Sara Dias
Membro
Boa noite viajantes !
O meu namorado e eu fizemos uma viagem de 5 semanas pelo Peru (parte Sul) e Bolívia (parte leste e Sul), fomos a 4 de Setembro e voltámos a 10 de Outubro de 2017.
Foi uma viagem incrível, tanto em termos de beleza e diversidade de paisagens como também pela imensa cultura e história, sem esquecer os locais que foram de uma extrema simpatia
Antes de começar o report, gostaria de vos colocar o link para um vídeo que realizámos acerca desta viagem, espero que gostem
Voos realizados e custos totais por pessoa: 650€
Porto - Amsterdão pela Transavia [escala]
Amsterdão - Lima pela KLM (estava com receio deste voo pois são 12h seguidas, afinal, adorei pois a comida era muito boa e o entretenimento a bordo era excelente)
Santa Cruz (Bolívia) - San José (Panamá) pela Copa Airlines [escala]
San José - Amsterdão pela Transavia [escala]
Amsterdão - Porto
Roteiro principal:
Lima, Paracas, Huacachina, Arequipa, Cusco, Ollantaytambo, Aguas Calientes, Cusco, Puno, Copacabana, Ilha do Sol, La Paz, Uyuni, Salar de Uyuni e Sul Lípez, Sucre e Santa Cruz.
Roteiro cidade por cidade:
Lima (2 noites)
O nosso avião aterrou em Lima por volta das 18h. Tentámos ir de Uber mas não tínhamos boa conexão ao wifi do aeroporto e por isso fomos de táxi pelo mesmo preço que o Uber afixava inicialmente (50 soles). 1h de viagem com trânsito caótico [Nota: ouvi dizer que agora existe um bus que faz o percurso desde o aeroporto até ao centro por um preço mais acessível]
Chegámos ao nosso hotel, o Chaski Lodge, jantámos algo rápido e ficámos a passear por Miraflores, que é o bairro onde se encontram mais turistas e por isso tudo (principalmente a comida) é um pouco mais caro. Preço por noite: 26€ com pequeno-almoço
No dia a seguir, fomos até ao centro de Metropolitano (na "Ruta C"). Na verdade, não é um metro mas sim um autocarro com via própria na estrada Compra-se um cartão (5 soles) e carrega-se com viagens (2,5 soles cada).
Lima é gigante, mas o centro histórico em si pareceu-nos pequeno. Também visitámos o bairro "Chinatown", é a confusão total de barulho, de pessoas, de cheiros estranhos
Voltámos ao Metropolitano mas não parámos em Miraflores, fomos um pouco mais a Sul até Barranco, que achámos um bairro muito bonito pelas suas cores e mais alternativo (e também mais chique, conforme voltámos à beira-mar).
Seguimos a pé pela marginal até o Parque del Amor, sítio ideal para apreciar um belo pôr-de-sol
À noite, apanhámos um autocarro local (e por isso extremamente barato) para ir ao "Circuito Mágico del Agua", que é um parque conhecido pelas suas fontes e pelos espectáculos nocturnos de luzes na água, foi bastante engraçado
No dia a seguir, apanhámos autocarro (companhia Cruz del Sur) para Paracas.
Paracas (1 noite)
É uma cidade muito pequena (quase aldeia) e por isso muito tranquila de onde partem barcos todos os dias para as ilhas Ballestas para um passeio de 2h (40 soles + 15 soles para entrada na reserva natural). Nessas ilhas, vê-se leões marinhos, aves marinhas e, por vezes, pinguins!
Apesar de ter tido só 1 tarde de livre em Paracas, aproveitámos apenas para relaxar à beira-mar e no dia a seguir, fomos ao barco para o passeio às 8h da manhã e voltámos por volta das 11h para apanhar um autocarro até Huacachina.
[Por um custo extra, existe uma atração proposta a seguir ao passeio de barco em Paracas (que não fizemos por falta de tempo) que é ir de autocarro até à Reserva Nacional de Paracas, onde o mar esculpa falésias até encontrar-se com o deserto ]
Hotel: Paracas Backpackers House - 21€ por noite sem peq. almoço
Huacachina (1 noite)
Um oásis no deserto no Peru! Gostámos muito pela paisagem incrível e tivemos pena em ficar apenas 1 noite. Recomendamos efectuar um passeio de buggy pelas dunas (35 soles) às 16h para se poder ver o por de sol nas dunas: é mágico!
Hotel: Desert Nights Ecocamp - 32€ por noite, numa grande tenda e peq. almoço (piscina fabulosa )
De Huacachina, apanhámos um táxi para Ica de onde iríamos apanhar o nosso primeiro autocarro noturno, também pela Cruz del Sur. Foi uma aventura!
Apesar de muito conforto à bordo, não conseguimos descansar pois existiam muitas curvas e contra-curvas
A companhia é reputada por ser das mais seguras do país (e por isso também das mais caras). Servem um jantar e uma pequena merenda de manhã e até tem ecrã nos assentos com filmes dobrados em espanhol
Arequipa (2 noites)
Villa Melgar - 16€ por noite com peq. almoço
Arequipa é considerada a cidade branca, tem um ambiente muito descontraído e gostámos muito da paisagem ao redor (tem 2 vulcões lindíssimos). Fomos até ao mercado San Pedro, bastante grande e autêntico. Visitámos o Museu Santuários Andinos (20 soles + gorjeta) no qual se pode ver, nomeadamente, a famosa múmia Juanita, que achámos interessante. Subimos até Yanahuara, uma parte mais alta da cidade, de onde se pode ter uma bela vista dos vulcões. Contudo, foi pelo Monastério Santa Catalina (40 soles), no centro da cidade, que nos apaixonámos, ainda “perdemos” umas horas dentro, com tantas ruas coloridas!
