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[Report] Viagem ao Peru

Helena_Garcia

Membro Novo
Viagem realizada entre 18 de Abril e 7 de Maio. Fi-la sozinha e posso adiantar que o Peru é um país seguro para uma mulher poder viajar sozinha.

Dia 1: (18/04/2017) – Lisboa-Lima

Partida de Lisboa às 06:55 (escala em Madrid) num voo da Iberia, foi aquele que encontrei mais barato e só com uma escala, o que levou menos horas até chegar ao destino.

Cheguei por volta das 19:00 (hora peruana), troquei dinheiro no aeroporto para poder pagar o Táxi, evitem sempre trocar aqui, é onde dão menos dinheiro (sempre que possível troquem em casas de câmbio, à falta delas troquem no banco “BCP” que é o que dá a melhor taxa).

Como não conhecia nada, fui ter ao stand Táxi Green (dentro do aeroposrto), porque li em blogues que era o mais barato… mas é engano, paguei 40.00 soles por 2 km, porque é o mínimo que cobram e eu nessa noite tinha decidido ficar ao pé do aeroporto porque no dia a seguir tinha outro voo muito cedo.

Mas existem outras opções: tendo como referência a ída para o bairro Miraflores, a táxi Green cobra 60.00 soles, a Uber (carro em que se vai sozinha) cobra 50.00 soles, se for carro partilhado é 37.50 soles e se saírem do aeroporto (anda-se 3 min. para o lado esquerdo desde que se sai da porta do aeroporto), o táxi aí cobra 45 soles. Atenção a Uber só há em Lima e pode-se pagar também em dinheiro, tem de escolher essa opção, quando se está a fazer o pedido do serviço.

Fiquei nessa noite no bairro Callao, que é horrível, mas que é o mais perto do aeroporto e era só mesmo para dormir.

Miraflores fica a mais ou menos 40 a 45 min de distância… porque há sempre muito trânsito em redor do aeroporto.


Dia 2: (19/04/2017) – Lima-Iquitos

Partida para Iquitos às 7:45 (voo Star Peru), com paragem em Pucallpa. Avião pequeno mas extremamente confortável, sobretudo para quem tem pernas compridas.

À saída do aeroporto de Iquitos existe um placard com a informação dos preços que os táxis e moto-táxis cobram, por isso não há forma de enganos e nem regateios. 10 soles para a cidade de Iquitos em moto-taxi e 20 soles em táxi.

Em Iquitos o meio de transporte é mesmo a moto-táxi, eu quando saí do aeroporto nem vi nenhum táxi, por isso iniciei logo a aventura numa. Há que ir a segurar as malas, porque elas são completamente abertas.


Atenção quando reservarem hotel/hostel verifiquem se tem água quente no duche, para os peruanos da selva isso não é um pré-requisito, assim como ar condicionado no quarto.

Fui comprar um cartão de internet móvel para pôr no tablet (40 soles) o dinheiro mais mal gasto da viagem, porque a internet móvel é péssima, seja de que rede fôr. O que ainda vai funcionando é o wi-fi, mas nada de velocidades loucas, em qualquer xararica existe wi-fi, por isso aproveitem e não gastem dinheiro em internet móvel que praticamente funciona só para as redes sociais e não são todas.

À saída da loja tive uma hora parada para atravessar a rua, porque começou um dilúvio que em pouco tempo tinha um caudal de 20 cm, na selva é assim, agora está sol e logo cai o dilúvio.

Assim que a chuva parou, aproveitei para dar uma volta pela cidade. No Perú, 90% das casas não estão acabadas, porque no dia em que a acabarem começam a pagar impostos, mas nunca vi tanta loja de material de construção como em Iquitos. Supermercados é que só há um “Los Portales”, o resto são restaurantes e bodegas (lojas pequeninas de conveniência).

A cidade é pequena, dá perfeitamente para se conhecer a pé, desde o centro chega-se ao passeio “malécon” junto ao rio, onde existem casas coloniais e é mais bonito que o centro.


A casa de ferro está numa esquina da Plaza de Armas. Foi desenhada por Gustave Eiffel e trazida da Europa por partes.


