Mel C
Membro Conhecido
Este report vem contar a minha mais recente aventura a solo, 14 dias no Irão. Tinha lido muito sobre este destino que parece ser temido por todos os que nunca lá foram e adorado por todos os que o visitam. Sempre que lia relatos de viajantes no Irão as críticas eram altamente favoráveis, não encontrei ninguém que não tivesse gostado do Irão e eu tinha a certeza que também iria gostar. Só que como diz o meu paizinho eu nasci para ser do contra e se há um destino de viagem que toda a gente ama e adora, é claro que eu vou ser a única pessoa do mundo que não vai adorar.
Não é que eu não tenha gostado do Irão, mas desiludiu muito face às expectativas que tinha. E acho que o problema esteve exactamente aí, nas expectativas. Todas as pessoas que viajaram pelo Irão dizem que é incrível, fantástico, inacreditável, o país mais espectacular do mundo com as pessoas mais simpáticas do universo. Lembro-me de ver fotos do Irão e achar que era tudo tão bonito, e quando aterrei em Teerão saí do avião emocionada a pensar em todas as coisas maravilhosas que ia viver. Só que a realidade não foi bem assim. O primeiro choque com Teerão não foi fácil; ruas muito cinzentas, tudo escrito em farsi e números persas em todo o lado, pessoas que não falam inglês e nem se preocupam em tentar ajudar, trânsito caótico com uma barulhada de carros e motas por todo o lado, e em certos sítios um cheiro a gasolina que ninguém aguenta, dado que quer os carros quer as motas no Irão são em geral bastante velhos. Para além disso por todo o Irão os locais que nas fotos me pareciam incríveis, ao vivo pareceram-me bonitos, mas só bonitos. Em cima disso acabei por passar demasiado tempo em todas as cidades onde estive excepto Teerão e Shiraz, um dia a mais em cada uma delas; gostava de viajar com calma e acima de tudo de vaguear sem destino descobrindo as pequenas surpresas que cada local tem, só que no Irão achei que apenas os pontos turísticos eram bonitos e as zonas à volta muito feias, por isso também passei muito tempo aborrecida sem descobrir nada de interessante para fazer.
Estava há uns tempos a pensar fazer uma viagem espontânea sem nada muito planeado e toda a gente me garantiu que no Irão isso seria facílimo; assim parti de Portugal só com alojamentos reservados (não pagos) e sem transportes inter-cidades marcados para poder ir adaptando a viagem conforme me apetecesse. Só que acidentalmente, acabei a viajar durante um feriado religioso, o Arbaeen, durante o qual imensos iranianos e estrangeiros vão em procissão religiosa pelo país lançando o caos nos transportes, com imensos autocarros e comboios lotados e outros tantos cancelados. Este feriado não estava anunciado em nenhum lado na internet nem nos guias de viagem, e encontrei vários viajantes independentes em desespero para arranjar transporte de uma cidade para outra; no grupo de Facebook de viajantes no Irão (See you in Iran) várias pessoas pediam ajuda com transporte; eu própria estive quase um dia inteiro a tentar arranjar transporte entre duas cidades.
Depois há os iranianos. São simpáticos, alegres e muito honestos, mas toda a gente achava que eu era iraniana, e por isso tratavam-me de maneira diferente dos outros turistas. Só percebi o que é a verdadeira hospitalidade iraniana quando passei uns dias com umas raparigas romenas que conheci. Os iranianos paravam-nas na rua às vezes num entusiasmo louco para falarem com elas, perguntavam-lhes de onde eram (e ficavam a olhar para mim com um ar estranho até eu esclarecer que era de Portugal), pessoas na rua diziam-lhes "Welcome to my country", pediam fotos com elas, davam-lhes comida e pequenos souvenirs. A mim, uns turistas franceses quiseram tirar-me foto num restaurante; iranianos desatavam a falar comigo em farsi e uma senhora pareceu não acreditar que eu não era iraniana porque por mais que repetisse "I don't understand" ela insistia em falar em farsi até eu finalmente virar costas; um tipo andou a perseguir-me de mota pelo passeio, ignorei mas quando me passei da cabeça e resmunguei com ele em português e ele percebeu que eu era turista pediu desculpa e desapareceu de vez; e nas escadas do palácio Aliqapu ia eu atrás de um grupo de turistas, vinha uma iraniana no sentido contrário e cada um dos turistas ela sorria e dizia "Welcome to my country, welcome to my country" quando chegou a minha vez eu sorri-lhe, ela sorriu de volta e disse...nada Mesmo quando as pessoas sabiam que eu era portuguesa não havia nenhum entusiasmo em especial. Em 14 dias o único gesto que realmente me tocou foi um rapaz que mandou parar os carros para eu poder atravessar a estrada.