De Arequipa, apanhámos um autocarro noturno para Cusco pela Cruz del Sur. Também foi outra noite atribulada nas estradas em zig-zag constante
Ollataytambo e Vale Sagrado (1 noite)
Chegámos à Cusco muito cedo de manhã e apanhámos logo um minivan local para Ollantaytambo (1h30 de viagem) pois o nosso plano inicial era ir ao Machu Picchu no dia a seguir. No entanto, alterámos os nossos planos porque estavam previstos chuviscos para este dia.
Aproveitámos para conhecer melhor Ollantaytambo e as suas magníficas ruelas de construção inca. Achámos esta pequena cidade bem pacata e cheia de charme/história. Pode-se visitar de graça um sítio arqueológico chamado "Pinkulluna", no qual a subida é íngreme mas a vista sobre Ollantaytambo e o Vale Sagrado é imperdível!
Outra atração a não perder são as ruínas de Ollantaytambo, para tal, têm de comprar um boleto turístico que lhe dão acesso a 3 outros sítios arqueológicos na região de Cusco. Estes boletos compram-se em Cusco (na “Municipalidad del Cusco”) na Avenida del Sol. O boleto clássico permite entrar em 14 sítios (incluíndo museus) num prazo de 10 dias e custa 130 soles. O boleto parcial, que nós escolhemos, custa 70 soles, é válido 2 dias e permite entrar nestes 4 sítios: Moray, Chinchero, Písac e Ollantaytambo. Como já escrevi sobre Ollantaytambo, aqui ficam algumas impressões rápidas dos 3 outros sítios, que visitámos no dia a seguir:
Cusco e Machu Picchu (9 dias)
Voltámos a Cusco para visitar os 3 outros sítios arqueológicos do boleto e partiríamos alguns dias depois para a grande aventura: a ida ao Machu Picchu (explicação mais abaixo).
A cidade de Cusco é muito turística dada a sua proximidade com o Machu Picchu (a cada dois passos, alguém pergunta se precisa de luvas/gorro, passeio turístico ou até massagens!) e por isso é mais cara a nível de alojamento e de comida.
Está situada a 3400 metros acima do nível do mar, deve então ter em atenção que poderá sentir os efeitos da altitude principalmente se vier de Lima directamente de avião. Nem toda a gente sente o mal de altitude (chamam-lhe o “soroche”), é muito aleatório e, por exemplo, nós não tivemos nenhum sintoma, apesar do meu namorado ter asma.
Existe imensa oferta cultural em Cusco e nos arredores, entre outros, o Vale Sagrado (do qual já falei mais acima e que inclui cidades entre Cusco e o Machu Picchu como Ollantaytambo ou Urubamba, por exemplo) mas também dentro da cidade (diversos Museus, espaços culturais e de arte, etc.).
Uma das coisas que mais adorámos em Cusco, e que foi a nossa mais bela lembrança de viagem foi a Rainbow Mountain
Apesar de ser um sítio que apenas se pode visitar há 3 anos, está sempre cheio de gente e pode tornar a experiência menos agradável. Para nós, foi um dia inesquecível! Talvez graças ao nosso guia, que foi muito profissional e dedicado: chegámos ao topo da montanha ao nosso ritmo (mais de 5000 metros de altitude) após uma difícil subida de 2h e fomos dos últimos a sair, por isso, tivemos o privilégio de poder apreciar a montanha quase sem ninguém! Simplesmente sem palavras, é lindo de chorar!
A agência com a qual fizemos esta tour foi a “Inti Paradise”, o guia era o César. Recomendamos a 100%! Preço: 70 soles (incluído preço de entrada de 10 soles para a montanha).
A parte mais esperada da viagem, a ida ao Machu Picchu
Uma das primeiras coisas que se deve fazer antes de subir ao Machu Picchu é comprar os bilhetes para o sítio pois não se vendem à entrada mas sim em Cusco. Agora também tem de se escolher entre o horário da manhã (das 6h às 12h) ou de tarde (a partir das 11h até ao fecho, às 17h).
Quem quiser subir o “Wayna Picchu” ou a “Montaña”, terá obrigatoriamente de escolher o horário da manhã, sendo que os preços são diferentes e no caso o “Wayna Picchu”, a reserva tem de ser feita preferencialmente 2 meses antes, pela internet.
Preço do bilhete de entrada ao Machu Picchu: 152 soles (40€)
Existem basicamente 3 opções para ir até Aguas Calientes, que é a cidade mais próxima do Machu Picchu:
– Inca Trail ou Salkantay Trail são exemplos das caminhadas mais conhecidas para chegar ao Machu Picchu. Contudo, para alguns trilhos, terá de reservar com antecedência e os custos variam muito consoante as ofertas (entre 300 a 500 dólares, pelo que vimos).
– De comboio: Esta é a opção mais rápida e mais segura mas tem um custo elevado pois são cerca de 150€ ida e volta para uma viagem de apenas 3h! Quem quiser poupar uns euros pode ir até Ollantaytambo de onde apanha o comboio, mesmo assim contar com cerca de 100€ ida e volta.
