victormelo
Membro Novo
Tunísia - circuito sahariano 4x4
CIRCUITO SAHARIANO EM 4X4
Reportagem fotográfica:
http://web.me.com/victormelo/Site/AFRICA/P%C3%A1ginas/TUN%C3%8DSIA.html
Decorridos alguns dias após o nosso regresso da Tunísia, parece-nos importante tecer algumas considerações sobre a viagem de modo geral, particularizando no que concerne a episódios mais marcantes, quer positiva quer negativamente.
Comprámos esta viagem na Agência D-Viagem e fomos recebidos no aeroporto em Tunis pelo guia da operadora Mundo Vip, Sr. Karim que falava num perceptível “portunhol” (português+espanhol).
Importa pois referir que a primeira noite (logo após a chegada a Tunis) foi passada no Hotel Phebus Gammarth. Aqui começou a confirmar-se o que temíamos: nós tínhamos razão quando alertámos a Agência de Viagens muito tempo antes de partir para a Tunísia, sobre a má qualidade das instalações, maus serviços e pouco profissionalismo do pessoal deste hotel. Na verdade, pagámos 2 quartos triplos e o que realmente nos atribuíram foram dois quartos duplos com uma caminha extra em cada quarto. Isto significa por exemplo, que a nossa filha medindo cerca de 1,75m de altura, dormiu encolhida! Como se não bastasse e para acrescentar ainda mais desconforto, na sua pequena cama não havia sequer um cobertor, apenas um lençol. Por outro lado, foi possível encontrar alguns cabelos nas camas, o que significa uma deplorável falta de higiene. Mas o quadro não estava ainda completo, faltavam três toalhas de banho nos quartos. Só metade do nosso grupo familiar constituído por seis pessoas teve o privilégio de tomar banho à chegada. Os outros tiveram que esperar cerca de meia hora mais. Sim, foram precisos cerca de 30 minutos para nos fornecerem 3 tolhas! Mas não, os aborrecimentos ainda não tinham acabado nessa noite: numa das casas de banho, pingava abundantemente água do lavatório ficando o chão alagado.
Não foi isto que nós pagámos antes de iniciar a viagem.
Este Hotel Phebus Gammarth não é seguramente um 4 estrelas.
Volto a referir, nós avisámos a agência sobre as diversas más apreciações (recolhidas em diversas fontes de nacionalidades diferentes) relativas a este hotel, antes de iniciar a viagem. Responderam-nos que não era bem assim, que as apreciações eram produzidas por uma pequena percentagem de pessoas em relação ao total… admito, é apenas a opinião das pessoas que resolveram tornar públicas as suas apreciações. Mas… não é com base neste princípio que se elaboram as sondagens e os estudos de mercado?
Apresentámos reclamação na recepção deste hotel, na presença do guia tunisino, Sr. Karim. Os funcionários presentes na recepção que ouviram as nossas reclamações, denotaram sempre desinteresse e antipatia.
Assim começaram as nossas férias na Tunísia.
No segundo dia, em Sbeitla, após a visita ao Capitólio formado por 3 templos da tríade Júpiter, Juno e Minerva, fomos surpreendidos por uma proposta do nosso guia Sr. Karim. Sintetizando, foram-nos verbalmente propostas algumas visitas/actividades supostamente extra, pela “módica” quantia de mais 65 Euros por pessoa. Grosso modo, o discurso do Sr. Karim visou desvalorizar algumas actividades constantes do programa inicial, enaltecendo a grande qualidade destas com carácter extra. Não aderimos a estas sugestões do Sr. Karim (que denotou imediato e inusitado aborrecimento perante a nossa recusa) porque os valores nos pareceram manifestamente exagerados. Na verdade acabámos por fazer um passeio de dromedário em Matmata por meia dúzia de euros (no total) e também visitámos vários locais onde decorreram filmagens do Star Wars, no âmbito do programa inicial.
No que concerne aos almoços, nos diversos hotéis onde passámos, salienta-se a fraca qualidade e reduzida variedade da comida (por exemplo em Matmata, a ementa era constituída por um prato apenas, com direito a uma laranja de sobremesa).
Ainda em relação aos hotéis onde pernoitámos, destaco igualmente pela negativa o Hotel Syphax na cidade de Sfax. Supostamente este hotel teria piscina: não está a funcionar. É claramente um hotel fraquinho a vários níveis, apresentando já evidentes marcas de desgaste e deficiente manutenção.
Pela positiva, salienta-se o Hotel Golden Yasmin em Tozeur. Este sim um bom hotel, aliás o único com reais condições de um 4 estrelas.
