[Report] Milão + Dubai + Abu Dhabi

[andre.doc]

Olá!
Se já tiveram oportunidade de ler outros reports sobre o Dubai (e em particular um excelente report que aqui foi colocado recentemente - ver aqui) vão achar este report um bocado repetitivo, mas de qualquer forma, deixo aqui o meu contributo.

Esta viagem foi realizada em outubro de 2012 mas as passagens aéreas foram adquiridas com bastante antecedência, antes de a Emirates ter aberto o voo direto Lisboa – Dubai, pelo que esta não foi uma opção na altura.

Assim, optámos por fazer um voo low cost para Milão (aproveitando para conhecer a cidade ao de leve) e de Milão voar para Abu Dhabi com escala em Istambul. Como Abu Dhabi era um local que queríamos visitar enquanto estivéssemos no Dubai, aproveitámos o facto de o voo para lá ficar mais económico do que voar para o Dubai. Ao todo foram 3 voos para chegar ao destino (e outros 3 para regressar pelo mesmo trajeto), tudo para economizarmos umas coroas pois na altura o voo para o Dubai desde Lisboa (com uma escala) tinha disparado até perto de 600€.

Milão

Milão é uma cidade da qual tinha (e continuo a ter) a impressão que é essencialmente industrial e que tirando a zona em redor do Duomo não tem muito para visitar (dentro da cidade propriamente dita), o que a tornava ideal para a uma manhã livre antes de apanhar o voo para Abu Dhabi. Assim, chegámos a Milão (Malpensa) pela Easy Jet por voltas das 24h00 e apanhámos um autocarro para a Estação de Milano Centrale. A viagem ainda é longa (1 hora) pois o aeroporto de Malpensa fica afastado da cidade. Chegados à estação, caminhámos até ao Hostel onde iríamos passar a noite. Levávamos o percurso impresso com o mapa do Google Earth, mas ao confundirmos a fachada principal da estação, enganámo-nos no caminho e demos connosco numa zona pouco movimentada e duvidosa onde a cada esquina se encontravam travestis a prostituírem-se… Mas felizmente lá conseguimos encontrar o caminho certo e dar com o Hostel. O Hostel Central Station foi escolhido pela sua localização, como o nome indica fica perto da estação central que permite uma fácil ligação com o aeroporto. É um Hostel muito básico, não tinha grandes críticas no tripadvisor, mas achei todas as restantes opções de alojamento na zona mais central de Milão muito caras e era só para passar a noite. Na manhã seguinte bem cedo fomos visitar o Duomo, as Galerias Victor Emanuelle e área de Ponte Génova (que tem um canal e várias casinhas ao redor e faz lembrar vagamente Veneza). Destaco o Duomo que é realmente impressionante. Por visitar ficou o Castelo Sforzesco, o museu onde está exposta “A Última Ceia”, o teatro Ala Scala e o Estádio San Siro, mas a manhã não deu para mais.

Estaçao Milano Centrale

Uma igreja que passámos quando nos perdemos

Praça onde convivem o Duomo (Basílica) e as Galerias Victor Emanuelle

Interior do Duomo

Ponte Génova

De seguida voo para Abu Dhabi com escala em Istambul pela Turkish Airlines. Devido à última experiência que tive com a Turkish Airlines em Setembro numa viagem para a Turquia em que conseguiram a proeza de perder a minha bagagem na viagem de ida e na viagem de volta, sendo que estive semana e meia na Turquia sem bagagem, tendo-me sido entregue apenas meia hora antes de fazer o check in para a viagem de regresso (para a voltarem a perder novamente), confesso que estava um bocado apreensivo com o voo. Mas correu tudo bem, o serviço da Turkish Airlines a bordo do avião foi excelente e mais importante, a bagagem apareceu no destino!

