Mel C
Membro Conhecido
Bem, vamos lá a despachar isto antes que a memória leve tudo!
Esta foi mais uma das minhas viagens sozinha, e a minha primeira viagem de longo curso! O principal destino era Hong Kong, e dado que ia estar por perto aproveitei para dar um saltinho a Guangzhou. Apesar de o meu avô materno já ter nascido em Moçambique os meus bisavós e restante família eram da zona de Cantão (Guangzhou), não de Guangzhou mas de uma aldeola rural que já ninguém sabe qual é (podiam ser de qualquer parte do mundo, mas tinham de ser logo da China menos turística...). Sinceramente nunca liguei muito às minhas raízes chinesas e nem sequer gostava da ideia de ser parcialmente chinesa, até ter vindo trabalhar para a empresa onde estou e que tem um escritório em Singapura, e eu passei um ano a trabalhar remotamente com os colegas de lá, e surgiu assim o fascínio pela cultura asiática, e o interesse em conhecer melhor esta região.
O meu chefe, um americano de Atlanta, viveu em Hong Kong até 2014 e tem uma filha adoptada em Guangzhou, e, para além de me ter dado imensas dicas, no Natal recebi dele um envelope com Hong Kong Dolars (HKD), Yuans (RMB) e um Octopus Card (que já não funcionava) Também me deu o contacto de uma amiga dele em Hong Kong caso precisasse de alguma coisa, mas felizmente correu tudo bem.
A dois meses da viagem rasguei o músculo da perna, e estava a ver a minha viagem por um fio. Felizmente estava a recuperar depressa e o médico e a fisioterapeuta concordaram que podia ir. Ufa!
Alguns apontamentos antes de começar...sobre Hong Kong:
- O que é bonito em Hong Kong são as contradições e as coisas que não combinam: os arranha céus com as montanhas verdes em pano de fundo, o Four Season a uns passos das Chungking Mansions, as Louis Vuitton e Chanel da vida ao lado das lojinhas chinesas manhosas! Hong Kong é uma cidade que não sabe se é nova se é velha, se é moderna se é antiquada, se é organizada se é um caos!
- Contrariamente ao que eu pensava nem toda a gente fala inglês; na realidade há imensa gente que não fala inglês!
- Os transportes funcionam muito bem, e o Octopus Card equivale ao nosso Viva Viagem, é um cartão recarregável que dá para usar nos transportes todos. Está tudo muito bem sinalizado e em inglês.
- Tal como acontece na China o pessoal dos serviços (hóteis, lojas, restaurantes...) é bastante rude segundo os padrões europeus. Não nos cumprimentam às vezes nem mesmo quando nós os cumprimentamos primeiro, nunca sorriem, deixam-nos na caixa à espera enquanto conversam com os colegas, põem a mesa a atirar as coisas para a nossa frente, dão nos o troco atirando as moedas pro balcão...eu saí desta viagem com uma opinião muito favorável dos chineses, mas não do pessoal dos serviços! Às tantas a minha raiva era tanta e como eles não ligavam também era rude de volta, revirei tanto os olhinhos a tanto chinês em tanta loja que devo ter visto o meu próprio cérebro!
- Alojamento em Hong Kong é um caso complexo, há imensa oferta barata mas de baixa qualidade. Muito do alojamento barato fica nas Chungkin Mansions, mas entre dealers à porta dos quartos, elevadores avariados e entradas pela escada de incêndio nada se safava. Eu preferi pagar mais, e ficar em sítios com muitas e boas reviews.
Sobre a China: Só estive numa parte pequena da China, que é considerada mais tradicional. Inicialmente achei os chineses muito rudes e pouco amigos de ajudar. Depois percebi que eu é que não tinha a abordagem certa. Não podemos falar inglês com eles porque não percebem e ficam atrapalhados e a modos que fogem. Temos de mostrar uma foto do que queremos ou usar um tradutor; assim eles tentam ajudar. E, se não conseguem ajudar, chamam outra pessoa que talvez possa ajudar e se essa pessoa não souber ajudar chama outra pessoa até estarem à frente de uns 3 chineses que não percebem nada de inglês mas que querem ajudar! Para ajudar à festa em Guangzhou tudo é mais longe do que parece e as indicações da net estão todas parcialmente erradas ou incompletas. Por causa da barreira da língua o embate inicial foi difícil, muito difícil. Mas os chineses partiram o meu coração, e remendaram-no logo a seguir.
