RicardoGil
Membro Conhecido
Olá a todos,
Para começar as hostilidades, a pergunta que se coloca é: como nasceu a ideia de visitar a Ilha Esmeralda? Vários motivos contribuíram para que a viagem se tornasse uma realidade.
Em primeiro lugar, Dublin por razões associadas à logística (voos a preços razoáveis desde Lisboa e estadia grátis, como irei detalhar mais à frente). Em segundo lugar, Belfast por manifesta curiosidade sobre o testemunho vivo (nos murais, e não só) dos conflitos entre católicos e protestantes. Uma lição de história.
Por fim, e directamente relacionado com o anterior, porque a capital da Irlanda do Norte representa o ponto nevrálgico para conhecer Glens of Antrim (depois explico) e Giant’s Causeway (incluindo o Game of Thrones Tour), o que dispensa apresentações.
Em termos de organização, até para facilitar a leitura, decidi apresentar alguns tópicos que servem como introdução à crónica propriamente dita. A saber: (i) planeamento da viagem; (ii) descrição de alguns gastos; (iii) Informação de carácter geral (sites úteis); e, (iv) comentários finais.
Por fim, de modo a tornar o report mais fluido, comunicar que houve a preocupação de intercalar o texto com imagens e, na medida do possível (limitação de fotografias), cada post corresponde a um dia de viagem.
Espero que gostem…
Planeamento da aventura
A expedição por terras irlandesas foi partilhada com a minha mulher pelo que o pronome “nós” fará sempre parte da descrição. Para a realização deste passeio, tirámos 4 dias de férias, com início a 11 (segunda-feira) e término a 15 (sexta-feira) do passado mês de Junho.
Como referido anteriormente, o objectivo principal passava por conhecer duas capitais europeias - vivenciar um pouco das duas Irlandas (do Norte, mais british style; da República, mais cosmopolita) – e, como ponto alto desta aventura, visitar Giant’s Caseuway, Património da Humanidade. O plano era o seguinte:
Dia 1 -> Lisboa – Dublin – Belfast (City Hall);
Dia 2 -> Belfast (Royal Botanic Gardens / Queen’s University / Crown Liquor Saloon / Titanic Quarter / St Anne’s Cathedral / Duke of York);
Dia 3 -> Game of Thrones To (Glenarm / Glencloy / Cushendun Caves / The Dark Hedges / Giant’s Causeway / Ballintoy Harbour / Carrick-a-Rede Ropebridge);
Dia 4 -> Belfast (Political Murals & The Peace Line) – Dublin (Trinity College / Ha'penny Bridge / Temple Bar); e,
Dia 5 -> Dublin (Castle / St Patrick’s Cathedral / Temple Bar / St Stephen’s Green) – Lisboa.
Algumas Despesas:
Welcome | Aircoach;
Visit Belfast;
Titanic Belfast: Home;
The Duke of York and Surrounding Bars;
McComb's Coach Travel;
Home - The Giants Causeway Official Guide; e,
Belfast Famous Black Cab Tours.
Comentários finais:
Como não poderia deixar de ser, gostaria de agradecer ao ‘Portal das Viagens’ pela informação aqui disponibilizada que, em conjunto com diversas outras fontes de pesquisa, revelou-se uma preciosa ferramenta na preparação logística dos destinos visitados.
De referir que, comparativamente para o nosso poder médio de compra, a vida na Ilha Esmeralda é onerosa: na Irlanda do Norte, há que suportar a conversão de euros para libras esterlinas; na República da Irlanda, até por ser um destino mais turístico, as bebidas, as refeições, o alojamento (entre outros gastos gerais), podem reclamar alguma ginástica orçamental. Nada que um estudo prévio, aliado a uma boa definição de prioridades, não resolva.
É provável que alguns pormenores tenham ficado omissos (mais que não seja por esquecimento), mas sintam-se confortáveis para comentar, questionar e/ou colocar eventuais dúvidas. Terei (mesmo) todo o gosto em responder a perguntas e, no que depender de mim, ajudar no que for preciso a planear uma eventual viagem que pretendam efectuar.
Bem, vamos ao que interessa?
A manhã do dia 11 de Junho (segunda-feira) começou cedo, pois o voo com destino a Dublin estava marcado para as 10:00 (acabou por atrasar 45 minutos). O check-in online foi feito com antecedência (incluindo a compra de 2 lugares por 6€) e o embarque decorreu de forma célere. Para os mais distraídos, chamar a atenção para a vigente política relativa a bagagem de mão. A viagem foi tranquila e perto das 13:30 já se vislumbrava terra:
Como o atraso não foi significativo, o plano inicial - após a recolha das malas, adquirir os bilhetes na Aircoach (fácil de encontrar, à saída do aeroporto) - manteve-se dentro do programado. Os autocarros para Belfast (bem confortáveis, diga-se) respeitam uma periodicidade de hora a hora e, não sendo possível apanhar o mesmo às 14:00, o transporte das 15:00 serviu as pretensões - chegada prevista à capital da Irlanda perto das 17:00 (duas horas de percurso, sensivelmente).