Chegámos a Abu Dhabi já de madrugada (02h30) e sentimos logo um calor brutal e muita humidade no ar. À hora que chegámos queríamos era ir diretamente para o Hotel, apanhámos um táxi e pagámos cerca de 70 Dirahms (15€) por um trajeto de quase 40 km para o Hotel Khalydyia Palace no centro de Abu Dhabi. A ideia era descansar e aproveitar a praia privativa do Hotel antes de rumar até ao Dubai.


Hotel Khalydyia Palace

Vista do Emirates Palace Hotel

À tarde, fomos de autocarro para o Dubai, uma viagem de quase duas horas e em que pagámos 20 Dirahms (4,2€). À medida em que íamos entrando no Dubai, percorrendo a Sheik Zayed Road (a principal artéria da cidade, paralela à costa) começávamos a ver edifícios imponentes, angulosos e arrojados e sucederem-se cada vez mais frequentemente.

Edifícios do Dubai

Nesse dia tínhamos reservado um passeio de barco pela marina. Como vimos o tempo a apertar, fomos com a bagagem diretamente para a marina onde embarcámos num barco tradicional de madeira chamado dhow. Curiosamente éramos os únicos passageiros a bordo. A marina ocupa uma área enorme, maior do que qualquer marina que alguma vez vi, com edifícios modernos, arranha-céus e lanchas de recreio poderosas que contrastam com as embarcações tradicionais que circulam no canal. As vistas são magníficas, o cruzeiro de dhow leva-nos até à saída da marina de onde se pode avistar o Burj Al Arab e a Palmeira (já lá iremos…).

Cruzeiro na marina do Dubai

De seguida, fomos para o hotel de táxi. Escolhemos um Hotel classificado como 4 estrelas, na área de Tecom/Internet City onde abundavam os edifícios em construção, mas a uma distância de 5 minutos a pé de uma estação de metro e a 3 minutos a pé de um supermercado (Carrefour). Também adorámos este Hotel, apesar de não ser um edifício vistoso por fora, o quarto era limpo, muito espaçoso, com um design agradável e bem apetrechado (tinha kitchenette com fogão, micro ondas e diversos utensílios, o que deu muito jeito para preparar algumas refeições) e também com um excelente atendimento. O mais curioso disto tudo, este Hotel com todas estas características, custou menos 5€ por noite do que o Hostel manhoso de Milão! A avaliar pela experiência que tivemos dos hotéis no Dubai e em Abu Dhabi, parece-me que os hotéis nos Emirados têm uma excelente relação qualidade/preço.

 

[andre.doc]

Na manhã seguinte e nas manhãs que se seguiram, verificámos que havia quase sempre uma névoa espessa no horizonte que tornava o ar turvo e que deve ter origem nas areias do deserto, poeira das obras, efeito do smog fotoquímico, ou na ação combinada destes três. Certo é que nem sempre o ar é límpido, existe quase sempre uma névoa a pairar.

Nesse dia, de manhã apanhámos o metro e de seguida um autocarro até ao Jumeirah Beach Park (o metro corre ao longo da Sheik Zayed Road, paralela à costa, pelo que é sempre preciso apanhar um táxi ou autocarro para chegar à praia). Para fazer praia no Dubai existem essencialmente 3 opções: as praias privativas dos resorts, as praias públicas para as quais não é necessário pagar entrada e os Beach Parks, cuja entrada obriga ao pagamento de 5 Dirahms (pouco mais de 1 euro) mas que são áreas qualificadas e bonitas com jardins e infra-estruturas de apoio. Escolhemos o Jumeirah Beach Park. Neste parque, na zona do areal, é proibido fotografar. Ainda assim, viam-se muitos turistas que tiravam fotografias sem pudor. Como não queria arriscar nem desrespeitar, perguntei ao funcionário que alugava os chapéus de praia e ele disse-me que se tirasse 3 ou 4 fotografias disfarçadamente não haveria problema mas não convinha abusar e assim fiz:

De seguida dirigimo-nos até ao Dubai Mall pois tínhamos reservado a subida até ao Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo com 163 andares, que está ligado a este centro comercial. O Dubai Mall dispõe de um aquário enorme que ocupa vários pisos e onde é possível fazer mergulho, um ringue de hóquei no gelo, uma cascata com esculturas pendentes e obviamente, todas as lojas de renome internacional.

