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[Report] - Road trip pelos Balcãs- Parte I: Bósnia e Herzegovina, uma bela surpresa

Antonia.M.S.

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Road trip pelos Balcãs- 2019

PARTE I

Bósnia e Herzegovina, uma bela surpresa


Conhecida como uma região historicamente conturbada, território onde se fundem culturas e religiões e com uma natureza exuberante, os Balcãs de há muito se vinham afirmando como um destino de excelência e inadiável. Este ano, e depois de alguma hesitação, ganhou a aposta. De malas prontas e um enorme entusiasmo, partimos finalmente à descoberta da península Balcânica.

Composta por um conjunto de países (Albânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, Macedônia do Norte, Montenegro, Sérvia, o autoproclamado independente Kosovo, a porção da Turquia no continente europeu (a Trácia Oriental), bem como partes da Croácia, da Romênia e da Eslovênia), tem a identidade determinada pela sua história e posição geográfica. Na impossibilidade de visitarmos todos estes países, elegemos os que, por uma questão de proximidade entre si, nos pareciam mais apelativos: Croácia, Bósnia e Herzegovina e Montenegro.

Como a primeira parte das férias foi na Catalunha e a segunda em Londres, voámos de Barcelona para Split, na Croácia, pela Vueling, na ida, e de Pula, também na Croácia para Londres, pela Easyjet, no regresso.

Alugámos carro em Split e entregámos em Pula através da AutoEurope, com supercover, carta verde e taxa de sentido único (entrega em local diferente). A locadora local foi a Active.

O nosso roteiro

Etapa.1: Split – D8 – Kleck – Omis – Porto de Makarska - Neum

Etapa 2 : Neum – Ston – Neum – Pocitelj – Medjugorge – Kravice – Mostar

Etapa 3: Mostar – Blagaj – Ljubinje – Trebinje – Montenegro (Dobrota)

Etapa 4: Dobrota - Kotor – Tivat- Porto de Montenegro- Buvda – Stevi Stefan – Cetinge –Podgorica (apenas passagem) Monte Durmitor (Zabljak)

Etapa 5 - Monte Durmitor (Zabljak) – Pliva -Sarejevo

Etapa 6 – Sarajevo – Bihac – Croácia (Plitvice)

Etapa 7 – Plitvice – Senj– Novi Vinodolski – Bakar- Buzet - Pula



Decidido o destino, seguiu-se a reserva dos voos e a preparação da viagem. E a partir daqui começa o frenesim - definir o roteiro, onde ficar, o que ver, por onde ir... À medida que ia pesquisando mais informação mais entusiasmada ficava.

Tudo indicava que iria adorar cada um dos países e dos lugares, mas as expectativas mais altas centravam-se, sem dúvida, na Croácia e no Montenegro.

Por isso a Bósnia e Herzegovina foi sem dúvida a melhor das surpresas.

Emerge da dissolução da Jugoslávia, é uma república federal e tem Sarajevo como capital. Está limitada a norte e oeste pela Croácia, a leste e a sul pela Sérvia, e a sul pelo Montenegro. Dispõe de uma minúscula extensão de litoral (cerca de 24kms), a região de Neum, que corta o território croata em duas partes não contíguas no litoral Adriático. É composta por duas entidades politicamente autónomas, a Federação da Bósnia e Herzegovina (federação croato-bosníaca) e a República Sérvia (também conhecida como República Srpska, que não deve ser confundida com a Sérvia propriamente dita, e cuja sede é Banja Luka).
A república independente está dividida em duas regiões geográficas: a Bósnia, na parte setentrional, mais montanhosa e povoada por densas florestas, e a Herzegovina, na parte meridional, composta por montes rochosos tendo na agricultura a principal atividade económica.

O que visitámos
Sarajevo, a capital era incontornável, Mostar obrigatório, e juntámos mais 3 ou 4 lugares que se evidenciavam e nos pareciam enriquecer muito a viagem. Assim o nosso percurso na Bósnia e Herzegovina, que não foi seguido, mas por etapas (pelo meio andámos pela Croácia e Montenegro), foi o seguinte:

Neum - Pocitelj – Medjugorge – Kravice – Mostar - Blagaj – Ljubinje – Trebinje – Sarajevo.

Neum

A única cidade costeira da Bósnia e Herzegovina. São 24,5 quilómetros de litoral constituindo o único acesso ao mar do país, no mar Adriático. É sede do município com o mesmo nome e fica no Cantão de Herzegovina-Neretva.

Foi aqui que ficámos na primeira noite da nossa viagem num alojamento local. Simples, barato e com todo o conforto necessário a uma noite.
A cidade, não sendo espetacular, tem umas vistas lindas de alguns pontos (do nosso alojamento por exemplo), tem bastante comércio, alguns hotéis, alojamentos locais e restaurantes. Foi onde pagámos uma das refeições mais caras e com menos qualidade da viagem. Valeu-nos a vista e o pôr-do-sol no Adriático. Absolutamente magnífico.

