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[Report] Travessia do Maciço Central dos Picos da Europa

TREPADOR

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Vou começar este Report, com uma pequena transcrição do meu ultimo Report dos Picos da Europa, pois foi assim que tudo começou.
Para melhor enquadramento, na minha ultima visita aos Picos da Europa feita em família, fizemos uma parte da rota da reconquista, uma caminhada entre Poncebos e a aldeia isolada de Bulnes e foi aqui que a ideia para esta aventura que agora vos trago, começou.

"A satisfação e sentimento de dever cumprido ao chegarmos ao destino, sobrepunha-se ao cansaço e confesso que senti orgulho pelo desempenho dos jovens aventureiros, mas rapidamente comecei a sentir um outro sentimento a instalar-se… Ao ver o entra e sai de alguns caminhantes, percebia-se facilmente que não tinham feito apenas a nossa rota, pois Bulnes está no meio de várias rotas possíveis. Podemos iniciar a rota de Cares, seguir pela Rota da Reconquista e daí continuar a subir em direção ao emblemático Pico Urriellu, também conhecido por Naranjo de Bulnes com 2518 metros de altitude, o ponto mais alto dos Picos da Europa. Dai podemos retroceder ou continuar até Fuente Dé. Isto não é algo que se faça num só dia, obrigando a pernoitar em Bulnes, ou num abrigo existente numa zona da montanha.

O ser humano é insatisfeito por natureza e precisa de desafios… Ideias começam rapidamente a assombrar o nosso subconsciente e dou por mim a pensar, quem sabe um dia… Afinal de contas é assim que todas as viagens começam… "


E foi de facto assim que tudo começou.

Duração: De 08 a 12 de Julho de 2020.

Esta aventura foi partilhada com um grande amigo, com o mesmo gosto pela natureza e desportos aventura, não sendo esta a primeira vez que levámos a cabo actividades de montanha.
Esta em particular obrigou-nos a uma preparação prévia bem mais elaborada, passando por longas horas de preparação, muita pesquisa, treino físico, a criteriosa escolha do equipamento, muitos cálculos no que toca a orientação, tempos de caminhada e pontos de pernoita.

Em Janeiro já tínhamos as coisas delineadas no que toca ao trajecto e datas, pelo que efectivamos as reservas nos abrigos de montanha, entretanto chega o nosso amigo COVID e tudo foi posto em causa.
Sabíamos que a realização da viagem já não dependia de nós, pelo que só nos restava aguardar e ver se as restrições que entretanto foram impostas, seriam levantadas...
Recebemos com agrado a noticias que as fronteiras com Espanha abririam dia 1 de Julho, mas por outro lado um dos abrigos contactou-nos a informar que teríamos que pernoitar no exterior em tenda, pois a lotação tinha sido reduzida. Este pequeno detalhe obrigou-nos a carregar as tendas durante 5 dias, para usar uma única vez.
O peso da mochila é algo de muito relevante, se por um lado temos que ter tudo o que precisamos para qualquer eventualidade, por outro não devemos levar nada que não faça mesmo falta. Temos de considerar que vamos passar muitas horas isolados, sem rede de telemóvel nem acessos a meios de socorro, ou seja estamos por nossa conta, e entre roupa, alimentação, material de primeiros socorros, água etc, a ultima coisa que precisavamos era levar a tenda, mas não tínhamos escolha.

1º Dia

Dia 08 saímos do Norte do país ainda o dia não tinha nascido, em direcção a Fuente Dé, local onde iríamos dar inicio a esta aventura.
Uma viagem de cerca de 600kms com paisagens fantásticas, principalmente a partir de Riaño, as portas dos Picos da Europa.


Teleférico de Fuente Dé



Inicio da caminhada em direção ao abrigo de montanha Urriellu




Pequeno desvio para visitar a mítica Cabana Verónica, local que serviu de casa ao montanhista Mariano Sanchés entre 1983 e 2007.
Ao longo destes 24 anos Mariano viveu isolado do resto do mundo, prestando auxilio e efectuando resgates a inúmeros montanhistas em dificuldades, que por algum motivo se perdiam ou lesionavam.
Valeu bem a pena o desvio.


