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[Report] Perú 2016 | 12 dias | Organização independente

Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Olá,

Como praticamente todos os amantes de viagens, também eu tinha o Perú e Machu Picchu no lugares cimeiros da wishlist pessoal, no entanto, era daqueles destinos que ia sucessiva e tranquilamente adiando, muito por culpa do elevado custo dos voos. Quando olhava para os preços dos pacotes para o Perú com valores proibitivos ou mesmo apenas para voos ida e volta que facilmente ascendiam a fasquia dos 1000€/pax, sabia que ainda demoraria a concretizar este sonho, mas nada que me preocupasse em demasia, pois tenho na tal lista muitos locais bem interessantes, onde posso gastar bem menos e ficar igualmente realizado.

Até que um dia, no início de Outubro 2015, recebo um email que mudaria tudo. Tratava-se de uma campanha da KLM para alguns destinos das Américas e "rezava" assim:
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Parei, respirei fundo, falei com a cara metade e voilá... viagem marcada! :D Estava fechado o 1º destino de férias de 2016, mais concretamente, na Páscoa, quase 6 meses depois. Agora, precisava saber como ocupar os 12 dias de viagem (para conseguir pagar o valor mínimo, tive de simular várias opções de datas de ida e de volta e dentro do período de 2 semanas que tinha disponíveis, foi o máximo de dias que consegui encaixar).

Tenho por hábito marcar os voos já com um planeamento prévio feito de roteiro a fazer, mas o preço era tão irresistível, que atirei-me de cabeça! Confirmei somente que a meteorologia não era desfavorável. Naquela altura, apenas tinha uma certeza quanto ao roteiro: visitar Macchu Picchu! Como lá chegar e o que fazer nos restantes dias, era uma incógnita. Havia ainda outra coisa que sabia queria fazer, mas ainda não tinha certeza se conseguiria: não usar agências de viagens! Aqui no Portal não havia relatos de quem fosse de forma independente, mas depois das incursões anteriores pela Ásia, não me estava a ver a fazer uma viagem destas de outra forma.

Começou então a fase da pesquisa e infelizmente, naquela altura, poucos eram os reports aqui no portal e as informações também escassas, ainda por cima, para quem não queria usar agência. Encontrei, no entanto, imensos sites, blogs e fóruns com informação bastante rica e dos quais retirei bastante informação. Destaco aqui aqueles que, em português, mais me ajudaram a planear a viagem:
Comecei a fazer uma lista dos locais que queria conhecer e rapidamente percebi que o Perú é enorme, tinha imensos pontos de interesse e precisava de me focar numa região; decisão: viagem ia incidir no sul do Perú. Mesmo assim, já tinha na lista muitos locais para visitar: Macchu Picchu, Cusco, Vale Sagrado, Arequipa, Lago Titicaca, Vale del Canon, Huacachina, Linhas Nazca, Maras, Moray,... os dias que tinha não davam para tudo, precisava de fazer uma seleção!

Aproveitei para também pesquisar algumas agências de viagens peruanas, para tirar algumas sugestões de como poderia organizar o circuito, saber preços e ficar desde logo com uma noção de valores de referência. Através dos blogs que referi atrás, consegui identificar um conjunto de agências com boa reputação e que recomendo, caso alguém pretenda optar por essa via: Fabulous Peru Tours | Limamentor | Willkatravel.

Enviei para estas 3 agências, a seguinte informação:
"Somos um casal de 40 anos, de Portugal e vamos conhecer os encantos do Perú em Março/Abril do próximo ano. Neste momento, temos os voos internacionais comprados: vamos chegar a Lima no dia dia 27 Março às 18h10m e regressamos de Lima para Amesterdão no dia 6 Abril às 20h15m.
Nestes dias, gostaríamos de conhecer os seguintes locais: Lima (cidade) | Cusco (cidade + Vale Sagrado + Machu Picchu) | Lago Titicaca (se possível, 1 noite no lago) | Arequipa (cidade + Vale do Colca). É possível conhecer estes sítios todos?
Que tipo de organização podem disponibilizar? Tratam de todos os pormenores da viagem ou podemos incluir algumas coisas e eu tratar das restantes por conta própria, por exemplo, voos internos, hoteis, trens, etc.
Aguardo o vosso feedback."
Todos responderam muito rapidamente (menos de 24h) e, invariavelmente, a resposta foi sugerir-me um dos pacotes que tinham que mais se assemelhava com o que eu tinha pedido. Indicavam que poderia fazer ajustes a esses pacotes, mas percebi que a flexibilidade não era muito grande para tal. Eramos só 2 pessoas... num grupo maior, a possibilidade de personalizar é certamente maior, sem agravar muito o custo do pacote.

Em paralelo, fui desenhando o roteiro no google maps, encaixando os vários locais selecionados. Vendo como faria a deslocação entre cidades (voo, bus, comboio), os horários e custos desses vários tipos de transportes, quantos dias ficar em cada local, onde ficar, etc. Com muita pena, tinha de cortar, então optei por abdicar de Huacachina e Nazca (quem quiser conhecer um pouco destes 2 locais, pode vê-los no excelente report da @PaulaCoelho, aqui).

Roteiro fechado, faltava apenas decidir uma coisa: em que sentido fazê-lo? Lima|Cusco|Machu Picchu|Titicaca|Arequipa|Lima ou Lima|Arequipa|Titicaca|Cusco|Machu Picchu|Lima? Inicialmente, a intenção era a 2ª hipótese, simplesmente para deixar o bombom (Machu Picchu) para o final, acabando a viagem em grande! Só que no meio deste processo, apercebo-me que uma parte de Machu Picchu ia estar fechada na 1ª quinzena de Abril para manutenção, concretamente, a subida a Huayna Picchu, que eu queria fazer. Só fazendo a 1ª hipótese conseguia estar em Machu Picchu antes do final de Março e, pronto, estava assim decidido o roteiro! :)

Aqui está:
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Fechado o percurso e os dias a ficar em cada local, marquei desde logo, meios de transporte entre as várias cidades, entrada em Machu Picchu e Huayna Picchu (muito importante reservar com antecedência, pois tem entradas limitadas e costuma esgotar) e todos os alojamentos. Falando em hotéis, fiquei um pouco impressionado com o elevado custo dos mesmos! Estava habituado das viagens recentes pela Ásia a conseguir hotéis 5* excelentes a pagar, no máximo, 50€/dia e aqui, por esse valor, não se consegue mais do que um básico 3*! :eek:

Quanto aos transportes, ao longo do report vou descrevendo com mais pormenor como marquei cada uma destas coisas, mas resumidamente, é isto:
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Outras questões práticas relacionadas com a viagem:
  • Vacinas - não são necessárias vacinas extra; a única questão de saúde que deve ser acautelada é o "mal da atitude", que mais à frente abordarei;
  • Visto - não é necessário;
  • Seguro - como habitualmente, fiz seguro da InterMundial
  • Moeda - a moeda oficial do Perú são os Nuevos Soles, e o câmbio na altura em que fui era cerca de 1€=3,5 sol
  • Clima - para Março/Abril, as temperaturas costumam ser amenas, com alguma possibilidade de chuva e convém ir prevenido para baixas temperaturas nas terras altas, que no caso, seria uma boa parte da viagem;
A viagem na sua totalidade custou 3600€ para 2 pessoas, onde as principais rubricas foram os voos (4 internacionais e 2 internos) com um custo de 1300€, os hotéis 550€ e os comboios para Machu Picchu 280€. Existe depois um conjunto de pequenas despesas que todas somadas, facabam por fazer um valor elevado: boletos turísticos, entradas em Machu Picchu, os vários tours, etc. De qualquer forma, um valor a rondar os 1800€/pax parece-me bem interessante para este tipo de viagem e serve como referência a quem queira fazer a mesma viagem e esteja indeciso se a poupança face a uma agência compensa o trabalho.