Alojamento: Apartments MAMPAS


Pocitelj

Património da Humanidade e localizada no município de Čapljina, no cantão Herzegovina-Neretva, Pocitelj fica a acerca de 40 km de Mostar. É uma linda vila histórica do século XIV, fortificada e construída sobre uma colina. Um museu ao ar livre. As construções remontam ao período medieval e otomano.



Percorrer a vila, onde não faltam monumentos (uma Mesquita, uma torre e uma fortaleza), encantadoras lojas de artesanato e cafés, e subir ao topo da fortaleza, sempre com o rio Neretva em pano de fundo, é um passeio belíssimo.



















Adorámos conhecer Pocitelj, onde os vendedores de rua “ofereciam”, por 1€ (ainda que não seja a moeda local), um belo copo de apetitosa fruta fresca e uma grande variedade de frutos secos.





Medjugorje



De Pocitelj pretendíamos seguir em direção às cascatas de Kravice, e bastava-nos voltar para trás, em direção a Čapljina. As cascatas ficariam a cerca de 30 kms.

Mas não percebemos que voltando atrás faríamos menos kms e decidimos seguir em frente na direção de Mostar, e virar à esquerda um pouco à frente, em direção a Medjugorge, que acabámos por visitar.

Esta vila, situada no Sul da Bósnia e Herzegovina, já perto da fronteira com a Croácia, ficou famosa nos últimos anos devido às supostas aparições da Virgem Maria, mais conhecida por Nossa Senhora de Međugorje ou Rainha da Paz.



As ditas aparições são alvo de controvérsia mesmo no seio da Igreja Católica, e curiosa é a opinião do Papa Francisco divulgada em alguns órgãos de comunicação social numa referência às alegadas aparições mensais de Maria em Medjugorje: “a mãe de Jesus não é chefe de correios, que todos os dias manda uma mensagem à hora certa”.

Contudo, estima-se que dois milhões de pessoas viajem anualmente até Međugorje, em busca do conforto espiritual e das graças de Nossa Senhora. A vila, não tendo em termos religiosos e de instalações a dimensão de Fátima, é um verdadeiro local de culto, com todas as variáveis que lhe são inerentes, incluindo a comercial. Está repleta de locais de venda de artigos religiosos.

Peculiar e impressionante é também o espaço das confissões. No largo, ao ar livre, estão distribuídos sacerdotes, sentados em bancos, a confessar os fiéis, que formam longas filas. Estão ali representadas muitas línguas (em frente de cada padre uma placa com a língua em que comunica) mas não encontrei a nossa. Como estamos na rua há barulhos e distrações. A impressão que me transmitiu é também de um espaço mais “comercial” do que espiritual. Os sacerdotes parecem estar a vender o perdão como quem vende castanhas em dias de inverno.



De Medjugorje lá seguimos então para o principal motivo do nosso desvio ao trajeto de Mostar: as cascatas de Kravice.
 
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Antonia.M.S.

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Kravice waterfalls



Cerca de 20 kms depois de Medjugorge surgem as belas cascatas de Kravice.

Deixámos o carro no amplo parque (de terra, mas bem cuidado) disponível, e grátis, e dirigimo-nos à bilheteira para compras as entradas, que custam cerca de 6€/pessoa. Iniciámos a descida da escadaria até às cascatas e apesar da luxuriante vegetação, a pouco e pouco, vai-nos sendo desvendada a beleza do local.

As cascatas são realmente muito bonitas e não faltavam visitantes.



A multiculturalidade deste país estava ali bem presente. Percebiam-se visitantes estrangeiros, mas também muitos nacionais. Pode tomar-se banho no lago formado pelas cascatas. Às mulheres de alguns grupos (e havia bastantes), isso está vedado, só lhes restando observar e, digamos assim, divertirem-se com o divertimento dos filhos e dos maridos, que se banhavam regaladamente, pois o dia estava bastante quente.

A mim a temperatura da água não me convenceu e fiz como elas, observei. De resto, a paisagem é maravilhosa.







Mais refrescados seguimos diretos para Mostar.

Mostar



Fomos saltitando de surpresa em surpresa e cada vez mais fascinados à medida que a viagem avançava. Mas se todos os sítios onde estivemos excederam as expectativas, a sedutora Mostar, mais oriental que europeia, maravilhou-nos.

Antes de mostrar um pouco desta inesquecível cidade, da sua arquitetura, dos lugares icónicos e também das feridas ainda abertas por uma guerra muito recente, vou contar como foi atribulada a nossa chegada e como, apesar disso, fomos conquistados de forma imprevista e incondicional.