– De minivan: Contar com 7h de viagem de carrinha + 2h de caminrhada até Aguas Calientes. Pondere passar 2 noites em Aguas Calientes se escolher este meio de transporte. Custo do transporte por pessoa: 60 soles (15€ ida e volta). Foi esta opção que escolhemos, contudo, não a recomendamos em época de chuvas e alertamos os mais sensíveis (como eu ) que a viagem tem uma parte assustadora, durante cerca de 1h30 por estradas de terra em zig-zag à beira de abismos Pode-se ver uma dessas curvas perigosas na parta final do vídeo que publiquei mais acima
Desde Aguas Calientes, última paragem antes da ida ao Machu Picchu, o viajante pode escolher ir de autocarro (são 24€ ida e volta) durante 30 minutos... ou ir de graça, e subir a montanha que separa Aguas Calientes da entrada do Machu Picchu. Contar com uma subida de +/- 2h
Já sabem qual foi a nossa escolha, certo?
Agora sim, o Machu Picchu foi bem merecido!
Hotel em Cusco: Villa Cantagallo - 23.5€ por noite com peq. almoço
Hotel em Aguas Calientes: Intillaqta Machu Picchu - 24€ por noite com peq. almoço
De Cusco a Puno, fomos de autocarro de dia, para aproveitar as paisagens e também porque não ficámos fãs das viagens noturnas
Puno (1 noite)
Chegámos ao final do dia em Puno e só pernoitámos lá para atravessar a fronteira com a Bolívia no dia seguinte: os postos fecham às 18h (hora do Peru) ou às 19h (hora da Bolívia).
Ouvimos dizer que as ilhas flutuantes perto de Puno são muito viradas para o turismo de massa e por isso perde-se o encanto e a autenticidade. Por isso optámos por não visitar Puno e o lago Titicaca do lado peruano mas sim pelo lado Boliviano (cidade de Copacabana). Contudo, também ouvimos dizer que certas ilhas (a de Taquile ou a de Amantani) são lindíssimas e que os locais são verdadeiramente simpáticos. Aliás, nestas ilhas, dorme-se em casa de locais, o que deve ser uma experiência brutal
De Puno até Copacabana (Bolívia), fomos com o autocarro TourPeru, não tivemos problema nenhum na passagem da fronteira, sendo que eles até facilitam a saída e entrada nos 2 países.
Hotel: Hostel Homecenter Puno - 15€ por noite com peq. almoço
Lago Titicaca - Copacabana (1 noite) e Ilha do Sol (1 noite)
Situada nas margens do lago Titicaca, Copacabana é uma cidade muito pequena e é o ponto de partida para a famosa Ilha do Sol. Para ter uma boa vista da cidade de Copacabana, pode ir até ao monte “Calvario”, demora uns 40 minutos a subir (ou mais, já que a altitude também dificulta estes esforços).
O Lago Titicaca é o lago mais alto do mundo (com 3800 metros de altitude) e pela sua extensão (mais de 8000km2), parece que estamos perante o mar e não um lago!
Para ir até a Ilha do Sol, pode apanhar um barco (saídas 2 vezes ao dia), custa 20 bolivianos e o trajeto demora 1h30. A Ilha do Sol é bonita e muito pacata, no entanto, houve recentemente conflitos entre as comunidades do norte e do sul da ilha, o que resultou no corte da parte do norte da ilha, agora fechada ao turismo.
De volta à Copacabana, apanhámos um autocarro para La Paz. Primeiro pensamento: "Onde estão os cintos de segurança?" Segundo pensamento: "Pois é... não existem cintos nos autocarros na Bolívia"
Hotel em Copacabana: Hostal Piedra Andina - 20€ com peq. almoço (muito bonito mas bastante longe do centro)
Hotel na Ilha do Sol: Hostal Wara Uta - 34€ com peq. almoço - Este também foi dos hóteis mais caros em que tivemos
La Paz (4 noites)
Capital administrativa da Bolívia, La Paz é também a capital mais alta do mundo, com 3200 a 4000 metros de altitude. É dividida em zonas: o centro histórico (no meio do vale), El Alto (parte mais alta da cidade e também a mais pobre), Sopocachi e zona Sul (zonas mais recentes e menos pobres). Para se deslocar de um ponto ao outro (centro histórico para zona sul, por ex.), utilizámos várias vezes os “micro” buses (muito coloridos), têm os destinos inscritos no pára-brisas e pode simplesmente parar ao pedir (um bilhete custa em média 1.80 Bs). O teleférico é um meio de transporte também muito interessante de se fazer, principalmente para apreciar as vistas da cidade, cada viagem custa 3 Bs.
No centro histórico de La Paz, nota-se que a Bolívia ainda não conheceu o impacto do turismo de massa pois ainda é tudo muito autêntico, com a confusão das ruas, o mercado das Bruxas e os fetos de lama por todo o lado: de facto, ainda existem rituais indígenas em que se deve queimar fetos de lama, entre outras coisas, para agradar à Mãe Terra, a Pachamama.
Um espectáculo engraçado de se ver é a luta das cholitas (realiza-se ao domingo na zona do El Alto) onde mulheres com trajes típicos “lutam” entre elas e/ou com homens. Não passa de um teatro com imitação de wrestling mas o interessante é ver como os locais reagem com emoção às lutas! Custa 50Bs mas também pode ir com agência (90Bs) e tem o transporte incluído.
