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Membro Ativo
Hong Kong | Macau | El Nido (Filipinas)
(Março 2014)
2014 não foi diferente dos anos anteriores, chegadas as férias impunha-se uma questão tão essencial como a própria viagem... "Para onde?"
O vício de conhecer praias idílicas e a necessidade de incluir pontos culturais que nos permitam conhecer novas culturas e realidades levaram-nos a intensas pesquisas, que acabaram por nos levar novamente à Ásia, desta vez Hong Kong, Macau e El Nido (Filipinas).
Apesar de nem sempre ter sido assim, à uns anos a esta parte que nos temos habituado a construir a viagem à nossa medida, é um trabalho prolongado e nem sempre fácil, em cerca de 2 meses é necessário escolher as companhias aéreas, fazer coincidir horários de voos, viagens de ferry, hotéis, transferes, locais a visitar... tudo isto dentro de um orçamento controlado e que obriga a estudar diversas alternativas que nos permitam escolher o melhor custo/benefício.
Alguns dos sites obrigatórios na preparação da nossa viagem...
- O voo...
www.emirates.com - www.qatarairways.com
- www.lufthansa.com
- www.flytap.com
- www.airasia.com
- www.edreams.pt
- ...
[*]Os hotéis...
[*]A organização da viagem...
[*]As app's
...e depois vem a complicada regra que à uns anos impusemos a nós próprios e que passa por viajarmos apenas com malas de cabine. A escolha e a selecção do que levamos não é fácil, mas não temos dúvidas de que agiliza bastante não só a saída dos aeroportos, mas toda a dinâmica da viagem que muitas vezes incluem transportes de comboio, táxi, barco...
Este ano, e depois de um pequeno atraso na compra dos bilhetes na Emirates (e que levou a um inevitável aumento) optámos pela companhia alemã Luftansa, que nos levou até Hong Kong (Lisboa - HongKong), com uma paragem de algumas horas em Munique e no regresso em Frankfurt.
A preparação de cada viagem faz parte integrante da própria viagem, pelo que consideramos obrigatório a elaboração de um guia que nos há-de ajudar a maximizar o tempo disponível, orientando-nos para os pontos que queremos visitar, a sua história, qual a melhor forma de lá chegar e quais os preços.Hong Kong
Impõe-se assim uma breve referência ao nosso primeiro destino, Hong Kong, uma das duas regiões administrativas especiais da República Popular da China, sendo a outra Macau. É uma cidade-estado situada na costa sul da China e delimitada pelo delta do Rio das Pérolas e pelo Mar da China Meridional, é conhecida pelo seu horizonte repleto de arranha-céus e pelo seu porto profundo natural. Com uma área de 1,104 km² e uma população de sete milhões de pessoas, Hong Kong é uma das áreas mais densamente povoadas do mundo. A população da cidade é composta por 95% de pessoas de etnia chinesa e 5% de outros grupos étnicos.
Dia 1/2
Era já final da tarde quando chegamos ao Aeroporto Internacional de Hong Kong, a viagem de 11 horas (durante a noite) permitiu que dormíssemos e descansássemos o suficiente para chegarmos cheios de energia. A primeira etapa foi trocar alguns euros, o que aconteceu ainda no aeroporto, mas com uma taxa pouco favorável trocamos pouco mais do que o indispensável para chegarmos ao centro da cidade. Por uma questão de tempo optamos pelo metro (mais conhecido por MTR), existindo também ligações de autocarro (apesar de mais barato demora no mínimo 1 hora) ou de táxi. A viagem no MTR custou 100 HK$ (cerca de 9 euros) e demorou cerca de 30 minutos.
Em HK as estações de metro são enormes, quase sempre apinhadas de gente (muita gente) e este foi o nosso primeiro impacto quando chegamos. Já com o mapa da cidade e com alguns minutos para nos orientarmos, o passo seguinte foi chegar ao hotel, cuja escolha teve em consideração a localização, permitindo-nos percorrer grande parte do distrito "Central" a pé.
Já com o dia a terminar, aproveitamos para explorar a cidade, um passeio a pé e uma viagem de MTR depois (9 HK$ ±0,84€ por pessoa por trajeto ) estávamos no distrito de Kowloon, mais propriamente Tsim Sha Tsui, onde assistimos ao Symphony of Lights(todos os dias às 20h), onde assistimos ao espectáculo de luzes e som em torno de 43 arranha-céus da cidade. Na mesma zona fica aAvenida das Estrelas, uma homenagem a diversos atores, atrizes e diretores asiáticos que tiveram impacto na indústria cinematográfica de Hong Kong.