Passando ao report: esta viagem começou no dia 8 de Janeiro. Voei para Hong Kong com a Lufthansa, com escala em Munique. O avião para Hong Kong era o A380, escolhi o horário de propósito para voar neste avião, sem encarecer a viagem. Adorei o avião, super silencioso e nem se sente a aceleração! Aterrei em Hong Kong por volta das 16h do dia 9 de Janeiro, e apanhei o autocarro A21 até ao meu hotel. Para as primeiras noites fiquei no Lee Garden Guesthouse na Cameron Road uma rua transversal à Nathan Road, a principal rua da ilha de Kowloon; paguei 75€ por duas noites se não estou em erro. As funcionárias do hotel eram super simpáticas e havia água fresca, microondas e água quente para os hóspedes. O quarto era pequeno mas muito limpo.
A surpresa foi a casa de banho. Ora atentem neste chuveiro...se virem com atenção, não há base para o chuveiro, a base é toda a casa de banho! Vendo pelo lado positivo não há o problema de molhar o chão...molhava sempre, e se não fechasse a porta molhava o quarto também!!
Depois de fazer check in e andar por ali fui procurar o sítio onde se via o Symphony of Lights, o espectáculo de luzes feito pelos edifícios da zona de Victoria Harbour, na ilha de Hong Kong. Não sabia bem qual o melhor sítio mas vi uma pequena multidão a caminhar em direção ao mar e resolvi segui-los - touché! Fui dar a um sítio no Tsim Sha Tsui Promenade onde já estavam várias pessoas sentadas numa escada, assumi que estivam à espera do espectáculo e não me enganei! O meu chefe dizia que o espectáculo é foleiro mas eu adorei e só tive pena de não ter visto mais vezes!
O passeio está ligado à Avenue of Stars, que tem estátuas de várias personagens ligadas ao cinema, só que uma grande parte da Avenue of Stars está em obras, daí aquela "barreira" amarela à frente. Talvez seja por isso também que o espectáculo não tinha som (nos vídeos do Youtube tinha som).
O dia seguinte foi inteiramente dedicado às atracções turísticas "cliché". Tinha comprado no Klook os bilhetes para ir ao Ngong Ping Cable Car e o Victoria Peak Sky Pass; o Klook é uma espécie de Groupon para a Ásia tem descontos para várias atrações em vários países asiáticos. As reviews no Trustpilot são péssimas, mas no Tripadvisor encontrava outras opiniões. Um dos meus colegas de Singapura dizia que ele e os amigos dele já tinham usado o Klook várias vezes sem problemas por isso resolvi arriscar, paguei tudo com Paypal e correu bem. Para além dos bilhetes para o teleférico e Victoria Peak também comprei o ferry Macau - Hong Kong, poupei cerca de 10€ no total.
O Ngong Ping Cable Car é o teleférico que nos leva até ao Tin Tan Budha ou Big Budha, uma das principais atrações na ilha de Lantau. Eu tenho medo de alturas, e estava um bocado nervosa no teleférico, mas as vistas são muito bonitas.
O teleférico demora cerca de 25 minutos mas na minha cabeça passou-se uma hora...no final vamos dar à Ngong Ping Village, não passa de uma vila turística com lojas e restaurantes para turistas. Antes de subir até ao Budha fui ao Mosteiro de Po Lin.
Depois disso, subida até ao Budha...
E as vistas lá em cima
Apesar de ter visto várias fotos do Budha nunca reparei que tinha uma suástica no peito. Mas já sabia que antes de ser um símbolo nazi, a suástica era um símbolo budista.
Depois disto desci até ao Wisdom Path. Uma espécie de "estacas" de madeira com versos do Sutra do Coração, um dos principais Sutras budistas, dispostas em forma de 8 (símbolo do infinito).
A seguir desci novamente no teleférico e apanhei em Tung Chung o MTR (metro) até à ilha de Hong Kong para ir a Victoria Peak. Em Tung Chung é onde fica o Citygate Outlets um dos principais outlets de Hong Kong. Tem lojas de várias marcas ocidentais (Michael Kors, Adidas, Coach, etc) mas os descontos não compensam é tudo mais caro que na Europa.
Cheguei a Victoria depois de almoço mas como a ideia era ir ao Sky428 apreciar as luzes dos edifícios de Victoria Harbour, era cedo de mais, então aproveitei para visitar o Hong Kong Park que era mesmo ao lado.
