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[Report] - Road trip pelos Balcãs - Parte II: Magnífica Croácia

Antonia.M.S.

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Road trip pelos Balcãs- 2019

PARTE II

Podem ver aqui a 1ª parte: https://www.portaldasviagens.com/threads/road-trip-pelos-balcãs-parte-i-bósnia-e-herzegovina-uma-bela-surpresa.30990/

Magnífica Croácia

Na Europa Oriental, ao longo do Mar Adriático, estende-se a magnífica Croácia, um país geograficamente privilegiado que oferece aos viajantes, por entre montanhas escarpadas e um mar cristalino, as mais lindas paisagens.

Atravessada pelos Alpes Dináricos, tem Zagreb como capital, e a sua principal cidade costeira é Dubrovnik, também conhecida como a pérola do Adriático. Emergente nos roteiros turísticos dos últimos anos, tem vindo a mostrar à Europa e ao mundo, que tem muito para oferecer. Contam-se lindas cidades, mais de mil ilhas paradisíacas, parques encantados, e uma costa maravilhosa, a perder de vista. Dona de múltiplos encantos a Croácia é seguramente um dos países mais bonitos da Europa.

É um país relativamente novo. Depois de largos anos de conflitos, apenas nos anos 90 conseguiu a sua independência, e é membro da União Europeia desde 2013. Foi nos últimos anos, já em paz, que conheceu um maior desenvolvimento sobretudo devido ao turismo, que é actualmente um dos principais motores da sua economia.


Os dias que destinámos à Croácia, na road trip pelos Balcãs, seriam poucos para o tanto que queríamos ver e conhecer. Tive muita dificuldade em elaborar um roteiro, tal era a diversidade de lugares que surgiam a cada pesquisa, cada um mais apelativo que o anterior. Mas havia que prescindir de alguns. As ilhas não seriam incluídas (com muita pena), porque implicam viagens de barco e mais tempo, e Dubrovnik já nos tinha conquistado há uma dezena de anos atrás. Embora seja uma cidade linda, não iríamos repetir. Definimos três ou quatro lugares imperdíveis e depois, entregámos o espírito à aventura, ao imprevisto.


Ficaram estabelecidos no roteiro inicial: o Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, fazer parte da D8, a magnífica estrada cénica que percorre toda a costa croata, conhecer a muralha de Ston, que me fascinava, não me perguntem porquê, e as cidades de Split e Pula por serem, respetivamente, as portas de entrada e de saída.


Cumprimos o principal do roteiro traçado. Tinha noção da extraordinária beleza da Croácia, mas não esperava tanto desta viagem. Diria, sem exagero, que fomos surpreendidos a cada km da estrada. Pelas cidades, por pequenos lugares que desconhecíamos totalmente e nos deslumbraram, pelos parques naturais, pelas magníficas paisagens. E não me refiro apenas ao litoral, que é de uma beleza ímpar, também pelo interior fomos descobrindo pequenas pérolas.


Vamos conhecer um pouco da Croácia.

Split, a cidade de Diocleciano

Chegámos ao aeroporto de Split, vindos de Barcelona num voo madrugador e numa manhã muito quente e abafada.
Tratadas as formalidades de recolha do carro, que iria ser o nosso fiel companheiro durante a viagem, partimos na direcção da cidade.

Era domingo, e facilmente encontrámos estacionamento grátis junto à estação central de autocarros. Fizemos cerca de 10 minutos a pé até ao centro da cidade.





Decidimos começar pelo Palácio de Diocleciano, o ex-libris de Split.

Diocleciano foi um imperador romano que governou entre 284 e 305, e realizou a mais sangrenta perseguição aos cristãos durante o Império Romano. O Palácio, é uma fortificação que mandou construir em Split e lhe serviu de residência no final da vida. O imperador abdicou, voluntariamente, em 305, e viveu neste palácio os seus últimos anos. Quando faleceu, o seu corpo foi depositado num sarcófago colocado dentro do mausoléu que ali tinha mandado construir.