A subida ao Burj Khalifa (considerado a primeira cidade vertical do mundo) é feito num elevador iluminado em toda a sua extensão e que se movimenta a uma velocidade vertiginosa, em menos de nada estamos no 124º andar, onde se encontra o observatório. As vistas são magníficas, especialmente para a zona norte onde podemos aceder a um terraço e contemplar o panorama sem acrílicos ou vidro a estorvar. A zona virada para sul, onde se pode avistar o Burj al Arab, as ilhas do mundo e a marina, é uma zona interior tapada com vidro. Optámos por fazer a reserva (é necessário fazer a reserva antecipada, caso contrário paga-se 3 vezes mais) para a hora do por do sol. Cá em baixo, encontram-se as Dubain Fountains, onde se pode apreciar um espetáculo de cor, luz e som das 18h00 às 23h00 a cada meia hora. O espetáculo das fontes com o Burj Khalifa por detrás é algo imperdível e uma das coisas que mais gostei no Dubai. O primeiro, vimos desde o observatório e os restantes de cá de baixo.

Novo dia, nova aventura. De manhã fizemos um city tour e de tarde um safari no deserto, estas atividades foram compradas a um operador local antecipadamente. O city tour levou-nos até alguns dos locais mais emblemáticos do Dubai. Começando pelo Creek, canal de água salgada que divide as zonas de Deira e Bur Dubai e que corresponde à zona mais antiga, onde se fixaram os primeiros habitantes do Dubai. Nas imediações podem-se encontrar alguns mercados tradicionais (souks) de ouro, especiarias, etc. No Creek circula diariamente um corrupio de dhows e abras (embarcação tradicional, mais pequena que o dhow). Pode-se fazer a travessia entre as margens por 2 Dirhams (0,42€) num Abra (water taxi).

Dubai Creek

De seguida, dirigimo-nos ao museu do Dubai, onde são recriadas através de figuras em tamanho real alguns aspetos/atividades/profissões mais tradicionais, como a forja do ferro, o comércio nos souks, o ensino do corão na madrassa, etc e onde se podem ver réplicas de utensílios, embarcações e casas típicas com os túneis de vento, utilizados para refrescar o interior das habitações.

Museu do Dubai

Seguiu-se uma paragem junto à Mesquita de Jumeirah (só para fotografar por fora, não entrámos). Parámos mais à frente, junto à praia para fotografar o Burj Al Arab, o hotel de 7 estrelas, tão conhecido que me vou escusar de falar sobre ele. Mais tarde, como perceberão, regressei a este local para fazer praia e ver o por do sol junto a este hotel icónico. Seguimos em direção à Palm Island (ilha artificial em forma de palmeira) onde se encontra o famoso Atlantis Resort.

Jumeirah mosque

Burj Al Arab

Atlantis

De tarde, seguimos para o deserto, passando pelo caminho perto do Burj Khalifa (a foto do edifício abaixo parece uma montagem e foi tirada de dentro do jipe!).

Ao chegarmos perto do deserto, o jipe parou num pequeno supermercado onde cá fora estavam reunidos dezenas de jipes para o safari. Lá dentro, vários vendedores pediam para nos colocarem um lenço (daqueles que estava na moda no meu tempo de adolescente e que era usado como cachecol) na cabeça à maneira árabe para tentar vender. Acabei por comprar um por 10 Dirhams (2,1€) e lá fui, qual Lawrence das Arábias, para o safari. Os jipes da companhia a quem comprei as excursões juntaram-se todos para o safari que incluiu um raly nas dunas cheio de adrenalina e duas paragens no meio do deserto para tirar fotografias. Adorei a paisagem do deserto. Nunca tinha estado num deserto com dunas cor de laranja/vermelhas a perder de vista. Depois do raly nas dunas, fomos até um acampamento onde jantámos e fizemos várias atividades desde andar de camelo, pinturas hena, fumar shisha, assistir a espetáculos de dança e vestir indumentárias tradicionais para tirar fotografias, tudo isto incluído, foi muito divertido. Também se podia andar de quad bike, mas com um custo extra.

