PatriciAbrantes
Membro Conhecido
Eis o parco relato de uma viagem inesquecível. Uma viagem ao ritmo e ao sabor da natureza. Das pessoas. Do trânsito. Do cheiro a Terra.
Informações práticas mais relevantes (preços por pessoa):
Voos – Royal Air Maroc 405€
Voo interno para Diani Beach: 150€ (há opções mais baratas: autocarro ou comboio até Mombassa + ferry até Diani)
Budget small group Safarai 5 dias/4 noites: Masai Mara (Rhino Tourist Camp)+Lake Nakuru (Lanet Matfam Resort) – African Safari Packages & Holidays - Tours & Safari Packages - Tratado por Simon Milambo - 600 USD
Private Safari 3 dias/2 noites: Amboseli (Kibo Safari Camp) - Kenya Safaris | Kenya Jeep Safaris | Nairobi Safaris | Kenya safari Packages 2017/18 - Absolutamente fantástica esta agência : Julius Tact Safaris (Nairóbi) - O que saber antes de ir - Sobre o que as pessoas estão falando - TripAdvisor - 495 USD
Total da viagem de Aveiro, com uma ida ao Quénia pelo meio, Aveiro: 2300€ por pessoa
África é de facto um continente com uma natureza diversa e única e lugares que só podem ser vistos e sentidos lá, no lugar onde a Terra cheira a terra, a pó vermelho e amarelo intenso.
O Quénia contem em si uma amostra das diversas maravilhas africanas. As pessoas. Sempre e em primeiro lugar as fantásticas pessoas que fazem do Quénia um lugar especial e onde tudo funciona ao minuto, com eficácia e muita cordialidade (legado do colonialismo inglês). Uma cultura contagiosamente vibrante.
Da mítica e mística terra dos Masai Mara composta por uma vasta selva e savana na qual partimos inebriados em busca dos Big five, aos picos nevados do Kilimanjaro como pano de fundo de Amboseli.
Dos diversos lagos com uma fauna e flora imensamente verdejante e diversa às paradisíacas praias cheias de uma personalidade forte e meigamente selvagem, de areia branca e mares multicolores da costa do Oceano Índico.
E foi por aqui que começou a nossa viagem. Fomos à procura de algo que não fosse Zanzibar. Queríamos algo mais genuíno, menos massificado, mais calmo.
E encontrámos em terras queniana um lugar que satisfez todas as medidas: Diani Beach.
A areia branca aqui cobre cerca de 25 quilómetros e funde-se gentilmente no cálido esverdeado esmeralda com entrelinhas de um azul caribeño Oceano Índico.
Diani Beach é conhecida pelo seu gigantesco recife, que serve como um escudo natural contra as ondas e garante que a água é maravilhosamente silenciosa e relaxante na a perder de vista laguna que forma.
Dia um:
chegámos ao aeroporto internacional de Nairobi perto das 3 a.m. Tratámos do visto (50USD/40€), que dado o câmbio favorável, foi pago em euros.
Foi bastante rápido e sem pressas fomos trocar dinheiro e negociar um táxi para nos levar para o Wilson Airport, pois de lá seguiríamos, às 12.30, para Ukunda Air Strip (Diani Beach). Pagámos em Shillings o equivalente a 20 dólares (podia ser menos, mas dada a hora e o cansaço da viagem, quando a negociação chegou a esse valor aceitámos).
Após uma longa mas confortável espera em Wilson Aiport, chegou a avioneta que nos levaria para o paraíso.
Já havíamos tratado cá de contratar pick-up com o hotel onde ficaríamos hospedados as próximas 5 noites.
Sem atrasos, às 13.40 estávamos em Ukunda Air Strip e lá nos esperava o carro que nos levou ao hotel.
Check-in e tal e foi hora de começar uma tarde de “aclimatação”. Sim, após 5 anos a viajar para a Ásia, esta nova paisagem de praia e esta nova realidade de praia algo confinada ao hotel por razões de segurança (à noite) e comodidade (durante o dia) precisou mesmo de “aclimatação”.
Após o impacto inicial, o dia seguinte já acordou com a paixão por aquelas paisagens e estilo de estar (muito relaxado) completamente a arrebatar-nos.
Foram dias maravilhosos passados ao sabor do sol, das chuvadas fortes que rapidamente se dissipavam, do tempo sem horas, da comida deliciosa, das gentes simpáticas.