Situado de frente para o Mar Adriático, ocupa uma área total de 31 mil metros quadrados e dentro dele só é permitido trânsito pedestre. É atualmente um dos edifícios mais bem conservados da Antiguidade tardia, e os seus vestígios estão preservados no coração histórico da cidade de Split. Tem o nome de Palácio, mas não é um edifício fechado, antes algo parecido com um centro histórico, no centro da cidade, dentro de muralhas.

Existem 4 portas de acesso ao Palácio: Portão de Bronze ao sul, Portão de Ouro ao norte, Portão de Prata a leste e Portão de Ferro a oeste.

Entrámos pelo Portão de Ouro, ou Porta Áurea, e a receber-nos estava Gregório de Nin (Grgur Ninski), do famoso escultor croata Ivan Meštrović, também um dos símbolos de Split. A famosa escultura é enorme e em bronze. Manda a tradição que se esfregue o dedo grande do pé da estátua, para voltar à cidade.









































 
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Antonia.M.S.

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Os pontos principais a visitar no Palácio não são muitos. Depois da Porta Áurea, seguindo em frente, está o Peristilo, um grande pátio rectangular rodeado de arcadas, com a Catedral e a Torre do Sino do lado esquerdo, o Vestíbulo ao fundo, e o Templo de Júpiter do lado direito.






O Vestíbulo reclama a nossa atenção. É uma construção circular ampla com o tecto semi-esférico parcialmente aberto. Aqui se concentram grupos tradicionais da Croácia a cantar e a tentar vender os seus trabalhos.



Visitámos a Catedral de S. Domnio (visita paga), mas dispensámos o Baptistério a cripta, e o museu com o Tesouro da Catedral.









Descobrir o património concentrado naquele e percorrer as estreitas ruelas apreciando todos os detalhes é sem dúvida um prazer. Há recantos encantadores.

















Há muito comércio, não faltam lugares para comprar souvenirs. Também restaurantes e pequenos lugares onde fazer uma refeição mais simples.























 

Antonia.M.S.

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O passeio marítimo é um dos lugares incontornáveis da cidade. Nele podemos desfrutar da bela paisagem do Adriático numa das muitas esplanadas que ali se encontram, seja para uma refeição, um gelado ou apenas uma bebida.


























As praças




















Street art



Souvenirs de alfazema estão presentes em quase todos os lugares. Muito coloridos e com um aroma muito agradável.





O porto de Split é muito concorrido. Ali chegam diariamente cruzeiros e milhares de turistas. Há também bastante movimento dos barcos locais que fazem a travessia do Adriático e dão acesso a algumas das ilhas mais famosas da Croácia. Entre elas, Hvar.





 

Antonia.M.S.

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D8, a estrada mágica

Conhecida como a D8, a estrada que percorre o litoral da Croácia vai da fronteira da Eslovénia até à fronteira com o Montenegro, e tem um comprimento total, através da Croácia, de 643,1 km. As paisagens que oferece ao longo do Adriático são admiráveis, fabulosas.









































 

Antonia.M.S.

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Depois de Ploce, na fronteira de Klek para a Bósnia Herzegovina, e em Neum, há uma pequena interrupção. À medida que a rota entra novamente na Croácia, na fronteira de Zaton Doli, volta-se à D8, que segue em direção a Dubrovnik. Chega à fronteira com o Montenegro, na fronteira de Karasovići.
















 

Antonia.M.S.

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Somos surpreendidos, literalmente a cada km. Entre as montanhas escarpadas da Dalmácia e o mar azul cristalino, aqui e ali salpicado de verde pelas mais de mil ilhas do Adriático, vamos encontrando incontáveis e fascinantes lugares. Queremos conhecer todos e cada um, mas os quilómetros até ao destino contêm-nos. Cedemos à tentação e fazemos algumas paragens. Para um banho de mar, uma bebida, um gelado ou simplesmente para apreciar a paisagem.