Hong Kong, em especial o distrito Central, confunde-se com as grandes cidades europeias, as lojas enormes e cheias de glamour anunciam os principais ícones da moda em roupa, carros e tecnologia, o exército de executivos com quem nos cruzamos constantemente e que trabalham na zona financeira, o coração da cidade, faz com que sejamos rapidamente atingidos por uma mistura de sentimentos únicos e que resultam desta ligação entre o mundo moderno que tão bem conhecemos e os templos e lojas com produtos (completamente) invulgares que coabitam (quase) lado a a lado.
Dia 3 (The Peak Tram & Sky Terrace 428)
Acordar cedo é o lema neste tipo de férias e neste dia não foi diferente, com o destino já traçado apanhamos o autocarro para o The Peak Tram & Sky Terrace 428 (+info) , a montanha mais alta de Hong Kong e uma das atrações mais visitada da cidade. O plano inicial era subir até ao topo de Tram, no entanto... nas pesquisas que efetuamos sabíamos já que a nossa estadia iria coincidir com a semana da manutenção, tendo assim optado pelo autocarro. Valeu a pena subir ao ponto mais alto da cidade... é sem dúvida uma vista de tirar o fôlego!
Já na cidade, a etapa seguinte foi visitar o Hong Kong Park, um oásis no meio dos inúmeros arranha-céus na grande área financeira. O parque tem inúmeros jardins, fontes, campos desportivos e uma espécie de estufa com diversas plantas, borboletas e mais de 600 pássaros (The Edward Youde Aviary). Dentro do parque visitamos o Museum of Tea Ware, especializado no estudo e coleção de chás.
Ao sair do parque, seguimos em direção ao Lippo Centre, um curioso prédio que mais parece um “transformer”, o icónico prédioBank of China Tower até à praça da Bolsa de Valores (Exchange Square).
Dia 4
Buda Gigante
Na ilha de Lantau encontramos duas grandes atrações turísticas de Hong Kong, o templo budista Po Lin Monastery e o Tian Tan Buddha, a maior estátua de Buda sentado ao ar livre da Ásia.
São diversas as possibilidades para chegarmos à ilha de Lantau, optamos por ir de metro e regressar de ferry (com duas viagens de autocarro pelo meio: metro-Buda Gigante / Buda Gigante-ferry). A uma curta caminhada da estação do metro Tung Chung fica oteleférico Ngong Ping 360 (sendo também possível ir/regressar de autocarro). O teleférico é o mais longo da Ásia com quase 6km (viagem com cerca de 25 minutos) e que nos deixa muito próximo destes dois pontos.
O Caminho da Sabedoria (Wisdom Path) fica a cerca de 15min. do Buda Gigante e é um local com várias colunas de madeiras com textos do Sutra da Perfeição da Sabedoria ou Sutra do Coração, a mais conhecida escritura budista.
Regressamos a HK de barco e apesar do nevoeiro que se fez sentir ao longo da maior parte da viagem só podemos dizer que a HK visto de barco é inesquecível.
Ladie’s MarketAo final da tarde visitamos um dos mercados mais famosos de Hong Kong, o Ladie’s Market e apesar do nome, é também possível encontrar imensos produtos para homens e crianças. O mercado situa-se na zona de Mongkok (de fácil acesso via metro) estando sempre apinhado de imensas pessoas, sobretudo turistas que tentam regatear com os comerciantes até ao último dólar.
Além das inevitáveis roupas, brincos, pulseiras, gravatas, pinturas, leques, acessórios de telemóvel, enfeites de casa e lembranças de Hong Kong, o mercado é também bastante conhecido pelas falsificações das malas, carteiras e relógios das principais marcas e em cada pequena banca tentam chamar a nossa atenção com um... "copy watches... rolex, cartier, breitling..." "woman bags... Gucci, Hermes, Chanel, Prada, Dior..."
...depois de jantar aproveitamos para relaxar no rooftop do bar do hotel Mandarin Oriental (quem pretender visitar deve ter em atenção o dress code), onde podemos admirar os arranha-céus iluminados do Victoria Harbour e conversar num ambiente calmo e bastante elegante.
O ambiente seleto do hotel Mandarim deu lugar à agitada Lan Kwai Fong, onde acabamos a noite. Trata-se de uma das ruas mais movimentadas de Hong Kong, com dezenas de bares e restaurantes e centenas de pessoas (sobretudo não orientais) com um ambiente que faz lembrar Londres, onde muitos saem do trabalho diretamente para o bar para saborear uma (ou duas, ou três...)pint da sua cerveja favorita... Dia 5
O despertador toca ao mesmo tempo que a cidade começa a acordar e já com alguma nostalgia começamos a arrumar as malas rumo a novo destino...
Depois do check out e das malas guardadas (no hotel) fomos retemperar forças com um pequeno almoço no sítio do costume, uma pequena pastelaria numa transversal da rua principal.