Vamos, então, à viagem propriamente dita! :)
 
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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Dia 1 - Travessia do Atlântico

Com voo em Lisboa a sair às 5h, o dia tinha de começar bem cedo... por volta das 2h45m sair de casa em Azeitão, chegar ao aeroporto por volta das 3h15, deixar o carro aos cuidados da EasyParking e 10 minutos depois estavamos a fazer a entrega da mala que iria no porão no balcão da KLM, despachada diretamente até Lima (check-in já tinha sido feito previamente online) e estamos prontos para arrancar.

Voo: Lisboa | Amesterdão : 05h00 - 09h00 (3h00m) [KLM]

Em Schiphol, contavamos com cerca de 3h e meia de escala, tempo suficiente para tomar um retemperador pequeno almoço e deslocarmo-nos muito calmamente até ao terminal, afinal estavamos prestes a bater o nosso record de voo mais longo... 12h35m! :eek:

Voo: Amesterdão | Lima : 12h25 - 18h00 (12h35m) [KLM]

Aterragem tranquila no moderno aeroporto internacional Jorge Chávez, passagem rápida pela emigração e enquanto esperávamos pela chegada da mala, aproveitamos para levantar uma pequena quantia de dinheiro para as despesas iniciais, nomeadamente, já para o transporte até ao hotel.

O aeroporto situa-se em Callao, uma pequena cidade que dista cerca de 12 kms de Lima. Existem shuttles, no entanto, fica mais barato ir de taxi e foi essa a nossa opção. Ainda dentro da área de bagagens, existem uma barraquinhas de taxis e shuttles, apelidando-se de "oficiais", em que o intuito é apanhar os mais desprevenidos turistas. Já sabia disso, mas por curiosidade, fui perguntar o preço do transporte: 150 s/. Basta andar 10 metros para o lado, sair pelas portas automáticas e de imediato vemos um stand da Táxis Green com um placard a anunciar os preços para as várias zonas da cidade; nós íamos para Miraflores, por isso, o preço era 60 s/. ... diferença pequena! :cool: Viagem até ao hotel demorou 45 min.

Perú - banhado pelo Oceano Pacífico em cerca de 2400 kms de costa, o Perú faz fronteira com o Equador e a Colômbia a norte, o Brasil e a Bolívia a leste e o Chile a Sul. É o terceiro maior país da América Latina, tem montanhas altíssimas, desfiladeiros profundos, deserto e selva, com dezenas de microclimas pelo meio. Tem perto de 30 milhões de habitantes, sendo que mais de metade vivem nas zonas costeiras. Lima, a capital, tem cerca de 8 milhões de pessoas e Arequipa, a segunda maior cidade, um milhão. Divide-se em 9 regiões com características paisagísticas bem distintas. Para além desta riqueza, a arquitetura do país é outro dos seus ex-libris, sendo um testemunho dos grandes construtores Incas e dos conquistadores espanhóis, bem reveladores de como o Perú foi um dos berços da civilização na Antiguidade.

Para esta 1ª noite e tendo em conta a hora tardia a que chegaríamos, queríamos um hotel numa zona tranquila, que nos permitisse sair a pé para jantar, passear um pouco pela zona e regressar, pois o dia seguinte começaria bem cedo. Tendo em conta isto, a opção natural seria ficar no bairro Miraflores e perto do Lacomar, shopping bem conhecido na cidade, situado numa localização privilegiada, com uma vista para o Pacífico bem agradável. Com esta vista, a nossa primeira refeição no Perú foram uns belos tacos!

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Hotel: Ibis Larco Miraflores - Hotel muito bem situado em Miraflores, moderno, com decoração bem ao estilo standard Ibis, quartos limpos, cama confortável e de pequena dimensão. Para uma estadia curta é suficiente. Preço um pouco elevado, como são a maioria dos hotéis em Lima.
 
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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Dia 2 - Cusco

Deixámos a visita de Lima para o final da viagem, por isso, só nessa altura vou falar dela. Ficámos esta 1ª noite em Lima somente porque há hora em que chegámos, já não havia voos para Cusco, senão tínhamos ido diretos no próprio dia; como não foi possível, marcámos voo bem cedo para rentabilizar o mais possível o dia.

Voo previsto para as 8h, saímos do hotel às 6h15m, numa viagem até ao aeroporto feita de taxi, marcada na véspera com um taxista junto ao hotel (ainda mais barato... 50 s/.) e apesar do tráfego intenso para entrar na cidade, como estávamos no percurso inverso, conseguimos em 30 minutos chegar lá. Check-in feito rapidamente e estávamos prontos. Só que, sem aviso prévio, o voo foi primeiro adiado para as 8h30, mas já passava das 9h30 quando levantámos voo.

Voo: Lima | Cusco : 09h30 - 10h30 (1h) [Peruvian]

Cusco - é hoje a capital turística do Perú, foi outrora a majestosa capital inca. É o ponto de partida para explorar o Vale Sagrado e Machu Picchu. Cheia de praças, com varandas de madeira e calçadas estreitas, a pitoresca cidade de Cusco foi declarada Património Mundial em 1983. Na arquitetura colonial, abundam exemplos da conquista espanhola, mas o trabalho em pedra das paredes antigas relembra que foram os Incas a fundar a cidade.

Na chegada a Cusco, a saída do avião e a deslocação até ao hotel, foi feita com bastante apreensão e com os sentidos bem despertos para verificar se o tão afamado "mal da altitude" ou, como dizem os brasileiros, o "soroche" estava a dar sinal de vida. Esta foi um dos nossos receios no planeamento da viagem e as informações recolhidas nada consensuais. Desde pessoas que não tiveram qualquer problema e que não tomaram qualquer precaução, até pessoas que, apesar de diversos cuidados, relatavam dores de cabeça enormes, fadiga permanente, náuseas, etc.

O mal da altitude é causado principalmente pela reduzida oxigenação do sangue. Existem diversas recomendações que, segundo os "entendidos", permitem minimizar os potenciais efeitos desagradáveis da altitude. As principais são:
- fazer uma subida de altitude lenta e gradual;
- escolher hotel numa zona plana da cidade e procurar ficar nos andares mais baixos para ter poucas escadas para subir (a maioria dos hotéis no centro não têm elevador);
- reservar o 1º dia para aclimatizar, com atividades calmas e muito pouco esforço físico;
- beber, com bastante regularidade, chá de coca e mascar folhas de coca;
- tomar medicação (Soroche pils) ou usar uma bomba de oxigénio (Oxishot)

Os sintomas em Cusco são particularmente frequentes, pois a cidade fica a 3400 metros de altitude e para quem vem de Lima, passa no espaço de 1h de 150 metros para 3400! No nosso caso, como a 1ª recomendação não era opção, apostámos nas restantes. Inicialmente, levava planeado comprar Soroche Pils em Lima, mas já lá sugeriram-nos que não o fizéssemos e se houvesse sintomas, então comprar e tomar.