Realço o jantar maravilhoso (que também marcámos a partir de cá, pois esgota com facilidade) no Ali Barbour's Cave Restaurant:
“Ali Barbour's Cave Restaurant is set in a natural coral cave with a series of interlinked chambers. The main part of the restaurant has an open roof top and on a clear night you can enjoy the beauty of South Coast’s starry night!!! Talk about dining under the stars and yet experience the luxury of fine dining. The setting is unique, mysterious and romantic, all at the same time.”
Chegado ao dia 6º da viagem em terras africanas (22 do calendário do mês de agosto) era hora de abandonar esta boa vida e ir rumo a Nairobi. Ainda aproveitámos bem a manhã na praia após o que seguimos para o Ukunda Air Strip e às 15.30 chegámos a Nairobi (Wilson Airport) onde nos esperava o transporte já previamente contratado com o hotel (Kheweza bed and breakfast).
Ora por mais calmas ora por mais caóticas ruas de Nairobi, sempre perto do hotel. Entre lojas de Indianos, mercearias de Quenianos e o sempre fascinante e um divertido passeio por um mercado local de frutas e vegetais, onde comprámos uns maravilhosos mangos e maracujás, assim passámos um par de horas a vaguear e a absorver esta nova cultura e realidade.
Voltámos ao hotel para preparar as malas para o dia seguinte, pois a saída para o primeiro Safari da nossa vida estava marcada para as 7.30. Após um jantar bem saboroso, relaxado no rooftop do hotel, fomos dormir cedo.
No dia seguinte, tomado o pequeno almoço, eram 7.20 quando o Simon já esperava por nós. Tratado o pagamento do Safari, foi hora de rumar a Masai Mara, numa longa viagem em que o país foi fazendo a sua apresentação pela janela da van.
Crianças a dizer olá, adeus, a jogar à bola. Aquela típica imagem de crianças a correr com um pau na mão e um aro de roda de bicicleta que se vai mantendo em andamento até “descarrilar”. A pobreza, sim a pobreza. Essa dura realidade que se estende por quilómetros de barracas nos subúrbios de Nairobi, barracas essas que com o passar dos quilómetros se transformam em arrozais, plantações diversas, bananeiras, escolas cheias uniformes sorridentes, rebanhos imensos, rios ladeados por pessoas a lavar roupa, mercados de rua, homens e mulheres a vender fruta aos carros que passam, a terra vermelha, a luz, sons e cheiros que nenhuma descrição conseguirá fazer sentir. Enfim o caos e o charme africano em doses iguais.
Informações práticas mais relevantes (preços por pessoa):
Voos – Royal Air Maroc 405€
Voo interno para Diani Beach: 150€ (há opções mais baratas: autocarro ou comboio até Mombassa + ferry até Diani)
Budget small group Safarai 5 dias/4 noites: Masai Mara (Rhino Tourist Camp)+Lake Nakuru (Lanet Matfam Resort) – African Safari Packages & Holidays - Tours & Safari Packages - Tratado por Simon Milambo - 600 USD
Private Safari 3 dias/2 noites: Amboseli (Kibo Safari Camp) - Kenya Safaris | Kenya Jeep Safaris | Nairobi Safaris | Kenya safari Packages 2017/18 - Absolutamente fantástica esta agência : Julius Tact Safaris (Nairóbi) - O que saber antes de ir - Sobre o que as pessoas estão falando - TripAdvisor - 495 USD
Total da viagem de Aveiro, com uma ida ao Quénia pelo meio, Aveiro: 2300€ por pessoa
África é de facto um continente com uma natureza diversa e única e lugares que só podem ser vistos e sentidos lá, no lugar onde a Terra cheira a terra, a pó vermelho e amarelo intenso.
O Quénia contem em si uma amostra das diversas maravilhas africanas. As pessoas. Sempre e em primeiro lugar as fantásticas pessoas que fazem do Quénia um lugar especial e onde tudo funciona ao minuto, com eficácia e muita cordialidade (legado do colonialismo inglês). Uma cultura contagiosamente vibrante.
Da mítica e mística terra dos Masai Mara composta por uma vasta selva e savana na qual partimos inebriados em busca dos Big five, aos picos nevados do Kilimanjaro como pano de fundo de Amboseli.
Dos diversos lagos com uma fauna e flora imensamente verdejante e diversa às paradisíacas praias cheias de uma personalidade forte e meigamente selvagem, de areia branca e mares multicolores da costa do Oceano Índico.
E foi por aqui que começou a nossa viagem. Fomos à procura de algo que não fosse Zanzibar. Queríamos algo mais genuíno, menos massificado, mais calmo.
E encontrámos em terras queniana um lugar que satisfez todas as medidas: Diani Beach.