Do Malecón (pontão) Tarapacá, construído no início do século XX, tem-se vista para o rio e para o Bairro de Belén, é também onde se pode encontrar guias para levar em passeio pelo bairro de Belén (nunca vão sem guia é um Bairro perigoso para quem está sozinho).

Neste pontão dá para ver todas as casas coloniais de época e é um sítio calmo com pouco trânsito.


Dia 3: (20/04/2017) – Iquitos (SELVA)

Partida para a Amazónia peruana num tour de 2 dias e uma noite na selva (www.amazoncamp.net), paguei 300.00 soles mas foi porque ía sozinha, por casal fica em 240.00 soles.

Navegamos pelo rio Nanay (água muito escura) até este se cruzar com o Amazonas (água castanha barrenta). É muito interessante ver o encontro destes dois rios com cores muito diferentes.

Paramos numa reserva natural para dar de comer a piranhas, jacarés e a uns peixes enormes do Amazonas “paiches”.

Em seguida fomos para um centro de recuperação de vida animal da selva, logo à entrada temos vários macacos à solta e muito curiosos, pode-se comprar comida e dar-lhes.

Depois segue-se por um estrado de madeira e vemos desde jaguares, a outros felinos mais pequenos, papagaios, araras e animais com quem se pode tirar fotos (tucanos, preguiças, tartaruga pré-histórica e anaconda). No final pedem um donativo para ajuda do centro.


A seguir ao almoço fomos ver uma tribo os “Bora” que dançam e querem que participem com eles nas danças, no final vendem o seu artesanato.


Tarde para poder disfrutar da piscina antes do jantar. Após o jantar faz-se uma caminhada nocturna de 1:00 pela selva de forma a ver os insectos que aparecem de noite e a meio desliga-se todas as lanternas e fica-se uns 5 minutos a ouvir o som da selva.


Dia 4: (21/04/2017) - Iquitos

Acorda-se muito cedo para poder ir ver as diferentes aves e o amanhecer na selva.

Depois do pequeno-almoço faz-se outra caminhada pela selva para se ver uma sequoia e uma tribo (comunidade de independência).


Após o almoço, pode-se ainda tomar banho no rio e à tarde regresso a Iquitos.


Dia 5: (22/04/2017) – Iquitos-Lima

Aproveitei o último dia em Iquitos para ir conhecer o famoso mercado de Belén, com a rua “Pasaje Paquito”das mezinhas milagrosas e das comidas estranhas expostas, desde jacaré, tartarugas, larvas e peixes do rio. Pensei que fosse maior pelas descrições que li.


Um prato típico é o juanes (arroz com frango cozido na folha de alguma árvore), que é vendido nas ruas, entre 5 a 8 soles depende do tamanho.

E ir tomar um banho à “Laguna de Zungarococha, fica fora da cidade (20 soles em moto-taxi), é um sítio bonito, mas como era Sábado, estava cheio de famílias a fazerem os churrascos, senti-me uma alien, só não me senti pior porque estava acompanhada por um peruano.


Na viagem de regresso, viemos com um pai e filho na sua moto-taxi, que eram habitantes daquela zona e nos disseram que se tivéssemos continuado pela estrada teríamos encontrado sítios bem mais bonitos, por isso o que eu recomendo é que se forem para aquela zona, o mais certo é deixarem-vos na laguna de Zungarococha, mas perguntem por outros locais e logo vão ter alguém para vos levar lá… o povo da selva é sem dúvida o mais genuinamente amável que encontrei em todo o Perú, talvez por não ser uma zona tão turística, ali ajudam sinceramente.

Depois foi seguir para o aeroporto, neste aeroporto a nossa mala de porão é revistada, por causa do tráfico de droga da selva. O voo ida e volta na Star Perú custou 142.83 euros.


Dia 6: (23/04/2017) - Lima-Ica

Mais uma noite dormida às pressas em Lima e logo pela manhã (7:00), partida para Ica na camioneta “Cruz del Sur”, as camionetas topo de gama no Perú, não arrisquei e viajei sempre nesta companhia (45.00 soles).