À chegada, tínhamos um colaborador do hotel para fazer o transfer (serviço gratuito disponibilizado pelo hotel e bastante usual nos hotéis de Cusco, independentemente da categoria do mesmo). A viagem até ao hotel, muito perto do centro, demora pouco mais de 10 minutos, o aeroporto fica muito próximo da cidade. Tínhamos perdido quase duas horas, mas ainda havia tempo para recuperar. Para nossa satisfação, não se deslumbravam sintomas da altitude, mas era cedo para ficar tranquilo.

Para este dia, o objetivo delineado era passar a manhã pelo hotel na tal aclimatização, fazer uma saída rápida à Plaza de Armas para comprar o bilhete do city tour para a tarde e regressar ao hotel. Este city tour tem a particularidade de nos levar, fundamentalmente, para pontos de interesse fora da cidade e como as deslocações são de autocarro, permite aproveitar o dia sem fazer grandes esforços físicos.

Com o atraso do voo, este período de descanso ficou comprometido e após uma breve pausa no quarto, já estávamos a sair do hotel para comprar os bilhetes. Existem dezenas de agências a vender este e muitos outros tours, com especial destaque para Macchu Pichu e Vale Sagrado. Já sabia previamente quais os tours que queria, por isso, foi rápida a escolha da agência e a compra dos bilhetes. Normalmente, é aqui que a maioria dos turistas que não recorrem a agências de viagens vêm para comprar os tours pelo Vale Sagrado e, principalmente, a deslocação e estadia para Machu Picchu, quer seja comboio, autocarro, trekking, etc. No meu caso, já tinha as viagens de comboio e o ingresso para Machu Picchu previamente comprados pela net.

Pelo o city tour pagámos 20 s/. e o tour do Vale Sagrado, que iríamos fazer no dia seguinte, custou 25 s/. (+20s/. para a refeição). Além destes bilhetes, temos de comprar o Boleto Turístico, que custa 130 s/. e que te permite entrar nos monumentos incluídos nos diversos tours da cidade e da região. Este bilhete pode ser comprado num balcão oficial ou nas agências, sendo que o custo é tabelado.

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Tínhamos menos de uma hora para almoçar até ao início do tour, pelas 14h. Aproveitámos para provar uma das especialidades peruanas: quinoa! Que delicia!! :) Enquanto, aguardávamos pelo início do tour, primeira abordagem à Plaza de Armas, principal praça de Cusco e dos locais mais conhecidos de todo o Perú, onde se destaca a bela e imponente catedral!

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A primeira paragem do city tour é em Qorikancha, único local que paramos dentro da cidade e, curiosamente, o único também em todo o tour que não está incluido no Boleto Turístico, pelo que foi necessário pagar 10 s/. para entrar.

Qorikancha, que significa "recinto de ouro", foi construído para homenagear Inti, o Deus Sol. É uma obra da arquitetura Inca e um dos mais importantes complexos arqueológicos sagrados daquele povo. Feito de pedras polidas e encaixes harmoniosos, Qorikancha foi construído pelo imperador inca Pachacuti para celebrar a vitória contra os chankas, por volta de 1438.

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As famosas construções em pedra:
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Como são os encaixes, um dos factores preponderantes que dão a grande resistência que estas construções possuem:
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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Dali, partimos em direção a Sacsayhuaman, a pouco mais de 2kms de Cusco. É um exemplo da arquitetura militar inca, composta por 3 terraços grandes que se sobrepõem em ziguezague. As enormes muralhas de granito estendem-se por cerca de 300 metros, com pedras que chegam aos 5 metros de altura e pesando algumas 350 toneladas. As pedras estão tão bem posicionadas que nem uma faca afiada consegue penetrar nas junções. Não foi usada qualquer mistura de barro para unir as pedras, elas estão simplesmente pousadas e encaixadas!

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Não é possível resistir... :p
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Vista para a cidade:
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No passeio, passámos ainda por Q’enqo, Pukapukara e Tambomachay, com destaque para este último, onde podemos ver um interessante templo dedicado às águas, uma nascente que foi aproveitada para formar fontes sagradas para os Incas.
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Mais um belo postal do Perú!
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Regressamos a Cusco, onde chegámos por volta das 18h45m, com o dia já a anoitecer. Era altura de dar um salto ao hotel, aliviar as mochilas (máquina fotográfica, guias, etc) e voltar a sair para provar as delicias da gastronomia peruana. Escolhemos o restaurante Pucara, na rua do hotel e já muito próximo da Plaza de Armas. Restaurante bastante agradável, com uma decoração sóbria e com uma boa ementa cheia de pratos regionais. comida muito saborosa e preços interessantes. Boa opção para experimentar comida peruana em Cusco.

Após um breve passeio pelas pequenas ruelas do centro cheias de lojas de artesanato, com uma imensidão de cores, era volta de regressar ao hotel e recuperar para o próximo dia. Por esta altura, começava a notar-se alguns efeitos da altitude, com dores de cabeça um pouco incomodativas; tirando isso, apenas algum cansaço a subir escadas ou uma rua um pouco mais íngreme. Durante o dia, tomámos várias vezes chá de coca e ainda comprámos uns rebuçados de coca e munha, que não sei se resultam, mas são saborosos. Ao chegar ao hotel, mais um chá de coca (é usual os hotéis terem no átrio, de livre acesso para os seus hospedes, chá de coca e folhas de coca para mascar).

Hotel: Tierra Viva Cusco Saphi - bastante agradável, com uma decoração bem típica. Localizado perto da Plaza de Armas, uma grande mais valia em Cusco. O quarto é confortável, não muito grande, mas o suficiente para uma estadia curta. Pequeno almoço com variedade suficiente e produtos de boa qualidade.

Dia 3 - Vale Sagrado

Diria que todos os visitantes de Cusco, chegaram a esta cidade como um ponto intermédio para atingir o objetivo principal, que é Machu Picchu, no entanto, para além da cidade propriamente dita que é bastante bonita e tem um charme irresistível, toda a região envolvente merece que dediquemos alguns dias a explorá-la.

Existe uma infinidade de opções disponíveis, para todos os gostos e disponibilidades de tempo e dinheiro. É importante, na fase pesquisa, conhecer bem as várias opções e decidir como construir o roteiro; esta é, provavelmente, a etapa mais complexa e morosa da construção do roteiro, para quem envereda por organização independente da viagem.

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São 3 os principais tours para explorar a região, necessitando reservar um dia para cada um deles:
- Vale Sagrado (Pisaq, Urubamba, Ollantaytambo e Chinchero);
- Vale Sagrado Sul (Tipon, Pikillacta e Andahuaylillas);
- Maras e Moray.

Outro aspeto importante a definir é como queremos abordar a visita a Machu Picchu e, também aqui, existem várias opções:
- ir e voltar de Cusco no mesmo dia - chega a Machu Picchu por volta das 10h, na minha opinião manifestamente tarde e com pouco tempo disponível para usufruir do local que será o ponto principal da viagem de cada um;
- ir até Águas Calientes na véspera e subir de madrugada para ver o nascer do sol;
- fazer trekking de 3/4 dias pelo Caminho Inca ou Salkantay;

Depois de pesquisa intensa, muitos blogs lidos, construí a nossa exploração do vale sagrado da seguinte forma:
- Dia 1: tour vale sagrado + noite em Águas Calientes
Tem a particularidade de não se fazer o tour completo, ou seja, abdica-se de conhecer Chinchero e termina-se em Ollantaytambo, cidade onde se pode apanhar o comboio até Águas Calientes; esta é uma das fórmulas bem conhecidas e usada pelos viajantes que permite rentabilizar o tempo e poupar um dia na viagem;
- Dia 2: Machu Picchu + ida para Urubamba
Subida bem cedo, aproveitar o máximo do dia com subida a Huayna Picchu; a meio da tarde, regresso. O habitual é regressar a Cusco, no nosso caso, optámos por ficar numa pequena povoação no meio do vale - Urubamba, que nos permitisse estar mais perto do que queríamos ver no dia seguinte, poupando mais uma vez tempo de viagem e aproveitando para conhecer mais uns locais;
- Dia 3: Maras + Moray + Chinchero e regresso a Cusco
Contratar taxi que nos levasse a estes locais, com termino em Cusco.

