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...e eis-nos chegados a 2015, com a promessa de que este ano marcaríamos as férias com bastantes meses de antecedência na esperança de reduzir os níveis de stress que habitualmente se instalam por estes lados e até quem sabe conseguir preços mais favoráveis! Claro que não podíamos estar mais enganados, até porque nem sempre é fácil conjugar o mesmo número de dias de férias para a mesma altura, os itinerários, os locais a visitar, a velocidade de resposta (que definitivamente não controlamos) de todos os que contactamos, enfim, todos os condicionantes inerentes à marcação de uma viagem deste tipo, felizmente, e à semelhança de todas as outras, correu muitíssimo bem!
E este ano, vamos para onde?
Não obstante termos equacionado outros destinos, e ainda que com algum receio, dados os últimos acontecimentos com aviões para aqueles lados, decidimo-nos novamente pela Ásia (where else)!
O nosso roteiro gira (quase) sempre à volta de uma praia que queremos conhecer e onde queremos parar para descansar, os destinos precedentes, de índole mais cultural, são escolhidos em função do primeiro... mas nem sempre é fácil articular toda a viagem, não só devido ao orçamento controlado que nos propomos não ultrapassar, mas também pelos destinos que tentamos incluir em cada viagem.
Não foi tarefa fácil, pesquisas, pesquisas e mais pesquisas, troca de emails com bloggers e outros viajantes... e... finalmente houve fumo branco, estava escolhido o destino de praia: as ilhas Perhentian, situadas na costa oeste da Malásia, conhecidas pelas praias de areia branca e pelos ótimos locais de mergulho.
O segundo passo da organização da viagem não se avisava mais fácil, havia que definir o que queríamos/podíamos visitar nos 15/16 dias disponíveis, tendo sido assim que surgiu a hipótese de visitar Kuala Lumpur (Malásia), Siem Reap (Camboja), Singapura e finalmente as Perhentian.
A decisão dos locais a visitar foi consideravelmente mais pacífica do que a decisão pela ordem pela qual devíamos fazer a viagem, impondo-se importantes questões que se prendiam com a rentabilização do tempo e do orçamento. A folha de cálculo que criámos (que criamos sempre) foi ganhando forma até nos permitir fazer a escolha que consideramos a mais acertada, baseada no preço e nas datas das viagens das companhias que voam da Europa para cada um daqueles países asiáticos, no preço e nas datas das viagens da Air Asia (já que se adivinhavam diversas viagens de avião entre os países de destino) enfim, uma panóplia de fatores que foi necessário conjugar.
Desta vez, optámos por sair do Porto, viajámos com a ryanair para Madrid e de Madrid para Kuala Lumpur (KL) com direito a uma pequena paragem no Dubai, sim... viajámos novamente com a emirates. A diferença de preços entre sair de Lisboa e Madrid foi (muito) significativa... mais do dobro nas datas que pretendíamos. A única desvantagem (que ultrapassamos já à muito), seria a condicionante das dimensões das malas, questão que não se coloca já que viajamos apenas com as malas de cabine (e uma mochila, que a ryanair também já permite) e o inevitável tempo de espera em Madrid entre vôos.
Kuala Lumpur
Chegamos ao aeroporto internacional de Kuala Lumpur (KLIA) por volta das 15h30, num dia de calor e com níveis de humidade diferente das que estamos habituados por cá.
Ainda no aeroporto, trocámos algum dinheiro e apanhamos o comboio (KLIA Express) que nos haveria de levar até Kuala Lumpur Sentral (a principal estação de KL), onde haveríamos de apanhar o metro (Rapid Transit) até à paragem mais próxima do nosso hotel. Ao contrário do que possa parecer, todas estas voltas para o primeiro dia acabaram por não ser assim tão difíceis, afinal, tínhamos tudo bem planeado, o preço das viagens, as estações onde deveríamos sair...