Omis
Um desses lugares foi Omis, uma pequena cidade situada a cerca de 30 kms de Split. Ao longe avistamos o seu invulgar castelo, construído em cima da rocha, o seu cartão de visita. Parando e descobrindo a povoação, outros atractivos se apresentam: o local onde o rio Cetina encontra o Mar Adriático, as praias, o centro histórico. Sem dúvida encantador.












































 

Antonia.M.S.

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Porto de Makarska


Cerca de 40 kms depois de Omis, e tendo resistido, só neste pedaço da D8, a múltiplos apelos pelo caminho, avistamos o Porto de Makarska.


Construída aos pés do Biokovo, o maciço montanhoso da Dalmácia central (Parque Natural também), Makarska é uma pequena vila com cerca de 14 000 habitantes. É também o centro económico, cultural e turístico da Riviera Makarska, uma estância balnear muito concorrida, que se estende por 60 km entre as cidades de Brela e Gradac.


Belos pinhais, lindas praias de enseadas arenosas (algumas das mais bonitas praias da Croácia estão nesta região, incluindo Podraće, considerada uma das mais bonitas da Europa), prática de actividades náuticas, passeios pela natureza e até desportos de montanha são alguns dos atractivos desta bela cidade e região da Croácia.



































 

Antonia.M.S.

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Klek
Uma pequena localidade turística no sul da Dalmácia, perto de Komarna e da cidade de Neum (já na Bósnia e Herzegovina). Visto da D8, o Adriático exibia-se em Klek no seu mais bonito tom de azul.

À beira da estrada encontrámos um bom sítio para estacionar. Pela frente estendia-se um mar calmo e transparente a que era impossível resistir. A costa Croata tem mais esta vantagem. Se for uma localidade pequena facilmente estacionamos o carro e temos a praia a escassos metros.

Bastou-nos atravessar a estrada para ficar com os pés de molho. Uma pequenina enseada, deserta, parecia perfeita para um bom banho. Decidimos andar mais um pouco e procurar uma praia com chuveiro, o que encontrámos mais à frente. Seguiríamos viagem e sabia bem tirar o sal.

O tom, a transparência e a temperatura da água, a paisagem envolvente, um local perfeito, muito apetecível para ficar e desfrutar.

Até chegar ao espaço da praia onde ficámos passámos por várias pequenas “praias privadas”. Um privilégio, um encanto, uma delícia. Junto ao mar há um passeio marítimo, uma espécie de rua quase dentro de água, onde se encontram habitações e possivelmente alguns hotéis. Em frente de encantadoras vivendas, os locais colocam as suas cadeiras, chapéus de sol, toalhas e outros adereços de praia. Para acederem à água, a escassos dois ou três metros das casas, têm umas escadinhas em cimento (já dentro de água) para entrarem e saírem em segurança. Também têm o seu porto privativo, pois há imensos barquinhos em volta. Adorável. Voltámos a encontrar estas “praias privativas” também no Montenegro.

Foi com um misto de desejos, no limbo entre o ficar e o partir, que prosseguimos viagem.

























 

Antonia.M.S.

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Ston
Quando vi pela primeira vez imagens de Ston, e da sua bela muralha, ficou decidido que numa viagem à Croácia teria que a conhecer. A fortificação, junto ao mar, parecia tirada de um cenário irreal, de filme.

Saímos de Neum, onde nos alojámos nessa noite, em direção a Ston que fica a pouco pouco mais de 20kms. Neum é uma cidade e região da Bósnia situada num braço do Mar Adriático, tendo pela frente a península croata de Pelješac. Passámos as duas fronteiras sem problemas, saída Bósnia e entrada na Croácia, e seguimos pela península sempre junto ao braço de mar com uma paisagem indescritível.
























Precisamente no istmo que liga a península ao continente, já novamente em território croata, no Condado de Dubrovnik-Neretva, fica Ston, cidade e município constituído por duas pequenas povoações: Veliki Ston e Mali Ston.

Para além da famosa muralha, Ston é muito conhecida pelas suas salinas, e pelo cultivo de ostras e mexilhões. Os viveiros encontram-se dispersos pelas águas da baía e podemos vê-los da estrada. Na década de 80 a produção de ostras chegava a dois milhões anuais, mas na guerra pela independência os viveiros foram danificados e a produção não voltou a recuperar.