Todas as viagens (avião, comboio e autocarro) foram todas compradas online e antecipadamente.

Chega-se a Ica 4:30 depois… e não sei se era por ser Domingo, mas só se vê lixo dentro de sacos a acumular nas ruas.

Comprei o tour para as islas Ballestas e Paracas para o dia a seguir (60.00 soles) e o city tour com ída a Huacachina e passeio de búgui (40 soles + 3.8 soles que se pagam em Huacachina para se poder andar nas dunas).




O city tour, devido à hora tardia começou pelo passeio nas dunas, e infelizmente já chegamos sem ver o pôr-do-sol. O passeio de búgui é radical demais, acho que “parti” as costas com os solavancos, só falam nas subidas e descidas das dunas mas isso é tudo pacífico, o pior é mesmo os saltos que o motorista faz com o carro. No cimo da duna é possível fazer sandbord, não é nada de radical, a descida é feita devagar.

Após o massacre físico, seguimos para uma localidade para ver a palmeira das sete cabeças que cresce na horizontal, segundo dizem só há 2 no mundo, a outra fica no médio oriente e só tem 4 cabeças, assim que a carrinha pára, vem logo um miúdo que é o que conta a lenda e depois tem de se lhe pagar o serviço, o que quiserem dar.

Depois fomos até uma quinta de produção de pisco, onde foi explicado o processo de fabrico e tivemos uma prova, pisco puro é muito bom.

Ainda estava incluído no tour a ída à fábrica de chocolates “Helena”, mas por ser Domingo estava fechada.

Dia 7: (24/04/2017) – Ica (Paracas)

Partida para Paracas às 6:30, a carrinha da agência vai recolher ao hotel de cada pessoa.

O tour custou 60 soles, mas no porto de Paracas, tem de se comprar um bilhete que custa 20 soles, para se poder usufruir da reserva, tanto da parte marítima, como da parte terrestre.

Em relação ao passeio de barco às Islas Ballestas, reforço a ideia que tem de se levar um casaco para o vento e impermeável, chapéu e protector solar, ir do lado esquerdo do barco e o mais à frente possível, pq atrás o cheiro da gasolina é insuportável.


Depois o tour passou para a reserva de Paracas, e paramos 2:00 para podermos ir à praia e tomar um banho no pacífico. O guia não nos queria levar, porque insistia que a água era muito fria, mas após insistência de todos lá fomos, para quem mora na zona de Lisboa e conhece as praias, a água é tão fria quanto um dia de verão normal em Carcavelos.



Dia 8: (25/04/2017) – Ica-Nazca

Aproveitei a manhã para passear por Ica, o que só serviu para reforçar a ideia que é uma cidade com muito lixo pela rua, com muita poluição do ar devido aos escapes dos carros, chega a ser insuportável andar nas ruas mais movimentadas. No Perú, além da maioria dos carros serem velhos, utilizam gasolina 84 e 90, diferentes das nossas.


Partida para Nazca na camioneta da Cruz Del Sur ( 35.00 soles), como a camioneta já saiu 0:30 atrasada já não consegui fazer o voo das linhas nesse dia. A viagem dura mais ou menos 3:00, quase sempre com uma paisagem árida sem vegetação.

Nazca, localidade muito pequena, mas limpinha e arranjadinha, já se começa a ver o poder do turismo aqui.



Dia 9: (26/04/2017) – Nazca-Arequipa

Voo das linhas de Nazca, 75.00 dólares, porque é o avião mais pequeno, se escolherem o avião de 12 lugares o valor pode baixar até os 65.00 dólares. Podem reservar com o hotel, porque eles conseguem sempre valores mais simpáticos.

Os voos estão sempre condicionados às condições atmosféricas, no meu caso tive quase 2:00 à espera que o tempo deixasse de estar tão enublado.

No aeroporto tem de pagar uma taxa de 30 soles (nunca está incluído no valor do voo), não se podem levar mochilas grandes e o que se levar é revistado como num aeroporto.

O ideal é ir com o estômago vazio ou quase, eu aguentei sem vomitar, mas fiquei mal disposta sempre que eles inclinavam o avião para se poder ver as figuras. Estava de estômago quase vazio e tinha tomado comprimidos para o enjoo.