Tal como qualquer outra cidade europeia, Belfast engloba diversas zonas, ou bairros, destacando-se os seguintes: Cathedral Quarter, Queen's Quarter, Titanic Quarter. A seu tempo (dia 2), falarei de cada um em maior detalhe.
A escolha do hotel não foi, por isso, inocente: por um lado, está localizado 5 minutos a pé da Glengall Street (local de origem/destino do transporte Dublin - Belfast - Dublin), o que evitava despesas adicionais em transfers; e, por outro lado, está situado numa zona bastante central, a meio caminho dos vários quarters.
Quanto ao Park Inn by Radisson, sem deslumbrar, conta com algumas comodidades interessantes - incluindo um simpático restaurante Red Bar & Grill - e, no geral, correspondeu às expectativas (pontuação de 8,5 no Booking):
Depois de estarmos convenientemente instalados, decidimos dar os primeiros passos (e foram muitos, ao longo da semana) na zona à volta do City Hall:
Vou partilhar uma confissão: talvez derivado ao cansaço das viagens, talvez por o final de tarde começar a gritar por uma refeição substancial, a primeira impressão sobre Belfast não foi positiva. A maioria das lojas fechou às 18:00, os habitantes respeitavam a sua rotina diária (saída dos empregos) e não vislumbrava muitos focos de interesse. Como tal, as primeiras horas foram utilizadas a sentir o pulso da cidade (observar os locais, descobrir espaços de restauração, olhar para alguns edifícios):
Assim, a decisão foi unânime: petiscar qualquer coisa no restaurante do hotel, relaxar um bocado no bar, decidir o roteiro para o dia seguinte e retemperar forças para o que aí vinha:
Antes de adormecer, um bocadinho de leitura relembrou-me que a Lonely Planet fez referência a Belfast e à região de Glens of Antrim & Causeway, como uma das regiões a visitar no presente ano. Como mais tarde pude comprovar, as maiores revelações (e surpresas) ainda estavam por chegar.
O primeiro dia foi uma espécie de "aquecimento". A partir daí, foi sempre em crescendo. Avançamos para o dia 2?
Para começar as hostilidades, a pergunta que se coloca é: como nasceu a ideia de visitar a Ilha Esmeralda? Vários motivos contribuíram para que a viagem se tornasse uma realidade.
Em primeiro lugar, Dublin por razões associadas à logística (voos a preços razoáveis desde Lisboa e estadia grátis, como irei detalhar mais à frente). Em segundo lugar, Belfast por manifesta curiosidade sobre o testemunho vivo (nos murais, e não só) dos conflitos entre católicos e protestantes. Uma lição de história.
Por fim, e directamente relacionado com o anterior, porque a capital da Irlanda do Norte representa o ponto nevrálgico para conhecer Glens of Antrim (depois explico) e Giant’s Causeway (incluindo o Game of Thrones Tour), o que dispensa apresentações.
Em termos de organização, até para facilitar a leitura, decidi apresentar alguns tópicos que servem como introdução à crónica propriamente dita. A saber: (i) planeamento da viagem; (ii) descrição de alguns gastos; (iii) Informação de carácter geral (sites úteis); e, (iv) comentários finais.
Por fim, de modo a tornar o report mais fluido, comunicar que houve a preocupação de intercalar o texto com imagens e, na medida do possível (limitação de fotografias), cada post corresponde a um dia de viagem.
Espero que gostem…
Planeamento da aventura
A expedição por terras irlandesas foi partilhada com a minha mulher pelo que o pronome “nós” fará sempre parte da descrição. Para a realização deste passeio, tirámos 4 dias de férias, com início a 11 (segunda-feira) e término a 15 (sexta-feira) do passado mês de Junho.
Como referido anteriormente, o objectivo principal passava por conhecer duas capitais europeias - vivenciar um pouco das duas Irlandas (do Norte, mais british style; da República, mais cosmopolita) – e, como ponto alto desta aventura, visitar Giant’s Caseuway, Património da Humanidade. O plano era o seguinte:
Dia 1 -> Lisboa – Dublin – Belfast (City Hall);
Dia 2 -> Belfast (Royal Botanic Gardens / Queen’s University / Crown Liquor Saloon / Titanic Quarter / St Anne’s Cathedral / Duke of York);
Dia 3 -> Game of Thrones To (Glenarm / Glencloy / Cushendun Caves / The Dark Hedges / Giant’s Causeway / Ballintoy Harbour / Carrick-a-Rede Ropebridge);
Dia 4 -> Belfast (Political Murals & The Peace Line) – Dublin (Trinity College / Ha'penny Bridge / Temple Bar); e,
Dia 5 -> Dublin (Castle / St Patrick’s Cathedral / Temple Bar / St Stephen’s Green) – Lisboa.