Em termos turísticos o ex-libris é mesmo a grande muralha. É a segunda maior do mundo, ficando apenas atrás da Muralha da China. Não tendo o esplendor e a dimensão da outra, conta com um conjunto muralhado (Ston e Mali Ston) com 5,5 kms de extensão, 10 fortes cilíndricos e 31 torres retangulares e um enquadramento paisagístico magnífico.

Veliki Ston, é onde se encontra o Forte Maior, a igreja de São Brás, que foi construída no lugar da catedral que caiu com o terremoto, o Palácio do Governador, o Palácio do Bispo e o Mosteiro Franciscano de São Nicolau. Mali Ston fica à beira da baía, antes de entrarmos em Veliki Ston, mas não visitámos.




























 

Antonia.M.S.

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Há um enorme parque de estacionamento à entrada da cidade, mas é pago. Nós optámos por deixar um carro um pouco desviado, na berma da estrada, em lugar seguro.

Ao chegarmos à cidade encontramos uma praça onde estão várias esplanadas de cafés e restaurantes, e comércio variado. Como o alojamento não tinha pequeno almoço, foi ali que fizemos a primeira refeição do dia. Sentámo-nos numa esplanada e pedimos a ementa. Disseram-nos que não tinham nada para comer, só bebidas, mas indicaram-nos uma espécie de padaria, mesmo ao lado, com muitas opções entre doces e salgados. Havia mesmo muito por onde escolher, e por pouco mais de 5€ fizemos um pequeno/grande almoço.




































Apesar do calor intenso, adorámos caminhar pelas ruas da cidade, que é bem pequenina, e percorrer a muralha foi uma bela experiência. As vistas são deslumbrantes.
 

Antonia.M.S.

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Senj

Quando descemos em direção ao mar e à Ístria, vindos dos Lagos de Plitvice encontramos Senj, uma cidade antiga na costa adriática superior que integra o Condado de Lika-Senj aninhada no sopé das montanhas Mala Kapela e Velebit. O símbolo da cidade é a Fortaleza Nehaj, que foi concluída em 1558.

É uma pequena cidade e não conhece o fulgor turístico do sul da Croácia ou da região mais a norte, a Ístria. O centro histórico está um pouco degradado, não se veem muitos turistas, mas a cidade é bonita. Tínhamos almoçado na serra, lindamente, e aproveitámos para comer um gelado e andar um pouco.































 

Antonia.M.S.

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Novi Vinodolski

Cerca de 30 km depois de Senj surge outra localidade à beira do Adriático, Novi Vinodolski. Ao longe uma pequena ilha com uma igreja (vi mais tarde numa pesquisa e é a Igreja de San Marino) em frente à povoação despertou-nos interesse e resolvemos entrar. Parámos no sítio possível, no porto de mar, mas já de um local sem visibilidade para a ilha. As vistas sobre a povoação são, todavia, igualmente muito bonitas.
















Bakar


Como a Croácia é realmente uma fonte inesgotável de lugares encantadores, cerca de 40 kms depois de Novi Vinodolski, quando circulávamos pela autoestrada que conduz à Ístria, do alto de uma ponte impressionante, surge Bakar lá em baixo, pequenina e irresistível. Saímos da autoestrada para conhecer um pouco mais este local incrível. É uma cidade medieval, e dão-lhe especial encanto o porto, as ruelas empedradas, o casario à volta da baía, e o seu castelo, do século XVI, situado em cima de um pequeno monte. Tem cinco torres cilíndricas que lhe dão um aspecto original. No centro histórico encontram-se algumas joias arquitectónicas como os palácios de Batagliarini, Petazzi e episcopal. Ficámos deliciados com Bakar.










 

Antonia.M.S.

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Buzet, a cidade das trufas

Ao procurarmos alojamento em Pula surgiu-nos esta cidade, mais para o interior, e com preços bastante convidativos em comparação com a região de Pula propriamente dita. Como circulámos mais ao longo da costa, pareceu-nos uma boa oportunidade de conhecermos melhor o interior da Croácia.