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[andre.doc]

O dia seguinte foi reservado para ir ao Aquaventure, o parque aquático do hotel Atlantis situado na Palmeira (lembram-se?). Para lá chegar, apanhámos o monorail logo às 10h00 (é a primeira viagem) que é uma espécie de metro de superfície que faz o percurso entre a entrada da palmeira e o Atlantis. Pela viagem podemos ver os empreendimentos da palmeira (alguns ainda em fase de construção) e as moradias em frente ao mar situadas nas “folhas” da palmeira. O parque não é muito grande (como estava no Dubai onde tudo é maior, mais caro, mais luxuoso, mais… tudo) tinha a expectativa de que o parque seria assim uma coisa descomunal, mas é semelhante aos principais parques aquáticos do nosso país em dimensão. Tem vários canais onde podemos ir a flutuar numa boia e onde vão desembocar muitos dos escorregas. A atração principal é a descida “Leap of faith” com 61 metros de comprimento e de onde se cai de 27 metros de altura uase na vertical em direção a um aquário repleto de vida marinha, onde se destacam as raias e os tubarões. Em relação a estes últimos não há que temer, pois passamos no aquário a alta velocidade dentro de um cilindro de acrílico e além disso os tubarões não são perigosos (pessoalmente tenho mais medo do Vitor Gaspar do que daqueles tubarões…). Depois existem outros escorregas que terminam dentro do aquário mas a uma velocidade reduzida, e podemos sentir o que é estar verdadeiramente dentro de um aquário. Tive também a oportunidade de fazer snorkeling com os tubarões (e confirmar que eles não fazem mesmo mal). Foi espetacular estar tão próximo das raias e dos tubarões e vê-los a vir na nossa direção. O parque dispõe também de uma praia privativa onde podemos relaxar depois de libertar toda aquela adrenalina.

Novo dia, novas atividades. Depois de uma manhã passada a relaxar na piscina do Hotel, fomos ao Ski Dubai, um parque de diversões/resort de ski dentro do centro comercial Mall of the Emirates. Confesso que o que me atraiu foi o conceito, brincar na neve no Dubai onde as temperaturas lá fora chegam aos 50ºC, é de loucos! No interior estavam 3ºC negativos! Depois de bem apetrechados com a roupa que nos fornecem fomos para dentro do parque. Como nunca fizemos ski, não podíamos descer a pista (senão corríamos o risco de estragar as férias). Então mais nada restava do que subir a uma torre e experimentar duas ou três descidas de tobogan ou de bóia. Na minha opinião, se for para fazer ski, pode valer a pena, caso contrário é dinheiro mal gasto. Não que não tenha gostado, mas não justificou os 130 Dirhams (27€) de entrada. Seguimos de táxi em direção à sunset beach para fazer praia e desfrutar das vistas do Hotel Burj Al Arab ao entardecer, é um por do sol fantástico!

No final do dia, rumámos ao Creek do Dubai onde embarcámos num cruzeiro panorâmico com jantar incluído. Gostei muito, mas confesso que gostei mais do cruzeiro na marina, embora sejam panorâmicas diferentes. A zona do Creek tem edifícios mais antigos e muitos dhows a circular. Não gostei assim tanto foi da comida que era no mínimo… duvidosa…

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[andre.doc]