Andei por ali um bocado a fazer tempo e depois fui para o Peak Tram. O Peak Tram é o eléctrico que nos leva até Victoria Peak, e é a maneira mais rápida de lá chegar. A viagem no Tram é engraçada mas é uma experiência sociológica aterrorizante. Como tram é pequeno e é imensa gente para entrar é tudo ao empurrão para chegar lá dentro, um horror! É daquelas coisas para se fazer uma vez na vida e não repetir nunca mais.
Cheguei a Victoria Peak, que é o ponto mais alto na ilha de Hong Kong. A principal atração aqui é o Sky428, o topo de um mini centro comercial. É aí que se tiram aquelas fotos de Hong Kong que toda a gente conhece, com os edifícios de Victoria Harbour iluminados à noite. Na realidade Victoria Peak tem mais para ver e há outros sítios onde temos vistas bonitas sobre a cidade. Eu comecei por ir ao Lion's Pavilion, que é um miradouro que também tem vista para Victoria Harbour só que fica uns metros abaixo do Sky428, e é gratuito.
Para terem ideia da diferença de altura, aqui em cima está o Sky428 e em baixo onde estão mais pessoas é o Lion's Pavillion.
Para queimar tempo andei a explorar a zona à volta. Há vários trilhos que partem ou passam em Victoria Peak incluindo o trilho de Hong Kong, um trilho de 50kms que quase atravessa a ilha. É muito agradável passear nestes trilhos pois ficamos longe da confusão de Victoria Peak, no meio da natureza, e com vistas fabulosas para a ilha. Eu fui primeiro procurar o jardim de Victoria Peak, que infelizmente não encontrei (já estava farta de andar sempre a subir e não encontrava nada, desisti), e depois fiz um pouco do trilho de Lugard Road. As fotos abaixo são as vistas do trilho de Lugard Road.
Aqui reparei pela primeira vez que os andaimes deles são feitos de bambu, segundo me explicaram por causa dos tufões, o bambu é mais resistente exactamente por ter alguma flexibilidade.
Como podem ver há vistas muito bonitas e a natureza felizmente é gratuita, é uma boa opção para quem não quiser pagar para subir ao Sky428. Eu já tinha o bilhete comprado e por isso lá fui. Queria esperar que anoitecesse para tirar fotos com os edifícios iluminados, que acendem as luzes das 18h às 00h. Acabei por ver o anoitecer no topo do Sky428, e ainda tirei algumas fotos antes do pôr do Sol.
Esta foi mais uma das minhas viagens sozinha, e a minha primeira viagem de longo curso! O principal destino era Hong Kong, e dado que ia estar por perto aproveitei para dar um saltinho a Guangzhou. Apesar de o meu avô materno já ter nascido em Moçambique os meus bisavós e restante família eram da zona de Cantão (Guangzhou), não de Guangzhou mas de uma aldeola rural que já ninguém sabe qual é (podiam ser de qualquer parte do mundo, mas tinham de ser logo da China menos turística...). Sinceramente nunca liguei muito às minhas raízes chinesas e nem sequer gostava da ideia de ser parcialmente chinesa, até ter vindo trabalhar para a empresa onde estou e que tem um escritório em Singapura, e eu passei um ano a trabalhar remotamente com os colegas de lá, e surgiu assim o fascínio pela cultura asiática, e o interesse em conhecer melhor esta região.
O meu chefe, um americano de Atlanta, viveu em Hong Kong até 2014 e tem uma filha adoptada em Guangzhou, e, para além de me ter dado imensas dicas, no Natal recebi dele um envelope com Hong Kong Dolars (HKD), Yuans (RMB) e um Octopus Card (que já não funcionava) Também me deu o contacto de uma amiga dele em Hong Kong caso precisasse de alguma coisa, mas felizmente correu tudo bem.
A dois meses da viagem rasguei o músculo da perna, e estava a ver a minha viagem por um fio. Felizmente estava a recuperar depressa e o médico e a fisioterapeuta concordaram que podia ir. Ufa!
Alguns apontamentos antes de começar...sobre Hong Kong:
- O que é bonito em Hong Kong são as contradições e as coisas que não combinam: os arranha céus com as montanhas verdes em pano de fundo, o Four Season a uns passos das Chungking Mansions, as Louis Vuitton e Chanel da vida ao lado das lojinhas chinesas manhosas! Hong Kong é uma cidade que não sabe se é nova se é velha, se é moderna se é antiquada, se é organizada se é um caos!
- Contrariamente ao que eu pensava nem toda a gente fala inglês; na realidade há imensa gente que não fala inglês!