Gostámos muito da vista da cidade desde o monte Killi Killi (a subida é íngreme, mais uma vez ) e embora não ficámos fãs do sítio, o Valle de la Luna (a cerca de 30 ou 40 minutos do centro) é uma boa opção para visitar em La Paz pela sua paisagem diferente
Hotel: Hotel Sagarnaga - 23.5€ por noite com peq. almoço
De La Paz a Uyuni, tivemos de viajar durante a noite para poder começar a tour pelo Salar de manhã, ao chegar. Escolhemos a melhor companhia da Bolívia (não há muitas) em que pelo menos existia cinto de segurança . A empresa é a “Todo Turismo”, encontra-se um pouco mais abaixo do terminal de buses e o preço é de 270 Bs (com comida a bordo). É muito mais caro que a maior parte das outras companhias mas não quisemos poupar neste aspecto já que estavámos com receio das estradas. Contudo, pelo que nos disseram os locais, a viagem vale a pena ser feita de dia pois as paisagens são muito bonitas!
Salar de Uyuni (2 noites) e Uyuni (1 noite)
Chegámos a Uyuni cedo de manhã, é uma cidade essencialmente virada para o turismo e por isso de pouco interesse. É o ponto de partida mais próximo para o Salar de Uyuni, que pode visitar num dia (apenas o Salar) ou em 3 dias (tour pelo Salar e Sul Lipez).
Poucos dias antes de chegar a Uyuni, tínhamos contactado uma agência familiar, a Yurajh Tikah Expediciones, com a qual iríamos realizar a tour de 3 dias e 2 noites pelo Salar de Uyuni e pelo Sul Lípez (Sul da Bolívia). São muito profissionais e divertidos, recomendamos a 100% pois não são muitas as agências tão honestas quanto esta. Custa 800 Bs por pessoa. Para além do transporte, inclui comida/água e alojamento (fantástico hotel de sal na primeira noite e dormitório básico e colectivo na segunda noite).
A tour de 3 dias foi simplesmente fantástica: das paisagens mais incríveis que já vimos, parecem de outro planeta: lagunas cheias de cores vivas (vermelho, azul, verde), vulcões impressionantes, geysers no deserto, uma ilha de cactos, um horizonte de sal, animais selvagens (vicunhas, viscacha, flamingos…) entre outras coisas maravilhosas.
Ao 3º dia, voltámos a Uyuni por volta das 17h e decidimos ficar uma noite a descansar nesta pequena cidade.
Hotel em Uyuni: Hotel Salcay - 17€ por noite com peq. almoço
No dia a seguir, apanhámos um autocarro companhia TransEmperador) no meio de locais (e de galinhas ) durante 8 horas até Sucre.
Esta viagem foi inesquecível por diversas razoes, sendo que a maior delas foi porque conhecemos um senhor (nos seus 70 anos) que tinha sido campeão de atletismo na Bolívia e que tinha participado nas Olimpíadas de Munique em 1972 True story, tal como verificamos no dia a seguir, na internet e com prova de fotografias
Sucre (4 noites)
A 2810 metros de altitude, Sucre é a capital constitucional da Bolívia e tem um clima mais agradável que o altiplano (Uyuni e La Paz). É considerada a “cidade branca” pelas casas pintadas desta cor. Também tem muitos jovens e estudantes pelo facto da universidade ser das mais antigas e reconhecidas do país. Vale a pena subir ao mirador de la Recoleta pela vista sobre a cidade e as montanhas ao redor.
A nossa viagem já estava quase a acabar e por isso aproveitámos o bom tempo para descansar e aproveitar a cidade de forma mais relaxada.
Hotel: Hostal Recoleta Sur - 18€ por noite com peq. almoço
De Sucre a Santa Cruz, são 12 horas de autocarro... ou 40 minutos de avião! Optamos por ir de avião para poupar esta viagem cansativa antes da nossa partida.
Custo da viagem pela Boliviana de Aviación: 40€ ida.
Santa Cruz (1 noite)
Pelo clima e pela baixa altitude, a cidade pareceu-nos quase tropical. A cidade tem uma praça bonita, em que os locais gostam de passear e beber café vendido por ambulantes. Contudo, foi pouco o tempo que estivemos nesta cidade pois no dia seguinte, já tínhamos o voo de regresso.
Hotel: La Siesta Hotel - 33€ por noite com peq. almoço - Um pouco caro mas tinha uma piscina que nos pareceu ser uma excelente ideia para nos despedirmos desta viagem e para matar saudades do calor
E pronto! Chegou ao fim este loooooongo report sobre o Peru e a Bolivia
Espero que tenham gostado dele, das fotos e do video
Temos imensas saudades (das paisagens, das pessoas) e por isso até soube bem escrever e reviver esta aventura
A quem sonha em ir, só podemos dizer: de que estão a espera ? ? ?
Boas viagens a todos!
O meu namorado e eu fizemos uma viagem de 5 semanas pelo Peru (parte Sul) e Bolívia (parte leste e Sul), fomos a 4 de Setembro e voltámos a 10 de Outubro de 2017.