Uma viagem sem alguma aventura não tem a mesma graça. E algumas situações inesperadas conseguem toldar-nos completamente o raciocínio. Neste episódio da viagem foi o caso e hoje rimo-nos, mas na altura não achámos assim tanta graça.

Na preparação de uma road trip há sempre muitos aspetos a organizar: o aluguer de carro, os alojamentos, os percursos, os mapas, o que visitar, as questões de comunicação, etc. E ainda que hoje tenhamos a vida tremendamente facilitada pelas novas tecnologias, há sempre detalhes, que se não forem bem articulados, podem trazer alguma perturbação.
Pensando na facilidade que temos hoje em “sermos conduzidos”, descarreguei atempadamente para o telemóvel todos os mapas de que iríamos precisar. E decidi levar o velhinho GPS (sem atualizações há anos) e introduzidas as coordenadas dos alojamentos onde iríamos ficar. Não fosse o diabo tecê-las.

Porém, e chamem-lhe burrice, desatenção, o que quiserem, porque foi tudo isso e mais, esquecemo-nos completamente que o Montenegro e a Bósnia e Herzegovina não pertencem à União Europeia e não estão por isso incluídos nos planos de roaming das operadoras.

Seguimos de GPS nos telemóveis, ora num ora noutro, sem nunca nos lembrarmos de desligar os dados e íamos enviando aos filhos fotos dos lugares fantásticos em que íamos tropeçando. Nós não nos lembrámos, mas a NOWO sim, lembrou-se, e tratou de nos avisar da forma menos amigável. A conta não se fez esperar através de uma mensagem bem desagradável para quem anda a passear. E não foi calada, o estrago já era considerável, tendo em conta que usámos os dois telemóveis. Depois de casa roubada trancas na porta e claro, dados bloqueados. Parece-vos que me lembrei que tinha descarregado os mapas? De todo.

O caminho até Mostar e todas as voltas que resolvemos dar entretanto (Pocitelj, Medjugorje e cascatas Kravice), não trouxeram qualquer problema. As indicações na estrada foram suficientes. O pior foi mesmo quando chegámos a Mostar, e tentámos, de todas as formas que conhecemos (continuando a ignorar que tínhamos os mapas offline), chegar ao alojamento. O GPS vingando-se da troca pelos telemóveis nos últimos tempos, recusou-se a levar-nos onde lhe pedíamos. Oferecendo-lhe as coordenadas corretas ou a morada, nada resultava, insistia em nos enviar para o extremo oposto da cidade. Foi uma luta, até decidirmos desligá-lo, porque eu sabia que o alojamento era muito perto do centro. Tinha tido esse cuidado na reserva, ficar num sítio relativamente central.

Andámos bem mais de uma hora para trás e para a frente e vimos dezenas de alojamentos, mas nunca o nosso. Mostar não é grande, mas quando não conhecemos os lugares tudo nos baralha. Já cansados, e colocando a hipótese de chamar um táxi para nos levar ao alojamento, foi a minha técnica preferida que nos valeu. Voltando ao sítio onde nos levavam as coordenadas do GPS, uma pequena rua de um bairro residencial, encontrámos um simpático jovem bósnio, a quem fui pedir perguntar se conhecia o Hotel. Conhecia, e não só nos encaminhou, explicando a direção a tomar, como foi de carro atrás de nós (só nos apercebemos ao chegar perto do alojamento) para se certificar de que não nos voltávamos a perder.

Finalmente o destino e muita alegria. A sensação de alívio foi tal que nos esquecemos das regras de trânsito e para chegar em grande, fizemos toda a rua do alojamento, que é de sentido único, no sentido contrário.

Não entrámos da forma mais tranquila em Mostar mas foi sem dúvida a mais calorosa. Há sempre uma lição a retirar das contrariedades. A amabilidade e generosidade do jovem lembrou-nos que o melhor do mundo são as pessoas, e deixou-nos com uma sensação de paz e alegria, prontos para desfrutar da cidade. A forma como fomos recebidos no alojamento reforçou este sentimento, e fez-nos esquecer de imediato o stress inicial. Sentimo-nos realmente bem-vindos.

O alojamento, a Villa Hum, está muito bem situado, a rua converge diretamente no coração da velha Mostar, no Old Bazar (Kujundžiluk), a rua empedrada que acede à Stari Most.
O nosso anfitrião, se não nasceu para a profissão fá-lo da forma mais profissional e eficiente que já vi fazer.
Depois de nos oferecer algo para beber, pediu-nos para nos instalarmos confortavelmente num sofá (uma dádiva depois de todo o cansaço), e de mapa da cidade na mão contou-nos tudo o que precisávamos de saber para a conhecer. Uma autêntica lição de turismo e de história. Só depois subimos aos nossos simpáticos e calorosos aposentos, bem ao nível de um bom Hotel.