Aqui encontrámos excelentes instalações, destacando-se as boas piscinas (interior e exterior), bons quartos e bom restaurante. Recomenda-se.
Também pela positiva, uma referência ao acampamento PanSea em Ksar Ghilane. Sem dúvida, uma agradável surpresa.Digno de ali passar dois a três dias disfrutando do que o acampamento e o deserto têm para oferecer.
No regresso a Tunis onde iríamos passar as duas últimas noites, regressou também a nossa preocupação: voltamos ao Hotel Phebus Gammarth e temíamos encontrar as mesmas condições em que ali pernoitámos no dia da chegada à Tunísia.
Porém, as nossas reclamações surtiram algum efeito, porquanto agora alojavam-nos em dois quartos quádruplos (agora sobravam duas camas) com muito melhores condições.Parecia que tinhamos chegado a um hotel diferente, nada a ver com o da primeira noite quer em termos de conforto quer de higiene.
Porém, não esqueço este episódio na última noite no Hotel Phebus Gammarth. Pedimos uma garrafa de água durante o jantar e um dos empregado do restaurante deste hotel que servia na nossa mesa, com perceptíveis indicações do chefe de sala, acto contínuo, transportou desde a sala de jantar até à zona da cozinha/copa uma garrafa vazia. Momentos depois, voltava transportando uma garrafa de água, cheia e com a tampa metálica já solta, apenas colocada sobre o gargalo. Colocou a garrafa na nossa mesa e ainda na sua presença, após uma breve observação mostrei-lhe que a garrafa se encontrava já aberta e molhada no exterior. Recusei esta garrafa de água, porque me pareceu claramente que havia sido cheia na torneira momentos antes. Poucos minutos após surgiu na nossa mesa o tal chefe de sala que para além de uma garrafa devidamente fechada, também transportava uma atitude plena de mau humor e arrogância.
Reparámos ainda noutros pormenores que não queremos deixar de referir.
Na informação fornecida pela Agência de Viagens, consta por exemplo “…continuação da viagem para Gafsa através de uma longa estrada de palmeiras…”. Não existe esta longa estrada de palmeiras! Na chegada a Gafsa questionámos o guia perguntando se havia optado por outro percurso, uma vez que não observámos quaisquer palmeiras. O mesmo apenas nos disse ser uma incorrecção, porquanto não conhece naquela região qualquer estrada com aquelas características.
Também no mesmo texto que recebemos da agência é referido o seguinte: “…Continuação da viagem passando pelos acampamentos nómadas de Noueil e Zaafrane e chegada a Douz, entreposto das caravanas de camelos…”. Mais uma vez, chegámos a Douz sem ver quaisquer acampamentos nómadas ou entrepostos! Outra incorrecção?
Por outro lado, é importante salientar que o programa nos prometia hotéis de 4 e 5 estrelas. Na realidade, nenhum dos hotéis tem qualidade para a classificação 5 estrelas. Como referimos, o único que revelou evidentes características de 4 estrelas, foi o Hotel Golden Yasmin em Tozeur. Todos os outros, nos padrões europeus, não passam de 3 estrelas!
Esta informação sobre o circuito fornecida pela nossa Agência de Viagens (D-Viagem), que por sua vez a terá recebido do Operador Mundo Vip está incorrecta, carecendo de actualização por forma a não induzir em erro quem futuramente pretenda adquirir este pacote.
Em suma, foi uma viagem agradável e cansativa. Percorremos a Tunísia de Norte a Sul, efectuando cerca de 1800 Km num veículo Toyota 4X4 conduzido pelo motorista Sr. Nassim, que apesar de falar muito pouco francês, sempre se mostrou simpático e bom condutor. Como nota de rodapé, apenas o pormenor de o Sr. Nassim ter usado a mesma camisa do primeiro ao último dia! Sim, decorridos alguns dias já o podíamos seguir à noite só com recurso ao olfacto.
Quanto aos locais mais marcantes, destacamos sem dúvida o lago salgado Chott El Djerid, as casas trogloditas em Matmata, o fabuloso o coliseu romano em El Djem e o passeio em motas 4x4 (extra, contratado no local por nós) nas dunas do Sahara junto ao belo acampamento PanSea em Ksar Ghilane.
Se nos ficou a vontade de voltar à Tunísia? Hum…talvez, mas em moldes diferentes, poder aproveitar o acampamento PanSea e o deserto, com passeios em dromedário e moto-quatro, a piscina muito agradável e a noite no deserto que acabámos por não vislumbrar pois tivemos direito a uma tempestade de areia.
Demos aos nossos 4 filhos uma perspectiva intensa do mundo africano / árabe que foi seguramente absorvida… por isso valeu a pena!