Foi uma viagem incrível, tanto em termos de beleza e diversidade de paisagens como também pela imensa cultura e história, sem esquecer os locais que foram de uma extrema simpatia
Antes de começar o report, gostaria de vos colocar o link para um vídeo que realizámos acerca desta viagem, espero que gostem
Voos realizados e custos totais por pessoa: 650€
Porto - Amsterdão pela Transavia [escala]
Amsterdão - Lima pela KLM (estava com receio deste voo pois são 12h seguidas, afinal, adorei pois a comida era muito boa e o entretenimento a bordo era excelente)
Santa Cruz (Bolívia) - San José (Panamá) pela Copa Airlines [escala]
San José - Amsterdão pela Transavia [escala]
Amsterdão - Porto
Roteiro principal:
Lima, Paracas, Huacachina, Arequipa, Cusco, Ollantaytambo, Aguas Calientes, Cusco, Puno, Copacabana, Ilha do Sol, La Paz, Uyuni, Salar de Uyuni e Sul Lípez, Sucre e Santa Cruz.
Roteiro cidade por cidade:
Lima (2 noites)
O nosso avião aterrou em Lima por volta das 18h. Tentámos ir de Uber mas não tínhamos boa conexão ao wifi do aeroporto e por isso fomos de táxi pelo mesmo preço que o Uber afixava inicialmente (50 soles). 1h de viagem com trânsito caótico [Nota: ouvi dizer que agora existe um bus que faz o percurso desde o aeroporto até ao centro por um preço mais acessível]
Chegámos ao nosso hotel, o Chaski Lodge, jantámos algo rápido e ficámos a passear por Miraflores, que é o bairro onde se encontram mais turistas e por isso tudo (principalmente a comida) é um pouco mais caro. Preço por noite: 26€ com pequeno-almoço
No dia a seguir, fomos até ao centro de Metropolitano (na "Ruta C"). Na verdade, não é um metro mas sim um autocarro com via própria na estrada Compra-se um cartão (5 soles) e carrega-se com viagens (2,5 soles cada).
Lima é gigante, mas o centro histórico em si pareceu-nos pequeno. Também visitámos o bairro "Chinatown", é a confusão total de barulho, de pessoas, de cheiros estranhos
Voltámos ao Metropolitano mas não parámos em Miraflores, fomos um pouco mais a Sul até Barranco, que achámos um bairro muito bonito pelas suas cores e mais alternativo (e também mais chique, conforme voltámos à beira-mar).
Seguimos a pé pela marginal até o Parque del Amor, sítio ideal para apreciar um belo pôr-de-sol
À noite, apanhámos um autocarro local (e por isso extremamente barato) para ir ao "Circuito Mágico del Agua", que é um parque conhecido pelas suas fontes e pelos espectáculos nocturnos de luzes na água, foi bastante engraçado
No dia a seguir, apanhámos autocarro (companhia Cruz del Sur) para Paracas.
Paracas (1 noite)
É uma cidade muito pequena (quase aldeia) e por isso muito tranquila de onde partem barcos todos os dias para as ilhas Ballestas para um passeio de 2h (40 soles + 15 soles para entrada na reserva natural). Nessas ilhas, vê-se leões marinhos, aves marinhas e, por vezes, pinguins!
Apesar de ter tido só 1 tarde de livre em Paracas, aproveitámos apenas para relaxar à beira-mar e no dia a seguir, fomos ao barco para o passeio às 8h da manhã e voltámos por volta das 11h para apanhar um autocarro até Huacachina.
[Por um custo extra, existe uma atração proposta a seguir ao passeio de barco em Paracas (que não fizemos por falta de tempo) que é ir de autocarro até à Reserva Nacional de Paracas, onde o mar esculpa falésias até encontrar-se com o deserto ]
Hotel: Paracas Backpackers House - 21€ por noite sem peq. almoço
Huacachina (1 noite)
Um oásis no deserto no Peru! Gostámos muito pela paisagem incrível e tivemos pena em ficar apenas 1 noite. Recomendamos efectuar um passeio de buggy pelas dunas (35 soles) às 16h para se poder ver o por de sol nas dunas: é mágico!
Hotel: Desert Nights Ecocamp - 32€ por noite, numa grande tenda e peq. almoço (piscina fabulosa )
De Huacachina, apanhámos um táxi para Ica de onde iríamos apanhar o nosso primeiro autocarro noturno, também pela Cruz del Sur. Foi uma aventura!
Apesar de muito conforto à bordo, não conseguimos descansar pois existiam muitas curvas e contra-curvas
A companhia é reputada por ser das mais seguras do país (e por isso também das mais caras). Servem um jantar e uma pequena merenda de manhã e até tem ecrã nos assentos com filmes dobrados em espanhol
Arequipa (2 noites)
Villa Melgar - 16€ por noite com peq. almoço
Arequipa é considerada a cidade branca, tem um ambiente muito descontraído e gostámos muito da paisagem ao redor (tem 2 vulcões lindíssimos). Fomos até ao mercado San Pedro, bastante grande e autêntico. Visitámos o Museu Santuários Andinos (20 soles + gorjeta) no qual se pode ver, nomeadamente, a famosa múmia Juanita, que achámos interessante. Subimos até Yanahuara, uma parte mais alta da cidade, de onde se pode ter uma bela vista dos vulcões. Contudo, foi pelo Monastério Santa Catalina (40 soles), no centro da cidade, que nos apaixonámos, ainda “perdemos” umas horas dentro, com tantas ruas coloridas!
