A exemplo do Orçamento Geral do Estado, há anos que em termos de planeamento, nada corre bem.
Da programada e até reservada ida à Gâmbia, na Páscoa, acabei por bater com os costados no México.
Do estudo e programação para uma estadia em Zanzibar, fui empurrado para as Maldivas.
A culpa foi do Sócrates- com o aumento para 100€ da vacina da febre amarela- e do Tripadvisor que deram argumentos às minhas patroas para me obrigarem a mudar a rota.
Foi a minha 3ª ida às Maldivas.
No ano passado tinha ido para o Sun Island, irmão gémeo, para pior, do Paradise Island(report aqui no fórum), e não fiquei nada deslumbrado.
Este ano tinha que escolher, no pouco tempo que me restou após a desistência de Zanzibar, algo que pudesse satisfazer minimamente a disparidade de exigências familiares.
Precisava de um hotel de tamanho médio, por causa da variedade da alimentação, com uma praia razoável e fundamentalmente com um bom recife.
Tudo o resto- quartos, piscinas, spa's, jacuzzis, entretenimento nocturno, passeios turísticos, etc- não era importante, nem factores que condicionassem a escolha do hotel.
Dentro do orçamento disponível, satisfazendo a maior parte das exigências, e após múltiplos pedidos de orçamentos, apareceram o Chaaya Ellaidhoo, o Eryiadu, o Biyadhoo e o Vilamendhoo como opções viáveis.
Após uma filtragem e pesquisa mais apurada, a escolha acabou por recair no Vilamendhoo, por me parecer a oferta mais equilibrada (se for preciso, explico porquê).
Vamos ao que interessa.
Resumo da viagem:
Ida- Lisboa->Londres(Heathrow),Londres(Gatwick)-> Malé,Malé-> Vilamendhoo
Saída de Lisboa às 8H15 de 19/7 e chegada a Malé às 9H20 de dia 20/7
Volta- Vilamendhoo-> Malé, Malé->Londres(Gatwick), Londres(Heathrow)->Lisboa
Saida de Malé às 11h45 de dia 3/8 e chegada a Lisboa no dia 4/8 às 17,30 (noite passada num hotel em Gatwick).
Companhia aérea, transferes e operador para as Maldivas:
Voo Lisboa-Londres-Lisboa-> British Airways, marcado directamente no site da companhia.
Tansfer entre Heathrow e Gatwick- National Express, bilhetes comprados online
Hotel em Gatwick- The Ambers Guest House, comprado no Booking
Voo Londres-Malé, hotel e transfer para o hotel- marcado online na Kuoni
Hotel/ilha:
O hotel dispõe de momento de 3 tipos de alojamento- Beach bungalows, Jacuzzi beach bungalows e Jacuzzi Water villas, estando em construção alguns garden bungalows.
Os Jacuzzi bech bungalows e as water villas apenas aceitam hóspedes acima de 18 anos.
Com o condicionalismo de levar a minha filha menor, não me restou outra alternativa senão ir para uma beach villa.
Não havendo essa restrição, teria optado por uma jacuzzi beach villa, por ser maior e ficar na melhor zona de praia da ilha.
Teria evitado algumas complicações, como explicarei adiante.
O aquecimento global e a subida do nível do mar fizeram estragos significativos nas ilhas/hotéis.
Alguns fazem bombagem de areia para recarregar as praias.
Não é o caso deste.
Geralmente, metade de qualquer ilha é aceitável/boa e outra metade está bastante degradada, o que se verifica também nesta ilha.
Não é nada agradável fazer uns milhares de quilómetros para ficar uma quinzena em frente do muro de Berlim ou numa trincheira de La Lys.
Assim, antes de ir, convém estudar exaustivamente as condições da ilha, ver fotos e ler relatos e opiniões de outros viajantes para não sofrer dissabores.
Foi o que fiz, e não me arrependi.
Logo à chegada a Malé fui recebido pela representante da Kuoni que me deu os bilhetes do hidroavião, alguns folhetos e contactos e me encaminhou para a recepção do hotel no aeroporto.
Aproveitei logo para a avisar que a contactaria para me tirar da ilha caso algo corresse mal ou não fosse do meu agrado, situação que ela compreendeu perfeitamente e com a qual concordou.