Buzet é conhecida como a cidade das trufas, por haver muitas pela região. Todos os anos, o segundo sábado de setembro é marcado pela Subotina, uma omelete gigante preparada com 2 mil ovos e 10 kgs de trufas. O evento é aberto à população e visitantes. As trufas são apanhadas na floresta e são cães, já treinados, que as encontram escavando a terra. A “caça” às trufas também é um evento notável da região.

A cidade, rica em paisagem, alguns monumentos e belas construções, pertence ao condado de Ístria e fica já muito próxima da Eslovénia.

Chegámos a Buzet à tarde e no meio de uma enorme tempestade. Nesse dia já não foi possível ver quase nada e a cidade parecia um local deserto, meio abandonado.

No dia seguinte o sol já brilhava, e foi então possível conhecer mais este belo lugar antes de seguirmos para Pula.























































Quase não vimos turistas nem habitantes, mas gostámos muito de Buzet.
 

Antonia.M.S.

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Pula, a jóia romana

Pula é uma cidade milenar, com um vasto conjunto de vestígios da época em que fez parte do Império Romano. A sua principal atracção é o Anfiteatro Romano, que data do século I, e está localizado junto ao porto e à entrada do centro histórico da cidade. Muito à imagem do coliseu de Roma, cumpriu à época as mesmas funções, exibição de lutas de gladiadores. Hoje é usado para espectáculos e até jogos de futebol. Um dos dias durante a nossa visita decorreu um jogo entre o Bayern de Munique e o Dynamo da Croácia.

Para além do anfiteatro romano Pula tem um conjunto considerável de monumentos da época romana, bem conservados, e é uma cidade muito interessante.














Adorámos o ambiente. Já muito próxima de Itália, ouve-se bastante a língua vizinha (a nossa anfitriã falava connosco num belo italiano) e com tantos monumentos no mesmo estilo, por vezes quase nos esquecemos que estamos na Croácia.


















A avenida que percorre a linha da costa e o porto de mar é a Riva.

Outros monumentos importantes da cidade são o são o Templo de Augustus e o Arco Trinfal de Sergi, situados no outro extremo da parte histórica da cidade, oposto ao Anfiteatro. Lindos e imponentes monumentos.




























 

Antonia.M.S.

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Fasana (Fazana)


Uma das praias mais conhecidas e procuradas da região de Pula. Foi-nos indicada pela proprietária do alojamento onde ficámos na cidade. É frequentada sobretudo por locais, mas proporcionou-nos uma bela tarde de praia.


Em frente da praia fica a ilha Veliki Brijun, a maior ilha do arquipélago das Brijuni, uma das jóias do Adriático onde o Marechal Tito passava férias. Foi nesta ilha que o presidente jugoslavo, morto em 1980, ergueu um paraíso privado entre 1954 e 1979, que frequentava juntamente com distintos convidados, incluindo estrelas de cinema como Sophia Loren, Elizabeth Taylor ou Richard Burton.


As praias da península de Verudela são igualmente muito famosas na região.



















Um dos locais onde jantámos em Pula foi-nos recomendado pela nossa anfitriã, a Tratoria Pizzeria Navetta , na estrada que liga Pula a Fazana. Disse-nos que era muito bom e onde faziam as festas de família. Pedimos lulas, um dos pratos recomendados, e Fuzi, uma massa caseira frequentemente servido com um molho de creme de trufas, no final Tiramisu. Nada, mas mesmo nada deslumbrante, e caro. Na Ístria comemos essencialmente comida italiana. A gastronomia desta região é claramente muito influenciada pela italiana.

Alojamento: Apartments Milka
 

Antonia.M.S.