De Arequipa, apanhámos um autocarro noturno para Cusco pela Cruz del Sur. Também foi outra noite atribulada nas estradas em zig-zag constante
Ollataytambo e Vale Sagrado (1 noite)
Chegámos à Cusco muito cedo de manhã e apanhámos logo um minivan local para Ollantaytambo (1h30 de viagem) pois o nosso plano inicial era ir ao Machu Picchu no dia a seguir. No entanto, alterámos os nossos planos porque estavam previstos chuviscos para este dia.
Aproveitámos para conhecer melhor Ollantaytambo e as suas magníficas ruelas de construção inca. Achámos esta pequena cidade bem pacata e cheia de charme/história. Pode-se visitar de graça um sítio arqueológico chamado "Pinkulluna", no qual a subida é íngreme mas a vista sobre Ollantaytambo e o Vale Sagrado é imperdível!
Outra atração a não perder são as ruínas de Ollantaytambo, para tal, têm de comprar um boleto turístico que lhe dão acesso a 3 outros sítios arqueológicos na região de Cusco. Estes boletos compram-se em Cusco (na “Municipalidad del Cusco”) na Avenida del Sol. O boleto clássico permite entrar em 14 sítios (incluíndo museus) num prazo de 10 dias e custa 130 soles. O boleto parcial, que nós escolhemos, custa 70 soles, é válido 2 dias e permite entrar nestes 4 sítios: Moray, Chinchero, Písac e Ollantaytambo. Como já escrevi sobre Ollantaytambo, aqui ficam algumas impressões rápidas dos 3 outros sítios, que visitámos no dia a seguir:
- Moray – Apesar do sítio arqueológico de Moray ser interessante, o que mais nos marcou perto de Moray foram as Salineras de Maras, é uma paisagem incrível, com centenas de poças de água com sal, no meio de montanhas verdes. Definitivamente uma das mais belas paisagens que já vimos. Custo de entrada pago a parte: 10 soles.
- Chinchero – Não visitámos o sítio arqueológico mas entrámos numa fábrica de tecidos típicos da cidade onde nos foi explicado como tingem a lã (alpaca ou lama) e tecem peças de roupa.
- Písac – Por falta de tempo, apenas visitámos a primeira parte das ruínas e não vimos o famoso templo do Sol de Písac. Aconselhamos ir de táxi e descer a pé pelo caminho pedestre até chegar à cidade de Pisac, de onde podem apanhar outro meio de transporte. Desta forma, visitam o sítio arqueológico todo, sem ter de andar para trás até à entrada.
Cusco e Machu Picchu (9 dias)
Voltámos a Cusco para visitar os 3 outros sítios arqueológicos do boleto e partiríamos alguns dias depois para a grande aventura: a ida ao Machu Picchu (explicação mais abaixo).
A cidade de Cusco é muito turística dada a sua proximidade com o Machu Picchu (a cada dois passos, alguém pergunta se precisa de luvas/gorro, passeio turístico ou até massagens!) e por isso é mais cara a nível de alojamento e de comida.
Está situada a 3400 metros acima do nível do mar, deve então ter em atenção que poderá sentir os efeitos da altitude principalmente se vier de Lima directamente de avião. Nem toda a gente sente o mal de altitude (chamam-lhe o “soroche”), é muito aleatório e, por exemplo, nós não tivemos nenhum sintoma, apesar do meu namorado ter asma.
Existe imensa oferta cultural em Cusco e nos arredores, entre outros, o Vale Sagrado (do qual já falei mais acima e que inclui cidades entre Cusco e o Machu Picchu como Ollantaytambo ou Urubamba, por exemplo) mas também dentro da cidade (diversos Museus, espaços culturais e de arte, etc.).
Uma das coisas que mais adorámos em Cusco, e que foi a nossa mais bela lembrança de viagem foi a Rainbow Mountain
Apesar de ser um sítio que apenas se pode visitar há 3 anos, está sempre cheio de gente e pode tornar a experiência menos agradável. Para nós, foi um dia inesquecível! Talvez graças ao nosso guia, que foi muito profissional e dedicado: chegámos ao topo da montanha ao nosso ritmo (mais de 5000 metros de altitude) após uma difícil subida de 2h e fomos dos últimos a sair, por isso, tivemos o privilégio de poder apreciar a montanha quase sem ninguém! Simplesmente sem palavras, é lindo de chorar!
A agência com a qual fizemos esta tour foi a “Inti Paradise”, o guia era o César. Recomendamos a 100%! Preço: 70 soles (incluído preço de entrada de 10 soles para a montanha).
A parte mais esperada da viagem, a ida ao Machu Picchu
Uma das primeiras coisas que se deve fazer antes de subir ao Machu Picchu é comprar os bilhetes para o sítio pois não se vendem à entrada mas sim em Cusco. Agora também tem de se escolher entre o horário da manhã (das 6h às 12h) ou de tarde (a partir das 11h até ao fecho, às 17h).
Quem quiser subir o “Wayna Picchu” ou a “Montaña”, terá obrigatoriamente de escolher o horário da manhã, sendo que os preços são diferentes e no caso o “Wayna Picchu”, a reserva tem de ser feita preferencialmente 2 meses antes, pela internet.
Preço do bilhete de entrada ao Machu Picchu: 152 soles (40€)
Existem basicamente 3 opções para ir até Aguas Calientes, que é a cidade mais próxima do Machu Picchu:
– Inca Trail ou Salkantay Trail são exemplos das caminhadas mais conhecidas para chegar ao Machu Picchu. Contudo, para alguns trilhos, terá de reservar com antecedência e os custos variam muito consoante as ofertas (entre 300 a 500 dólares, pelo que vimos).
