Snider
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Vim falar-vos da minha primeira viagem que fiz de carro fora de Portugal. Foi em finais de Fevereiro de 2014. E o trajecto foi: Guarda-Salamanca-Coca-Segóvia-San Lorenzo de el Escorial-Toledo-Guarda. Não fomos a Madrid porque já lá tinha estado. Foram cerca de 1000 km feitos, e gastamos no total cerca de 80 euros em gasóleo. Apenas pagamos portagens para sair de Portugal, por opção. Em Espanha andamos quase sempre em autoestrada e não pagamos nada. Convem levar GPS e optar pela opção “evitar portagens”, porque tinha lido na altura que havia trechos de autoestrada que se pagavam.
Dia 1 - Salamanca
Saída do distrito da Guarda em direção a Salamanca, depois do almoço. Logo após passar a fronteira numa recta enorme onde só se podia andar a 80 Km/h (penso eu, já não me lembro ao certo) havia um carro à beira da estrada com radar. Por sorte e por ter reparado nesse carro estranho com alguma antecedência, não fui fotografado. Pelo menos ainda não chegou nada. Depois quando cheguei a Portugal é que reparei que isto é muito comum. Por isso tenham cuidado na fronteira. Neste caso foi em Vilar Formoso.
Chegada a Salamanca. Ficamos meio dia, a noite e a manhã do dia seguinte, ou seja, quase um dia no total.
Salamanca é conhecida actualmente pelo facto de muitos jovens Portugueses estudarem aqui, por causa de não conseguirem entrar em medicina em Portugal. É aqui também onde existe uma das mais antigas Universidades do Mundo. É mais antiga do que a Universidade de Coimbra, e é a mais antiga da Espanha. Cresse que foi nessa universidade onde se estudou a viabilidade do projecto na altura do Cristóvão Colombo. Existe também a lenda da Rã de Salamanca, que diz que quem não encontrar a rã na fachada da imagem seguinte, não acaba o curso. E acreditem que é mesmo muito difícil. Estive quase meia hora à procura e só consegui encontrar a rã com a ajuda de uns Portugueses que andavam por lá, através do jogo “quente e frio”. Ahaha. Talvez foi por isso que não acabei o curso nesse semestre :/
Mais umas fotos dos monumentos mais importantes de Salamanca:
Dia 2 - Salamanca, Coca, e Segóvia
Depois de andarmos a manhã toda a visitar o que faltava ver em Salamanca e de almoçarmos, partimos para uma aldeia chamada Coca, apenas para ver o Castelo de Coca. Achei-o muito bonito quando pesquisei em casa e decidi meter este pequeno desvio no trajecto, e não me desiludi. Aqui ficam algumas fotos:
Depois de uma hora a apreciar todos os lados deste Castelo e de um pequeno descanso, fomos virados a Segóvia.
Fui a Segóvia por causa do seu Alcazar. É simplesmente fantástico! Depois tem um Aqueduto enorme, um dos maiores e mais bem conservados da Europa. E também pela sua Catedral. Três pontos de interesse que definitivamente tinha que visitar. Ficamos em Segóvia meia tarde, uma noite, e meia manhã. Fotos de Segóvia:
Dia 3 - Segóvia e Toledo
Partimos ainda de manhã, em direcção a San Lorenzo de el Escorial, para vermos o El Escorial (Património da Humanidade). É um conjunto de edificios que contempla uma basílica, biblioteca, panteão, várias salas e jardins dentro do seu perímetro edificado. Tem uma arquitetura que me parece muito ao estilo Francês (não percebo nada de arquitectura, atenção). Pelo caminho, tivemos que passar por uma serra, e tivemos direito a neve. Que bela surpresa!
Infelizmente nesse dia o El Escorial não estava aberto ao publico. Não podemos entrar, mas só a sua beleza exterior valeu a pena passar por lá. É enorme. Não têm noção. Só visto ao vivo. Depois de uma hora e tal por lá e de passarmos num restaurante fast food, para comprarmos qualquer coisa para comermos pelo caminho, lá seguimos nós para Toledo.
Toledo foi a desilusão da viagem. Não achei nada de especial a cidade, talvez por ser muito parecida às zonas antigas das nossas cidades. É uma cidade num monte, delimitada em dois lados pelo rio Tejo, com ruas muito estreitas e sempre a subir e a descer. Sem nenhum grande ícone. Sem uma praça acolhedora. E a catedral está rodeada de muitos edifícios, o que impossibilita tirar fotos de jeito. Subimos a uma igreja ao lado para poder apreciar a cátedra melhor. É uma cidade cheia de lojas com espadas (diz-se que as melhores espadas eram feitas lá) e também famosa pela história do Dom Quixote.