Todos os dias no Irão tinham frustrações grandes e pequenas, claro que também havia momentos bons mas nada de momentos fantásticos, nada que me deslumbrasse. Confesso que muitas vezes dei por mim num estado de espírito tão agreste em que estava completamente frustrada, cansada de viajar e a sentir que ia precisar de férias das férias, de tal maneira que os pequenos contratempos me chateavam para além do que seria razoável.
Não é um país que eu queira repetir mas uma coisa é certa, o Irão é perfeitamente seguro! Andei sozinha por todo o lado de dia e de noite e senti-me sempre bem, achei o dia a dia no Irão bastante tranquilo e "normal", até muito ocidental em muitas coisas. Outra coisa certa é que não aconselho ninguém a fazer o que fiz, planear e agendar a viagem toda sozinha. Encontrei muitos viajantes acompanhados por guias mas acho que não é preciso tanto, no entanto devem arranjar uma agência de viagens iraniana que vos trate da logística toda; no mínimo dos mínimos submetam o vosso plano a uma agência de viagens e peça opinião, foi o que fez uma holandesa que conheci, avisaram-na logo do Arbaeen e mudaram-lhe o roteiro.
Passando ao report propriamente dito, não vou entrar em praticalidades porque a @PaulaCoelho já escreveu um guia para o Irão muito bom e completo, que podem ler aqui. Resta dizer que a minha viagem decorreu de 13 a 26 de Outubro de 2019 e o itinerário foi Teerão - Kashan - Isfahan - Yazd - Shiraz - Teerão. A viagem ficou em cerca de 1193€ sendo: Voo 424€; Alimentação 195€; Transporte local 138€; Actividades 116€; Alojamento 93€; Visto 50€; Telemóvel 13€; Souvenirs 119€; Seguro de viagem 45€
Teerão
Passei em Teerão o meu primeiro e último dias e no Irão mas para facilitar vou juntar tudo aqui. Como já disse a minha primeira introdução ao Irão não foi simpática, fiquei chocada com o caos do trânsito, carros e mais carros por todo o lado e acima de tudo motas que andam em contramão, andam no passeio, ignoram o sinal vermelho...atravessar a estrada em qualquer cidade iraniana é uma experiência e pêras pois as passadeiras existem para ser ignoradas, se queremos atravessar é basicamente mandar-nos para a estrada e ir andando no meio dos carros!
O primeiro impacto com o povo iraniano também não foi o melhor. No aeroporto tinha comprado um cartão de dados móveis da Irancell só que venderam-me um cartão só com chamadas e sms. Queria visitar o Palácio Golestan que ficava a 20 mins do meu hotel, anotei as indicações antes de sair só que eu sou uma desorientada que até a andar em linha recta me consigo perder, andei 1 hora à procura do palácio, das 6 ou 7 pessoas a quem pedi ajuda nenhuma falava em inglês e nem se esforçavam, sorriam, abanavam a cabeça e iam embora. Finalmente lá descobri três raparigas sentadas num banco que me conseguiram ajudar e cheguei ao Palácio Golestan, que significa literalmente Palácio das Flores e é o antigo complexo da dinastia Qajar.