O tour do Vale Sagrado do primeiro dia comprámos em Cusco, como referi no post anterior, mas as viagens de comboio de Ollaytaytambo para Águas Calientes foram compradas previamente online, no site da Perú Rail (também existe disponível a Inca Rail ). Convém reservar com antecedência, pois costuma esgotar. Para além do facto dos preços serem bem salgados, colocam restrições na bagagem a transportar. Aquilo que a maioria do pessoal faz é levar uma mochila pequena para as 1 ou 2 noites que vão estar a percorrer o vale e deixar a mala maior no hotel em Cusco. Foi isso que fizemos.

O tour deste dia começou cerca das 9h, sendo o ponto de encontro na Plaza de Armas, onde aproveitámos para apreciar mais um pouco.

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Ao sair da cidade, começamos a subir e rapidamente a paisagem sofre alterações.

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
A primeira paragem é em Pisaq. Começou por ser um posto militar, mas cresceu e tornou-se um centro cerimonial e residencial. Estes edifícios militares, residenciais e religiosos mostram que os Incas eram mestres de arquitetura, sobretudo ao construir em locais difíceis.

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Estava a manhã concluída, hora de almoçar em Urubamba, a tal aldeola onde ficaríamos hospedados no dia seguinte.

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Ollantaytambo, o nosso próximo ponto de paragem, fica perto e rapidamente chegámos. Esta cidade é descrita como uma cidade inca viva. Os habitantes lutam para manter as tradições antigas. O nome deve-se a Ollanta, o general inca que se apaixonou pela filha de Pachacuti. Ollanta foi forçado a deixar a cidade, mas o casal juntou-se após a morte de Pachacuti. Palco da maior vitória contra os espanhóis, a cidade é importante na história do Perú.

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Mais uma atração do Perú :)
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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
É aqui em Ollantaytambo que por volta das 16h30 damos por terminado o tour, retomando este o caminho em direção a Chinchero e regresso a Cusco. Nós, com mais 2 casais, ficamos por aqui a aguardar o comboio que nos levará até Águas Calientes. Tendo de esperar até às 19h, ficámos à conversa com um casal brasileiro numa esplanada do centro, aproveitamos para conviver com a população local, aproveitar o wifi gratuito para nos atualizarmos e para beber mais um pisco sour e comer uma deliciosa empanada local. :)

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A estação fica muito perto, a cerca de 10 minutos a pé. Há hora certa, lá estava ele.

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Existem 3 tipos de comboios: Expedition, Vistadome e Hiram Bingham, sendo considerado, o comboio mais caro do mundo... pelo menos, valor por kms é certamente. Na versão base (Expedition), o custo da viagem é de cerca de 70$, na versão Vistadome, em que as carruagens têm janelas panorâmicas, o custo sobe para cerca de 85-90$ e, no luxuoso Hiram Bingham, a viagem desde Cusco pode custar perto de 500$. Existe ainda uma outra opção, mais económica, que é ir de van até um local chamado "Hidroeléctrica" e depois fazer o resto do percurso a pé, caminhando durante 4h no meio da linha de comboio. Melhor ainda, é aproveitar para fazer trekking no Caminho Inca, mas aí demora-se 4 dias e o percurso é algo exigente fisicamente.

No nosso caso, a versão luxo estava claro fora de hipótese e a escolha entre as duas outras versões recaiu naquela que tinha o melhor horário, no caso era o Expedition. A viagem demora pouco mais de 1h 30m e à hora prevista, no desembarque lá tínhamos um funcionário do hotel para nos ajudar, embora não fosse necessário, pois o hotel ficava a 100 metros da estação, mas é procedimento comum em Águas Clientes e praticamente todos os hotéis oferecem este serviço.

Check in feito, malas no quarto e 'bora' lá sair para jantar. Águas Calientes é um vilarejo muito pequeno, que vive em exclusivo como apoio a Machu Picchu e não tem grandes atrativos. Jantámos num das dezenas de restaurantes que por lá existe e antes do regresso ao hotel, necessário fazer uma paragem técnica muito importante: comprar água e alguma comida para o dia seguinte, pois lá em cima em Machu Picchu, a oferta é muito reduzida (existe apenas um restaurante e fora no complexo arqueológico) e bastante cara.

Hotel: Ferre Machu Picchu - Hotel bem localizado, muito perto da estação de comboios. Atendimento de bom nível. Quarto é pequeno, com janela para o corredor, pequeno almoço satisfatório. Para uma estada breve, serve bem.

Dia 4 - Machu Picchu


Chegou o grande dia!!!:D

Alvorada às 5h30. Optámos por não ir mesmo à primeira hora de abertura do parque (bus começam a sair às 5h e o parque abre às 6h), pois recolhemos informação de que naquela semana havia sempre nevoeiro de madrugada e só levantava lá pelas 8h. Assim, decidimos ir um pouco mais tarde, aproveitando para descansar e acumular mais energia para aguentar o longo dia.

Pequeno almoço tomado pelas 6h15, check out feito e faltava apenas aguardar pelo guia que contratámos na véspera à noite, na receção do hotel, para nos guiar na visita a Machu Picchu. Estivemos muito tempo indecisos de haveríamos de contratar ou não, mas chegámos a conclusão que seria uma mais valia e efetivamente confirmou-se, vale bem a pena explorar o parque com o apoio de quem conhece e nos explica detalhadamente tudo aquilo que vemos.

Já com o guia, vamos até a paragem dos autocarros que fazem o trajeto de Águas Calientes até Machu Picchu. Existem apenas duas formas de subir até lá: Bus oficial, com um custo de 12$/pax/trajeto e a pé, numa caminhada de cerca de 4h. Optámos pelo Bus, o bilhete é comprado na hora, junto à paragem, num guichet exclusivo para o efeito. Na hora que fomos, a rondar as 6h30, existia fila para comprar bilhete e que demorou cerca de 10 minutos. Se fosse logo à abertura demoraria mais certamente, daí que exista também a possibilidade de comprar de véspera, estando aberto até às 21h30..

Existem vários autocarros a fazer o percurso e vão saindo à medida que ficam cheios. Saímos às 6h50 e após 20 minutos de viagem, numa estrada condicionada ao transito, onde apenas circulam estes autocarros, que vão serpenteando a montanha, estávamos prontos a entrar.

Os bilhetes de entrada devem ser comprados online no site oficial do governo: www.machupicchu.gob.pe. É de todo conveniente comprar os bilhetes com alguma antecedência, pois podem esgotar. Existem três opções de visita:
- Machu Picchu, é o bilhete standard e custa 128 s/. (existem 2500 bilhetes diários)
- Machu Picchu + subida a Huayna Picchu, custa 152 s/. (400 bilhetes/dia dividido em 2 grupos)
- Machu Picchu + subida à Montanha Pachu Picchu, com custo de 142 s/. (800 bilhetes/dia em 2 grupos)
Já estão no site os preços para 2017 e sofrem uma subida significativa. O que levámos comprado foi a 2ª opção e tinha a subida marcada para o 2º grupo, ou seja, podia iniciar a subida entre as 10h e as 11h.