Mais calmos, refrescados, e com todas as indicações (até dos melhores lugares para jantar), partimos, já ansiosos por conhecer a cidade.

Do alojamento ao centro, que fervilhava de vida àquela hora, são, sem pressas, menos de 10 minutos a pé. Um colorido incrível e uma miscelânea de cheiros e sons. Agradáveis, convidativos. Um museu a céu aberto. Turistas muitos, claro, mas afinal nós também o somos.

O principal símbolo de Mostar é a sua ponte, mas a cidade, situada na região da Herzegovina, no vale do rio Neretva, com uma arquitectura marcada sobretudo pelos períodos em que esteve sob o domínio dos impérios otomanos e Austro-Húngaro, oferece, para além de um enquadramento paisagístico fantástico, muito património, uma mistura cultural e religiosa notável (partilhada por católicos, islâmicos, ortodoxos e judeus) e uma excelente gastronomia.



A ponte velha e o centro histórico de Mostar foram classificados como Património Mundial da UNESCO em 2005. As belas mesquitas destacam-se e dominam a paisagem da cidade. Ao fundo destaca-se o campanário da Igreja católica de S. Pedro e S. Paulo.

Percorrendo a cidade velha, o seu atrativo e colorido bazar, motivo de tentações mil, as ruas empedradas, as suas pontes mais famosas (a principal Ponte Velha ou Stari Most e a Kriva Cuprija), quase nos esquecemos do conflito vivido na cidade, e no país, num passado tão recente. Só que as feridas da guerra estão lá, fortes, e marcam a sua presença de forma impressionante nas ruas que circundam o coração da cidade velha.







Jantámos, já um pouco tarde, no Hindin Han, recomendado pelo nosso anfitrião. E que bem jantámos. Muito boa confeção e uma das refeições mais baratas de toda a viagem (único ponto negativo, como já era tarde não nos serviram sobremesa).

Era o momento de nos embrenharmos nas ruelas, seguirmos a multidão, espreitarmos o artesanato, comermos um gelado, andarmos pelos bairros junto ao centro, e voltarmos ao alojamento. Já tarde e com o corpo a pedir descanso.
Mostar é um lugar especial.
Maravilhamo-nos, entristecemo-nos, voltamos a maravilhar-nos. O melhor e o pior da natureza humana convivem num mesmo espaço. A beleza das construções e a sua destruição. A singularidade da cidade impressiona.



Voltei à cidade velha na manhã seguinte, sozinha, pouco depois do dia nascer. Pelas 7 horas já se sentia um calor abrasador. O primeiro encontro foi com a igreja católica de S. Pedro e S. Paulo, situada muito perto do nosso Hotel.





Percorrer a cidade com as ruas desertas, em silêncio, sem turistas, quando o comércio começava a despertar e as lojas de souvenirs, espaçadamente e sem pressas, a abrir as portas e a recolocar o magnifico artesanato.



Descer ao rio e deixar-me seduzir pela Stari Most, percorrê-la pouco depois e tê-la só para mim, foram privilégios únicos. Momentos de encanto.



Numa esplanada, ainda vazia, um momento de ternura. Uma mamã gata, vigilante, amamenta um filhote enquanto o outro parece esperar, paciente, pela sua vez.

 
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Antonia.M.S.

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Aos poucos, tranquilamente, recomeça a rotina diária. O bulício habitual, os turistas, os vendedores, os habitantes locais. Num mesmo espaço, uma enorme heterogeneidade.

















Regresso à Villa Hum para tomar o pequeno-almoço, e a seguir de novo, agora já com o meu companheiro de vida e de viagem, voltámos à cidade. A esta hora já cheia de vida.

Percorremos as ruas em volta do centro, onde nos comovemos e impressionámos com a destruição provocada pela guerra. Prédios cravejados de balas, belos edifícios em ruínas, o cemitério, onde as lápides revelam rostos de homens, mais e menos jovens, mas todos na flor da vida, e apenas um período da história: 1993-1995.

Repetimos os lugares icónicos no coração de Mostar.











Não resistimos, e provámos o famoso café Bósnio num café da rua que vai dar à Stari Most. Não nos convenceu (muito caro, €2, e cheio de borras).



Comprámos souvenirs.



Seguimos em direção à Stari Pazar, para passar a Lucki Most, a ponte de frente para a Stari Most, de onde se obtém o melhor panorama da ponte velha.

Contrariados e já com alguma nostalgia, regressámos à Vila Hum. Chegava a hora de seguir caminho.
Não sei se voltaremos. Nunca sabemos. Mas partimos muito mais ricos e de coração cheio. Por muito que tivesse lido sobre Mostar não esperava gostar tanto desta cidade. Na minha imaginação, reduzia-se, de algum modo, a uma ponte fotogénica e a um excesso de turistas. Puro engano, Mostar também é isso, mas tem alma, é um tesouro.
 