Também passeei pelo bazar que é uma grande confusão, gente por todo o lado e vendedores a transportarem gigantes carros de mercadorias no meio das pessoas, mais motas lá pelo meio a ajudar a confusão. O Bazar de Teerão tem 10km2 e é muito fácil perdermo-nos mas uma dica útil é que o chão do bazar é inclinado para baixo, se estiverem perdidos basta começarem a "subir" o chão e vão sempre dar à rua principal cá fora.
No primeiro dia em Teerão não visitei muito mais, não estava a gostar e decidi apanhar o autocarro para Kashan (até aqui sem problemas). No meu último dia tentei visitar mais coisas e acabei por gostar bastante da cidade, ao contrário das outras cidades achei que Teerão tinha muitos recantos agradáveis, ruas mais amplas e bonitas. Tentei visitar a antiga embaixada dos US que por ser 6ªf (fim de semana no Irão) estava fechada. Queria muito ver pelo menos mas os grafitti cá fora mas estavam tapados com um pano!
Também fui espreitar a torre Azadi, um dos monumentos deixados pelo último Shah; não subi pois estava um dia muito nublado e não ia ter grande vista.
Algumas fotos soltas de Teerão
Kashan
Kashan é uma pequena cidade construída num oásis e tem um ritmo muito diferente de Teerão, mais tranquilo e mais pacífico. É conhecida acima de tudo pelas casas tradicionais, bonitas casas dos séculos XVI - XVII que pertenciam a comerciantes abastados, usadas na altura como casas de férias e hoje em dia abertas ao público como museus. Estas casas orientam-se em torno de um grande pátio central; à volta encontram-se geralmente 3 - 4 pátios mais pequenos que correspondem a zonas para a família, para os criados, para os visitantes e para tratar dos negócios. Em Kashan também se encontram muito os chamados badgir ou torres de vento, sistemas de climatização usados para refrescar as casas, basicamente torres altas que "apanham" o vento e o direccionam para baixo, para dentro da casa, para a refrescar; alguns badgir são acompanhados de cisternas arredondadas que guardam água e a mantêm fresca.
Visitei duas destas casas tradicionais em Kashan. A que mais me impressionou foi a casa Tabatabaei
Também visitei a Abbasi House que achei menos espectacular, para além disso parte da casa estava em obras.
Não é que eu não tenha gostado do Irão, mas desiludiu muito face às expectativas que tinha. E acho que o problema esteve exactamente aí, nas expectativas. Todas as pessoas que viajaram pelo Irão dizem que é incrível, fantástico, inacreditável, o país mais espectacular do mundo com as pessoas mais simpáticas do universo. Lembro-me de ver fotos do Irão e achar que era tudo tão bonito, e quando aterrei em Teerão saí do avião emocionada a pensar em todas as coisas maravilhosas que ia viver. Só que a realidade não foi bem assim. O primeiro choque com Teerão não foi fácil; ruas muito cinzentas, tudo escrito em farsi e números persas em todo o lado, pessoas que não falam inglês e nem se preocupam em tentar ajudar, trânsito caótico com uma barulhada de carros e motas por todo o lado, e em certos sítios um cheiro a gasolina que ninguém aguenta, dado que quer os carros quer as motas no Irão são em geral bastante velhos. Para além disso por todo o Irão os locais que nas fotos me pareciam incríveis, ao vivo pareceram-me bonitos, mas só bonitos. Em cima disso acabei por passar demasiado tempo em todas as cidades onde estive excepto Teerão e Shiraz, um dia a mais em cada uma delas; gostava de viajar com calma e acima de tudo de vaguear sem destino descobrindo as pequenas surpresas que cada local tem, só que no Irão achei que apenas os pontos turísticos eram bonitos e as zonas à volta muito feias, por isso também passei muito tempo aborrecida sem descobrir nada de interessante para fazer.