 
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Apesar de estarmos em Julho, à medida que íamos progredindo e íamos ganhando altitude, a neve marcava cada vez mais a sua presença e a a temperatura ia descendo de forma progressiva, obrigando a vestir a segunda camada.




Apesar de estarmos a progredir a bom ritmo já tínhamos poucas horas de sol e o nosso ponto de referência, o Pico Urriellu teimava em não aparecer.
Deparamos-nos ainda com uma descida que levávamos referenciada e que sabíamos que ia levantar algumas dificuldades, trata-se de um descida com cerca de 300 metros, feita por uma parede íngreme com o auxilio de cabos e com muita pedra solta, o que nos roubou algum tempo.


Finalmente avistamos ao longe o Pico Urriellu, sabíamos que o abrigo já estava próximo assim como a tão desejada água que à muito tinha acabado.


Chegamos já com os últimos raios de sol, cansados, mas com o sentimento de dever cumprido.


Era hora de procurar um espaço para dormir no interior do abrigo e descansar.
 
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2º Dia

Acordamos cedo como seria de esperar, pois partilhamos a camarata com outras pessoas, na sua maioria montanhistas que aproveitam a proximidade do abrigo com o Pico Urriellu, para aqui montarem a sua base e escalar o mesmo.

A paisagem é simplesmente deslumbrante...





Era hora de voltar ao trilho e iniciar a descida em direcção a Bulnes, uma pitoresca aldeia que se encontra perdida por entre montanhas, e onde os seus habitantes vivem isolados do resto do mundo, sem carros, estradas, ou sequer rede de telemóvel. Foi aqui que a ideia desta aventura teve inicio e seria o local escolhido para pernoitarmos.
À medida que íamos perdendo altitude, a paisagem ia-se alterando, passando do pedregoso e despida de vegetação, para um cenário bem mais verdejante.












O caminho não foi fácil, pois apanhamos muita erva molhada e alguma lama.
O caminho a partir de certo ponto não está trilhado e dificultou um pouco a navegação.
Ao chegar a Bulnes fomos procurar o Albergue Penã Main, um dos poucos locais onde podemos pernoitar e que não aconselho...
Era hora de retemperar forças com a famosa fabada Asturiana (uma deliciosa feijoada com enchidos) e descansar.



 
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3º Dia

O terceiro dia amanheceu chuvoso, nada que causa-se surpresa, nesta zona montanhosa o tempo altera-se de forma abrupta.
Vestimos os impermeáveis e seguimos caminho, mas pouco depois o tempo abriu e o sol deu um ar da sua graça.
Este que seria o dia mais longo de todos (17kms) seria também um dos mais tranquilos em termos de orientação e dificuldade, com a vantagem de já conhecer os dois trilhos que nos propusemos fazer, ou seja, parte da Rota da Reconquista entre Bulnes e Poncebos, e a famosa Rota de Cares entre Poncebos e Caín.








Chegamos a Cain antes da hora prevista e deu para descontrair um pouco e jantar.








 
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4º Dia

Mais uma vez acordámos bem cedo para dar inicio àquele que pensávamos ser um dia razoavelmente tranquilo, pois era o dia com menor distância para percorrer.
O objectivo era sair de Cain em direção a Collado Jermoso, via Cordiñanes.
Apesar dos kms acumulados, o corpo respondia bem, e de Caín a Cordiñanes, o trajecto foi feito por estrada (o único em toda a travessia), pelo que não ofereceu problemas de maior, para além da forte inclinação.
Esta parte do trajecto demorou um pouco mais que o esperado. Chegamos a Cordiñanes e repusemos as reservas de água ao máximo, numa fonte existente no inicio do trilho.
Comemos uma fruta comprada previamente em Cain (por esta altura a fruta era um pequeno luxo a que só tivemos acesso uma vez) e demos inicio a mais uma Grande rota em alta montanha, confesso que deixar para trás todo e qualquer sinal de civilização, era um sentimento tranquilizador.
A primeira parte do trajecto começa logo com uma forte inclinação, por um trilho estreito junto a uma parede, impróprio para quem tem vertigens.