A cidade perdida dos Incas é talvez a atração mais famosa da América do Sul. A cidadela é feita de rocha e está a 2350m de altitude (bem menos do que Cusco), numa montanha ladeada por descidas ingremes até ao vale Urubamba. Nunca foi saqueada pelos espanhois, pois estes nunca a encontraram. Machu Picchu foi simplesmente abandonada. O impecável trabalho da pedra resistiu à passagem do tempo, mas a sua função continua por desvendar. Os peritos sugerem que foi um local de culto, um sítio para seguir a rota das estrelas e a casa de campo de Pachacuti, o nono imperador Inca.

O seu estado de conservação é excepcional. Nenhuma outra civilização conseguiu reunir tantos blocos de pedra colossais de forma tão perfeita. Cortadas com instrumentos de pedra ou bronze, as arestas das pedras eram polidas até que encaixassem na perfeição.

As ruínas de Machu Picchu foram descobertas pelo arqueólogo Hiram Bingham, numa expedição cientifica que liderou em 1911, tendo como guia e interprete um policia local. Num acampamento, conheceram o agricultor Melchor Arteaga, que lhes disse haver umas grandes ruínas no cume de uma montanha vizinha. Convenceram o agricultar a leva-los lá e foi assim que acabaram por se deparar com Machu Picchu que, apesar de estar escondida sob a vegetação, deixou desde logo Bingham impressionado.

Íamos com algum receio do tempo, principalmente, com o nevoeiro, mas os deuses estavam connosco, o céu estava limpo, excelente!! A primeira visão de Machu Picchu, logo na entrada, é por sinal a melhor vista panorâmica de todo o parque e deixa-nos esmagados com tanta beleza! Ficámos por ali bastante tempo, a usufruir do momento, da energia que este local transmite e, claro, a tirar umas quantas fotos.

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Há quem se questione sobre o que existe por trás do local onde se tiram as célebres fotos de Machu Picchu; pois bem, aqui está abaixo (o local é onde se vêem pessoas na foto e não onde tirei esta foto).
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Começámos então a percorrer a cidadela, com a ajuda preciosa do nosso guia. O combinado era mostrar-nos toda a cidadela, fazermos paragens sempre que quiséssemos e no final do percurso, por volta, das 10h ficavamos livres para então explorarmos à nossa vontade durante o resto do dia. Custou 140 s/., um pouco carote, mas valeu a pena.

Não vou estar a esmiuçar o que existe em Machu Pacchu, senão tínhamos aqui umas duas ou três páginas só de texto :) e, além disso, já temos cá no Portal reports que o fazem com excelência. Deixo "apenas" fotos...

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Por volta das 10h15m, termina a visita guiada e é chegada a hora de outro momento marcante, subir a montanha Huayna Picchu, que nos é tão familiar de tantas e tantas vezes a vemos nas célebres fotos de Machu Picchu!

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É possível subir em dois turnos diferentes: 7h-8h e 10h-11h. Estes horários definem o horário em que é permitido iniciar a subida, sendo que a descida deve ocorrer até às 14h. Estávamos no dia 30 de Março e a montanha iria fechar dois dias depois para manutenção, facto este que condicionou a construção do roteiro, como expliquei mais atrás.

Só de olhar para ela, convenço-me que não serei capaz de subir, tão íngreme que é, mas quero ver até onde sou capaz de subir. A esposa vinha com ideia de tentar, mas mal olhou para ela, desistiu de imediato, iria ficar à minha espera.

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Atrás desta, vemos a montanha Machu Picchu, que também é possível subir, sendo um percurso mais longo, mas menos exigente fisicamente. É através desta montanha que chega quem opta por percorrer o caminho Inca.

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Eram 10h40 quando me dirigi para o local onde inicia o trilho, devo ser dos últimos a iniciar a subida. É necessário preencher um "livro de visitas" que permite monitorizar, no final, se falta alguém.

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Começo devagar, poucos metros à frente vejo um espanhol que também vai em passo lento, procuro acompanhar à distância.

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Cerca de 10 minutos feitos e ultrapasso 3 americanos idosos, que desconfio não conseguiram terminar. La vou, calmamente, continuando a achar que não iria conseguir terminar, mas com o pensamento de fazer só mais uns metros.

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Vou fazendo paragens frequentes para descansar e beber água. aos poucos, começo a cruzar-me com pessoas que já vêem a descer, que vão dizendo para ir com calma que ainda falta muito. Vou definindo pequenos objetivos: subo mais três lanços, aprecio as vistas e volta para trás; mas vou adiando a decisão de descer, subir só mais um pouco...

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Machi Picchu já aparece lá longe...

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Cada vez surgem mais pessoas a descer (a maioria deles fizeram a subida no turno das 7h-8h), vão incentivando, que falta pouco. A determinada altura, já levava uns 45 minutos de subida extenuante e vão dizendo (quem desce) que só falta 10/15 minutos; foi nesta altura que me percebi que não podia desistir, tinha de ir até ao fim! Com 1h de subida estava quase no fim, aproveito para descansar num pequeno terraço que nos oferece estas vistas.

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Vê-se a estrada serpentiante que faz a ligação até Águas Calientes.

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Vistas magnificas, sensação de obstáculo ultrapassado, uma experiência a não esquecer! Pena que a MQT não veio para partilhar o momento. Aproveitar para repor energias, descansar, que ainda faltava um lanço de escadas para atingir mesmo o topo.

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Lá chegado, no ponto mais alto da montanha, encontrei apenas 4 pessoas... todos portugueses, os únicos com que me cruzei em toda a viagem! :)

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Depois de mais uma pausa, início a descida, nem sempre fácil, pois os degraus são bastante íngremes, necessário por vezes apoiarmo-nos em cordas nas laterais.

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Quanto mais desço, mas impressionado fico com o feito que acabei de fazer e como consegui ter forças para fazer esta subida. Contas feitas, foram 2h30 para subir, usufruir e descer. Desafio superado! Vou ao encontro da esposa e estava na hora de descer até Águas Calientes. Sonho realizado para os dois!

Chegámos a Águas Calientes por volta das 14h, tínhamos tempo apenas para um almoço rápido, já que o nosso comboio partia às 15h48 e ainda precisávamos passar pelo hotel para recolher a mala que lá tínhamos deixado de manhã.

O nosso destino final era Urubamba. Pelo meio, parámos em Ollantaytambo, onde saiu a grande maioria dos passageiros, para regressarem a Cusco. No nosso caso, optámos por ficar nessa noite em Urubamba por diversas razões: ficar a conhecer um local diferente, poupar tempo de deslocações, pois no dia seguinte haveríamos de estar de volta a esta zona para conhecer Maras + Moray e também para usufruir de um ambiente calmo, relaxante e bastante bonito.

Eram já 18h45 quando chegámos a Urubamba. A intenção inicial era ir de taxi até ao hotel, mas a dona do mesmo fez questão de ser ela própria e ir buscar-nos. O dia tinham começado bem cedo, estávamos esgotados. Aproveitámos para descansar um pouco e sair apenas uma jantar, num ótimo restaurante recomendado pela Elizabeth - Paca Paca, onde comemos um brownie de quinoa absolutamente delicioso.

