for Russia and the region
Vistos
Para a Rússia e China é obrigatório um visto. Para a Mongólia até ao fim de 2015, julgo eu, para potenciar e facilitar o turismo não é preciso visto.
Portanto o primeiro passo antes de avançar com qualquer compra era garantir que conseguíamos entrar na Rússia, e para a obtenção do visto precisamos de uma carta convite. A realrussia, no ato da reserva emite e envia essa carta convite e com ela podemos então solicitar o visto. Também é exigido um seguro, e é aconselhável (para não levantarem questões) fazer numa agência acreditada pela embaixada da Rússia. Fomos ao consulado no restelo solicitar o visto.
Com o visto concedido fizemos a confirmação junto da realrussia e pedimos o visto para a China.
Russia: VHS Portugal
China: Visto para a China
Aviões e hotéis
Ao longo do tempo fui acompanhado a evolução dos preços dos voos. Com o visto na mão e a confirmação dada à realrussia já podia marcar o voo. Para grande azar meu e por um par de horas os bilhetes em económica na TAP para a o dia em que queria viajar acabaram. De 178 euros os bilhetes de avião passaram para 700. Fui obrigado e muito rapidamente a procurar soluções, a melhor opção era usar a SWISS com escala em Zurique. Consegui bilhete por 210 euros. O regresso foi feito de Hong Kong pela Emirates.
China
Traçámos um plano para a China. Tínhamos o objetivo além de Pequim de ir a Harbin, a Xi’na e Shanghai. Para comprar bilhetes de comboio na china online há uma agência oficial governamental que disponibiliza o serviço. Para comprar online diretamente à companhia que opera os comboios só para quem reside na China e com um cartão de crédito emitido por um banco chinês. Quando tentei comprar os bilhetes, que são postos à venda entre 20 a 60 dias antes da data da viagem, os troços Pequim para Harbin e de Harbin para Xian estavam esgotados. Enviei um mail à agência mas nunca obtive resposta… afinal se o site diz que estão esgotados porque é que se vão dar ao trabalho de responder.
Decidi então recorrer à ajuda de uma agência de um Australiano que vive em Pequim e que fornece o serviço de venda de bilhetes entre outros serviços na China. Foram bastante céleres a responder e disseram que aquela era altura do ano novo lunar Chinês e assim que os bilhetes foram colocados à venda em pouco tempo esgotaram. China Train tickets online - China DIY Travel
Fomos obrigados a repensar o nosso trajeto na China e perante as opções de bilhetes disponíveis decidimos a seguir a Pequim estender o percurso para Shanghai, Guangzhou, Hong Kong e Macau. Não era, para nós, a melhor opção mas sim a possível.
Mongólia
Com a investigação que fomos fazendo, depressa percebemos que a principal paragem da Mongólia, Ulaambaatar, não tem tanto interesso como à partida se possa pensar, ao contrário do resto do país que merece pelo menos uma semana de visita. Por isso e devido ao rigoroso apertado calendário decidimos dedicar só uma noite a Ulaambaatar. Nota importante, até ao fim de 2015, se não estou em erro, nós Portugueses estamos isentos de visto.
Ferramentas
How to plan & book a journey on the Trans-Siberian Railway
Real Russia | Travel and Visas for Russia and the region
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VHS Portugal
Visto para a China
Trans-Siberian Handbook
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