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[Report] Grand Bahia Principe Sian Ka'an 07-14 Outubro 2013

Sara Melo

Membro Novo
Olá a todos.

Venho deixar o report das férias passadas no México, no Grand Bahia Principe Sian Ka’an.
Depois da consulta de várias informações aqui no fórum, que agradeço, e por aconselhamento de amigos, escolhemos ficar neste hotel e realizar excursões com o Sr. José Espinoza, mas vamos por partes.

A viagem foi feita através da Geostar, e o voo foi um charter operado pela SATA Internacional. O voo para lá foi cansativo, pois é difícil dormir, mesmo tendo dormido pouco na noite anterior, saiu uma hora atrasado, mas não foi necessário fazer escala em Ponta Delgada como estaria previsto. O pessoal de cabine foi simpático e a comida muito boa (CateringPOR). O avião foi um A310 e conseguimos lugares à janela (chegámos ao aeroporto exactamente 3 horas antes da hora prevista para a partida). Têm várias telas em que projectaram 2 filmes, fornecem os auriculares, mas eram péssimos, por isso tb não ajudou a entreter...

Temos de preencher um papel de ‘migracion’ no avião e mais uns quantos no aeroporto a declarar que não levamos comida, armas e etc...e guardem o primeiro papel pois vão precisar para o check-in da volta!
Aterrando em Cancun, estava tudo molhado, mas um calor ainda abafado, mesmo já sendo de noite. No autocarro para o hotel, o bagageiro fez-se logo à gorjeta e o motorista ligou o ar condicionado nos 20ºC o que foi deveras excessivo, pois uma hora de viagem deixa-nos com uma valente dor de garganta.

Chegados ao hotel, fomos recebidos com um cocktail estilo margarita e dão-nos a chave e as pulseiras. O hotel é tão ou mais bonito do que nas fotos. É uma arquitectura moderna, clean, estilo Spa e a vegetação simplesmente fantástica, já que, ao contrário dos outros hoteis GBP Coba, Akumal e Tulum, apenas retiraram vegetação no sitio das vilas e piscinas, mantendo grande parte da mata existente, o que dá muita privacidade e uma beleza extraordinária. Ficámos numa vila perto da piscina maior e do Bar Cenote 24h, num primeiro piso. Esta piscina estava em obras, mas não houve grandes inconvenientes, já que nas outras 2 piscinas das vezes que fomos, encontrámos lugar sem problema. Neste hotel há menos pessoas e confusão que nos outros, quer nas piscinas, no buffet, nos bares...

No dia seguinte à chegada, fomos à reunião da Soltour, em que nos foram explicados pormenores da estadia e possibilidades nos hotéis e apresentadas as excursões e indicações para a partida. Marcámos a excursão para Xcaret para o dia seguinte (podem pagar em qualquer moeda ou cartão, mas mesmo com as comissões ficou mais barato pagar com cartão do que em euros) e seguimos para o Sian Ka’an para marcar os jantares.

Neste aspecto fiquei desiludida, pois supostamente teríamos hipótese de marcar 1 jantar por dia, mas não foi possível, dado que havia bastantes restaurantes esgotados. Neste aspecto arrependo-me de não ter enviado mail antes a marcar, mas optei por marcar lá, pois não tinha ainda o dia decidido para Xcaret e achei que não fosse problema, pelo menos para os restaurantes exclusivos do Sian Ka’an. Tb não o fiz de modo a não stressar com o assunto demasiado cedo, com o risco de parecer paranóica, mas a verdade é que não conseguimos reserva para o Alux (gourmet). Marcamos para o Maiko (japonês), para o Don Pablo (Gourmet, Tulum) e Arlequin (Internacional, Akumal).

Depois do balde de água fria fomos explorar o complexo. Fomos até ao Coba, Hacienda Dona Isabel (levantámos pesos, que é a única máquina onde dá), Tulum e visitar a praia. Estivemos ainda a desfrutar da piscina de jacuzzis do Sian Ka’an, que não é muito falada aqui. Fica no centro das vilas que estão do lado direito no mapa, em que temos de aceder por fora, junto ao Maiko. É super tranquilo, quase não tem ninguém e é servida por um sushi bar e espreguiçadeiras tipo ‘daybed’ muito confortáveis. Adorei estar aqui neste paraíso escondido, apesar de o sushi deixar muito a desejar...