Novo check-in, desta vez para o hidroavião, seguido de transporte para o lounge do Vilamendhoo no hidroporto (ou lá como aquilo se chama).
No lounge, para além das toalhas frias e dos refrescos, dão-nos logo um impresso para preencher com os dados para o check-in no hotel.
A letra é bem pequenina e quando tal se verifica, não deixo passar uma única palavrinha sem leitura atenta, demore o tempo que demorar.
Em boa altura o fiz.
No canto inferior esquerdo, em letrinhas bem sumidas estava o número 138 que era o alojamento que me estava pré-destinado.
Já os rapazinhos do lounge estavam desesperados pelo tempo que eu estava a gastar a ler e a preencher a papelada, e mais desesperados ficaram quando eu terminantemente me recusei a aceitar aquele alojamento, não entrando sequer no avião, caso não fosse mudado.
Poderá isto parecer uma birra ou capricho estúpido, mas com as fotos ilustrativas, acho que a minha atitude ficará amplamente justificada.
Disseram que não me podiam mudar ali o alojamento ali e isso só poderia ser feito na recepção do hotel na ilha.
Perguntei-lhes que garantia teria que iria ser mudado para outro alojamento uma vez chegado ao hotel, avisando-os logo que contactaria a representante do operador para ser recolhido da ilha, caso tal não se verificasse.
Lá contactaram a recepção do hotel na ilha expondo o problema, donde lhes responderam que o meu caso iria ser tratado devidamente e a contento.
Não aceitaria sequer uma resposta do tipo "o seu caso vai ser analisado".
Meio satisfeito, lá entrei no hidroavião.
Com isto, ainda provoquei um pequeno atraso no voo e algumas caretas de desagrado dos outros passageiros que aguardavam o desfecho deste imbróglio.
Chegado à ilha e à recepção do hotel, tinha à minha espera uma menina inglesa para resolver o meu problema.
Ainda tentou que eu fosse ver o tal bungalow 138, salientando a vantagem de ser isolado e não geminado como a maioria dos outros, o que eu recusei desde logo por ser muito longe, estar muito calor,cansado da viagem e já saber como era, mesmo sem ver.
Depois ainda argumentou que não havia de momento nenhum alojamento disponível, demorando bastante tempo até ser limpo e preparado um alternativo.
Pu-la logo à vontade nesse capítulo.
Esperava o tempo que fosse preciso e até dormia nos sofás da recepção se não houvesse nenhum alojamento razoável disponível.
Como a minha "disponibilidade" em aguardar por um alojamento decente era tanta, aproveitei logo para lhe dizer que não aceitava nada que ficasse naquela zona da ilha (Bungalows entre o n.º131 e o n.º 160).
Lá foi falar com os rapazitos da recepção e após breve conferência, lá me mudaram para o bungalow 240, do lado oposto da ilha, bem perto da recepção e do restaurante, avisando-me logo que a limpeza do mesmo estava a ser feita e ia demorar cerca de duas horas.
Conhecendo já de cor a disposição dos bungalows, vi que este ficava na zona com alguma praia decente, tendo só a desvantagem de estar ao pé do cais de serviço e da entrada para a água dos mergulhadores.
Disse à moça que achava a solução satisfatória e que as duas horas de limpeza transformariam a casinha num brinquinho, sentando-me pacificamente à espera.
Uma hora e quinze depois, lá apareceram os rapazes para me transportarem as malas e me encaminharem para o bungalow.
Como a conversa já vai longa, para amenizar um bocado e justificar a "birra", cá estão algumas fotos:
O princípio da zona onde me recusei a aceitar ser alojado
A costa na zona entre os bungalows 131 e 160
A praia em frente do bungalow 138 que me estava pré-destinado(e até nemse vê a parte pior)
O belíssimo "areal" em frente do Bungalow 138
Esperando que as imagens supra tenham ajudado a compreender a minha determinação, passo a mostrar a localização e interior do alojamento alternativo fornecido(igual para todos os beach bungalows)
A localização não é a ideal, há melhores, mas é suficientemente satisfatória para desfrutar umas férias descansado.
O quarto é um bocado pequeno para 3 pessoas- o triplo ideal seria um JBB, mas há as tais limitações da idade mínima para ocupação- e está muito bem equipado.
A casa de banho é o habitual por aqueles lados- semi-aberta- bastante bem fornecida de produtos de higiene pessoal e totalmente operacional.