As figuras (9) são bem visíveis do ar e o voo dura 0:30 e no fim os pilotos pedem gorjeta.


No Perú o ordenado mínimo é baixo, por isso sempre que possam eles vão tentar ganhar mais algum dinheiro.

Da parte da tarde fui visitar o cemitério de Chauchilla e os aquedutos de Cantalloc num tour com um rapaz (Raúl) que é excelente na explicação, ele vive mesmo a cultura Nazca, recomendo vivamente, ele também organiza os voos às linhas e o tour às pirâmides. O melhor guia que encontrei em toda a viagem. NazcaTrips , paguei 55.00 soles pelo cemitério e pelo aqueduto (à entrada do cemitério tem de se pagar 8.00 soles).




Partida para Arequipa na camioneta durante a noite (22:45 às 08:00), optei por comprar um lugar onde se vai quase deitada, mas só serve para quem é baixo, para os peruanos J (115.00 soles).

Dia 10: (27/04/2017) - Arequipa

O terminal das camionetas em Arequipa alberga todas as companhias, mas estão bem identificadas.

Enquanto esperava pela mala, fui reservar o tour ao vale do Colca, numa agência que se encontra ao pé da Cruz del Sur, quando se está de costas para a Cruz del Sur é a que fica do lado direito (Inca Trável Perú – www.incatravelperu.com), recomendo vivamente que não recorram a eles para nada, tive um problema e nunca foram profissionais em resolver, acabaram por nunca resolver a situação, nunca respondendo a nenhum email e deixando de atender chamadas… e depois o proprietário achava estranho ter pouco turismo de Portugal… pudera a prestar serviços destes ainda vai ter menos a ir à sua agência.

Aproveitei o dia em Arequipa, a segunda maior cidade do Peru, e uma das mais bonitas também, um misto de Braga com cidades espanholas, gostei muito, para visitar o Monastério de Santa Catalina, uma cidade dentro da cidade, vale muito a pena (40.00 soles sem guia), museu Santuários Andinos (20.00 soles sem guia), onde está a múmia Juanita, mas que naquela altura era a múmia Sarita (trocam de 6 em 6 meses). Museu muito pequeno e muito escuro, mesmo para um museu etnológico era escuro demais, mal se vê distintamente a múmia.


Comprei os famosos comprimidos “soroche pills”, pode-se comprar à unidade (1.80 soles), comprei 10 porque deve-se tomar 3 por dia e eu ainda estava a começar as terras de altitude. Tomei o primeiro nessa noite e nunca tive problemas de falta de ar, nem de dores de cabeças nos restantes dias. É claro que o cansaço de andar, sobretudo a subir, não há comprimidos que resolvam… em Portugal estamos mal habituados com falta de altitudes J

Visitei o mercado S. Camilo, de todos que visitei no Peru, este é o mais normal, o mais parecido com os nossos.


Dia 11: (28/04/2017) – Arequipa-Chivay

Partida para o Vale do Colca (tour de 2 dias) – 252.00 soles com direito a deslocações, 1 noite em hotel de 2 estrelas, sem refeições.

Paragem para observar vicunhas, lamas e alpacas. Paragem no miradouro a 4910 mts de altitude para observar os vulcões.



À chegada de Chivay (sítio onde pernoitamos), os estrangeiros têm de pagar 70.00 soles para poder percorrer o vale.




À tarde pode-se ir até às termas de Chivay (15 ou 20.00 soles), eu não fui e aproveitei por dar uma volta por Chivay.

Recomendo que optem por um hotel de 3 estrelas e com aquecimento, porque faz muito frio durante a noite.

Dia 12: (29/04/2017) – Chivay-Puno

Pequeno-almoço antes das 6, porque a saída é muito cedo para ir para o miradouro da cruz do Condor.

Paragem em Yanque e Maca, para WC e compras.


E chegada ao miradouro da cruz do Condor. Tive a sorte de os conseguir ver, mas muito ao longe, talvez porque o tempo não estava muito quente para eles voarem… mas aproveitei, para sair das enchentes de pessoas e caminhando para o lado direito existem vários miradouros onde se consegue estar sozinha a contemplar o Cañon del Colca.