Hotel: Boutique Hotel Lizzy Wasi - hotel rural, muito bem decorado, tem um jardim maravilhoso com vista 360º para as montanhas de Urubamba, que convida ao relax, atendimento fantástico da Elizabeth. Uma experiência fantástica

Dia 5 - Maras, Moray e Chinchero

Nada melhor para combater o desgaste do dia anterior e processar mentalmente tudo aquilo que vivenciamos em Machu Picchu, do que iniciar o dia calmamente, de forma relaxada, com uma vista maravilhosa.

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Para este dia, o objetivo era conhecer Maras, Moray, Chinchero e regressar a Cusco, onde queríamos acabar de explorar a cidade e, já à noite, apanhar o bus noturno para Puno. A maioria dos viajantes que faz este tour, contrata-o em Cusco numa excursão de autocarro. Ficando em Urubamba, não existem tours organizados, logo teríamos de encontrar algo feito à medida e, naturalmente, um pouco mais caro. Em Cusco, nas tais agências onde negociei os tours do Vale Sagrado, sondei preços para este roteiro e pediam 420 s/., que considerei um autentico exagero, decidi não marcar e deixar para o dia em questão a decisão; risco, pois neste caso, não fazia ideia do que conseguiria contratar. Já no hotel em Urubamba, perguntei à Elizabeth (a dona) se nos podia ajudar a encontrar uma boa solução; pediu-nos uma hora para fazer uns contactos e voilá: arranjou-nos um carro com motorista, que nos levava a todos os sítios que queríamos e custava 220 s/... basicamente, metade! :)

Saímos por volta das 10h em direção a Maras, que fica a cerca de 20 kms de distância. Pelo caminho, paisagens deslumbrantes!

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As Salinas de Maras são um espetáculo visual impressionante. Formadas por 4 mil “poças” de sal cristalizado, originário de uma fonte de água salgada subterrânea. Famílias locais produzem, desde a época dos Incas, o sal de Maras. Cada família cuida de cerca de 40 “canteiros” diferentes.

Chegámos numa hora em que existiam poucos visitantes (as excursões vêm mais tarde), uma hora é suficiente para visitar com calma e ainda aproveitar para comprar uns saquinhos de sal. :)

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Prosseguimos viagem, agora em direção a Moray, a poucos kms de distância. Neste percurso, continuamos acompanhados de belas paisagens.

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À primeira vista, Moray parece um anfiteatro grego, mas os investigadores julgam que terá sido um laboratório de culturas agrícolas usado pelos Incas para descobrir quais as melhores condições para o desenvolvimento de certas espécies. Existem quatro escadarias e a temperatura difere de um terraço para outro devido aos diferentes níveis de sol, sombra e elevação.

Também aqui, existia poucos turistas e cerca de um hora é mais do que suficiente para explorar o local.

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No caminho para Chinchero, próximo destino, somos "obrigados" a parar várias vezes para registar em foto aquilo que os nossos olhos viam!

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Chinchero fica a 3.772 metros acima do nível do mar, portanto, mais alta que Cusco. Já estávamos mais adaptados às condições da montanha e não tivemos qualquer sintoma. Na história dos conflitos entre os Incas e os conquistadores espanhóis, Chinchero foi testemunha de um episódio único. Manco Inca, o rei-fantoche, que subiu ao poder por indicação do conquistador Pizarro, arrependeu-se depois, fez uma guerra contra os ex-aliados e incendiou Chinchero. Acabou por se render aos espanhóis no final do século XVI. O vice-rei construiu uma fazenda e construiu uma igreja no alto da cidade, sobre alicerces Incas. A igreja é interessante. Possui uma grande quantidade de santos bastante coloridos. O tecto e as paredes possuem pinturas florais.

Foi aqui que fizemos as nossas compras de artesanato local, com preços mais acessíveis e onde se consegue encontrar artigos com maior garantia de qualidade.

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Estava na hora de regressar a Cusco, onde chegámos por volta das 15h. Deixámos a mala pequena no hotel que tinhamos ficado no 1º dia em Cusco e onde tinha ficado a mala maior e lá fomos deliciar-nos mais uma vez com os encantos da Plaza Mayor e toda a zona envolvente.

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Numa das ruelas, encontramos a célebre pedra das 12 arestas.

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Aproveitámos para jantar perto da Plaza de Armas, num italiano com bom aspecto e que se revelou uma escolha interessante para variar um pouco (







O único sinal de vida moderna nas ilhas são painéis de energia solar doados pelo governo do Perú, para prevenir incêndios causados pela iluminação com fogo que utilizavam antes.



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A visita prolongou-se por pouco mais de uma hora. Dali, partimos em direção a Taquille, sempre acompanhados por belas paisagens.

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Anexos

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
A ilha Taquille fica a uma altitude de 4.000 metros. É necessário subir uma escadaria com mais de 500 degraus para chegar até a parte principal de ilha, onde podemos apreciar um cenário espetacular do Lago Titicaca, aliás, ao longo da subida consegue-se apreciar essas belas vistas.

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A ilha é habitada por nativos Quéchua que desenvolveram uma eficiente comunidade onde as famílias se ajudam uns aos outros. Embora a sua principal atividade económica seja a agricultura, o artesanato também representa uma ação fulcral na sustentabilidade desta comunidade.

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O almoço foi feito aqui, no terraço de uma casa familiar, onde é a própria família que cozinha para os turistas e obtendo assim alguns rendimentos extra. Existe, inclusivamente, um sistema de rotatividade na organização destes almoços, de forma a permitir que todas as famílias contribuam e usufruam destes rendimentos do turismo.

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Estava na hora de deixar Taqulille e navegar de regresso a Puno. Sempre que via fotos do lago Titicaca, uma das coisas que mais me impressionam e intrigavam era a cor da água, aquele azul intenso que fazem um contraste brilhante com a paisagem envolvente. Ao vivo, pude constatar que é mesmo assim, brutal!

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Para nós, a viagem de regresso a Puno terminaria mais cedo... estávamos a cerca de 14/15 kms da costa, no meio deste imenso lago, fazemos a transferência para o pequeno barco a motor que veio ao nosso encontro e nos iria levar até à ilha flutuante onde ficaríamos nessa noite, vivendo uma experiência marcante.

Passados alguns metros, começamos a descortinar a "nossa" ilha... estamos a chegar a Uros Aruma Uro!

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Ao pisarmos o chão fofo da totora, vem ao nosso encontro o Martin, o animal de estimação dos donos desta ilha, um flamingo super simpático que nos fez companhia ao longo da nossa estadia. :)

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A ilha é relativamente pequena, tem 4 cabanas que são os quartos para os hóspedes, mais algumas que servem de apoio (wc, cozinha, sala, etc).

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Aqui os wc's:
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Aqui temos os chuveiros, com o painel solar e o acumulador, fundamental para termos água quente:
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Aqui o nosso quarto:
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Aqui a sala, que servia como receção, sala de refeições e de convivio:
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Ao meio, alguma vegetação, "esplanadas" para o relax e um miradouro:
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O dia aqui termina cedo. O jantar foi servido às 18h, já pouca luminosidade existia no céu. No final, acendeu-se a lareira no exterior e por ali ficámos a apreciar as estrelas, durante algum tempo. No entanto, a noite anterior tinha feito mossa (parte do autocarro e parte nos bancos do terminal de autocarros) e precisávamos descansar.