No dia seguinte lá partimos para Xcaret. Depois de quase uma hora de viagem lá chegámos. Neste parque não é permitido o uso de protector solar que não seja BIO, mas eles dão-nos uma saqueta com protector adequado, em troca do que levamos, que é confiscado e no final da noite devolvido, não têm de comprar de propósito! Fomos deixar as coisas ao cacifo (levámos toalhas do hotel) e preparar-nos para os rios subterrâneos. Fomos ao rio Maya, que é o mais escuro e foi muito bonito. A água foi a mais fria que experimentei nesta viagem, mas nada comparado com as águas frias das nossas praias fluviais e outras! Entra-se relativamente bem e depois é desfrutar da ‘viagem’. Aconselho barbatanas, para conseguimos movermo-nos mais depressa, mas não tenham grandes expectativas quanto a ver peixes neste rio, pois nas zonas que eram descobertas vi muito poucos. Em compensação havia uma zona com morcegos! Tiram-nos fotos em alguns pontos do percurso e trouxemos 2 de recordação (182 pesos cada uma (11€), mas podem comprar uma pen que dá para as fotos que quiseram, que se não me engano custa cerca de 80 dólares e sei que dá para partilhar entre casais ou grupos). Depois dos rios, fomos ver alguns animais e ao Rio Paraíso, em que vamos numa embarcação dar uma voltinha no meio da mata. É bonito, mas não tanto quanto estava à espera, pois por esta altura o céu estava a tornar-se cinzento e a chuviscar um pouco.



Vêem-se Araras, veados, iguanas, entre outros. Depois passámos pelos flamingos e na ida aos cacifos encontrámos o espectáculo dos homens voadores a começar e apesar dos chuviscos decidimos ficar a ver, mas não demorou muito ao espectáculo ser cancelado, pois começou a chover bastante. Mesmo com a chuva e como já passava da uma, fomos almoçar. O percurso até ao buffet de mariscos junto à praia (cúpula) ainda foi longo e não tinhamos chapéu, improvisámos com toalhas. Chegámos e depois de esperar uns 10 minutos, lá nos sentámos. A comida era muito boa, mas a certa altura começa a chover bastante e com ventos fortes que a água entrava até metade do restaurante. A certa altura a luz foi abaixo. Claro que as caraíbas tb são isto, mas estragou-nos o dia, já que só quase às 4 da tarde parou e com este tempo a roupa não seca. Ainda assim, ainda deu para ver as ruínas maias, as tartarugas, as raias, os tubarões, o aquário, e ainda dar um mergulho. Ficaram alguns pontos por ver, e cancelaram também o espectáculos dos cavalos, e restou-nos ver a hacienda e igreja antes do espectáculo às 19h.



Estivemos meia hora sentados á espera a marcar lugar, pois já havia muita gente. O espectáculo no campo da bola não foi o que esperava, não é mau, mas tb não achei a maravilha que dizem. Gostei bem mais das danças tradicionais do México no teatro, apesar de estarmos mortos e de ser difícil manter-me acordada. No final fiquei um pouco desiludida por não ter aproveitado o parque na totalidade e nem ter sido possível ter descido outro rio mais aberto e dadas as condições achei que merecíamos uma ‘indemnização’ pelos shows cancelados ;). Fiquei na duvida se valeria o valor do bilhete (quase pelo mesmo preço fiz 2 excursões com o Espinoza), mesmo com o dia completo, mas só se sabe depois de ir, é uma opinião mais pessoal. A boa notícia é que durante o resto da viagem não choveu mais!



No dia seguinte era dia de Chichen Itza. O Sr José pegou-nos no arco do Sian Ka’an, junto à estrada, pois ele e outros operadores estão impedidos de entrar lá, para que as pessoas façam excursões com a Soltour. Esta postura do hotel desagradou-me bastante, mas não impediu que tudo corresse bem, pois pedimos a um ‘maletero’ para nos deixar lá com um carrinho de golf, a quem demos 20 pesos de ‘obrigada’.

O José lá chegou às 7h10 e foi bastante simpático. Seguimos para Chichén itza, que fica a umas duas horas de caminho e fomos a conversar entre todos, passou-se bem. Começámos por ver a parte mais antiga e depois seguimos para ver o Templo de Kukulcan. Foi óptimo ver Chichen Itza com ele, com todas as explicações e apesar de estar imenso calor, não demorou muito tempo. Comprámos souvenirs (regateiem sempre!) –sombreros com íman 25pesos/cada e sombrero grande 200pesos. Depois seguimos para o Cenote Il Kil. Foi óptimo poder desfrutar um pouco deste cenote lindo, apesar de não termos estado nem meia hora, para podermos fazer o resto do dia como planeado, já que demorámos mais de meia hora nos souvenirs...