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Plitvice, um sonho real

Entre os lugares incontornáveis desta viagem, de visita obrigatória, estava o Parque Nacional dos Lagos de Plitvice (em croata Plitivicka Jazera). Voltar à Croácia sem e não o incluir estava fora de questão. Há muito que as maravilhosas imagens (e descrições) o tinham colocado no topo das minhas prioridades.
Fiz e refiz o roteiro várias vezes e no definitivo, propositadamente, deixei Plitvice para o final da viagem. Suspeitava que seria a cereja no topo do bolo. E foi mais do que isso, é de uma beleza avassaladora, indescritível e quase irreal, um dos lugares mais bonitos e surpreendentes onde estive até hoje. Um pedaço do paraíso e o final perfeito para uma das nossas melhores viagens.

A viagem que nos levou até Rudanovac, Korenica, onde reservámos alojamento para visitarmos o Parque, teve início em Sarajevo. Atravessámos grande parte da Bósnia e Herzegovina passando por lugares lindíssimos, como Jajce ou Bihac, já na fronteira com a Croácia. Foram cerca de 330 km, primeiro pela A1 e E761 na Bosnia e Herzegovina, e depois pela M5 já na Croácia.

A viagem foi cansativa, e como o alojamento ficava numa casa particular (tivemos de avisar que chegaríamos depois de jantar), não houve tempo para apreciar devidamente tantos lugares bonitos. Entre Bihac na Bósnia e Herzegovina e o Parque Natural de Plitvice, já na Croácia, são cerca de 30km. Era sábado à noite e pelo caminho passámos por vários lugarejos em festa, bem animados.

No alojamento, à beira da estrada, mas no meio de um pinhal, já estava tudo sossegado e a proprietária à nossa espera. Foi chegar e tentar descansar. As expectativas para o dia seguinte estavam no auge.

O Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, parque nacional desde 1949 e designado pela UNESCO Património da Humanidade desde 1979, situa-se no centro da Croácia e estende-se por 20 000 hectares, cerca de 300 km2. Divide-se em dois grandes grupos de lagos, 12 superiores e 4 inferiores, que em tons de azul turquesa e verde esmeralda vão formando maravilhosas cascatas de formas e tamanhos diversos. Para todos os gostos, diria.

O dia seguinte começou cedo e não podia estar mais bonito e luminoso. Por volta das 07,30h estávamos a tomar o pequeno almoço e pelas 8h já seguíamos em direcção ao Parque, à entrada 1, que dista uns 15, 20 minutos de carro do alojamento.

Já havia fila na bilheteira, mas nada que assustasse. Daí por meia hora já tinha duplicado ou triplicado. Cerca das 9h começam a chegar os autocarros, e o número de visitantes aumenta consideravelmente. Ingressos comprados, mapa na mão, seguimos a pé durante 7 ou 8 minutos em direcção ao local do parque ( P1 está tudo muito bem explicado, não há que enganar) onde se encontram os autocarros ou trens panorama, como também lhes chamam, que transportam os visitantes ao início do percurso propriamente dito.

O mapa do parque recolhe-se no guiché de informações, onde funcionários muito simpáticos prestam toda a informação necessária. Indicam os percursos mais recomendados, os transportes que estão ao nosso dispor, restaurantes, etc.

Junto aos autocarros pedem-nos os bilhetes, e vamos ocupando lugar no transporte. Cerca de 10, 15 minutos depois está completo e seguimos viagem até ao ponto onde optamos pelo percurso a fazer.






Optámos pelo percurso H, que leva entre 5 a 6 horas, consoante as paragens que vamos fazendo, e que começa nos lagos superiores. Parece ser o que permite tirar maior partido do parque e das suas paisagens. Impacto e admiração sempre em crescendo.



Os primeiros minutos, em fila indiana ao longo dos lagos iniciais, não deixam ainda antever o cenário deslumbrante que se vai desenrolando de forma gradual e tornando cada vez mais arrebatador.




Surgem tímidas e ainda pouco exuberantes as primeiras cascatas, e seguimos, de surpresa em surpresa, saltitando entre passadiços.



































 

Antonia.M.S.

Membro Conhecido
Qual sala de espectáculos, “a boca de cena” vai descerrando e oferece imagens reais a reproduzir os sonhos mais fantasiosos.




























São dezenas de cascatas, lagos de águas límpidas, transparentes, a revelar fundos encantados.

















 
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