– De comboio: Esta é a opção mais rápida e mais segura mas tem um custo elevado pois são cerca de 150€ ida e volta para uma viagem de apenas 3h! Quem quiser poupar uns euros pode ir até Ollantaytambo de onde apanha o comboio, mesmo assim contar com cerca de 100€ ida e volta.
– De minivan: Contar com 7h de viagem de carrinha + 2h de caminrhada até Aguas Calientes. Pondere passar 2 noites em Aguas Calientes se escolher este meio de transporte. Custo do transporte por pessoa: 60 soles (15€ ida e volta). Foi esta opção que escolhemos, contudo, não a recomendamos em época de chuvas e alertamos os mais sensíveis (como eu ) que a viagem tem uma parte assustadora, durante cerca de 1h30 por estradas de terra em zig-zag à beira de abismos Pode-se ver uma dessas curvas perigosas na parta final do vídeo que publiquei mais acima
Caminho até Aguas Calientes
Maneira económica de ir até ao Machu Picchu (sem ir de comboio)
Desde Aguas Calientes, última paragem antes da ida ao Machu Picchu, o viajante pode escolher ir de autocarro (são 24€ ida e volta) durante 30 minutos... ou ir de graça, e subir a montanha que separa Aguas Calientes da entrada do Machu Picchu. Contar com uma subida de +/- 2h
Já sabem qual foi a nossa escolha, certo?
Agora sim, o Machu Picchu foi bem merecido!
Hotel em Cusco: Villa Cantagallo - 23.5€ por noite com peq. almoço
Hotel em Aguas Calientes: Intillaqta Machu Picchu - 24€ por noite com peq. almoço
De Cusco a Puno, fomos de autocarro de dia, para aproveitar as paisagens e também porque não ficámos fãs das viagens noturnas
Puno (1 noite)
Chegámos ao final do dia em Puno e só pernoitámos lá para atravessar a fronteira com a Bolívia no dia seguinte: os postos fecham às 18h (hora do Peru) ou às 19h (hora da Bolívia).
Ouvimos dizer que as ilhas flutuantes perto de Puno são muito viradas para o turismo de massa e por isso perde-se o encanto e a autenticidade. Por isso optámos por não visitar Puno e o lago Titicaca do lado peruano mas sim pelo lado Boliviano (cidade de Copacabana). Contudo, também ouvimos dizer que certas ilhas (a de Taquile ou a de Amantani) são lindíssimas e que os locais são verdadeiramente simpáticos. Aliás, nestas ilhas, dorme-se em casa de locais, o que deve ser uma experiência brutal
De Puno até Copacabana (Bolívia), fomos com o autocarro TourPeru, não tivemos problema nenhum na passagem da fronteira, sendo que eles até facilitam a saída e entrada nos 2 países.
Hotel: Hostel Homecenter Puno - 15€ por noite com peq. almoço
Lago Titicaca - Copacabana (1 noite) e Ilha do Sol (1 noite)
Situada nas margens do lago Titicaca, Copacabana é uma cidade muito pequena e é o ponto de partida para a famosa Ilha do Sol. Para ter uma boa vista da cidade de Copacabana, pode ir até ao monte “Calvario”, demora uns 40 minutos a subir (ou mais, já que a altitude também dificulta estes esforços).
O Lago Titicaca é o lago mais alto do mundo (com 3800 metros de altitude) e pela sua extensão (mais de 8000km2), parece que estamos perante o mar e não um lago!
Para ir até a Ilha do Sol, pode apanhar um barco (saídas 2 vezes ao dia), custa 20 bolivianos e o trajeto demora 1h30. A Ilha do Sol é bonita e muito pacata, no entanto, houve recentemente conflitos entre as comunidades do norte e do sul da ilha, o que resultou no corte da parte do norte da ilha, agora fechada ao turismo.
De volta à Copacabana, apanhámos um autocarro para La Paz. Primeiro pensamento: "Onde estão os cintos de segurança?" Segundo pensamento: "Pois é... não existem cintos nos autocarros na Bolívia"
Hotel em Copacabana: Hostal Piedra Andina - 20€ com peq. almoço (muito bonito mas bastante longe do centro)
Hotel na Ilha do Sol: Hostal Wara Uta - 34€ com peq. almoço - Este também foi dos hóteis mais caros em que tivemos
La Paz (4 noites)
Capital administrativa da Bolívia, La Paz é também a capital mais alta do mundo, com 3200 a 4000 metros de altitude. É dividida em zonas: o centro histórico (no meio do vale), El Alto (parte mais alta da cidade e também a mais pobre), Sopocachi e zona Sul (zonas mais recentes e menos pobres). Para se deslocar de um ponto ao outro (centro histórico para zona sul, por ex.), utilizámos várias vezes os “micro” buses (muito coloridos), têm os destinos inscritos no pára-brisas e pode simplesmente parar ao pedir (um bilhete custa em média 1.80 Bs). O teleférico é um meio de transporte também muito interessante de se fazer, principalmente para apreciar as vistas da cidade, cada viagem custa 3 Bs.
No centro histórico de La Paz, nota-se que a Bolívia ainda não conheceu o impacto do turismo de massa pois ainda é tudo muito autêntico, com a confusão das ruas, o mercado das Bruxas e os fetos de lama por todo o lado: de facto, ainda existem rituais indígenas em que se deve queimar fetos de lama, entre outras coisas, para agradar à Mãe Terra, a Pachamama.