Estava há uns tempos a pensar fazer uma viagem espontânea sem nada muito planeado e toda a gente me garantiu que no Irão isso seria facílimo; assim parti de Portugal só com alojamentos reservados (não pagos) e sem transportes inter-cidades marcados para poder ir adaptando a viagem conforme me apetecesse. Só que acidentalmente, acabei a viajar durante um feriado religioso, o Arbaeen, durante o qual imensos iranianos e estrangeiros vão em procissão religiosa pelo país lançando o caos nos transportes, com imensos autocarros e comboios lotados e outros tantos cancelados. Este feriado não estava anunciado em nenhum lado na internet nem nos guias de viagem, e encontrei vários viajantes independentes em desespero para arranjar transporte de uma cidade para outra; no grupo de Facebook de viajantes no Irão (See you in Iran) várias pessoas pediam ajuda com transporte; eu própria estive quase um dia inteiro a tentar arranjar transporte entre duas cidades.
Depois há os iranianos. São simpáticos, alegres e muito honestos, mas toda a gente achava que eu era iraniana, e por isso tratavam-me de maneira diferente dos outros turistas. Só percebi o que é a verdadeira hospitalidade iraniana quando passei uns dias com umas raparigas romenas que conheci. Os iranianos paravam-nas na rua às vezes num entusiasmo louco para falarem com elas, perguntavam-lhes de onde eram (e ficavam a olhar para mim com um ar estranho até eu esclarecer que era de Portugal), pessoas na rua diziam-lhes "Welcome to my country", pediam fotos com elas, davam-lhes comida e pequenos souvenirs. A mim, uns turistas franceses quiseram tirar-me foto num restaurante; iranianos desatavam a falar comigo em farsi e uma senhora pareceu não acreditar que eu não era iraniana porque por mais que repetisse "I don't understand" ela insistia em falar em farsi até eu finalmente virar costas; um tipo andou a perseguir-me de mota pelo passeio, ignorei mas quando me passei da cabeça e resmunguei com ele em português e ele percebeu que eu era turista pediu desculpa e desapareceu de vez; e nas escadas do palácio Aliqapu ia eu atrás de um grupo de turistas, vinha uma iraniana no sentido contrário e cada um dos turistas ela sorria e dizia "Welcome to my country, welcome to my country" quando chegou a minha vez eu sorri-lhe, ela sorriu de volta e disse...nada Mesmo quando as pessoas sabiam que eu era portuguesa não havia nenhum entusiasmo em especial. Em 14 dias o único gesto que realmente me tocou foi um rapaz que mandou parar os carros para eu poder atravessar a estrada.
Todos os dias no Irão tinham frustrações grandes e pequenas, claro que também havia momentos bons mas nada de momentos fantásticos, nada que me deslumbrasse. Confesso que muitas vezes dei por mim num estado de espírito tão agreste em que estava completamente frustrada, cansada de viajar e a sentir que ia precisar de férias das férias, de tal maneira que os pequenos contratempos me chateavam para além do que seria razoável.
Não é um país que eu queira repetir mas uma coisa é certa, o Irão é perfeitamente seguro! Andei sozinha por todo o lado de dia e de noite e senti-me sempre bem, achei o dia a dia no Irão bastante tranquilo e "normal", até muito ocidental em muitas coisas. Outra coisa certa é que não aconselho ninguém a fazer o que fiz, planear e agendar a viagem toda sozinha. Encontrei muitos viajantes acompanhados por guias mas acho que não é preciso tanto, no entanto devem arranjar uma agência de viagens iraniana que vos trate da logística toda; no mínimo dos mínimos submetam o vosso plano a uma agência de viagens e peça opinião, foi o que fez uma holandesa que conheci, avisaram-na logo do Arbaeen e mudaram-lhe o roteiro.