Da programada e até reservada ida à Gâmbia, na Páscoa, acabei por bater com os costados no México.
Do estudo e programação para uma estadia em Zanzibar, fui empurrado para as Maldivas.
A culpa foi do Sócrates- com o aumento para 100€ da vacina da febre amarela- e do Tripadvisor que deram argumentos às minhas patroas para me obrigarem a mudar a rota.
Foi a minha 3ª ida às Maldivas.
No ano passado tinha ido para o Sun Island, irmão gémeo, para pior, do Paradise Island(report aqui no fórum), e não fiquei nada deslumbrado.
Este ano tinha que escolher, no pouco tempo que me restou após a desistência de Zanzibar, algo que pudesse satisfazer minimamente a disparidade de exigências familiares.
Precisava de um hotel de tamanho médio, por causa da variedade da alimentação, com uma praia razoável e fundamentalmente com um bom recife.
Tudo o resto- quartos, piscinas, spa's, jacuzzis, entretenimento nocturno, passeios turísticos, etc- não era importante, nem factores que condicionassem a escolha do hotel.
Dentro do orçamento disponível, satisfazendo a maior parte das exigências, e após múltiplos pedidos de orçamentos, apareceram o Chaaya Ellaidhoo, o Eryiadu, o Biyadhoo e o Vilamendhoo como opções viáveis.
Após uma filtragem e pesquisa mais apurada, a escolha acabou por recair no Vilamendhoo, por me parecer a oferta mais equilibrada (se for preciso, explico porquê).
Vamos ao que interessa.
Resumo da viagem:
Ida- Lisboa->Londres(Heathrow),Londres(Gatwick)-> Malé,Malé-> Vilamendhoo
Saída de Lisboa às 8H15 de 19/7 e chegada a Malé às 9H20 de dia 20/7
Volta- Vilamendhoo-> Malé, Malé->Londres(Gatwick), Londres(Heathrow)->Lisboa
Saida de Malé às 11h45 de dia 3/8 e chegada a Lisboa no dia 4/8 às 17,30 (noite passada num hotel em Gatwick).
Companhia aérea, transferes e operador para as Maldivas:
Voo Lisboa-Londres-Lisboa-> British Airways, marcado directamente no site da companhia.
Tansfer entre Heathrow e Gatwick- National Express, bilhetes comprados online
Hotel em Gatwick- The Ambers Guest House, comprado no Booking
Voo Londres-Malé, hotel e transfer para o hotel- marcado online na Kuoni
Hotel/ilha:
O hotel dispõe de momento de 3 tipos de alojamento- Beach bungalows, Jacuzzi beach bungalows e Jacuzzi Water villas, estando em construção alguns garden bungalows.
Os Jacuzzi bech bungalows e as water villas apenas aceitam hóspedes acima de 18 anos.
Com o condicionalismo de levar a minha filha menor, não me restou outra alternativa senão ir para uma beach villa.
Não havendo essa restrição, teria optado por uma jacuzzi beach villa, por ser maior e ficar na melhor zona de praia da ilha.
Teria evitado algumas complicações, como explicarei adiante.
O aquecimento global e a subida do nível do mar fizeram estragos significativos nas ilhas/hotéis.
Alguns fazem bombagem de areia para recarregar as praias.
Não é o caso deste.
Geralmente, metade de qualquer ilha é aceitável/boa e outra metade está bastante degradada, o que se verifica também nesta ilha.
Não é nada agradável fazer uns milhares de quilómetros para ficar uma quinzena em frente do muro de Berlim ou numa trincheira de La Lys.
Assim, antes de ir, convém estudar exaustivamente as condições da ilha, ver fotos e ler relatos e opiniões de outros viajantes para não sofrer dissabores.
Foi o que fiz, e não me arrependi.
Logo à chegada a Malé fui recebido pela representante da Kuoni que me deu os bilhetes do hidroavião, alguns folhetos e contactos e me encaminhou para a recepção do hotel no aeroporto.
Aproveitei logo para a avisar que a contactaria para me tirar da ilha caso algo corresse mal ou não fosse do meu agrado, situação que ela compreendeu perfeitamente e com a qual concordou.
Novo check-in, desta vez para o hidroavião, seguido de transporte para o lounge do Vilamendhoo no hidroporto (ou lá como aquilo se chama).