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Antonia.M.S.

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O que ver em Mostar

Bazar (Kujundžiluk)


Uma enorme profusão de artesanato, especialmente oriental, restaurantes e cafés caracterizam este espaço a céu aberto. Um presente a todos os sentidos.



Stari Most

Construída em 1566 e amada ponte velha foi destruída na guerra com a Sérvia no princípio dos anos 90. Um duro golpe para os bósnios em especial para os habitantes de Mostar. Levou alguns anos a ser reconstruída, mas após um esforço conjunto, com fundos da Bósnia e de vários países europeus, reabriu em 2004. Ladeada pelas torres Tara e Halebija a ponte é hoje um ícone e o principal ponto turístico de Mostar.



Kriva Cuprija

Concebida à imagem da Stari Most esta ponte, também conhecida como a Ponte Torta, cruza o rio Rabobolja, um dos afluentes do Neretva. Situa-se da parte de trás da Ponte velha de forma muito discreta e é igualmente muito bonita.





As mesquitas

Destacam-se a Koski Mehmed Pasha Mosque (melhor arquitectura, decoração interior e vistas do minarete sobre a cidade velha), a Karađoz Bey Mosque (maior cúpula e minarete) e Karađoz Bey Mosque (caracterizada por uma arquitectura mais mediterrânica). Todas são completadas pelos tradicionais cemitérios muçulmanos.





Museu Herzegovina ou Museu da Ponte Velha (Muzej Starog mosta),

Está localizado na Torre Tara e preserva, sobretudo, o património histórico-cultural da Herzegovina.



Museu da Guerra e das Vítimas de Genocídio

A War Photo Exhibition, uma exposição documentada com fotos, objectos, documentos e testemunhos reais, tenta explicar os horrores da guerra com a Sérvia entre 1992 e 1995. A não perder.

Complexo franciscano da Igreja de São Pedro e São Paulo, ao fundo

A igreja católica. O seu alto campanário oferece uma das melhores vistas da cidade, a 360º.



Depois de visitada esta cidade maravilhosa rumámos ao Montenegro, incluindo no nosso percurso alguns pontos de interesse. Um deles foi Blagaj.

Alojamento: Villa Hum
 
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Antonia.M.S.

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Blagaj

Saindo de Mostar em direcção a sul, Blagaj fica a uns meros 12 km. Em cerca de 15 minutos estamos na pacata vila, que em nada denota a afluência turística junto ao famoso mosteiro Tekija.

Deixámos o carro no parque de uma casa particular por 1€ (há muitas pessoas a oferecer), e fizemos uns 600 metros a pé. Estava bastante calor e não soube nada bem, mas fez-se. No percurso para o Mosteiro, à saída da vila, há também muitas lojinhas com artesanato local e estabelecimentos de restauração. Mais perto do Mosteiro há muito estacionamento, mas não avaliei preços.

O encanto de Blagaj está no seu mosteiro, um importante monumento da primeira era Otomana no país, construído no século XVI, e no rio Buna, um rio subterrâneo, com muito calcário e que sai de dentro de um incrível bloco de pedra com 200 metros de altura.

O que foi seguramente um local místico, é hoje um local de grande movimentação turística. Lojinhas com souvenirs e muitos restaurantes animam muito o local, mas também lhe retiram alguma paz e espiritualidade. Em todo o caso, é um lugar bem bonito e merece muito uma visita.











Ljubinje

Parámos em Ljubinje um pequeno povoado no sul do país, para tomar uma refeição leve, de sandwiches, iogurtes e fruta, e encontrámos esta magnífica igreja ortodoxa. Encontrava-se encerrada, não conseguimos visitar.




Trebinje

Parece ser uma cidade muito bonita, mas o nosso pensamento já estava no Montenegro e apenas demos um passeio de carro. Descobrimos as fantásticas piscinas da foto e só nos apetecia banharmo-nos também. Parámos numa bomba para comprar um produto para o carro, porque já vinha desde as montanhas a acender uma luz. Os senhores na bomba foram bastantes simpáticos. Tentaram perceber qual seria o problema e venderam-nos o produto certo.



A última etapa do percurso na Bósnia e Herzegovina teve início em Sarajevo. Seguimos dali novamente para a Croácia, com destino aos Lagos Plitvice num trajeto igualmente muito bonito pelo interior do país. Passámos por lugares lindíssimos, como Jajce ou Bihac, já na fronteira com a Croácia.



Jajce

A cidade de Jajce (a cidade das cascatas e dos lagos Pliva), onde estivemos de fugida, parece ser muito bonita mas denota uma região mais pobre. O seu castelo surge a dominar a paisagem e entrámos apenas para ficar com uma ideia dando uma volta de carro.