CIRCUITO SAHARIANO EM 4X4
Tunísia, 01 a 08 de Abril de 2010
Reportagem fotográfica:
http://web.me.com/victormelo/Site/AFRICA/P%C3%A1ginas/TUN%C3%8DSIA.html
Decorridos alguns dias após o nosso regresso da Tunísia, parece-nos importante tecer algumas considerações sobre a viagem de modo geral, particularizando no que concerne a episódios mais marcantes, quer positiva quer negativamente.
Comprámos esta viagem na Agência D-Viagem e fomos recebidos no aeroporto em Tunis pelo guia da operadora Mundo Vip, Sr. Karim que falava num perceptível “portunhol” (português+espanhol).
Importa pois referir que a primeira noite (logo após a chegada a Tunis) foi passada no Hotel Phebus Gammarth. Aqui começou a confirmar-se o que temíamos: nós tínhamos razão quando alertámos a Agência de Viagens muito tempo antes de partir para a Tunísia, sobre a má qualidade das instalações, maus serviços e pouco profissionalismo do pessoal deste hotel. Na verdade, pagámos 2 quartos triplos e o que realmente nos atribuíram foram dois quartos duplos com uma caminha extra em cada quarto. Isto significa por exemplo, que a nossa filha medindo cerca de 1,75m de altura, dormiu encolhida! Como se não bastasse e para acrescentar ainda mais desconforto, na sua pequena cama não havia sequer um cobertor, apenas um lençol. Por outro lado, foi possível encontrar alguns cabelos nas camas, o que significa uma deplorável falta de higiene. Mas o quadro não estava ainda completo, faltavam três toalhas de banho nos quartos. Só metade do nosso grupo familiar constituído por seis pessoas teve o privilégio de tomar banho à chegada. Os outros tiveram que esperar cerca de meia hora mais. Sim, foram precisos cerca de 30 minutos para nos fornecerem 3 tolhas! Mas não, os aborrecimentos ainda não tinham acabado nessa noite: numa das casas de banho, pingava abundantemente água do lavatório ficando o chão alagado.
Não foi isto que nós pagámos antes de iniciar a viagem.
Este Hotel Phebus Gammarth não é seguramente um 4 estrelas.
Volto a referir, nós avisámos a agência sobre as diversas más apreciações (recolhidas em diversas fontes de nacionalidades diferentes) relativas a este hotel, antes de iniciar a viagem. Responderam-nos que não era bem assim, que as apreciações eram produzidas por uma pequena percentagem de pessoas em relação ao total… admito, é apenas a opinião das pessoas que resolveram tornar públicas as suas apreciações. Mas… não é com base neste princípio que se elaboram as sondagens e os estudos de mercado?
Apresentámos reclamação na recepção deste hotel, na presença do guia tunisino, Sr. Karim. Os funcionários presentes na recepção que ouviram as nossas reclamações, denotaram sempre desinteresse e antipatia.
Assim começaram as nossas férias na Tunísia.
No segundo dia, em Sbeitla, após a visita ao Capitólio formado por 3 templos da tríade Júpiter, Juno e Minerva, fomos surpreendidos por uma proposta do nosso guia Sr. Karim. Sintetizando, foram-nos verbalmente propostas algumas visitas/actividades supostamente extra, pela “módica” quantia de mais 65 Euros por pessoa. Grosso modo, o discurso do Sr. Karim visou desvalorizar algumas actividades constantes do programa inicial, enaltecendo a grande qualidade destas com carácter extra. Não aderimos a estas sugestões do Sr. Karim (que denotou imediato e inusitado aborrecimento perante a nossa recusa) porque os valores nos pareceram manifestamente exagerados. Na verdade acabámos por fazer um passeio de dromedário em Matmata por meia dúzia de euros (no total) e também visitámos vários locais onde decorreram filmagens do Star Wars, no âmbito do programa inicial.
No que concerne aos almoços, nos diversos hotéis onde passámos, salienta-se a fraca qualidade e reduzida variedade da comida (por exemplo em Matmata, a ementa era constituída por um prato apenas, com direito a uma laranja de sobremesa).
Ainda em relação aos hotéis onde pernoitámos, destaco igualmente pela negativa o Hotel Syphax na cidade de Sfax. Supostamente este hotel teria piscina: não está a funcionar. É claramente um hotel fraquinho a vários níveis, apresentando já evidentes marcas de desgaste e deficiente manutenção.
Pela positiva, salienta-se o Hotel Golden Yasmin em Tozeur. Este sim um bom hotel, aliás o único com reais condições de um 4 estrelas.