No lounge, para além das toalhas frias e dos refrescos, dão-nos logo um impresso para preencher com os dados para o check-in no hotel.
A letra é bem pequenina e quando tal se verifica, não deixo passar uma única palavrinha sem leitura atenta, demore o tempo que demorar.
Em boa altura o fiz.
No canto inferior esquerdo, em letrinhas bem sumidas estava o número 138 que era o alojamento que me estava pré-destinado.
Já os rapazinhos do lounge estavam desesperados pelo tempo que eu estava a gastar a ler e a preencher a papelada, e mais desesperados ficaram quando eu terminantemente me recusei a aceitar aquele alojamento, não entrando sequer no avião, caso não fosse mudado.
Poderá isto parecer uma birra ou capricho estúpido, mas com as fotos ilustrativas, acho que a minha atitude ficará amplamente justificada.
Disseram que não me podiam mudar ali o alojamento ali e isso só poderia ser feito na recepção do hotel na ilha.
Perguntei-lhes que garantia teria que iria ser mudado para outro alojamento uma vez chegado ao hotel, avisando-os logo que contactaria a representante do operador para ser recolhido da ilha, caso tal não se verificasse.
Lá contactaram a recepção do hotel na ilha expondo o problema, donde lhes responderam que o meu caso iria ser tratado devidamente e a contento.
Não aceitaria sequer uma resposta do tipo "o seu caso vai ser analisado".
Meio satisfeito, lá entrei no hidroavião.
Com isto, ainda provoquei um pequeno atraso no voo e algumas caretas de desagrado dos outros passageiros que aguardavam o desfecho deste imbróglio.
Chegado à ilha e à recepção do hotel, tinha à minha espera uma menina inglesa para resolver o meu problema.
Ainda tentou que eu fosse ver o tal bungalow 138, salientando a vantagem de ser isolado e não geminado como a maioria dos outros, o que eu recusei desde logo por ser muito longe, estar muito calor,cansado da viagem e já saber como era, mesmo sem ver.
Depois ainda argumentou que não havia de momento nenhum alojamento disponível, demorando bastante tempo até ser limpo e preparado um alternativo.
Pu-la logo à vontade nesse capítulo.
Esperava o tempo que fosse preciso e até dormia nos sofás da recepção se não houvesse nenhum alojamento razoável disponível.
Como a minha "disponibilidade" em aguardar por um alojamento decente era tanta, aproveitei logo para lhe dizer que não aceitava nada que ficasse naquela zona da ilha (Bungalows entre o n.º131 e o n.º 160).
Lá foi falar com os rapazitos da recepção e após breve conferência, lá me mudaram para o bungalow 240, do lado oposto da ilha, bem perto da recepção e do restaurante, avisando-me logo que a limpeza do mesmo estava a ser feita e ia demorar cerca de duas horas.
Conhecendo já de cor a disposição dos bungalows, vi que este ficava na zona com alguma praia decente, tendo só a desvantagem de estar ao pé do cais de serviço e da entrada para a água dos mergulhadores.
Disse à moça que achava a solução satisfatória e que as duas horas de limpeza transformariam a casinha num brinquinho, sentando-me pacificamente à espera.
Uma hora e quinze depois, lá apareceram os rapazes para me transportarem as malas e me encaminharem para o bungalow.
Como a conversa já vai longa, para amenizar um bocado e justificar a "birra", cá estão algumas fotos:
O princípio da zona onde me recusei a aceitar ser alojado
A costa na zona entre os bungalows 131 e 160
A praia em frente do bungalow 138 que me estava pré-destinado(e até nemse vê a parte pior)
O belíssimo "areal" em frente do Bungalow 138
Esperando que as imagens supra tenham ajudado a compreender a minha determinação, passo a mostrar a localização e interior do alojamento alternativo fornecido(igual para todos os beach bungalows)
A localização não é a ideal, há melhores, mas é suficientemente satisfatória para desfrutar umas férias descansado.
O quarto é um bocado pequeno para 3 pessoas- o triplo ideal seria um JBB, mas há as tais limitações da idade mínima para ocupação- e está muito bem equipado.
A casa de banho é o habitual por aqueles lados- semi-aberta- bastante bem fornecida de produtos de higiene pessoal e totalmente operacional.