Depois do almoço em Chivay, apanhei outra camioneta e segui directa a Puno (esta camioneta é de outra agência mas o valor estava incluindo nos 252 soles que paguei anteriormente). Faria paragens em outros pontos de interesse, mas nevava tanto e o nevoeiro era tão denso que a viagem foi sem paragens.

Não tenho recomendado os hostels onde fiquei, porque não têm sido dignos de referência, mas em Puno recomendo o hostel “Homecenter”, qualidade preço muito bom e fica mesmo no centro da cidade, além de que têm sempre chá (vários sabores) à dispor, garrafas de oxigénio à disposição dos sofredores do mal de altitude e uma simpatia acima da média da recepcionista.

Na viagem até Puno reservei o tour para o dia seguinte às ilhas de Uros e ilha Taquile (com almoço incluído), 50 soles.

Dia 13: (30/04/2017) – Puno-Cusco

Ida até ao Porto para apanhar o barco que nos leva pelo lago Titicaca até às ilhas. Junto à doca, estava a fazer ondas e não é fácil entrar no barco, porque tem de se andar a passar de barco em barco até se chegar ao que nos vai levar, não dá para quem tem mobilidade reduzida.

A primeira paragem é numa ilha de Uros, a que parei era minúscula, explicam o seu dia a dia na ilha (eu acredito que eles não vivem ali e só vão até lá para fazer a explicação turística). O presidente leva-nos num passeio de barco, para ir provar a planta de que é feita a ilha, as casas e o barco e dá mais uma volta e cobra 10 soles por pessoa… nunca falam em espanhol, até quando chega a altura de cobrar o valor. No fim montam uma banca com o seu artesanato para vender. Cuidado a andar na ilha porque há zonas onde afundamos os pés e molhamos-lhos todos.


Seguida para a ilha Taquile, eu achei muito bonita, com paisagens deslumbrantes sobre o lago Titicaca. Uma ilha que ainda tem os costumes rurais espanhóis ancestrais, com uma cultura muito própria.


O almoço é simples servido nas casas dos habitantes da ilha, eu comi sopa de quinoa e truta grelhada, que estava delicioso.

No regresso ainda fomos presentados com um arco iris sobre o lago J

Viagem durante a noite até Cusco, na camioneta Cruz del Sur (75.00 soles), sai às 22:00 de Puno e chega às 04:30 a Cusco.


Dia 14: (01/05/2017) - Cusco

Nesta cidade há que ter especial atenção à escolha do alojamento, o mais perto da praça de armas é o ideal, para evitarem andar a subir muito porque aqui a altitude sente-se muito e com aquecimento, porque faz frio a sério durante a noite.



Durante a tarde fiz o city tour (20.00 soles) que inclui Qorikancha, que fica no convento de S. Domingo, na cidade de Cusco É conhecido como Templo do Sol e para entrar são 15 soles (pagos à parte do tour).

É lá em Qorikancha que está, também, a menor pedra encaixada em todo o Império Inca.




A seguir paramos em Sacsayhuaman. O maior de todos os templos incas da cidade de Cusco. As pedras são gigantes. Aqui para entrar já é preciso ter o bilhete turístico, que se pode comprar na entrada e custa 130.00 soles.


Tambomachay, conhecido como o templo dedicado às águas.

Templo Espiritual Q’enqo, onde eram feitas cerimónias de sacrifícios religiosos.


E fui tratar do bilhete do Peru Rail, para o dia seguinte seguir para Aguas Calientes. O bilhete já estava comprado anteriormente online, mas depois tive imensos problemas, porque ele exigem que se vá a uma loja e se mostre o cartão de crédito utilizado, eu tinha comprado com um virtual na MB net, por isso imaginam a chatice que foi, mas venci J, depois de ter pago 180.00 dólares pelo bilhete ida e volta era impossível perder esta guerra.


Dia 15: (02/05/2017) – Cusco-Aguas Calientes

O táxi desde Cusco até Poray (estação de comboio de Cusco), custa 25.00 soles, porque a estação é fora da cidade, ainda leva uma meia hora a chegar lá.