Perto de Jajce encontramos os lagos Pliva. Os seus moinhos de água, cascatas e praias fluviais, formam um lugar lindíssimo, muito tentador e que apetece desfrutar.

Lagos Pliva








Seguimos viagem e jantámos em Bihac (na fronteira com a Croácia) muito bem e barato, (a refeição mais barata d e toda a viagem e uma da melhores: costeletas de borrego grelhadas, salada, batatas fritas e bebidas, para dois, por 10€) e tentámos dar uma volta pelo centro, mas decorriam as festas da cidade e o trânsito na cidade estava caótico.

Entre Bihac na Bósnia e Herzegovina e o Parque Natural de Plitvice, já na Croácia, são cerca de 30 km. Era sábado à noite e pelo caminho passámos por vários lugarejos em festa, bem animados.
 
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Sarajevo

Com cerca de 400 000 habitantes, situada nas margens do rio Miljacka e cercada pelos Alpes Dináricos, Sarajevo é uma bela cidade histórica, multicultural, onde não faltam monumentos e locais de interesse para visitar. Conquistada a paz e a independência, a capital da Bósnia e Herzegovina tem vindo a afirmar-se como destino turístico de excelência.

Viajámos para Sarajevo desde os Montes Durmitor no Montenegro, num dos mais bonitos percursos da viagem. Sempre a oferecer-nos paisagens maravilhosas, o rio Piva acompanha-nos quase até à saída do Montenegro, onde encontra o rio Tara, na fronteira com a Bósnia e Herzegovina. Não o esperávamos, tão verde, tão montanhoso, com tantos rios e cascatas, com tantos pontos de interesse. Histórica e culturalmente já o sabíamos muito rico.

A imagem de Sarajevo, a capital da Bósnia e Herzegovina, surge-nos muitas vezes associada a um cenário de guerra e destruição vividas num passado muito recente. Os menos jovens lembrar-se-ão das imagens marcantes que a televisão passava durante a Guerra dos Balcãs. As feridas ainda estão abertas, as marcas bem visíveis, mas encontramos um país determinado a se reerguer. É uma cidade muito bonita, que adorámos conhecer. Muito viva, cheia de atrativos, boa energia e muito calorosa. Em boa hora a incluímos no nosso roteiro pelos Balcãs.

A cidade está ligada a alguns dos acontecimentos mais marcantes do século XX. Por um lado, a 1ª grande guerra que eclodiu depois do assassínio do arquiduque da Áustria, Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria-Hungria, na cidade; por outro, a Guerra dos Balcãs.

Só em 1992 o país viria a conhecer a independência, mas com ela veio também a guerra. Foi nesta altura que eclodiu a guerra dos Balcãs (entre 1992 e 1995), uma guerra civil que chocou a Europa e o mundo. Marcada por um genocídio de proporções apenas superadas pelo regime nazi, na II Guerra Mundial, levou a vida a cerca de 200 000 pessoas, homens, mulheres e crianças.

A cidade

Não fizemos um roteiro muito elaborado, iríamos ficar dois dias incompletos e seria de aproveitar o mais possível. No primeiro teríamos a tarde, e no seguinte prevíamos partir depois de almoço, quando o calor dificultasse os passeios.

Na chegada fomos primeiro conhecer o nosso alojamento aproveitando para deixar o carro estacionado no parque privativo. Ficámos muito agradados, tanto com o Hotel, como com a localização e no final, muito satisfeitos com o alojamento proporcionado. Quartos limpos, muito espaçosos e com uma decoração muito agradável, bom pequeno almoço, um belo espaço exterior, estacionamento grátis e perto do centro. Anfitriões muito simpáticos e disponíveis. O nosso quarto tinha uma vista fabulosa sobre Sarajevo.

Conhecido o alojamento, carro estacionado no parque privado do Hotel, partimos à descoberta. As vistas do nosso quarto deixavam antever uma cidade encantadora.







Estávamos ansiosos por conhecer mais.

Baščaršija

Um dos seus principais cartões-postal, esta praça no coração da Cidade Velha, a partir da qual se estendem ruas estreitas cheias de lojas, é hoje o centro nevrálgico da cidade. Também é conhecida como a praça dos pombos. Fica localizado na margem norte do rio Miljacka e foi dos primeiros lugares onde estivemos, foi daqui que partimos para outros pontos de interesse, percorrendo encantadoras ruelas, admirando o imenso e diversificado artesanato assim como o património histórico que se distribui pela cidade.





O artesanato



Fonte Sebilj Brunnen

Fica na Bascarsija e é também um dos ex-libris da cidade.