Dia 7 - Ilhas flutuantes de Uros e chegada a Arequipa

Acordámos cedo. A noite tinha sido bem confortável. Tínhamos algum receio do frio, mas estávamos bem prevenidos. Pequeno almoço servido às 8h, com uns crepes deliciosos e doces caseiros muito saborosos. É preciso estar preparado para apenas ter condições básicas, como wc e duches partilhados e ao ar livre, mas a experiência vale a pena!

Para as 9h, estava marcado um passeio de barco com pesca pelo meio. O guia foi o presidente da ilha, ou seja, o homem da família proprietária desta ilha e o meio de transporte usado, os seus típicos barcos, também eles feitos de totora.

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Aqui o Juan ao leme:

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Ao longe, vemos a cidade de Puno:

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Outras ilhas vizinhas...

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O Juan explica-nos como se faz a produção da totora e quais os seus usos.

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Sim, também se come...

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
A seguir, era hora de ver o que tinham apanhado as redes.

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Continuamos a passear pelo lago, com calma, onde o silêncio apenas é quebrado pelo bater dos remos na água e pelo som dos pássaros. Relax total.

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Passamos por uma zona onde se concentram várias ilhas flutuantes, algumas delas de maior dimensão do que aquela em que estávamos.

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Um barco típico, mas de maiores dimensões, para utilização turística.

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Regressamos à nossa ilha, após 3h de puro prazer!

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Somos recebidos pela alegria contagiante da pequena Sarita, filha do Juan e do seu primo, que a tinha vindo visitar (era fim-de-semana, a família próxima tinha vindo passar o dia aqui).

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E, claro, o Martin também apareceu. :)

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Estava a terminar a nossa estadia, foi uma experiência fantástica, enriquecedora e que jamais iremos esquecer. Tinhamos autocarro para Arequipa às 15h, não podíamos ficar mais tempo... fizemos as malas e pediamos ao Juan que nos levasse a terra e nos arranjasse um taxi para irmos até ao terminal em Puno. A pequena Sarita e o seu primo fizeram-nos companhia.

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Na margem, grande azáfama na venda do peixe apanhado nessa madrugada, aos comerciantes que haviam de o ir vender para os mercados em Puno.

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Já no terminal de autocarros de Puno, aproveitámos para almoçar enquanto esperávamos pelo autocarro. A refeição mais barata que fizemos no Perú: lomo salteado, sumo de groselha caseiro, sopa de quinoa e café; 15 s/. para duas pessoas. Os bilhetes pela Cruz del Sur já os tínhamos comprado online (18$), da mesma forma que o fizemos para o trajeto Cusco-Puno, mas aqui pediram-nos o pagamento adicional de uma taxa de embarque no valor de 1,5 s/./pax. Viagem sem história, 6h depois estávamos em Arequipa (às 21h).

Apanhámos taxi até ao hotel (12 s/.) e como já era um pouco tarde, após colocar as malas no quarto, saímos rapidamente para tentar jantar. As ruas estavam cheias de pessoas, praticamente só peruanos, muito animadas, com muitos bares abertos e as pessoas a beber na rua (parecia o bairro alto).

Antes do regresso ao hotel, ainda fizemos uma passagem rápida pela Plaza de Armas.

Hotel: Tierra Viva Arequipa Plaza Hotel - Um dos melhores da rede Tierra Viva! Localização excelente, muito perto da Plaza de Armas, instalações novas e moderna, quarto muito confortável. Os funcionários da recepção foram sempre muito atenciosos e prontos a ajudar, pequeno almoço com bastantes opções. Excelente.
 
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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Dia 8 - Arequipa

Aos pés de três grandes vulcões (El Misti, Chachani e Picchu Picchu), Arequipa é quase totalmente feita de sillar, uma rocha vulcânica branca, daí ser também conhecida como cidade branca. Ao longo dos séculos, Arequipa tem sido abalada por terramotos, contudo a maioria dos edifícios coloniais tem resistido aos abalos, auxiliada pela determinação dos arequipenhos em conservar o seu património. Hoje, a cidade é considerada Património Mundial da Unesco.

Este dia estava reservado para explorar a cidade. Inevitavelmente, começamos pela principal referência da cidade, a Plaza de Armas e como em muitas cidades peruanas, são uma verdadeira atração. Quando lá chegámos, por volta das 9h, estava a decorrer cerimónias militares, dando um colorido diferente à praça.

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Por ali estivemos a apreciar durante um bocado, mas a beleza dos edifícios envolventes, fez-nos desviar as atenções. Ao redor da praça, temos a Catedral, as Portas de Arequipa, a Igreja de la Compañia e a Igreja da Nossa Senhora.

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Aproveitamos para vaguear pelas ruas circundantes. É frequente ver-se no Perú manifestações religiosas.

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Regressamos à Plaza de Armas para tomar café na esplanada duma das varandas superiores e assim poder apreciar a praça noutra perspetiva e, agora, já sem os militares.

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Outra igreja bastante bonita, Igreja San Agustín, que fica uma rua próxima da praça.

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
O Monastério de Santa Catalina é a atração mais impressionante da cidade de Arequipa. Ocupando um quarteirão inteiro da cidade, o mosteiro foi fundado em 1580 por Doña Maria de Guzmán, uma viúva rica que se tornou freira. As primeiras a entrar para a Ordem de Santa Catarina de Siena foram mulheres crioulas pobres, filhas de chefes índios locais e mulheres de famílias da classe alta.

As noviças ricas trouxeram comodidades, incluindo criadas e continuavam a viver como antes, dando inclusivamente festas. O mosteiro foi reformulado cerca de 1870, quando a Irmã Josef Cadena substituiu o estilo de vida pela austeridade religiosa.

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Semelhante a uma pequena cidade, o mosteiro tem mais de 100 divisões, enquadradas ao longo de 6 ruas e três claustros. No seu auge, alojava 450 pessoas, um terço delas freiras e o resto criadas. O convento abriu ao público em 1970, após uma visita de João Paulo II, pois considerou-se o turismo a melhor forma de angariar dinheiro para instalar electricidade e água canalizada. Hoje, vivem aqui mais de 20 freiras, numa área fechada aos visitantes.

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
No mosteiro, viveu Santa Ana de los Angeles Monteagudo, uma religiosa que foi Madre Superiora do Mosteiro e que morreu em 1686. Em 1985, na visita do papa João Paulo II, foi beatificada. Dentro da cidadela, pode ver-se a cela dela e os utensílios e mobílias que usou em vida.

Não consigo resistir a partilhar mais algumas...

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Foram quase 3h de deslumbramento, certamente, um dos pontos altos da viagem. Adorámos! Quando saímos, já passava das 14h, precisávamos almoçar e já sabia onde queriamos ir: Sol de Mayo. Vi excelentes referências sobre o mesmo e cumpriu as expectativas. Numa curta viagem de táxi, encontramos um espaço bastante agradável, bem decorado e com música ao vivo. Maioritariamente frequentado por famílias locais, pelo menos, neste dia em que lá estivemos. A comida é bastante saborosa, pratos bem servidos e o preço é justo face ao que é servido.

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Este cenário foi quando saímos, já perto das 16h, pois quando chegámos estava cheio.

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Um dos pratos mais saborosos da gastronomia peruano: Rocoto relleno, que maravilha! :)

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No final deste delicioso repasto, já pouco apetecia fazer. Sorte que ali perto tínhamos o próximo ponto de visita e bastou pouco mais de 10 minutos para lá chegar: mirador de Carmen Alto, que fica no bairro Yanahuara. Daqui conseguimos ter uma vista panorâmica da cidade e, em dias de céu limpo, conseguimos ver o vulcão Misti ao fundo.

