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[Report] Passeio de Veleiro no Tejo

Lipe

Membro Conhecido
Um passeio pelo “conhecido”

Este Domingo, dia 26 de Junho era dia de usufruir de um passeio de veleiro pelo nosso velho amigo – o Rio Tejo. Morador na margem sul do Tejo desde que nasci, não são para mim novidade os passeios de barco nem as vistas que os mesmos proporcionam, pois durante muitos anos me servi do transporte fluvial para chegar a Lisboa e ir estudar (ou trabalhar).

Por outro lado, também não é tão habitual comprar passeios ou visitas na cidade onde vivemos e já conhecemos todos os cantos (incluindo os do rio), mas dado que me ofereceram um voucher, foi com boa disposição que embarquei.

O passeio é organizado pela PalmaYachts que só tenho bom feedback, pois o voucher tinha como data limite 31 de Maio, mas dada a tardia chegada do Verão, questionei se podia adiar a visita. Obtive sempre resposta favorável e a PalmaYachts tentou por 3 vezes agendar o passeio sem que eu tivesse disponibilidade e nunca levantou problema! Para mim, é do mais importante no que toca a causar boa impressão aos clientes! 5 Estrelas!



Ponto de partida – Cais de Belém – 16h30 – 31ºC

Tal como combinado, 10 minutos antes lá estávamos junto à descida para o cais.

Um representante da PalmaYachts confirmou os nossos nomes na reserva e encaminha-nos para o veleiro.
Ao subir para o barco, foi-nos indicado que podíamos escolher o lugar que quiséssemos, fosse na proa ou junto aos comandos do barco, onde daria para sentar. Tendo em conta que fomos dos primeiros a subir, acabámos por escolher um lugar que se revelou espectacular durante a viagem.

Estão a ver aquela almofada gigante azul escura na proa?


A sair da doca

Paragem técnica para içar a vela

A viagem começa mais perto da margem sul do Tejo, onde já se avista a Trafaria, freguesia do concelho de Almada, tendo sido recentemente agregada à freguesia de Caparica, sendo que é na localidade da Cova do Vapor que se dá o encontro do Rio Tejo com o Oceano Atlântico.

O que marca sem dúvida a paisagem é a Ponte 25 de Abril e o Cristo Rei lá no alto. Não me vou alongar muito sobre a ponte 25 de Abril, pois julgo ser já bastante conhecida. Inaugurada a 06 de Agosto de 1966, na altura pelo Presidente da República, o Almirante Américo de Deus Rodrigues Tomás e o Presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar – que deu originalmente o nome Ponte Salazar. Logo a seguir à revolução de 25 de Abril de 1974, o seu nome foi mudado para Ponte 25 de Abril.

Mais tarde, a 30 de Julho de 1999, foi inaugurado o projecto ferroviário, num novo tabuleiro abaixo do trânsito rodoviário.

Passamos por baixo da ponte e apesar dos seus 70 metros de altura, ouve-se com facilidade o barulho dos veículos a circular, especialmente por cima da grelha de ferro, como também é fácil constatar sempre que passa um comboio no tabuleiro inferior.

Mais à frente, ainda na margem sul do rio, avistamos o Miradouro de Almada, também conhecido por Miradouro Boca do Vento e o seu Elevador Panorâmico, que proporcionam vistas magníficas da cidade de Lisboa, especialmente ao por do sol com a Ponte 25 de Abril como pano de fundo!

Aproximamo-nos de Cacilhas, o ponto de ligação fluvial da cidade de Almada a Lisboa, através dos famosos barcos cacilheiros.

Mais à frente, trânsito cruzado entre os cacilheiros e os outros catamarãs que fazem a ligação Lisboa – Barreiro e Lisboa – Seixal.
Chegando à zona em frente á estação de comboios de Santa Apolónia cruzamo-nos com um navio porta-contentores que fazia o seu trajecto para o Oceano Atlântico.

Santa Apolónia (agora pintado de azul claro) e o Panteão Nacional (com a cúpula redonda).
 