Ao longo do caminho a paisagem vai-se alterando e de repente damos por nós a entrar numa zona de bosque com uma vegetação impressionante, ao ponto de deixarmos de ver o sol.



Lentamente o cenário vai-se alterando e ficando progressivamente mais despido


Chegámos à Vega de Asotin, um prado verdejante aos pés de uma imponente montanha, que teria de ser transposta na integra, para atingirmos o objectivo final, o Refugio Collado Jermoso, que se encontra acima dos 2000 metros.


Não tenho muitas fotos desta parte do trajecto por uma simples razão, este não é o trilho mais indicado para se fazer com uma mochila de quase 20kg às costas, pois existem inúmeras zonas em que temos de usar mãos e pernas para poder transpor escarpas, com pouco ou nenhum apoio e junto a arribas que impõem respeito.

Chegámos a demorar mais de uma hora para fazer algumas centenas de metros expostos ao sol.
Durante a subida consumimos os 2l de água que tínhamos no seu inicio, pelo que foi penoso progredir a partir do momento em que a mesma acabou.
Felizmente encontramos uma parede por onde corria um pequeno fio de água, que foi suficuente para nos hidratarmos e repor alguma água nas garrafas, o que nos deu algum alento para o pouco que nos faltava até ao abrigo.


Confesso que as expectativas quanto a este local eram elevadas, e em não nada foram defraudadas, bem pelo contrário...

O difícil acesso a este local torna-o especial, pois este é o abrigo mais isolado dos Picos da Europa.

O ambiente que se vive é diferente dos locais previamente visitados, e à medida que percorremos os últimos metros, somos brindados com sorrisos e palavras de incentivo " fuerza chicos, solo un pouco más", ou indicações do melhor sitio para montar as tenda.

Foi uma agradável surpresa, percebe-se que a grande maioria dos presentes são montanhistas experientes, com quem pudemos trocar impressões.
Tendas montadas era altura do merecido prémio, enquanto aguardámos por aquele que seria o mais deslumbrante pôr do sol a que assisti.


Bem lá no fundo, na direção do banco, é visivel o trilho que teriamos que subir no dia seguinte.










À medida que a hora do pôr do sol se vai aproximando, vemos as pessoas a deslocarem-se para o topo de uma escarpa onde se vão perfilando enquanto aguardam pelo tão esperando momento.
O ambiente é fantástico, vemos pessoas que não se conhecem de lado nenhum a conversar como se fossem amigos de longa data, a trocarem impressões sobre trajectos, meteorologia, ou então simplesmente a meterem-se uns com outros, sempre sob pretexto de regionalismo. A um pequeno grupo de raparigas Asturianas pediam que dançassem um dança típica Asturiana, enquanto o grupo de Léon cantava.
Uma vez que éramos ou únicos estrangeiros no local, a conversa passou do "então Portugueses, havia muita neve na passagem dos cabos para Urriellu", para "Portugueses, cantem-nos um fado".
Apesar de insistirem muito, conseguimos argumentar e não passar vergonha.
Nisto o sol começa a desaperceber por trás de um pico que irrompe através de mar de nuvens, e faz-se silêncio.
Todos ficam calados e imóveis, a desfrutar do momento.
Somos invadidos por um sentimento de tranquilidade difícil de explicar.
Aproveitámos cada momento, mas conscientes que teriamos que aproveitar os últimos raios de sol para regressarmos às tendas e nos prepararmos para um noite que se previa de chuva.
Foi uma noite complicada, pois às 3 da manhã abateu-se um temporal de impor respeito, com direito a chuva, ventos fortes e trovoadas, cheguei a pensar que a tenda não iria aguentar e dormir depois desta hora foi tarefa impossível, só restava esperar pelo amanhecer...
A amplitude térmica é enorme, e logo que o sol se põem, a temperatura desce de forma abrupta, ao ponto de estar dentro de um saco cama preparado para temperaturas negativas, com um polar vestido, um casaco e gorro. Foi uma noite mal dormida onde só restava aguardar pelos primeiros raios de sol para desmontar tudo e avaliar os estragos.
 