Os típicos tramway de Sarajevo.
Com formatos e cores distintas são provenientes de várias cidades da Europa, depois de todos os existentes em Sarajevo terem sido destruídos na Guerra dos Balcãs.



Habitantes de Sarajevo fazem o seu habitual jogo de xadrez matinal numa praça da cidade



Museu Gazi Husrev Bey

É dedicado a Gazi Husrev Bey uma figura marcante da história da Bósnia e governador entre 1480-1541.



A ópera





Universidade de Sarajevo





 
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Sendo uma cidade multicultural e a única cidade da Europa onde os templos de quatro religiões distintas partilham o mesmo quarteirão (várias mesquitas, a sinagoga, e as igrejas católica e ortodoxa situam-se no centro antigo), o centro histórico encontra-se de certo modo dividido. Conta com uma parte mais ocidental, com construções ao estilo europeu, e uma parte marcadamente oriental, onde encontramos por exemplo os belos cafés ao estilo turco.





Um café do lado oriental



Um café do lado mais ocidental



Um café muito colorido





Os minaretes, espalhados por toda a cidade.



Ponte Latina e Casa Museu

Esta ponte está associada a um dos acontecimentos mais importantes do século XX, a I Grande Mundial.

Em 1914 o Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro e a sua esposa, Sophie, foram assassinados a tiros quando a sua comitiva passava a Ponte Latina o que levou a que a Austria declarasse guerra à Sérvia e ao início da I Guerra Mundial. O assassino era sérvio e pertencia a um grupo revolucionário nacionalista (Mão Negra) que defendia a união dos países da Jugoslávia.

O prédio, na esquina com vista para a Ponte Latina, foi transformado em museu dedicado ao Arquiduque e foi colocada uma placa memorial na esquina da rua. A percepção histórica do local foi mudando ao longo dos anos, e o museu foi sofrendo alterações. Hoje é dedicado ao período do domínio austro-húngaro em Sarajevo ( 1878 a 1918).





Bazar coberto Gazi-Husrevbey









Rio Miljacka

 
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Catedral Ortodoxa







Igreja de Santo António de Pádua





Ponte Festina Lente





Academia das Artes





A central de cervejas



As feridas da guerra

Passarmos pelos locais e não conhecermos a sua história, o seu passado, é alhearmo-nos de tudo o que está à nossa volta e negarmos a história, factos e acontecimentos muitas vezes cruéis, mas reais.







Na Bósnia e Herzegovina é impossível ficarmos indiferentes a um dos actos mais cruéis da contemporaneidade, o massacre de Srebrenica.



Uma exposição em Sarajevo, na Galeria 7/11/95, assinala os vinte anos e é o primeiro centro de exposições dedicado ao massacre. Para além de fotografias, o público pode ver vídeos com testemunhos de sobreviventes que conseguiram escapar à tragédia. As atrocidades, iniciadas em julho de 1995 pelo general Ratko Mladic, foram classificadas como genocídio pela justiça internacional.



As fotos são da responsabilidade do fotógrafo bósnio Tarik Samarah que tem dedicado grande parte da sua vida à documentação do massacre de Srebrenica. A galeria abriu há três anos e tem recebido milhares de visitantes.

“Depois de ter passado os anos da guerra de 1992 a 1995 em Sarajevo, fui para o leste da Bósnia. Apesar de ter visto diariamente o assassínio de civis não estava preparado para o que vi nas florestas do leste da Bósnia. Quando caminhei pelos cadáveres e vi partes de corpos arrastadas pelos animais e espalhadas pela floresta percebi que não podia ser apenas um observador. Qualquer pessoa que veja um crime desta natureza tem de ser uma testemunha informada e responsável”. Testemunho devastador de Tarik Samarah.

Depois do holocausto era inconcebível à Europa, e aos europeus, aceitar a existência de outro genocídio. O facto é que o impensável aconteceu. O massacre de Srebrenica levou à morte, de 11 a 25 de julho de 1995, de 8 373 bósnios muçulmanos, de adolescentes a idosos, com idades variadas.

A exposição não é um lugar onde se queira ir, tampouco um lugar onde se goste de estar, mas é de passagem obrigatória se estivermos em Sarajevo.

Se entramos dispostos a saber e conhecer mais sobre esse terrível acontecimento da história da humanidade, saímos tristes, deprimidos, magoados, desiludidos. A crueldade humana parece não conhecer limites. É sem dúvida um lugar incontornável.

As Rosas de Sarajevo

Não são flores, mas antes um forte símbolo da luta pela sobrevivência. Sarajevo esteve durante 1425 dias sob fogo. As 330 granadas por dia (470 000 no total) deixaram marcas profundas. Nas vidas, nos corações, no património, nos locais. Depois da guerra começaram a surgir marcas de resina vermelha no pavimento, por vários locais ao longo da cidade, para que não se esqueça o sangue inocente derramado durante o horrível conflito. São muitos os locais onde as marcas da guerra estão bem visíveis.