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Lipe

Membro Conhecido
É também aqui que é habitual alguns navios cruzeiro atracarem, o que se veio a verificar. Ao longe já se via o Oriana da P&O Cruises, que acabaria por saudar a nossa passagem com 2 valentes apitos. Em cima, à esquerda e rodeado de árvores está o Castelo de S. Jorge.

Foi também junto ao navio cruzeiro, que invertemos a nossa marcha e iniciámos o passeio em sentido contrário, desta vez junto à margem norte, encostadinhos a Lisboa!

Mais tarde viemos a perceber que estavam a soltar as “amarras” e que o Oriana estava de saída para as Ilhas Canárias. Talvez por isso muitos dos passageiros estariam concentrados na popa no navio, em torno da piscina e pelos vários decks em modo de festa.

Aproximamo-nos da Praça do Comércio (mais conhecida por Terreiro do Paço), zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos e que hoje está ocupada por ministérios e outros departamentos governamentais. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36000 m2. É considerado o “centro oficial da capital e do governo do país”.

Em frente à Praça do Comércio e também bastante conhecido temos o Cais das Colunas, zona que sempre foi a entrada nobre em Lisboa, com degraus de mármore, onde desembarcavam os chefes de estado e outras figuras de destaque (como Isabel II de Inglaterra).

De seguida, temos a zona do Cais do Sodré que está bastante mais apelativa depois das últimas obras de requalificação, de onde se destaca os edifícios pertencentes à Marinha e logo se seguida o terminal fluvial, bem como a estação de comboios, de onde partem ligações até Cascais.

Continuando o nosso percurso, aproximamo-nos do Porto de Lisboa, onde mesmo ao Domingo à tarde foi possível apreciar a descarga de um porta-contentores ao vivo.

Voltamos a cumprimentar a nossa velha amiga, agora com uma ligeira brisa!

Já com o Padrão dos Descobrimentos ao longe, a nossa viagem aproximava-se do fim mas com o vento um pouco mais forte ainda fizemos um parte do passeio ligeiramente inclinados, mas nada de problemático.

Já perto do cais de Belém, passamos ainda perto do Museu da Electricidade que está com algumas obras para se transformar no MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia.
 
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Lipe

Membro Conhecido
Passadas 2 horas de passeio, estávamos de volta ao cais de Belém, com o sol já mais baixo mas com uma temperatura bastante agradável (28ºC). A doca é relativamente pequena e o “estacionamento” foi rápido e tranquilo.


É altura de subir a rampa e por os pés em terra firme!

Foi uma viagem relaxante e que mostra a “nossa” cidade vista do rio, que mesmo para quem já conhece, acaba por ter outro encanto pois é feita a um ritmo mais lento que os catamarãs, onde longe do barulho e movimento da cidade, transmite uma sensação de paz e sossego inigualável!

Para terminar e junto ao Mosteiro dos Jerónimos, sobrevaloriza-se a Ginja de Alcobaça à Ginja de Lisboa :p
 

PauloNev

Moderador Honorário
Staff
Muito obrigado pela partilha.
Belo report, com boas fotos, e uma maneira diferente de conhecer Lisboa.
É bem giro ver Lisboa de uma outra perspectiva.
Boas viagens ;)
 

Jorge Gonçalves

Membro Conhecido
Muito bom @Lipe! :)
Atravesso a ponte todos os dias e nunca o fiz através do rio... aqui está uma boa dica para uma tarde de fim-de-semana.
Obrigado pela partilha!
 

Cristina Sousa

Membro Conhecido
Olá @Lipe :)
Obrigada pelo refrescante report!
A vista das cidades a partir do rio é sempre uma perspectiva interessante, que foge à vista quotidiana. Já o fiz aqui no Porto algumas vezes no cruzeiro das pontes e, de facto, é uma fotografia diferente! :p
Em Lisboa nunca tive essa experiência, mas fica a dica. ;)
 

CristinaBF

Membro Conhecido
Olá @Lipe
Parabéns pelo report :)
Por acaso já andei a ver estes passeios, pois acho interessante ;)
Lindas as fotos, obrigado pela partilha :)
Continuação de boas viagens ;)
 
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