Algumas Despesas:
- Voos – Lisboa / Dublin (Ryanair) / Lisboa (Aer Lingus), aproximadamente 150€/pax;
- Transportes – Dublin / Belfast / Dublin (Aircoach), 17€/pax na ida e 10€/pax na volta;
- Game of Thrones Tour & Giant's Causeway, por 35 libras/pax;
- Political Murals & The Peace Line Black Cab Tour, por 35 libras/2 pax; e,
- Entradas - Carrick-a-Rede Ropebridge, por 8 libras/pax e St Patrick’s Cathedral, por 7€/pax.
Welcome | Aircoach;
Visit Belfast;
Titanic Belfast: Home;
The Duke of York and Surrounding Bars;
McComb's Coach Travel;
Home - The Giants Causeway Official Guide; e,
Belfast Famous Black Cab Tours.
Comentários finais:
Como não poderia deixar de ser, gostaria de agradecer ao ‘Portal das Viagens’ pela informação aqui disponibilizada que, em conjunto com diversas outras fontes de pesquisa, revelou-se uma preciosa ferramenta na preparação logística dos destinos visitados.
De referir que, comparativamente para o nosso poder médio de compra, a vida na Ilha Esmeralda é onerosa: na Irlanda do Norte, há que suportar a conversão de euros para libras esterlinas; na República da Irlanda, até por ser um destino mais turístico, as bebidas, as refeições, o alojamento (entre outros gastos gerais), podem reclamar alguma ginástica orçamental. Nada que um estudo prévio, aliado a uma boa definição de prioridades, não resolva.
É provável que alguns pormenores tenham ficado omissos (mais que não seja por esquecimento), mas sintam-se confortáveis para comentar, questionar e/ou colocar eventuais dúvidas. Terei (mesmo) todo o gosto em responder a perguntas e, no que depender de mim, ajudar no que for preciso a planear uma eventual viagem que pretendam efectuar.
Bem, vamos ao que interessa?
Dia 1
A manhã do dia 11 de Junho (segunda-feira) começou cedo, pois o voo com destino a Dublin estava marcado para as 10:00 (acabou por atrasar 45 minutos). O check-in online foi feito com antecedência (incluindo a compra de 2 lugares por 6€) e o embarque decorreu de forma célere. Para os mais distraídos, chamar a atenção para a vigente política relativa a bagagem de mão. A viagem foi tranquila e perto das 13:30 já se vislumbrava terra:
Como o atraso não foi significativo, o plano inicial - após a recolha das malas, adquirir os bilhetes na Aircoach (fácil de encontrar, à saída do aeroporto) - manteve-se dentro do programado. Os autocarros para Belfast (bem confortáveis, diga-se) respeitam uma periodicidade de hora a hora e, não sendo possível apanhar o mesmo às 14:00, o transporte das 15:00 serviu as pretensões - chegada prevista à capital da Irlanda perto das 17:00 (duas horas de percurso, sensivelmente).
Tal como qualquer outra cidade europeia, Belfast engloba diversas zonas, ou bairros, destacando-se os seguintes: Cathedral Quarter, Queen's Quarter, Titanic Quarter. A seu tempo (dia 2), falarei de cada um em maior detalhe.
A escolha do hotel não foi, por isso, inocente: por um lado, está localizado 5 minutos a pé da Glengall Street (local de origem/destino do transporte Dublin - Belfast - Dublin), o que evitava despesas adicionais em transfers; e, por outro lado, está situado numa zona bastante central, a meio caminho dos vários quarters.
Quanto ao Park Inn by Radisson, sem deslumbrar, conta com algumas comodidades interessantes - incluindo um simpático restaurante Red Bar & Grill - e, no geral, correspondeu às expectativas (pontuação de 8,5 no Booking):
Depois de estarmos convenientemente instalados, decidimos dar os primeiros passos (e foram muitos, ao longo da semana) na zona à volta do City Hall:
Vou partilhar uma confissão: talvez derivado ao cansaço das viagens, talvez por o final de tarde começar a gritar por uma refeição substancial, a primeira impressão sobre Belfast não foi positiva. A maioria das lojas fechou às 18:00, os habitantes respeitavam a sua rotina diária (saída dos empregos) e não vislumbrava muitos focos de interesse. Como tal, as primeiras horas foram utilizadas a sentir o pulso da cidade (observar os locais, descobrir espaços de restauração, olhar para alguns edifícios):
Assim, a decisão foi unânime: petiscar qualquer coisa no restaurante do hotel, relaxar um bocado no bar, decidir o roteiro para o dia seguinte e retemperar forças para o que aí vinha:
Antes de adormecer, um bocadinho de leitura relembrou-me que a Lonely Planet fez referência a Belfast e à região de Glens of Antrim & Causeway, como uma das regiões a visitar no presente ano. Como mais tarde pude comprovar, as maiores revelações (e surpresas) ainda estavam por chegar.
O primeiro dia foi uma espécie de "aquecimento". A partir daí, foi sempre em crescendo. Avançamos para o dia 2?
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