- Os transportes funcionam muito bem, e o Octopus Card equivale ao nosso Viva Viagem, é um cartão recarregável que dá para usar nos transportes todos. Está tudo muito bem sinalizado e em inglês.
- Tal como acontece na China o pessoal dos serviços (hóteis, lojas, restaurantes...) é bastante rude segundo os padrões europeus. Não nos cumprimentam às vezes nem mesmo quando nós os cumprimentamos primeiro, nunca sorriem, deixam-nos na caixa à espera enquanto conversam com os colegas, põem a mesa a atirar as coisas para a nossa frente, dão nos o troco atirando as moedas pro balcão...eu saí desta viagem com uma opinião muito favorável dos chineses, mas não do pessoal dos serviços! Às tantas a minha raiva era tanta e como eles não ligavam também era rude de volta, revirei tanto os olhinhos a tanto chinês em tanta loja que devo ter visto o meu próprio cérebro!
- Alojamento em Hong Kong é um caso complexo, há imensa oferta barata mas de baixa qualidade. Muito do alojamento barato fica nas Chungkin Mansions, mas entre dealers à porta dos quartos, elevadores avariados e entradas pela escada de incêndio nada se safava. Eu preferi pagar mais, e ficar em sítios com muitas e boas reviews.
Sobre a China: Só estive numa parte pequena da China, que é considerada mais tradicional. Inicialmente achei os chineses muito rudes e pouco amigos de ajudar. Depois percebi que eu é que não tinha a abordagem certa. Não podemos falar inglês com eles porque não percebem e ficam atrapalhados e a modos que fogem. Temos de mostrar uma foto do que queremos ou usar um tradutor; assim eles tentam ajudar. E, se não conseguem ajudar, chamam outra pessoa que talvez possa ajudar e se essa pessoa não souber ajudar chama outra pessoa até estarem à frente de uns 3 chineses que não percebem nada de inglês mas que querem ajudar! Para ajudar à festa em Guangzhou tudo é mais longe do que parece e as indicações da net estão todas parcialmente erradas ou incompletas. Por causa da barreira da língua o embate inicial foi difícil, muito difícil. Mas os chineses partiram o meu coração, e remendaram-no logo a seguir.
Passando ao report: esta viagem começou no dia 8 de Janeiro. Voei para Hong Kong com a Lufthansa, com escala em Munique. O avião para Hong Kong era o A380, escolhi o horário de propósito para voar neste avião, sem encarecer a viagem. Adorei o avião, super silencioso e nem se sente a aceleração! Aterrei em Hong Kong por volta das 16h do dia 9 de Janeiro, e apanhei o autocarro A21 até ao meu hotel. Para as primeiras noites fiquei no Lee Garden Guesthouse na Cameron Road uma rua transversal à Nathan Road, a principal rua da ilha de Kowloon; paguei 75€ por duas noites se não estou em erro. As funcionárias do hotel eram super simpáticas e havia água fresca, microondas e água quente para os hóspedes. O quarto era pequeno mas muito limpo.
A surpresa foi a casa de banho. Ora atentem neste chuveiro...se virem com atenção, não há base para o chuveiro, a base é toda a casa de banho! Vendo pelo lado positivo não há o problema de molhar o chão...molhava sempre, e se não fechasse a porta molhava o quarto também!!
Depois de fazer check in e andar por ali fui procurar o sítio onde se via o Symphony of Lights, o espectáculo de luzes feito pelos edifícios da zona de Victoria Harbour, na ilha de Hong Kong. Não sabia bem qual o melhor sítio mas vi uma pequena multidão a caminhar em direção ao mar e resolvi segui-los - touché! Fui dar a um sítio no Tsim Sha Tsui Promenade onde já estavam várias pessoas sentadas numa escada, assumi que estivam à espera do espectáculo e não me enganei! O meu chefe dizia que o espectáculo é foleiro mas eu adorei e só tive pena de não ter visto mais vezes!
O passeio está ligado à Avenue of Stars, que tem estátuas de várias personagens ligadas ao cinema, só que uma grande parte da Avenue of Stars está em obras, daí aquela "barreira" amarela à frente. Talvez seja por isso também que o espectáculo não tinha som (nos vídeos do Youtube tinha som).