A viagem de comboio, demora mais ou menos 3:30 horas e com paisagens bonitas de muito verde, montanhas nevadas e não se esqueçam de ver o hotel que fica numa escarpa e só se chega lá escalando.

Aguas Calientes é um lugar bonito, muito limpo, sem carros (expecto as camionetas que vão para Machu Picchu) e só virado para o turismo, desde os restaurantes com menus internacionais, até à vida nocturna.

À tarde fui às termas, vale a pena pelo sítio onde está inserido no meio da floresta, ainda se tem que andar um bocado desde o centro, sempre a subir, junto à margem esquerda do rio. A entrada é 20.00 soles.

Aproveitei para comprar o bilhete da camioneta que faz o trajeto de Aguas Calientes até Machu Picchu, ida e volta que demora 0:30 em cada trajecto, custa 24.00 dólares… nesta parte do Peru temos mesmo de perder o amor ao dinheiro… tudo é caro L


Dia 16: (03/05/2017) – Aguas Calientes-Cusco

Acordei às 5:00 para tomar o pequeno-almoço, os hotéis já estão habituados a servir esta refeição muito cedo, após as 04:30 já servem.

E lá fui eu para a fila das camionetas, que apesar de ainda ser noite, já era gigantesca. Mas as camionetas estão sempre a sair. Cheguei a Machu Picchu às 6:50, com um nevoeiro que não se via nada.

O bilhete só para Machu Picchu custou 80.00 euros e foi comprado pela net, porque restringem a 2500 entradas diárias, a questão é que se chegarmos sem bilhete qualquer agência em todo o Peru vende e por isso, em vez de 2500 podem estar 5000 pessoas no recinto.

À entrada há vários guias, se não tiver antecipadamente, pode-se arranjar ali por 150.00 soles se for um tour privado ou por 30.00 soles se for em grupo.

Pode-se entrar até 3 vezes no recinto com o bilhete. O tour demora mais ou menos 2:00 horas dependendo da capacidade física do grupo, são muitas subidas com os degraus sempre irregulares. Depois pode-se andar à vontade e voltar aos sítios para se tirar fotos. Tive foi muito azar porque além do nevoeiro cerrado ainda choveu. Assim que o nevoeiro se dissipou um bocado foi quando consegui tirar as fotos do espaço.




Aproveitei para subir mais um bocado e fui à ponte Inca, um sítio bonito e onde pouca gente vai. À entrada tem de se assinar o livro de registo, assim como à saída. Não recomendo irem com crianças pequenas, porque o caminho não tem grades de segurança.



A menos que sejam fanáticos de ver o nascer do sol, e para isso têm de ir mesmo muito cedo para a fila das camionetas, vão antes da parte da tarde a Machu Picchu, o fluxo maior das pessoas vai todo de manhã e vem embora à hora de almoço. Quase vazio é que se pode realmente sentir a magia do lugar.

Quando saímos do recinto existe uma espécie de bancada em madeira, onde podem carimbar o vosso passaporte, não se esqueçam é uma lembrança.

À tarde, viagem de comboio de regresso a Poroy (Cusco).


Dia 17: (04/05/2017) - Cusco

Tour a Moray e Maras (30.00 soles), das 9:00 às 15:00. Mas antes aproveitei para ir conhecer a catedral (entre as 6:30 e as 9:00 não se paga – depois são 25.00 soles), algo que eu acho absurdamente caro… se formos pensar em Roma em que as igrejas não se pagam e onde podemos ver obras de arte… todas as igrejas em Cusco são pagas.

O tour começa com uma paragem numa localidade para se assistir à confeção dos tecidos em lã de Alpaca e para se comprar, quem queira. Os tours, a menos que sejam personalizados, vão ter sempre esta parte de impingirem a compra do artesanato, muitas vezes até é dentro da própria camioneta do tour.




A seguir paramos em Moray, que é um laboratório agrícola, é necessário o bilhete turístico para entrar. São 3, mas só o primeiro está reconstruído.