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TREPADOR

Membro Conhecido
5º Dia

O Dia amanheceu chuvoso e com algumas rajadas de vento.
Ainda não eram 6 da manhã quando começamos a arrumar tudo, pois queríamos arrancar após o pequeno almoço.
Depois de tudo arrumado nas mochilas, deixamos as mesmas à porta do abrigo e entramos para tomar o referido pequeno almoço, previamente marcado.
Temos de respeitar escrupulosamente a hora de entrada e saída, os locais estão marcados com os nosso nomes e a hora, devidamente separados por acrílicos.
Existem avisos que nos alertam para que todo o lixo que produzimos, seja o papel do pacote de açúcar ou as embalagens de doce ou manteiga, tudo tem de descer connosco, pois como eles dizem, o lixo não desce sozinho.

Após o simples mas reconfortante pequeno almoço, era hora de voltar a colocar as mochilas às costas, enfrentar a intempérie e regressar a Funte Dé, local onde tudo começou e onde tínhamos o carro.
Existem várias trajectos possíveis, após uma troca de impressões com um casal de experientes montanhistas Espanhóis que partilharam connosco o albergue em Bulnes, optamos que escolher o mais curto, mas que não é o mais fácil, pois na reta final desce um abruptos 1000 metros por um ziguezaguear a que os Espanhóis chamam de "flechas".
É uma descida que impõem respeito e castiga muito os joelhos, em parte pelo peso que carregamos.
A chuva era o menor dos nossos problemas, a maior preocupação era mesmo o vento que por vezes nos brindava com fortes rajadas, principalmente na zona inicial do caminho que é sempre a subir.
À nossa esquerda temos a segurança de uma imponente parede, mas à nossa direita temos falésias com algumas centenas de metros.
Apesar de tudo foi agradável fazer essa parte do caminho com outros montanhistas, com quem fomos trocando algumas impressões.
Aos poucos cada um foi seguindo o seu caminho, o grupo foi-se dividindo, mas absorvemos muita informação. Fica o respeito e admiração para com aqueles que se dedicam a esta actividade de forma solitária, e que navegam por aquelas montanhas sem recurso a mapas ou GPS, que conhecem cada trilho como se do seu quintal se tratasse.
À medida que fomos perdendo altitude o tempo foi melhorando, mais uma vez a paisagem inóspita e despida de vegetação foi dando lugar a prados verdejantes, mas o deslumbre depressa se desvaneceu, quando chegámos às "flechas" e vimos o que nos esperava... Tínhamos que descer 1000 metros por um pequeno caminho que ziguezagueava pela encosta escarpada de uma montanha próxima do teleférico, é inacreditável como é que é possível existir um caminho numa encosta quase vertical.
O caminho parecia não terminar, mais uma vez o sol forte e o peso das mochilas levaram a que todas as reservas de água acabassem ainda antes de chegarmos ao destino, foram uns kms finais muito duros...





Aqui é perceptível o desnível que teríamos que vencer, até chegarmos a Fuente Dé.









E assim termina esta aventura em que realizamos várias grandes rotas (GR) em alta montanha, onde conseguimos concretizar o projecto a que nos propusemos, a Travessia do Maciço Central dos Picos da Europa de uma só vez.

Tentei não ser exaustivo nos pormenores, apesar de serem exactamente esses mesmos pormenores que fazem toda a diferença neste tipo de projectos, como que quantidade de água transportar, quantas horas e kms vamos fazer em cada um dos dias, o que levar, o que não levar, qual o limite de peso a transportar, qual o trajecto que devemos fazer entre dois pontos, que zonas devemos evitar etc.
Fica o report com o essencial destes cinco dias, com as fotos possíveis, pois nem sempre foi possível fazer o registo.
No final fica o sentimento de realização, mas ainda esta aventura decorria e já debatíamos quais as opções de novos trajectos para um próximo regresso, mas agora era hora de regressar a casa.
Ainda tínhamos pela frente uma longa viagem, e apesar de acordámos com temperaturas próximas dos 0 graus, entrámos em Portugal com o termómetro a marcar 39.

Espero que tenham gostado.