Talvez a melhor foto e o que vale mesmo a pena, foi aquilo que fizemos mesmo antes de entrar na cidade, que foi ir até à margem oposta do Rio Tejo e fotografar a cidade de um miradouro. Aqui ficam algumas fotos:
No final do dia regressamos a Portugal. E foi uma verdadeira aventura. Os nossos telemóveis onde tinha-mos o gps, estavam com pouca bateria, mas nós tinha-mos levado um carregador de esqueiro dos Chineses, e aquilo tinha mau contacto, e parava de carregar com facilidade. Durante a viagem aconteceu isso e não nos demos de conta, e aquilo depois para ligar o telemóvel não tinha potência suficiente para a primeira carga, ou seja, aquilo só mantia a carga do telemóvel. Enfim. Lá nos guiamos pelas placas. Mas passamos por sítios e durante muito tempo que não vimos um único carro na estrada e sem iluminação. Acho que foi o momento que mais prazer me deu ver escrito “Portugal” (numa placa). Ahaha.
Aquilo que eu concluí (e já disse por aqui no portal) durante a realização desta pequena “Road Trip” foi: Não pensem que é fácil encontrar estacionamento gratuito. Não pensem que não vão ter despesas com o estacionamento. Era isso que eu também pensava ao início. Quando lá chegam a realidade é diferente. Porquê? Porque em quase todo o lado se paga para estacionar. Porque chegamos às cidades cansados de estar dentro do carro, e só nos apetece livrar-nos do carro o mais rápido possível. Porque os estacionamentos gratuitos encontram-se longe daquilo que queremos visitar. Porque estamos com malas, e temos que levar as malas até ao hotel.
Por isto tudo recomendo algumas soluções:
· Deixarem o carro num daqueles parques de estacionamento “Park and Ride”, que se encontram na periferia da cidade e não se pagam e têm ligação rápida ao sistema de transportes, e portanto apanham transporte publico para o hotel, acabando por ter despesa nos transportes. Sinceramente, não sei se este tipo de filosofia existia nas cidades que visitei, mas é uma questão de pesquisarem.
· Optarem por um hotel que tenha estacionamento privativo de graça ou mesmo que seja a pagar talvez fique mais em conta. Informem-se bem sobre o tipo de estacionamento, porque eu fui enganado, ou deixei-me enganar por um hotel, que dizia que tinham estacionamento a pagar, mas o estacionamento era na rua, ou seja, não era privativo e estava lotado. Normalmente os hotéis que têm estacionamento privativo encontram um pouco afastados da cidade. É uma questão de optarem e verem o que é melhor para vocês.
· Darem maior importância à localização do hotel e não se importarem de pagar por dia cerca de 12 euros por um estacionamento subterrâneo. Foi o que fiz, visto que ia iludido. Ainda andei a ver durante meia hora (!!!) pela cidade se arranjava um estacionamento perto, mesmo a pagar, mas estava tudo ocupado.
Boas viagens!
Dia 1 - Salamanca
Saída do distrito da Guarda em direção a Salamanca, depois do almoço. Logo após passar a fronteira numa recta enorme onde só se podia andar a 80 Km/h (penso eu, já não me lembro ao certo) havia um carro à beira da estrada com radar. Por sorte e por ter reparado nesse carro estranho com alguma antecedência, não fui fotografado. Pelo menos ainda não chegou nada. Depois quando cheguei a Portugal é que reparei que isto é muito comum. Por isso tenham cuidado na fronteira. Neste caso foi em Vilar Formoso.
Chegada a Salamanca. Ficamos meio dia, a noite e a manhã do dia seguinte, ou seja, quase um dia no total.
Salamanca é conhecida actualmente pelo facto de muitos jovens Portugueses estudarem aqui, por causa de não conseguirem entrar em medicina em Portugal. É aqui também onde existe uma das mais antigas Universidades do Mundo. É mais antiga do que a Universidade de Coimbra, e é a mais antiga da Espanha. Cresse que foi nessa universidade onde se estudou a viabilidade do projecto na altura do Cristóvão Colombo. Existe também a lenda da Rã de Salamanca, que diz que quem não encontrar a rã na fachada da imagem seguinte, não acaba o curso. E acreditem que é mesmo muito difícil. Estive quase meia hora à procura e só consegui encontrar a rã com a ajuda de uns Portugueses que andavam por lá, através do jogo “quente e frio”. Ahaha. Talvez foi por isso que não acabei o curso nesse semestre :/
Mais umas fotos dos monumentos mais importantes de Salamanca:
Dia 2 - Salamanca, Coca, e Segóvia
Depois de andarmos a manhã toda a visitar o que faltava ver em Salamanca e de almoçarmos, partimos para uma aldeia chamada Coca, apenas para ver o Castelo de Coca. Achei-o muito bonito quando pesquisei em casa e decidi meter este pequeno desvio no trajecto, e não me desiludi. Aqui ficam algumas fotos:
Depois de uma hora a apreciar todos os lados deste Castelo e de um pequeno descanso, fomos virados a Segóvia.