E nessa noite despedi-me do Dubai, pois no dia seguinte fui para Abu Dhabi fazer um city tour e depois apanhar os voos de regresso. O city tour de Abu Dhabi foi praticamente a única coisa que não tinha adquirido antes do início da viagem. Isto porque eu pretendia arranjar uma excursão de Abu Dhabi desde o Dubai em que pudesse levar as nossas bagagens e depois ficar em Abu Dhabi. Como tal, esperei para chegar ao Dubai e reservar lá. Acabei por reservar a excursão no hotel através de um operador turístico que tinha lá um pequeno balcão. Expus a situação e ele disse que não havia problema, que havia espaço para as bagagens e nos podiam deixar em Abu Dhabi no final da excursão. Mas a excursão foi um roubo, pagámos 250 Dirhams (52€) por pessoa por um tour em que saímos do Dubai já depois das 10h (são quase 2 h de caminho até Abu Dhabi) e que às 14h já tinha terminado e onde não tivemos direito a guia ou explicações, apenas éramos deixados nos locais a visitar pelo motorista e dispúnhamos de tempo muito limitado para os visitar. Ainda assim, a primeira paragem deslumbrou-nos, a mesquita Sheikh Zayed! É a oitava maior mesquita do mundo e pode albergar até 40 000 pessoas. Foi oferecida pelo próprio Sheikh Zayed, antigo governador dos Emirados, e é de uma beleza ímpar! Possui no salão principal um candelabro com cristais Swarovski verdadeiramente majestoso (estas informações não foi o guia a contar, pois simplesmente não havia guia…)! Mas as imagens que falem por si…

De seguida, fomos em direção ao Emirates Palace Hotel (que podíamos ver desde o Hotel Khalydyia no primeiro dia em Abu Dhabi, lembram-se?). Pudemos vaguear pelo hotel alguns minutos e pelos seus enormes salões, onde homens engravatados tratavam de negócios, enquanto outras pessoas simplesmente tomavam uma bebida ao som do piano e flauta de pan tocados por duas artistas. Cá fora, tem-se uma vista privilegiada das Emirates Towers, algumas ainda não totalmente finalizadas. Uma curiosidade, embora o que não falte no Dubai seja areia, este Hotel tem uma praia privativa de 3 km com areia importada da Argélia. De seguida, o condutor levou-nos a um centro de artesanato e tapeçarias, onde sugeriu que ficássemos pelo menos meia hora, mas ao fim de dez minutos já tínhamos saído e já estávamos a caminho do próximo destino, a Heritage Village. A Heritage Village, à semelhança do museu do Dubai, é um local que recria algumas tradições, usos e costumes dos povos nativos, mas vale essencialmente pela vista que se tem do Corniche, a marginal de Abu Dhabi, que é simplesmente fenomenal.

Alguns edifícios vanguardistas a caminho do centro de Abu Dhabi

Emirates Palace Hotel

Emirates Towers vistas desde o Emirates Palace

Interior do Hotel

Vistas do Corniche desde Heritage Village

Tivemos pouco tempo disponível para usufruir deste local pois o condutor estava a pressionar-nos para não nos determos muito tempo. Quando pensei que íamos para um destino seguinte, o condutor informa-nos que a excursão tinha chegado ao fim e que nos podia deixar onde quiséssemos. Obviamente não ficámos satisfeitos, mas lá fomos para o Al Wahda Mall (centro comercial) para almoçar e essencialmente para deixarmos as bagagens num depósito próprio disponível para os utentes do centro comercial e assim nos podermos deslocar livremente da parte da tarde. Como estava um calor infernal nesse dia, depois de almoço fomos para o Marina Mall (mais um centro comercial) onde podemos subir a uma torre que tem vista panorâmica sobre o Corniche. Ao final da tarde, fomos até à praia pública no Corniche. No preciso momento que o sol se pôs, de seguida os inúmeros nadadores salvadores que estavam de vigia começam a tocar os seus apitos e a mandar toda a gente sair da água, pois não é permitido estar dentro de água depois do por do sol. E se alguém se atrevesse a entrar na água, tinha logo o nadador salvador à perna, não facilitam!