O dia seguinte foi inteiramente dedicado às atracções turísticas "cliché". Tinha comprado no Klook os bilhetes para ir ao Ngong Ping Cable Car e o Victoria Peak Sky Pass; o Klook é uma espécie de Groupon para a Ásia tem descontos para várias atrações em vários países asiáticos. As reviews no Trustpilot são péssimas, mas no Tripadvisor encontrava outras opiniões. Um dos meus colegas de Singapura dizia que ele e os amigos dele já tinham usado o Klook várias vezes sem problemas por isso resolvi arriscar, paguei tudo com Paypal e correu bem. Para além dos bilhetes para o teleférico e Victoria Peak também comprei o ferry Macau - Hong Kong, poupei cerca de 10€ no total.
O Ngong Ping Cable Car é o teleférico que nos leva até ao Tin Tan Budha ou Big Budha, uma das principais atrações na ilha de Lantau. Eu tenho medo de alturas, e estava um bocado nervosa no teleférico, mas as vistas são muito bonitas.
O teleférico demora cerca de 25 minutos mas na minha cabeça passou-se uma hora...no final vamos dar à Ngong Ping Village, não passa de uma vila turística com lojas e restaurantes para turistas. Antes de subir até ao Budha fui ao Mosteiro de Po Lin.
Depois disso, subida até ao Budha...
E as vistas lá em cima
Apesar de ter visto várias fotos do Budha nunca reparei que tinha uma suástica no peito. Mas já sabia que antes de ser um símbolo nazi, a suástica era um símbolo budista.
Depois disto desci até ao Wisdom Path. Uma espécie de "estacas" de madeira com versos do Sutra do Coração, um dos principais Sutras budistas, dispostas em forma de 8 (símbolo do infinito).
A seguir desci novamente no teleférico e apanhei em Tung Chung o MTR (metro) até à ilha de Hong Kong para ir a Victoria Peak. Em Tung Chung é onde fica o Citygate Outlets um dos principais outlets de Hong Kong. Tem lojas de várias marcas ocidentais (Michael Kors, Adidas, Coach, etc) mas os descontos não compensam é tudo mais caro que na Europa.
Cheguei a Victoria depois de almoço mas como a ideia era ir ao Sky428 apreciar as luzes dos edifícios de Victoria Harbour, era cedo de mais, então aproveitei para visitar o Hong Kong Park que era mesmo ao lado.
Andei por ali um bocado a fazer tempo e depois fui para o Peak Tram. O Peak Tram é o eléctrico que nos leva até Victoria Peak, e é a maneira mais rápida de lá chegar. A viagem no Tram é engraçada mas é uma experiência sociológica aterrorizante. Como tram é pequeno e é imensa gente para entrar é tudo ao empurrão para chegar lá dentro, um horror! É daquelas coisas para se fazer uma vez na vida e não repetir nunca mais.
Cheguei a Victoria Peak, que é o ponto mais alto na ilha de Hong Kong. A principal atração aqui é o Sky428, o topo de um mini centro comercial. É aí que se tiram aquelas fotos de Hong Kong que toda a gente conhece, com os edifícios de Victoria Harbour iluminados à noite. Na realidade Victoria Peak tem mais para ver e há outros sítios onde temos vistas bonitas sobre a cidade. Eu comecei por ir ao Lion's Pavilion, que é um miradouro que também tem vista para Victoria Harbour só que fica uns metros abaixo do Sky428, e é gratuito.
Para terem ideia da diferença de altura, aqui em cima está o Sky428 e em baixo onde estão mais pessoas é o Lion's Pavillion.
Para queimar tempo andei a explorar a zona à volta. Há vários trilhos que partem ou passam em Victoria Peak incluindo o trilho de Hong Kong, um trilho de 50kms que quase atravessa a ilha. É muito agradável passear nestes trilhos pois ficamos longe da confusão de Victoria Peak, no meio da natureza, e com vistas fabulosas para a ilha. Eu fui primeiro procurar o jardim de Victoria Peak, que infelizmente não encontrei (já estava farta de andar sempre a subir e não encontrava nada, desisti), e depois fiz um pouco do trilho de Lugard Road. As fotos abaixo são as vistas do trilho de Lugard Road.
Aqui reparei pela primeira vez que os andaimes deles são feitos de bambu, segundo me explicaram por causa dos tufões, o bambu é mais resistente exactamente por ter alguma flexibilidade.
Como podem ver há vistas muito bonitas e a natureza felizmente é gratuita, é uma boa opção para quem não quiser pagar para subir ao Sky428. Eu já tinha o bilhete comprado e por isso lá fui. Queria esperar que anoitecesse para tirar fotos com os edifícios iluminados, que acendem as luzes das 18h às 00h. Acabei por ver o anoitecer no topo do Sky428, e ainda tirei algumas fotos antes do pôr do Sol.
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