Em férias todos os dias têm um sabor especial, mas o de hoje é o ainda mais por ser o último dia em Hong Kong... havemos de regressar dentro de dias para apanhar o voo que nos levará de volta a casa.
Templo Man Mo
Com a manhã por nossa conta aproveitamos para uma última volta no Trams que nos haveria de deixar próximo do Templo Man Mo,um dos templos mais antigos da ilha de Hong Kong (construído em 1847). No templo, são adorados o Deus da Literatura e o Deus da Guerra e é recorrentemente visitado por pessoas que procuram bom aproveitamento nos exames, nos estudos, para resolver disputas, etc.
Ao entrar somos imediatamente transportados para outro tempo, no ar, um intenso cheiro a incenso e uma neblina provocada pelas inúmeras e enormes varas de incenso (em forma de remoinho) presas no teto do templo e que estão associadas aos rituais e devoção religiosa.
Mercado das Flores
O Mercado de Flores fica em Kowloon (Mong Kok), relativamente próximo do Ladie’s Market e que acabamos por visitar uma última vez.
Temos de confessar que estivemos relutantes em fazer a viagem (de metro) para visitar este mercado, no final foi uma agradável surpresa que recomendamos. Trata-se de um bairro destinado unicamente ao comércio de flores e plantas, com dezenas de lojas espalhadas ao longo de diversas ruas, muitas delas especializadas em determinadas espécies, refiro isto porque é incontornável falar das orquídeas, tratadas com especial minúcia e que preenchiam as vitrinas de lojas inteiras como se se tratasse de um jardim.
MercadosOs mercados de rua são bastante comuns, não tão comum é o cuidado que existe com alguns produtos e na forma como são exibidos. As bancas de fruta são um exemplo da estratégia que estes pequenos comerciantes arranjaram para promover o seu produto... dá vontade de levar tudo...
Gastronomia
Em sintonia com todas as outras coisas desta vida mundana, também a gastronomia ocidental não reúne consensos, amada por uns, odiada por outros e indiferente a outros tantos. É verdade que alguns dos espaços, principalmente os de rua, estão completamente fora do padrão a que estamos habituados na Europa, é certo que a grande parte não cumprirá as condições de higiene que gostaríamos mas... em Roma sê romano...
...e Macau é já ali!
Aproveitado que estava o dia, com uma manhã e parte da tarde bastante preenchida, era altura de seguirmos rumo a Macau para um onde fim de semana dedicado a esta antiga colónia portuguesa. Por uma questão de custo/beneficio, optámos novamente pelo ferry, a viagem durou cerca de 1 hora e custa cerca de 15 euros (por trajeto). Existem duas companhias a operar este curso, acotaijet e a turbojet e pelo que tivemos a oportunidade de verificar são semelhantes... optámos pelo que saía mais cedo.
Macau
A Região Administrativa Especial de Macau é constituída pela Península de Macau e por duas ilhas: Taipa e Coloane, tendo uma superfície total de 28,6 km. Situa-se na costa meridional da República Popular da China, a cerca de 60 km de Hong Kong. Tem cerca de 538 mil habitantes, sendo a esmagadora maioria de etnia chinesa. Macau foi colonizada e administrada por Portugal durante mais de 400 anos (desde meados do século XVI até dezembro de 1999).
Dia 6
Chegamos a Macau ao final da tarde e o roteiro que preparamos incluía uma curta viagem de táxi ou de autocarro até ao hotel (perto dos principais monumentos históricos). Decidimos arriscar e apanhamos o autocarro, numa viagem que não terá demorado mais de 15 minutos e com a surpresa de que todas as paragens eram anunciadas em chinês, inglês e... português. Pagamos a viagem com o pouco dinheiro trocado (para patacas) à chegada ao porto, nos dias seguintes acabamos por utilizar os hong kong dollars (que tinham sobrado), em Macau é comum a utilização de ambas as moedas sendo, a conversão de 1 para 1.
Chek in tratado e malas arrumadas... era altura de uma primeira incursão ao Largo do Senado, considerado o centro urbano de Macau e onde os antigos governadores portugueses revistavam as tropas e a polícia da cidade quando assumiam o posto. O Largo do Senado, juntamente com o Edifício do Leal Senado e a Santa Casa de Misericórdia, está incluído na lista dos monumentos históricos do "Centro Histórico de Macau", por sua vez incluído na Lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO.
Tivemos a percepção que tem havido um grande cuidado na manutenção e preservação dos monumentos, e as multidões de turistas que se verifica durante o dia são substituídos por pequenos grupos (principalmente de chineses) que aproveitam para dar um passeio e tirar mais algumas fotografias.
Este périplo noturno acabaria por nos levar (inevitavelmente) aos casinos, outra das grandes (se não a principal) atração macaense e que levou a região a ser considerada a Las Vegas da ásia.
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