A última paragem é em Maras (salinas), tem de se pagar 10.00 soles na entrada, porque não está incluído no bilhete turístico. É um lugar interessante, pela quantidade e pelo facto de a água salgada vir da montanha e quente.



À chegada a Cusco, aproveitei para ir ver o museu de sítio de Quorikancha.

Dia 18: (05/05/2017) – Cusco-Lima

De manhã, visitei o museu regional, fica num palacete do século XVI e tem a história peruana desde o paleolítico até à colonização espanhola.


Visitei o mercado S. Pedro, onde se pode comprar lembranças a baixo custo.


Subi até ao bairro de San Blas, é mesmo sempre a subir, convém ir parando para ver as lojinhas de artesanato mais alternativo e para não desmaiar.


Segui para o aeroporto, como fica junto à cidade, o valor do táxi é só 10.00 soles.

A viagem para Lima é de aproximadamente 1:00 hora.

Dia 19: (06/05/2017) - Lima

Passeio pela cidade de Lima.

Atenção, se querem apanhar um táxi de volta para Miraflores, Barranco ou S. Izidro, têm de ser os amarelos, porque os outros não vão. Ou então usarem a Uber.


Dia 20: (07/05/2017) – Lima-Lisboa

Passeio por Barranco e Miraflores, aqui pode-se dizer que Lima não é Peru, totalmente diferente de todo o resto de Lima inclusive.
 

susy4

Membro Conhecido
Ohhhhh e fotos???!!!!
Report muito bom :) eu que costumo viajar a solo amei a descrição e o detalhe. E o Perú está na minha wish list há um bom tempo.
Ahhhh e entrada no PV com chave de ouro :)
Grata.
 
Última edição:

Ricardo_7

Membro Conhecido
Olá,

Obrigado pelo report e por todas as informações dadas :) Só falta mesmo fotos :D

Boas viagens ;)
 

Sara Dias

Membro
Boa noite Helena, que bom poder ler o seu report, não somente pelas informações preciosas que fornece como também pelo facto de ter realizado esta viagem de forma independente, o que é algo mais raro para países como o Perú. :)
Vou para lá no próximo mês de Setembro - e também irei descer pela Bolívia (de onde irei voltar para Portugal) - por isso qualquer recomendação é bem-vinda ;)

Tenho algumas perguntas, será que me pode esclarecer?
- Fiquei na ideia de que não gostou tanto de Ica e Huacachina, não recomendaria aos viajantes? E se recomendasse, entre as duas "cidades", em quais delas seria melhor pernoitar?
- Seria fácil, na sua opinião, comprar lá (diretamente em Cusco) o bilhete de comboio para Agua Calientes? Ou tem mesmo de ser pela net? Pois ainda estou em dúvida se opto pelo comboio ou pelo caminho (ir de colectivo + percorrer a pé).
- Levou saco-cama térmico consigo? As noites são muito frias?

Fico, desde já, agradecida se me puder responder :D

Continuação de boas viagens ! ;)
 

PauloNev

Moderador Honorário
Staff
Muito obrigado pela partilha.
Apenas um reparo, faltam umas belas fotos para ilustrar, o report ficaria ainda melhor.
Boas viagens ;)
 

d3ci0

Membro Conhecido
Muito obrigado pela partilha!!!!
Pelo que li parece ser um excelente destino :) Só falta mesmo ver umas fotos!!!!:D:D:D:D
 

rmonteiro

Membro Conhecido
Impecável !! Também costumo andar sozinho e é sempre bom ler relatos de viagens a solo.;)
Por várias vezes que já pesquisei voos para o Peru.. há de chegar o dia..
Umas fotos é que era à maneira ! :cool:;)
 

Valente

Membro
Olá Helena,

Estou a pensar em ir ao Peru e Bolívia, entre 25 de Novembro e 4 de Janeiro, e como vou fazer a viagem sozinho gostava de saber a tua opinião sobre a tua experiência no Peru visto que também foste sozinha.

É seguro? Encontraste muitos viajantes sozinhos?
Fácil marcar hotéis (baratos)? Tours? Transportes?
Tens alguma(s) dica(s) importante(s)?

Obrigado
 
Última edição por um moderador:
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