[Report] Mashatu, Terra de Gigantes

[Mel C]

Concordo com o @NunoCorreia os leopardos e as chitas são de uma elegância sem igual, para já estou a gostar mais das chitas! Mas também não digo que não aos leões bébes que são tão fofinhos e dão vontade de abraçar (talvez não seja boa ideia...

 

[Pedro Maia]

Não sei qual o animal que consigo gostar mais se o leopardo ou a chita.
Mas ambos são de uma elegância e uma perfeição. A mãe natureza é algo mesmo mesmo inexplicável.

Concordo com o @NunoCorreia os leopardos e as chitas são de uma elegância sem igual, para já estou a gostar mais das chitas! Mas também não digo que não aos leões bébes que são tão fofinhos e dão vontade de abraçar (talvez não seja boa ideia...

A escolha é quase impossível, são dois animais mais diferentes do que parecem, mas são os dois perfeitos.

E os leões também, neste caso impressionam mais pela força, foi pena o macho estar sempre na “sorna” porque quando estão activos e nos olham directamente até arrepiam.

A ideia de abraçar um dos leões bébes parece boa na teoria, mas é capaz de ser melhor manter as distâncias.

E além dos predadores há o resto, os elefantes, por exemplo, são incríveis.

O report já vai muito longo mas ainda falta o fim deslta manhã, a tarde e a manhã seguinte, e há sempre coisas diferentes para ver, é essa a magia destas viagens.

 

[Pedro Maia]

Para acabar o game drive matinal, já no regresso ao campo ainda encontrámos uma família de elefantes, alguns dos mais pequeneos estavam a mamar, um espectáculo:

 

[Pedro Maia]

Mas ainda faltava uma coisa, durante o game drive, o Bellamy, o nosso guia, tinha recebido uma mensagem via radio, depois virou-se para nós e perguntou-nos se o nosso quarto era o número 8, o que confirmámos, aí disse-nos que a mensagem que recebeu era do campo, a dizerem que um leopardo tinha morto uma impala mesmo ao pé do deck do nosso quarto!!!

Assim que chegámos ao quarto fomos ver e lá estava a carcaça da impala, o leopardo, esse, tinha desaparecido sem ninguém o ver:

O campo é vedado com um muro mas as varandas dos quartos dão para o mato, como se vê na foto anterior.

A carcaça:

Por esta não estávamos à espera, foi um autêntico alvoroço no campo, entre os outros hóspedes e os guias.

 

[Mel C]

Tivessem ficado no quarto teriam assistido à caçada! Já agora não são perigosas essas varandas só com as cordas a proteger? Se estivesse alguém na varanda não podia ter sido confundido com uma impala deliciosa? O staff do parque dá algumas recomendações em relação a isto?

 

[Pedro Maia]

Tivessem ficado no quarto teriam assistido à caçada! Já agora não são perigosas essas varandas só com as cordas a proteger? Se estivesse alguém na varanda não podia ter sido confundido com uma impala deliciosa? O staff do parque dá algumas recomendações em relação a isto?

É verdade, o problema é que não se sabe nem onde nem quando é que estas coisas acontecem, e debaixo da nossa varanda as probabilidades devem ser menores do que as de ganhar o euromilhões.

Quando chegámos e nos mostraram o quarto avisaram-nos para termos cuidado sobretudo no caso de aparecerem elefantes, mas também só se se aproximassem, nessa altura devíamos entrar para o quarto.

Também não são precisos grandes avisos, ao estarmos ali sabemos que há predadores e que não é um zoo, durante o dia na varanda o risco é muito reduzido até porque os animais costumam evitar as pessoas, mas convém estar sempre com atenção, e à noite o caso muda de figura, aí pode ser mesmo perigoso.

 

[Pedro Maia]

Quinto game drive em Mashatu, que ia ser o último porque na manhã seguinte, a nossa última, tínhamos planeado uma coisa diferente, uma ida ao "photo hide", desta vez já tínhamos outra vez a companhia do casal americano mais novo.

Com o calor o game drive começou tranquilo, pará mos primeiro para tirar uma foto a estes elandes, que normalmente fugiam assim que viam o carro.

Pouco depois, a seguir a uma curva para descermos para o leito do rio encontrámos esta família de elefantes numa das suas actividades favoritas, o banho de lama, o guia desligou o carro na descida e ficámos um bocado a vê-los.

Acho que nunca nos fartamos de ver os elefantes

Quando terminaram o banho de lama decidiram subir pelo caminho onde nós estávamos, mas estavam super calmos, o Bellamy disse-nos só para nos mantermos tranquilos e olharmos para eles e lá passaram mesmo ao lado do carro e foram à vida deles e nós à nossa.

Não há dúvidas de que o guia é o elemento chave nisto tudo, um guia experiente, como o Bellamy, sabe "ler" os sinais dos animais, ver quando é que estão calmos ou nervosos, quando é que dá para ficar ao pé deles sem problemas ou quando é que há que dar espaço, e com os elefantes, que se quiserem viram um carro ao contrário sem grandes problemas, estes conhecimentos ainda são mais importantes.