Biblioteca (Vjecnica)

Situada nas margens do rio Miljacka é um dos monumentos mais emblemáticos de Sarajevo. Fica à beira do rio, perto do centro antigo, e foi completamente destruída durante a guerra dos Balcãs. Muitos livros e documentos antigos foram perdidos. Foi restaurada e inaugurada em 2014.





Mercado (Markale)

Um dos locais mais bombardeados de Sarajevo. O primeiro ataque ocorreu em 5 de fevereiro de 1994, 68 pessoas foram mortas e 144 outras foram feridas. O segundo ocorreu em 28 de agosto de 1995, quando cinco projéteis de morteiro mataram 43 pessoas e feriram outras 75. O último ataque desencadeou a intervenção da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) contra o cerco sérvio, e acabaria por levar aos Acordos de Paz de Dayton e ao fim da guerra na Bósnia e Herzegovina.



 
Última edição:

Antonia.M.S.

Membro Conhecido
Em Sarajevo não visitámos tudo o que gostaríamos (3, 4 dias será o ideal), mas ficou em nós um sentimento de solidariedade e de esperança. Que o tempo possa amenizar a dor, cicatrizar as feridas e que nunca mais voltem os dias de horror. Adorámos conhecer Sarajevo, uma cidade europeia com uma alma oriental.



















Uma das nossas refeições num restaurante central, no centro velho: carne de borrego grelhada e claro, o típico Cevapi. Tudo delicioso.


Alojamento: Hotel Vila Hayat

Algumas dicas gerais

Moeda:
A moeda utilizada na Bósnia e Herzegovina é o marco: 1€ = 2KM. Em muitos restaurantes e hotéis (em Sarajevo, por exemplo não aceitaram embora nada fosse referido na reserva) não aceitam cartões, mas aceitam euros sem problemas.

Restauração: A gastronomia Bósnia, como de resto em toda a região dos Balcãs onde estivemos, é muito à base de carne, sobretudo de borrego. Bem confecionada e muito saborosa. Preços mais baixos que em Portugal. Os queijos e enchidos são irresistíveis e com sabores muito próprios. Provamos no Mercado, em Sarajevo, e adorámos.

Mesquitas: Não esquecer que a visita às mesquitas tem regras de conduta e vestuário próprias. As mulheres devem ter sempre os ombros e cabeça cobertos.

Documentação: Para nós portugueses/as, só é necessário o cartão de cidadão.

Clima: Fomos em julho e as temperaturas estavam altas, nunca menos de 35, 36º. Levem roupa fresca.

Alojamentos: Há uma oferta enorme de alojamentos, a preços muito simpáticos.


Terminou assim a nossa viagem por este belo país, marcado pelos horrores de uma guerra recente e muito cruel, mas repleto de belas paisagens, natureza exuberante, um património histórico e cultural muito rico e diversificado e um povo muito acolhedor.

A Bósnia e Herzegovina foi uma das grandes surpresas desta road trip e ficou seguramente muito para ver, esperamos poder voltar um dia.
 
Última edição:

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Acabei de me apaixonar pela Bósnia e Herzegovina! 🤗
Que cidades encantadoras, que paisagens lindas, e tão repletas de história! Apetece comprar os voos e ir!
Adorei amiga, fico a aguardar pelo resto da viagem. 😘
 
Última edição por um moderador:

PauloNev

Moderador Honorário
Staff
Muito obrigado pela partilha.
Belas fotos de tantos locais interessantes, e que deixam uma imensa vontade de ir conhecer.
Boas viagens ;)
 

Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Que report fantástico!! Excelentes fotos, super detalhado e com bastantes dicas para quem quer conhecer este país. Quando lá estive há 3 anos atrás, só fui a Mostar e Sarajevo, sabia que haveria mais locais interessantes, mas o tempo não dava para tudo... bom motivo para regressar. ;)

Ainda tenho de ir espreitar os outros reports do resto da viagem para matar saudades.

Obrigado pela partilha! :)
 

Ricardo_7

Membro Conhecido
Olá! :D

Muito obrigado pelo fantástico report, que maravilha! Cheio de fotos e dicas, como a malta gosta! Isto é que foi uma aventura!

Boas viagens ;)
 

PaulaCoelho

Membro Conhecido
A Bósnia também foi para mim uma bela surpresa e achei Sarajevo uma cidade extremamente acolhedora... quando lá estive disse logo que haveria de voltar com mais calma e planeio fazê-lo pois estão aqui no report belas localidades que não conheço e que merecem uma visita.

Foi bom recordar este belo país.
Obrigada :D
 

Antonia.M.S.

Membro Conhecido
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