Almoçámos num hotel mais rústico junto ao observatório de Chichén Itza e a comida era boa. Tb aqui tivemos as dicas do José que aconselhou algumas coisas. Comemos tortilhas feitas na hora (vê-se amassarem a massa das tortilhas), sopa com lima entre outras coisas.
Seguimos depois para o museo de tequila, que foi muito giro. Explicaram-nos o processo de fabricação e no fim provámos 3 versões, sendo que a melhor é decididamente a mais escura, que fica durante mais tempo nas pipas. Passámos ainda em Valladolid, onde vimos a praça principal e pouco mais, já que é uma cidade muito pequena, mas é interessante ver ao vivo uma cidade colonial espanhola.

Chegados ao hotel ainda fomos à piscina até anoitecer e no hotel havia uma animação diferente da habitual, já que era dia da fiesta Mexicana na Hacienda, que não fomos, dados os feedbacks aqui do forum e a excursão que tínhamos no dia seguinte. A animação foi muito gira. Nos restantes dias têm uma rapariga a cantar diversos estilos e canta muito bem, com sotaque quase perfeito.

No dia seguinte fomos a Tulum, Coba, Cenote Tamcach-ha, Playa Paraíso e Playa de Akumal. Este dia foi talvez o melhor dia, pois vimos paisagens espectaculares em Tulum, subir a pirâmide em Coba é espectacular (cuidado com as vertigens), o cenote é muito bonito e praticamente fechado, tipo gruta. Em Coba há a possibilidade de alugar um triciclo com motorista por 100 pesos (casal) ou bicicletas por 35 pesos cada, que foi o que fizemos, já que não haviam triciclos disponíveis.



Almoçámos num restaurante mexicano, em que bebemos Corona (no hotel não servem!) e comemos comida típica. A playa paraíso é divinal, muito diferente para quem fica no Bahia Principe e é maravilhoso ver as tartarugas em ambiente natural em Akumal. Mais uma vez contámos com o José para nos guiar pelos sítios históricos e deixou-nos por nossa conta no cenote e praias, apenas com horas para sairmos. Ele fornece colete, óculos, tubo e barbatanas para Akumal, mas recomendo que se tiverem, levem o vosso equipamento, principalmente óculos e tubo. Ele recomenda que todos usem colete, pois às vezes existem correntes subterrâneas que são perigosas.



Depois de um dia em cheio jantámos no Maiko, em que a comida estava boa, mas nada do outro mundo. Adorei a sobremesa, tempura de gelado, que é muito similar ao gelado frito do chinês a que estamos habituados.

No sábado ficámos pelo hotel, na piscina do Coba, onde houve animação, e descansámos. Os três dias de passeios foram cansativos, mas nem tanto quando se pensa aproveitar ao máximo e assim ficámos com os ultimos dias mais soft. Acabámos por não ir jantar ao Don Pablo (indisposição...) e fomos ver o show Michael Jackson no Coba, onde é muito melhor, pois o teatro é maior que no Akumal e o próprio palco muito mais grandioso. Gostei muito!



Domingo fomos finalmente à praia do Sian Ka’an. Foi bom, apesar da areia não ser fininha, de haver algumas pedras e do mar estar um pouquinho agitado. O serviço é realmente bom e as espreguiçadeiras confortáveis. Vêem-se alguns peixes. Da parte da tarde fomos a Playa del Carmen, de colectivo, e correu tudo bem. Andam realmente depressa, e custa 35 pesos cada percurso deste o Bahia Principe. Demorámos cerca de meia hora a chegar. Playa del Carmen não tem grandes atractivos para além da 5ª Av (tipo ‘praia da rocha’ lá do sítio), onde há imensas lojas e restaurantes e estão sempre a tentar vender coisas. O melhor sítio que encontrámos para comprar souvenirs e mesmo tequila, foi num bazar frente à igreja N. Sra del Carmen. Existem também um pequeno shopping aberto nesta ponta da Av muito recente, com lojas mais europeias (A Zara estava a preparar-se para inaugurar). Foi interessante conhecer.



No regresso ao hotel, jantámos no Arlequin e foi sem duvida o melhor jantar da semana. Tudo optimo, Camarões, robalo, fondant chocolate, leite creme de maracujá, soberbo!

Infelizmente chegámos ao ultimo dia...
Tínhamos de fazer o check-out antes do meio dia, e como foi-nos dito pela Soltour que o hotel cobraria por late check-out, nem perguntámos sobre essa hipótese.