O isolamento da montanha traz-nos um sentimento difícil de explicar, quase como um chamamento, uma inquietação que só conseguimos fazer cessar, a partir do momento em que olhamos em todas as direcções, e só vemos montanhas até onde a vista alcança, onde apenas ouvimos os barulhos da natureza, e damos por nós com um sorriso na cara.

Sei que pode parecer uma contradição sentirmos-nos bem fora da nossa zona de conforto, onde a nossa segurança é frequentemente posta em causa, onde as dores físicas, fruto das mazelas coleccionadas ao longo dos anos, teimam em marcar presença, mas por vezes encontrámos a felicidade nos locais mais improváveis.

Fica a promessa de um até breve...
 
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Hello Tomorrow

Membro Conhecido
Boas @TREPADOR 🤞

Que aventura magnifica... Que lugar maravilhoso...

Felizmente já tive a oportunidade de conhecer um pouco dos Picos da Europa. É um sitio único...

Parabéns pela aventura, uma grande experiência, um grande desafio, só quem anda "lá nas alturas" consegue sentir...

Boas viagens... ;)
 

Dfer

Membro Ativo
Fantástico report! Os Picos da Europa são um dos destinos que mais gosto, o que se sente por lá é indiscritível.
Partilho da mesma opinião do Refúgio Collado Jermoso. Quando chegamos é um sensação de dever cumprido (fiz o mesmo trajeto). E o por do sol é...o que é!

Permita-me uma correção porque durante um tempo tinha a mesma ideia e não era o certo. O Pico Urriellu é "apenas" o 9º mais alto. O dono desse estatuto é Torrecerredo (2648m), que já foi um objetivo meu mas teve de ser alterado devido ao mau tempo. Do Collado Jermoso tem saída para 2 picos acima dos 2600 (o segundo ponto mais alto - Llambrión 2642; e Palanca 2614). Mas o Urriellu é o rei dos Picos. Como tem tanta fama e tantas histórias, por vezes dá a sensação que é o ponto mais alto. Nem todos chegam, quem lá chega fica com um estatuto incrível nos Picos. Contudo, qualquer ascensão e passagem pelo picos são fantásticas!

Despeço-me sempre dos picos como o fez também..."Até breve" ;)
 

TREPADOR

Membro Conhecido
Obrigado a todos pelos comentários, sem dúvida que há experiências que acima de tudo se sentem, não se explicam.
Quanto ao Pico Urriellu, deveria ter feito a correção quanto fiz a transcrição do report anterior, na altura estava convencido que assim era, mas de facto e após as muitas pesquisas que fiz para esta travessia, conclui que é como diz o Dfer, é sem dúvida o Pico mais conhecido, principalmente pelas vias de escalada, mas não o mais alto.
 

PaulaCoelho

Membro Conhecido
Mas que grande e bela aventura! 🤩
Deliciei-me com as fotos e o relato... sou fã incondicional dos teus reports pelos Picos da Europa!

Este ano tinha pensado fazer o Caminho de Santiago em Abril (tive de desmarcar tudo) e visitar os Picos em Setembro mas entre suspensão de férias e fronteiras fechadas por causa do Covid e ter férias no final de Outubro que não parece boa época para os Picos... lá terá de esperar mais um ano... entretanto viajo pela tua lente 😊
 

TREPADOR

Membro Conhecido
Obrigado pelos comentários Paula.
Também tive o problema da incerteza até aos últimos dias, mas felizmente as fronteiras abriram mesmo a tempo...
Em Outubro dá para visitar os Picos, o que não dá, é para fazer caminhadas em altitude, aliás, em Setembro já tivemos nevões e ventos muito fortes nas zonas altas.
Sobram sempre as aldeias para visitar, a rota de Cares, que se encontra a uma cota mais baixa e tem paisagens fantásticas, ou subir a Bulnes pelo funicular.
Motivos não faltam para visitar os Picos, pessoalmente não vejo a hora de regressar.
 

rmonteiro

Membro Conhecido
Uma das zonas que não conheço em Espanha, mas sem duvida das que tenho mais vontade de conhecer.
Obrigado pelo report.
 
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