Aqui encontrámos excelentes instalações, destacando-se as boas piscinas (interior e exterior), bons quartos e bom restaurante. Recomenda-se.
Também pela positiva, uma referência ao acampamento PanSea em Ksar Ghilane. Sem dúvida, uma agradável surpresa.Digno de ali passar dois a três dias disfrutando do que o acampamento e o deserto têm para oferecer.
No regresso a Tunis onde iríamos passar as duas últimas noites, regressou também a nossa preocupação: voltamos ao Hotel Phebus Gammarth e temíamos encontrar as mesmas condições em que ali pernoitámos no dia da chegada à Tunísia.
Porém, as nossas reclamações surtiram algum efeito, porquanto agora alojavam-nos em dois quartos quádruplos (agora sobravam duas camas) com muito melhores condições.Parecia que tinhamos chegado a um hotel diferente, nada a ver com o da primeira noite quer em termos de conforto quer de higiene.
Porém, não esqueço este episódio na última noite no Hotel Phebus Gammarth. Pedimos uma garrafa de água durante o jantar e um dos empregado do restaurante deste hotel que servia na nossa mesa, com perceptíveis indicações do chefe de sala, acto contínuo, transportou desde a sala de jantar até à zona da cozinha/copa uma garrafa vazia. Momentos depois, voltava transportando uma garrafa de água, cheia e com a tampa metálica já solta, apenas colocada sobre o gargalo. Colocou a garrafa na nossa mesa e ainda na sua presença, após uma breve observação mostrei-lhe que a garrafa se encontrava já aberta e molhada no exterior. Recusei esta garrafa de água, porque me pareceu claramente que havia sido cheia na torneira momentos antes. Poucos minutos após surgiu na nossa mesa o tal chefe de sala que para além de uma garrafa devidamente fechada, também transportava uma atitude plena de mau humor e arrogância.
Reparámos ainda noutros pormenores que não queremos deixar de referir.
Na informação fornecida pela Agência de Viagens, consta por exemplo “…continuação da viagem para Gafsa através de uma longa estrada de palmeiras…”. Não existe esta longa estrada de palmeiras! Na chegada a Gafsa questionámos o guia perguntando se havia optado por outro percurso, uma vez que não observámos quaisquer palmeiras. O mesmo apenas nos disse ser uma incorrecção, porquanto não conhece naquela região qualquer estrada com aquelas características.
Também no mesmo texto que recebemos da agência é referido o seguinte: “…Continuação da viagem passando pelos acampamentos nómadas de Noueil e Zaafrane e chegada a Douz, entreposto das caravanas de camelos…”. Mais uma vez, chegámos a Douz sem ver quaisquer acampamentos nómadas ou entrepostos! Outra incorrecção?
Por outro lado, é importante salientar que o programa nos prometia hotéis de 4 e 5 estrelas. Na realidade, nenhum dos hotéis tem qualidade para a classificação 5 estrelas. Como referimos, o único que revelou evidentes características de 4 estrelas, foi o Hotel Golden Yasmin em Tozeur. Todos os outros, nos padrões europeus, não passam de 3 estrelas!
Esta informação sobre o circuito fornecida pela nossa Agência de Viagens (D-Viagem), que por sua vez a terá recebido do Operador Mundo Vip está incorrecta, carecendo de actualização por forma a não induzir em erro quem futuramente pretenda adquirir este pacote.
Em suma, foi uma viagem agradável e cansativa. Percorremos a Tunísia de Norte a Sul, efectuando cerca de 1800 Km num veículo Toyota 4X4 conduzido pelo motorista Sr. Nassim, que apesar de falar muito pouco francês, sempre se mostrou simpático e bom condutor. Como nota de rodapé, apenas o pormenor de o Sr. Nassim ter usado a mesma camisa do primeiro ao último dia! Sim, decorridos alguns dias já o podíamos seguir à noite só com recurso ao olfacto.
Quanto aos locais mais marcantes, destacamos sem dúvida o lago salgado Chott El Djerid, as casas trogloditas em Matmata, o fabuloso o coliseu romano em El Djem e o passeio em motas 4x4 (extra, contratado no local por nós) nas dunas do Sahara junto ao belo acampamento PanSea em Ksar Ghilane.
Se nos ficou a vontade de voltar à Tunísia? Hum…talvez, mas em moldes diferentes, poder aproveitar o acampamento PanSea e o deserto, com passeios em dromedário e moto-quatro, a piscina muito agradável e a noite no deserto que acabámos por não vislumbrar pois tivemos direito a uma tempestade de areia.
Demos aos nossos 4 filhos uma perspectiva intensa do mundo africano / árabe que foi seguramente absorvida… por isso valeu a pena!