 

[Mel C]

Obrigada pelo esclarecimento! Fico à espera de descobrir o que é o photo hide

 

[Pedro Maia]

Seguindo, o nosso próximo encontro foi com a chita que tínhamos acompanhado de manhã enquanto procurava presas, conseguiu caçar uma impala e estava a comê-la no leito seco do rio;

 

[Pedro Maia]

Depois de acompanharmos uma parte da refeição da chita vimos uns animais mais pacíficos, como zebras e gnus

Um leão macho não entra seguramente na categoria de animais mais pacíficos mas este, o que já tínhamos visto, não estava a pensar em atacar nada, a não ser talvez em sonhos, desta vez nem sequer abriu os olhos

Pequenas, as patitas do "gato"

 

[Pedro Maia]

Não muito longe estava o resto do bando, com as crias a tentar mamar, mais uma vez sem grande sucesso

Vale a pena pôr o som

 

[Pedro Maia]

E para acabar o game drive em beleza a fêmea leopardo já nossa conhecida

E numa árvore relativamente perto, outra, provavelmente irmã da primeira

Quando chegámos ao campo, já de noite, o guia e os nossos companheiros de carro vieram ao nosso quarto e lá estava a carcaça, à espera de quem lhe pegasse.

A minha ideia era ir vendo com a lanterna se apanhava o "assassino" em flagrante, entretanto fui tomar duche e antes de sair para jantar voltei à varanda, apontei a lanterna e já não estava lá nada, mais ao longe ainda apanhámos o reflexo de um par de olhos mas depois só escuridão, o mistério ficou por esclarecer...

 

[Antonia.M.S.]

Os reports do @Pedro Maia deixam-nos sempre com expectativas altas no início, mas são sempre superadas! Este mostra-nos uma viagem espetacular. O esplendor da natureza, tão bem captado nas imagens, faz-nos repensar o que podemos realmente fazer para a preservar...
Fantástico! Parabéns! Não está ao alcance de todos mas é invejável, no bom sentido

 

[NunoCorreia]

Os leões fascinam-me

 

[ploferreira]

Isto continua com bon nivel!

Estou a ver que ai há chitas e leopardos com fartura, no Kruger das duas vezes que lá fui nem um consegui ver

 

[Leonorb]

Pois... nem eu Nem na Gorongosa

 

[Pedro Maia]

Isto continua com bon nivel!
Estou a ver que ai há chitas e leopardos com fartura, no Kruger das duas vezes que lá fui nem um consegui ver

Da primeira vez que fui a Kruger não vi nenhum leopardo, da segunda vi um 10 minutos depois de entrar no parque, e nas reservas privadas adjacentes, como Sabi Sand, também há bastantes leopardos, chitas já é diferente, também nunca vi nenhuma no Kruger.

Pois... nem eu Nem na Gorongosa

Não há report da Gorongosa?

Tanto quanto sei há leopardos na Gorongosa, mas deve ser quase impossível vê-los, chitas duvido que haja alguma.

 

[Leonorb]

@Pedro Maia
Sim estou fazer report, mais tipo o que seria um report da Gorongosa
Em relação aos Leopardos, tinham introduzido alguns mas, infelizmente foram caçados. Quando estive lá a equipa "tecnica" estava algures no mato a identificar area para receberem novos animais
Depois no report conto

 

[Pedro Maia]

Vamos lá ver se consigo acabar o report, esta semana não tive muito tempo.

A última manhã que passámos em Mashatu foi dedicada a uma actividade diferente, o Photo Hide, literalmente o "esconderijo fotográfico", em todos os parques onde fiz safaris há "esconderijos", que são estruturas simples com uns lugares para as pessoas se sentarem e que têm uma abertura normalmente com vista para um charco, ou um lago, neste caso a diferença para os que já tinha conhecido é que o "esconderijo" é em parte enterrado de forma a que a bancada onde as pessoas se apoiam para ver e tirar fotos está ao mesmo nível do charco onde os animais vão beber e a uma distância de uns dois metros da borda do charco, o que dá uma sensação de proximidade incrível, além duma perspectiva que nunca tinha tido.

Para além disso, neste caso havia uma fotógrafa profissional, (Mags Vorster), que ajuda a fazer os melhores ajustes nas máquinas e dá mais algumas dicas, o que para ignorantes como nós é excelente, além de na tal bancada haver apoios para as máquinas (em inglês chamam-se "bean bags", não sei qual será a tradução técnica), para além de suportes para os smartphones.

A parte negativa é ser, neste caso, uma actividade extra, paga à parte, e que obriga a perder um game drive, mas a minha mulher estava com muita vontade de experimentar e também já ia ser muito difícil ver coisas mais extraordinárias do que as que já tínhamos visto num novo game drive, por isso decidimos e lá fomos, o transporte para o hide durou uns 30 minutos, quando lá chegámos, pelas 6:30, já lá estava a Mags, muito simpática, e empenhadíssima em dar-nos dicas e na expectativa de nos proporcionar momentos especiais (o que, naturalmente, não depende dela), estava lá mais um casal mas acho que nem chegámos a ouvir a voz deles, e a partir daí era só esperar pelos animais, a expectativa era grande até porque o dia estava quente e com isso a sede dos animais também aumenta.

Começámos por ver alguns pássaros, não somos aficionados mas fomos sacando algumas fotos:

Um esquilo

 

[Pedro Maia]

Os primeiros animais que apareceram (descontando os pássaros e o esquilo), foram as inevitáveis impalas.

Depois de uma algo longa e bastante parada espera, apareceu um elande

Andou para a frente e para trás durante o que pareceu uma eternidade, até que lá achou que podia dar uns golos no charco

Uma panorâmica matinal do charco