A areia branca aqui cobre cerca de 25 quilómetros e funde-se gentilmente no cálido esverdeado esmeralda com entrelinhas de um azul caribeño Oceano Índico.
Diani Beach é conhecida pelo seu gigantesco recife, que serve como um escudo natural contra as ondas e garante que a água é maravilhosamente silenciosa e relaxante na a perder de vista laguna que forma.
Dia um:
chegámos ao aeroporto internacional de Nairobi perto das 3 a.m. Tratámos do visto (50USD/40€), que dado o câmbio favorável, foi pago em euros.
Foi bastante rápido e sem pressas fomos trocar dinheiro e negociar um táxi para nos levar para o Wilson Airport, pois de lá seguiríamos, às 12.30, para Ukunda Air Strip (Diani Beach). Pagámos em Shillings o equivalente a 20 dólares (podia ser menos, mas dada a hora e o cansaço da viagem, quando a negociação chegou a esse valor aceitámos).
Após uma longa mas confortável espera em Wilson Aiport, chegou a avioneta que nos levaria para o paraíso.
Já havíamos tratado cá de contratar pick-up com o hotel onde ficaríamos hospedados as próximas 5 noites.
Sem atrasos, às 13.40 estávamos em Ukunda Air Strip e lá nos esperava o carro que nos levou ao hotel.
Check-in e tal e foi hora de começar uma tarde de “aclimatação”. Sim, após 5 anos a viajar para a Ásia, esta nova paisagem de praia e esta nova realidade de praia algo confinada ao hotel por razões de segurança (à noite) e comodidade (durante o dia) precisou mesmo de “aclimatação”.
Após o impacto inicial, o dia seguinte já acordou com a paixão por aquelas paisagens e estilo de estar (muito relaxado) completamente a arrebatar-nos.
Foram dias maravilhosos passados ao sabor do sol, das chuvadas fortes que rapidamente se dissipavam, do tempo sem horas, da comida deliciosa, das gentes simpáticas.
Realço o jantar maravilhoso (que também marcámos a partir de cá, pois esgota com facilidade) no Ali Barbour's Cave Restaurant:
“Ali Barbour's Cave Restaurant is set in a natural coral cave with a series of interlinked chambers. The main part of the restaurant has an open roof top and on a clear night you can enjoy the beauty of South Coast’s starry night!!! Talk about dining under the stars and yet experience the luxury of fine dining. The setting is unique, mysterious and romantic, all at the same time.”
Chegado ao dia 6º da viagem em terras africanas (22 do calendário do mês de agosto) era hora de abandonar esta boa vida e ir rumo a Nairobi. Ainda aproveitámos bem a manhã na praia após o que seguimos para o Ukunda Air Strip e às 15.30 chegámos a Nairobi (Wilson Airport) onde nos esperava o transporte já previamente contratado com o hotel (Kheweza bed and breakfast).
Ora por mais calmas ora por mais caóticas ruas de Nairobi, sempre perto do hotel. Entre lojas de Indianos, mercearias de Quenianos e o sempre fascinante e um divertido passeio por um mercado local de frutas e vegetais, onde comprámos uns maravilhosos mangos e maracujás, assim passámos um par de horas a vaguear e a absorver esta nova cultura e realidade.
Voltámos ao hotel para preparar as malas para o dia seguinte, pois a saída para o primeiro Safari da nossa vida estava marcada para as 7.30. Após um jantar bem saboroso, relaxado no rooftop do hotel, fomos dormir cedo.
No dia seguinte, tomado o pequeno almoço, eram 7.20 quando o Simon já esperava por nós. Tratado o pagamento do Safari, foi hora de rumar a Masai Mara, numa longa viagem em que o país foi fazendo a sua apresentação pela janela da van.
Crianças a dizer olá, adeus, a jogar à bola. Aquela típica imagem de crianças a correr com um pau na mão e um aro de roda de bicicleta que se vai mantendo em andamento até “descarrilar”. A pobreza, sim a pobreza. Essa dura realidade que se estende por quilómetros de barracas nos subúrbios de Nairobi, barracas essas que com o passar dos quilómetros se transformam em arrozais, plantações diversas, bananeiras, escolas cheias uniformes sorridentes, rebanhos imensos, rios ladeados por pessoas a lavar roupa, mercados de rua, homens e mulheres a vender fruta aos carros que passam, a terra vermelha, a luz, sons e cheiros que nenhuma descrição conseguirá fazer sentir. Enfim o caos e o charme africano em doses iguais.
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