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
O final da tarde aproximava-se e ainda queríamos passar pelo mercado S. Camilo e precisávamos regressar à Plaza de Armas para contratar o tour pelo Vale del Colca, que iriamos fazer nos dois dias seguintes. No miradouro, apanhamos um taxi até ao mercado (5 s/.), mas infelizmente estava fechado, era Domingo, não abre. Vamos a pé até à praça, numa caminhada de cerca de meia hora.

Ainda se arranjou tempo para mais uma foto antes de "atacar" as agências... os miúdos são "melgas", mas são tão fofinhos. :)

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O Valle del Colca ou Canyon del Colca é um dos desfiladeiros de maior profundidade do mundo e residência dos famosos condores peruanos. É um dos principais atrativos para quem visita o Perú e esta região em particular. Existem uma oferta diversificada de tours para explorar o vale. Os mais populares são:
- 1 dia: não é nada recomendável, já que a saída é às 2h da manhã, sobe até uma altitude perto dos 5000 metros e regressa ao final da tarde, depois das 17h; na pratica, é quase só andar de van/autocarro;
- 2 dias: julgo que é a opção mais equilibrada; consegue conhecer-se melhor a região e de forma mais tranquila;
- 3 ou mais dias: normalmente, estão associados troços com trekking, que pode ser de maior ou menor extensão de acordo com o número de dias escolhido.

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Nós optamos pelos 2 dias. Contratamos o tour numa das inúmeras agências existentes na Plaza de Armas, com um custo de 270 s/., que inclui o tour propriamente dito, guia, transporte numa van, hotel em Chivay e 2 almoços. Relativamente ao hotel, os pacotes bases costumam incluir um hotel de 1* e li diversos feedbacks de que as condições não seriam as melhores, então optámos por pagar um pouco mais (+50 s/.) e ficar num hotel de 2*

Dia 9 - Valle del Colca

O dia começou cedo, com um delicioso pequeno almoço no hotel e às 7h45m estávamos na Plaza de Armas para dar início ao nosso tour. Temos uma van à nossa espera, para o grupo de 9 pessoas que andará junto nestes próximos 2 dias. Recomendações para a subida (Arequipa fica a cerca de 2300m e iríamos estar poucas horas depois a perto dos 5000m): beber muito chá de coca e mascar folhas de coca.

O Valle del Colca é um desfiladeiro formado pelo rio Colca, no sul do Peru, localizado a cerca de 160 km a noroeste da cidade de Arequipa. É o terceiro destino turístico mais visitado do país, com cerca de 120 mil visitantes por ano. Com uma profundidade de 4 160 metros, tem mais do dobro da profundidade do Grand Canyon, nos Estados Unidos. O Colca é um colorido vale andino, historicamente povoado por povos pré-incas e por cidades fundadas na época colonial espanhola. As populações locais mantém as suas tradições ancestrais e continuam a cultivar os terraços agrícolas construídos pelas civilizações antigas

Cercado pelos vulcões Misti, Chachani e Pichu Pichu, rapidamente somos envolvidos em paisagens soberbas.

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Mais um cházinho :)

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Ao longo do caminho, vamos parando em diferentes miradouros, onde contamos com o guia para nos explicar mais sobre a geografia do local e para que possamos tirar mais umas belas fotos.

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Já a manhã estava a terminar quando atingimos o ponto mais alto da viagem... 4910m! :eek:

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Descemos até Chivay, localizada nos 3800m de altitude, onde almoçámos e fizemos check-in no hotel. A tarde era livre, mas parte do grupo organizou-se para ir conhecer e dar um mergulho nas águas termais de Chivay. Existem por aqui umas termas oficiais, com piscinas e infraestruturas adequadas, La Calera, mas optámos por umas mais selvagens e em contacto com a natureza. Além disso, muito menos concorridas de turistas. Como convencemos o guia e o motorista da van a ir connosco, estava resolvido o problema do transporte. :)

Já estavamos a chegar...

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Para chegar até lá, era preciso atravessar o rio, que felizmente, estava com pouco caudal.

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Não existem infraestruturas, apara além de um barraco onde podemos mudar de roupa, mas as vistas para a montanha e a água quente são suficientes para que a tarde seja muito boa. A determinada altura, começa a chover, é a cereja no topo do bolo, que sensação boa... vapor da água quente vs pingos da chuva fria. :)

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Regressamos ao hotel ao final da tarde para algum descanso antes do jantar. Não existe muita oferta de restaurantes em Chivay e a maioria está vocacionada apenas para o turismo. A maioria do grupo optou por comer uns snacks que tinham trazido de Arequipa, mas ainda conseguimos juntar um pequeno grupo para ir jantar: fomos nós, um holandês que andava em viagem pela América do Sul já há mais de 2 meses e ainda não sabia quando ia regressar e um casal, ele canadiano (meu conterrâneo), ela vietnamita. Passou-se um serão agradável, ao som de musica peruano, está claro.

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Hotel: Colca Inn Hotel - excelente localização, muito perto da praça central, oferece serviços básicos para uma estadia curta (1 noite) em trânsito. Quartos são limpos, sem luxos, banho de água quente a funcionar bem, tinha aquecedor no quarto, mas não fez falta ligar. Globalmente, todo o hotel precisa de obras de modernização, nota-se bastante o desgaste dos anos. Como principais contras, Wi-Fi apenas disponível no lobby e pequeno almoço muito limitado.

Dia 10 - Cruz del Condor e viagem até Lima

Para conseguir observar o voo dos condores, é preciso acordar cedinho. Os condores só saem de manhã, entre 8 e 9:30, pois dependem das correntes de ar quente para conseguir manter-se no ar. Sendo assim, nos dias mais frios, pode ser que eles fiquem tímidos e não apareçam. Existe sempre alguma ansiedade até sabermos se conseguimos ver os condores.

Às 6h da manhã, já estávamos a sair do hotel, com pequeno almoço tomado. Iriamos demorar cerca de 2h30m até atingirmos a Cruz del Condor, pelo caminho iríamos fazer algumas paragens em pequenos vilarejos e miradouros, que valem tanto ou mais do que o voo dos condores propriamente dito.

A primeira paragem foi na bonita Yanque, a cerca de meia hora de distância de Chivay.

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Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Prosseguimos viagem e um pouco mais à frente, nova paragem, desta vez num miradouro, onde temos à nossa frente uma vista fabulosa!

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O nosso guia, aproveita para nos dar algumas explicações sobre o artesano peruano...

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...e também como se destingue um Lama...

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...duma Alpaca. :)

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São bem diferentes:

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Próxima paragem em Maca, uma aldeia no sopé do vulcão Sabancaya, 23 km a oeste de Chivay. A vida na aldeia gira principalmente ao redor da Igreja de Santa Ana.

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Estávamos quase a chegar à Cruz del Condor, o ponto alto do dia. Quando chegamos, já dois condores andavam a mostrar-se. Tivemos sorte, íamos conseguir admirar estas belas aves.

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O condor é a maior ave voadora do mundo, atingindo 1,2 metros de altura com uma envergadura de 3 metros. Apesar de poder pesar 12 kg, o condor voa durante horas sem usar as asas, simplesmente deslizando nas correntes térmicas. Come carne putrefacta ou animais recém-nascidos, que identifica no ar graças ao seu olfacto apurado e à sua espantosa visão. À noite, dorme nas paredes do desfiladeiro. Considerada uma ave sagrada pelos Incas, mas hoje corre risco de extinção nesta região.

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