Um espectáculo engraçado de se ver é a luta das cholitas (realiza-se ao domingo na zona do El Alto) onde mulheres com trajes típicos “lutam” entre elas e/ou com homens. Não passa de um teatro com imitação de wrestling mas o interessante é ver como os locais reagem com emoção às lutas! Custa 50Bs mas também pode ir com agência (90Bs) e tem o transporte incluído.
Gostámos muito da vista da cidade desde o monte Killi Killi (a subida é íngreme, mais uma vez ) e embora não ficámos fãs do sítio, o Valle de la Luna (a cerca de 30 ou 40 minutos do centro) é uma boa opção para visitar em La Paz pela sua paisagem diferente
Hotel: Hotel Sagarnaga - 23.5€ por noite com peq. almoço
De La Paz a Uyuni, tivemos de viajar durante a noite para poder começar a tour pelo Salar de manhã, ao chegar. Escolhemos a melhor companhia da Bolívia (não há muitas) em que pelo menos existia cinto de segurança . A empresa é a “Todo Turismo”, encontra-se um pouco mais abaixo do terminal de buses e o preço é de 270 Bs (com comida a bordo). É muito mais caro que a maior parte das outras companhias mas não quisemos poupar neste aspecto já que estavámos com receio das estradas. Contudo, pelo que nos disseram os locais, a viagem vale a pena ser feita de dia pois as paisagens são muito bonitas!
Salar de Uyuni (2 noites) e Uyuni (1 noite)
Chegámos a Uyuni cedo de manhã, é uma cidade essencialmente virada para o turismo e por isso de pouco interesse. É o ponto de partida mais próximo para o Salar de Uyuni, que pode visitar num dia (apenas o Salar) ou em 3 dias (tour pelo Salar e Sul Lipez).
Poucos dias antes de chegar a Uyuni, tínhamos contactado uma agência familiar, a Yurajh Tikah Expediciones, com a qual iríamos realizar a tour de 3 dias e 2 noites pelo Salar de Uyuni e pelo Sul Lípez (Sul da Bolívia). São muito profissionais e divertidos, recomendamos a 100% pois não são muitas as agências tão honestas quanto esta. Custa 800 Bs por pessoa. Para além do transporte, inclui comida/água e alojamento (fantástico hotel de sal na primeira noite e dormitório básico e colectivo na segunda noite).
A tour de 3 dias foi simplesmente fantástica: das paisagens mais incríveis que já vimos, parecem de outro planeta: lagunas cheias de cores vivas (vermelho, azul, verde), vulcões impressionantes, geysers no deserto, uma ilha de cactos, um horizonte de sal, animais selvagens (vicunhas, viscacha, flamingos…) entre outras coisas maravilhosas.
Ao 3º dia, voltámos a Uyuni por volta das 17h e decidimos ficar uma noite a descansar nesta pequena cidade.
Hotel em Uyuni: Hotel Salcay - 17€ por noite com peq. almoço
No dia a seguir, apanhámos um autocarro companhia TransEmperador) no meio de locais (e de galinhas ) durante 8 horas até Sucre.
Esta viagem foi inesquecível por diversas razoes, sendo que a maior delas foi porque conhecemos um senhor (nos seus 70 anos) que tinha sido campeão de atletismo na Bolívia e que tinha participado nas Olimpíadas de Munique em 1972 True story, tal como verificamos no dia a seguir, na internet e com prova de fotografias
Sucre (4 noites)
A 2810 metros de altitude, Sucre é a capital constitucional da Bolívia e tem um clima mais agradável que o altiplano (Uyuni e La Paz). É considerada a “cidade branca” pelas casas pintadas desta cor. Também tem muitos jovens e estudantes pelo facto da universidade ser das mais antigas e reconhecidas do país. Vale a pena subir ao mirador de la Recoleta pela vista sobre a cidade e as montanhas ao redor.
A nossa viagem já estava quase a acabar e por isso aproveitámos o bom tempo para descansar e aproveitar a cidade de forma mais relaxada.
Hotel: Hostal Recoleta Sur - 18€ por noite com peq. almoço
De Sucre a Santa Cruz, são 12 horas de autocarro... ou 40 minutos de avião! Optamos por ir de avião para poupar esta viagem cansativa antes da nossa partida.
Custo da viagem pela Boliviana de Aviación: 40€ ida.
Santa Cruz (1 noite)
Pelo clima e pela baixa altitude, a cidade pareceu-nos quase tropical. A cidade tem uma praça bonita, em que os locais gostam de passear e beber café vendido por ambulantes. Contudo, foi pouco o tempo que estivemos nesta cidade pois no dia seguinte, já tínhamos o voo de regresso.
Hotel: La Siesta Hotel - 33€ por noite com peq. almoço - Um pouco caro mas tinha uma piscina que nos pareceu ser uma excelente ideia para nos despedirmos desta viagem e para matar saudades do calor
E pronto! Chegou ao fim este loooooongo report sobre o Peru e a Bolivia
Espero que tenham gostado dele, das fotos e do video
Temos imensas saudades (das paisagens, das pessoas) e por isso até soube bem escrever e reviver esta aventura
A quem sonha em ir, só podemos dizer: de que estão a espera ? ? ?
Boas viagens a todos!