Decidimos ficar pelo hotel e visitar o TAO, mas a aula de Zumba que iríamos fazer não tinha professor. Fomos então para a piscina e mais tarde deixar o quarto. Só tínhamos transporte para o aeroporto às 15h45, pelo que pedimos o favor (mas não foi à primeira) de deixar as bagagens de mão no lobby (20 pesos de agradecimento) e fomos até ao Akumal. Voltámos para almoçar no hotel e partimos.



Chegamos ao aeroporto a tempo e ainda tivemos a noticia do atraso do voo de 1 hora, mas a viagem para cá foi menos penosa e deu para dormir mais.



Quero acabar este longo report com certas coisas (pequenas, é certo), mas que me incomodaram no Sian Ka’an. A primeira já mencionei, e acho que não tem sentido ter de ir a pé ou de outro modo até fora do hotel para ir ter com o Sr Espinoza. Tínhamos combinado às 7h e a essa hora ainda não haviam as carreiras normais e ainda é um bocadinho a pé, mas a questão é que não acho correcto estarem a limitar o meu acesso a um serviço da minha escolha, assim como escolhi este hotel, sou livre de escolher com quem quero fazer as excursões.

A segunda tb está relacionada com isto, já que o buffet tb só abre às sete, pelo que perguntei no Lobby de véspera como fazíamos com o pequeno almoço. Resposta, perguntem no bar 24h. No meu ponto de vista, a resposta deveria ter sido, já que o buffet abre às sete e temos a cozinha a funcionar, poderemos enviar um pequeno almoço ao quarto. Mas não. Aliás, o serviço 24h no quarto, resume-se a uma pequena lista de coisas que podemos pedir para comer no quarto, reguladas por horas, que não incluem bebidas, já que temos refrigerantes no minibar. Algo fora disto seria cobrado. Conclusão, pedimos umas sandes (em pão de forma) e não bebemos mais nada, pk não queria nada do que tínhamos no quarto (café, chá ou refrigerantes). Acho que um resort/Hotel 5* exclusivo tinha de ter um serviço melhor. Como estava em modo férias, nem sequer reclamei, mas não sei se deixaria passar outra vez.

Depois, estava a espera que os empregados do Lobby fossem mais atenciosos, pois tanto a relações publicas que nos marcou os restaurantes, como os meninos da recepção, não foram muito simpáticos. Como disse o Espinoza, os Mexicanos não são naturalmente simpáticos como os Portugueses, mas principalmente nesta região fazem por isso, já que vivem do turismo. Não senti o esforço para agradar ao cliente, sinceramente. O mesmo não posso dizer do pessoal dos serviços e buffet. Esses sim nota-se que estão lá para o que precises e são mais simpáticos.

Quanto à comida, é boa, mas esperava melhor. O pequeno almoço é muito bom, doces e salgados. Os buffets de almoço ou jantar são bons ou medianos, dependendo muito do que se escolhe, pois muitas coisas não têm sal (e esta foi uma reclamação de mais portugueses nos restantes hotéis, acho que é geral). Comi bem no Sian Ka’an e a sala é bastante mais sossegada, com um serviço muito melhor (menos mesas por empregado) Nos outros buffets, que são maiores e há mais escolha, mas tb é preciso ter atenção ao que se escolhe, é muito maior a confusão, não tem ar condicionado e num jantar no Tulum estivemos mais de 10 minutos à espera que nos perguntassem o que queríamos beber ou a trazer água. Nota: o sushi não vale grande coisa e só para terem ideia até com carne dentro fazem rolos! As bebidas tb não são muito boas, pois o álcool que usam é ‘reles’, mas os cocktails que provámos sem álcool eram muito bons.

Os transportes funcionam muito bem, e só por 2 vezes esperei mais de 5 minutos e quase não há mosquitos, já que eles estão sempre a pulverizar, mas é preciso ter cuidado mais à noite. Ainda levei 3 picadelas ‘feias’.

No geral, posso dizer que foram umas óptimas férias e fiquei com vontade de repetir o México e ver Xel-ha e Sian-Kaan, talvez no Bahia Principe Sian Ka’an novamente, pois apesar destes ‘pormenores’ acho que é o que melhor se enquadra nos meus gostos, a nível dos quartos, da paisagem envolvente e privacidade. Mas só o futuro dirá...o tempo tem o dom de apagar as coisas menos boas...

Para quem vai desejo boa viagem!
 

Tiquiss

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Bom dia Sara Melo,


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