Fui a Segóvia por causa do seu Alcazar. É simplesmente fantástico! Depois tem um Aqueduto enorme, um dos maiores e mais bem conservados da Europa. E também pela sua Catedral. Três pontos de interesse que definitivamente tinha que visitar. Ficamos em Segóvia meia tarde, uma noite, e meia manhã. Fotos de Segóvia:
Dia 3 - Segóvia e Toledo
Partimos ainda de manhã, em direcção a San Lorenzo de el Escorial, para vermos o El Escorial (Património da Humanidade). É um conjunto de edificios que contempla uma basílica, biblioteca, panteão, várias salas e jardins dentro do seu perímetro edificado. Tem uma arquitetura que me parece muito ao estilo Francês (não percebo nada de arquitectura, atenção). Pelo caminho, tivemos que passar por uma serra, e tivemos direito a neve. Que bela surpresa!
Infelizmente nesse dia o El Escorial não estava aberto ao publico. Não podemos entrar, mas só a sua beleza exterior valeu a pena passar por lá. É enorme. Não têm noção. Só visto ao vivo. Depois de uma hora e tal por lá e de passarmos num restaurante fast food, para comprarmos qualquer coisa para comermos pelo caminho, lá seguimos nós para Toledo.
Toledo foi a desilusão da viagem. Não achei nada de especial a cidade, talvez por ser muito parecida às zonas antigas das nossas cidades. É uma cidade num monte, delimitada em dois lados pelo rio Tejo, com ruas muito estreitas e sempre a subir e a descer. Sem nenhum grande ícone. Sem uma praça acolhedora. E a catedral está rodeada de muitos edifícios, o que impossibilita tirar fotos de jeito. Subimos a uma igreja ao lado para poder apreciar a cátedra melhor. É uma cidade cheia de lojas com espadas (diz-se que as melhores espadas eram feitas lá) e também famosa pela história do Dom Quixote.
Talvez a melhor foto e o que vale mesmo a pena, foi aquilo que fizemos mesmo antes de entrar na cidade, que foi ir até à margem oposta do Rio Tejo e fotografar a cidade de um miradouro. Aqui ficam algumas fotos:
No final do dia regressamos a Portugal. E foi uma verdadeira aventura. Os nossos telemóveis onde tinha-mos o gps, estavam com pouca bateria, mas nós tinha-mos levado um carregador de esqueiro dos Chineses, e aquilo tinha mau contacto, e parava de carregar com facilidade. Durante a viagem aconteceu isso e não nos demos de conta, e aquilo depois para ligar o telemóvel não tinha potência suficiente para a primeira carga, ou seja, aquilo só mantia a carga do telemóvel. Enfim. Lá nos guiamos pelas placas. Mas passamos por sítios e durante muito tempo que não vimos um único carro na estrada e sem iluminação. Acho que foi o momento que mais prazer me deu ver escrito “Portugal” (numa placa). Ahaha.
Aquilo que eu concluí (e já disse por aqui no portal) durante a realização desta pequena “Road Trip” foi: Não pensem que é fácil encontrar estacionamento gratuito. Não pensem que não vão ter despesas com o estacionamento. Era isso que eu também pensava ao início. Quando lá chegam a realidade é diferente. Porquê? Porque em quase todo o lado se paga para estacionar. Porque chegamos às cidades cansados de estar dentro do carro, e só nos apetece livrar-nos do carro o mais rápido possível. Porque os estacionamentos gratuitos encontram-se longe daquilo que queremos visitar. Porque estamos com malas, e temos que levar as malas até ao hotel.
Por isto tudo recomendo algumas soluções:
· Deixarem o carro num daqueles parques de estacionamento “Park and Ride”, que se encontram na periferia da cidade e não se pagam e têm ligação rápida ao sistema de transportes, e portanto apanham transporte publico para o hotel, acabando por ter despesa nos transportes. Sinceramente, não sei se este tipo de filosofia existia nas cidades que visitei, mas é uma questão de pesquisarem.
· Optarem por um hotel que tenha estacionamento privativo de graça ou mesmo que seja a pagar talvez fique mais em conta. Informem-se bem sobre o tipo de estacionamento, porque eu fui enganado, ou deixei-me enganar por um hotel, que dizia que tinham estacionamento a pagar, mas o estacionamento era na rua, ou seja, não era privativo e estava lotado. Normalmente os hotéis que têm estacionamento privativo encontram um pouco afastados da cidade. É uma questão de optarem e verem o que é melhor para vocês.
· Darem maior importância à localização do hotel e não se importarem de pagar por dia cerca de 12 euros por um estacionamento subterrâneo. Foi o que fiz, visto que ia iludido. Ainda andei a ver durante meia hora (!!!) pela cidade se arranjava um estacionamento perto, mesmo a pagar, mas estava tudo ocupado.
Boas viagens!
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