Passando ao report propriamente dito, não vou entrar em praticalidades porque a @PaulaCoelho já escreveu um guia para o Irão muito bom e completo, que podem ler aqui. Resta dizer que a minha viagem decorreu de 13 a 26 de Outubro de 2019 e o itinerário foi Teerão - Kashan - Isfahan - Yazd - Shiraz - Teerão. A viagem ficou em cerca de 1193€ sendo: Voo 424€; Alimentação 195€; Transporte local 138€; Actividades 116€; Alojamento 93€; Visto 50€; Telemóvel 13€; Souvenirs 119€; Seguro de viagem 45€
Teerão
Passei em Teerão o meu primeiro e último dias e no Irão mas para facilitar vou juntar tudo aqui. Como já disse a minha primeira introdução ao Irão não foi simpática, fiquei chocada com o caos do trânsito, carros e mais carros por todo o lado e acima de tudo motas que andam em contramão, andam no passeio, ignoram o sinal vermelho...atravessar a estrada em qualquer cidade iraniana é uma experiência e pêras pois as passadeiras existem para ser ignoradas, se queremos atravessar é basicamente mandar-nos para a estrada e ir andando no meio dos carros!
O primeiro impacto com o povo iraniano também não foi o melhor. No aeroporto tinha comprado um cartão de dados móveis da Irancell só que venderam-me um cartão só com chamadas e sms. Queria visitar o Palácio Golestan que ficava a 20 mins do meu hotel, anotei as indicações antes de sair só que eu sou uma desorientada que até a andar em linha recta me consigo perder, andei 1 hora à procura do palácio, das 6 ou 7 pessoas a quem pedi ajuda nenhuma falava em inglês e nem se esforçavam, sorriam, abanavam a cabeça e iam embora. Finalmente lá descobri três raparigas sentadas num banco que me conseguiram ajudar e cheguei ao Palácio Golestan, que significa literalmente Palácio das Flores e é o antigo complexo da dinastia Qajar.
Também passeei pelo bazar que é uma grande confusão, gente por todo o lado e vendedores a transportarem gigantes carros de mercadorias no meio das pessoas, mais motas lá pelo meio a ajudar a confusão. O Bazar de Teerão tem 10km2 e é muito fácil perdermo-nos mas uma dica útil é que o chão do bazar é inclinado para baixo, se estiverem perdidos basta começarem a "subir" o chão e vão sempre dar à rua principal cá fora.
No primeiro dia em Teerão não visitei muito mais, não estava a gostar e decidi apanhar o autocarro para Kashan (até aqui sem problemas). No meu último dia tentei visitar mais coisas e acabei por gostar bastante da cidade, ao contrário das outras cidades achei que Teerão tinha muitos recantos agradáveis, ruas mais amplas e bonitas. Tentei visitar a antiga embaixada dos US que por ser 6ªf (fim de semana no Irão) estava fechada. Queria muito ver pelo menos mas os grafitti cá fora mas estavam tapados com um pano!
Também fui espreitar a torre Azadi, um dos monumentos deixados pelo último Shah; não subi pois estava um dia muito nublado e não ia ter grande vista.
Algumas fotos soltas de Teerão
Kashan
Kashan é uma pequena cidade construída num oásis e tem um ritmo muito diferente de Teerão, mais tranquilo e mais pacífico. É conhecida acima de tudo pelas casas tradicionais, bonitas casas dos séculos XVI - XVII que pertenciam a comerciantes abastados, usadas na altura como casas de férias e hoje em dia abertas ao público como museus. Estas casas orientam-se em torno de um grande pátio central; à volta encontram-se geralmente 3 - 4 pátios mais pequenos que correspondem a zonas para a família, para os criados, para os visitantes e para tratar dos negócios. Em Kashan também se encontram muito os chamados badgir ou torres de vento, sistemas de climatização usados para refrescar as casas, basicamente torres altas que "apanham" o vento e o direccionam para baixo, para dentro da casa, para a refrescar; alguns badgir são acompanhados de cisternas arredondadas que guardam água e a mantêm fresca.
Visitei duas destas casas tradicionais em Kashan. A que mais me impressionou foi a casa Tabatabaei
Também visitei a Abbasi House que achei menos espectacular, para além disso parte da casa estava em obras.
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