Depois de muitas horas em viagem (muitas mesmo), com escalas em Madrid e Dubai, estavámos finalmente na Malásia. O hotel, com uma bela piscina no último andar, veio mesmo a calhar para uns momentos de descanso e relax, antes de sairmos para jantar e finalmente conhecer as Petronas (onde mais haveríamos de subir).
Chegámos às Torres Petronas em menos de 10 minutos (a pé) e o cair da noite havia de trazer os flash de todos os turistas (maioritariamente asiáticos) que se acotovelam pelo lugar que dará o melhor ângulo... O jantar, num restaurante ali perto, foi escolhido ao acaso, estava cheio, sem turistas e com um pequeno grupo de policias à volta de uma das mesas... Dificilmente encontraríamos mais tradicional e acabámos por entrar e provar uma série de iguarias, algumas das quais sem saber bem o nome...
O dia seguinte estava também já organizado, o destino? Batu Caves! Uma das principais atrações turísticas da Malásia e um dos santuários hindus mais populares fora da Índia, ficando a cerca de 15 km de Kuala Lumpur (distrito de Gombak). Fomos de comboio, numa viagem que demora cerca de 20/30 minutos.
Na entrada no recinto das Batu Caves deparamo-nos com duas estátuas, uma do Deus Macaco e outra (gigantesca) do Senhor Murugan (deus da guerra) com 42,7 metros de altura (a mais alta do mundo) e fica na estrada da escadaria que leva ao interior das cavernas.
...chegar lá cima não foi tarefa fácil, são 272 degraus com muito (muito) calor! As Batu Caves, cujo nome se deve ao rio que passa nas imediações são formadas por 3 cavernas bastante grandes, a principal, Caverna Templo ou Catedral tem quase 100 metros de altura.
Junto à Merdeka Square encontramos a Kuala Lumpur City Gallery, onde não podíamos deixar de tirar uma foto no icónio IKL!
Os inúmeros mercados de rua com que nos cruzamos são sempre boas opções para um snack ou para ver as últimas tendências de moda...
Neste nosso périplo por KL, foi incontornável a visita à Mesquita de Jamek, a mais antiga de toda a cidade e à Mesquita Sultan Salahuddin Abdul Aziz Shah, uma das maiores do Sudeste Asiático, também conhecida como a "Blue Mosque". Em ambos os casos, são emprestadas roupas muçulmanas aos turistas, havendo também guias voluntários com explicações detalhadas sobre os edifícios e a religião.
Visitámos também a Blue Mosque já ao final do dia (condicionados pela hora da visita), sendo o acesso mais rápido feito por um passagem subterrânea pedestre (sobre a qual passava uma movimentada estrada)... No regresso, fizemos parte do caminho inverso, estranhando o facto de não haver movimento nesta passagem (à semelhança de quando chegámos).. mas... continuamos e uma vez lá dentro percebemos o porquê! A meio do túnel passamos por um Sr. que estava a meio de um "cozinhado especial", no final do túnel, depois de uma ligeira curva que nos impedia de ver a saída, deparámo-nos com cerca de 10/15 homens amontoados ao longo das escadas, também eles a meio dos seus "cozinhados"! Não nos sentimos inseguros mas... também não nos pareceu boa ideia prosseguir, demos meia volta e regressamos por outro lado! Não obstante este pequeno encontro Twilight Zone, sentimo-nos sempre muito seguros em KL.
Os dias em KL foram autênticas maratonas, sendo que não poderíamos deixar de visitar o Islamic art Museum, um museu que exibe diferentes coleções de artefatos islâmicos, o National Museum of Malaysia, onde vimos grande parte da história da Malásia, com diversas referências aos Portugueses, os Jardins dos lagos, um enorme espaço com diferentes tipos de jardins e parques com bonsais, orquídeas entre outras e o National Monument (Tugu Negara), o monumento que homenageia os mortos na luta pela independência do país.
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