Al Wahda Mall

Marina Mall e respetiva torre panorâmica

Vistas desde o Marina Mall

Praia pública em Abu Dhabi

E já à noitinha, depois de recolher a bagagem, apanhámos o autocarro até ao aeroporto e regressámos a Portugal no dia seguinte…

Algumas notas de rodapé:

- Segurança: provavelmente, os Emirados Árabes Unidos serão o país mais seguro do mundo. Nunca senti um mínimo de insegurança e nem sequer se veem polícias (não são precisos!)

- Indumentária e postura: é recomendável adotar uma postura discreta no que diz respeito ao vestuário e gestos de afeto em público. Contudo, o único local onde se colocou a questão do vestuário foi na mesquita de Abu Dhabi onde a minha esposa teve que usar um traje com lenço a tapar o corpo que disponibilizavam à entrada. De resto, procurámos evitar usar vestuário considerado abusivo e limitar os gestos públicos de afeto ao mínimo (mãos dadas), embora se vejam muitos turistas que não tem estes aspetos em conta, especialmente as mulheres russas que se viam muito frequentemente com roupas muito justas e decotadas.

- Sociedade: A sociedade nos emirados está organizada num sistema de pirâmide, sendo que no nível inferior estão os muitos indianos e paquistaneses que constituem a maioria da população residente e que trabalham essencialmente na construção civil, muitos sujeitos a condições de trabalho deploráveis e que se deslocam muitas vezes em autocarros atulhados sem ar condicionado. Muito mais acima estão os Emiratis, os nativos do Dubai, a quem o Estado paga a saúde, educação, água, luz, etc. Qualquer empresa que se instale no Dubai tem que dar sociedade a um nativo, pelo que alguns Emiratis veem todos os meses a conta bancária a engrossar sem qualquer esforço.

- Uma curiosidade: algo que nos chamou a atenção foi termos visto por diversas ocasiões, várias mulheres árabes (a maioria envergando a burka) na praia ou no centro comercial e que para cada filho tinham uma empregada asiática (a comunidade filipina é dominante). Ou seja, se uma mulher tivesse dois filhos, trazia consigo duas empregadas, cada uma para entreter e cuidar de um dos filhos.

- Dinheiro: O Dubai só é um destino caro para quem quiser. A vida lá (comida, transportes e bens em geral) são muito mais baratos do que cá. Obviamente que quem usufruir de luxo e opulência, encontra-os a troco de um preço elevado, no Dubai como em qualquer parte do mundo.

- O Dubai é um destino diferente de tudo o que vi até agora e tem uma oferta muito diversificada: passeios no deserto, edifícios imponentes e possibilidade de subir ao mais alto deles todos, passeios de barco, praia, parques temáticos, etc…

E aquilo que era previsto ser um report curto, tornou-se num verdadeiro testamento. Disponham para colocar questões e comentários

 

[Oscar Reis]

Olá,

Depois de tanta grandiosidade e tanta opulência, só posso dizer... BRUTAL

Parabéns pelo Report e obrigado pela partilha

 

[Benny]

Sim senhor. Está aqui um report e pêras! Parabéns!

 

[Beto]

Brutal!!!

 

[Hugo Gonçalves_9067]

Boas , antes de mais nada gosto muito das tuas fotos!
mas queria te fazer uma pequena pergunta.. podias me dizer quanto custou o bus de malpensa para milao ?

cumps e obrigado pelo excelente report!

 

[andre.doc]

Boas , antes de mais nada gosto muito das tuas fotos!
mas queria te fazer uma pequena pergunta.. podias me dizer quanto custou o bus de malpensa para milao ?

cumps e obrigado pelo excelente report!

Viva! Obrigado pelo comentário.

O Bus (Malpensa Shuttle) ficou a 16€ por pessoa ida e volta. Por trajeto, custa 10€.

Em alternativa, pode-se ir de comboio (Malpensa Express) até ao centro de Milão (estação de Cadorna, mais perto do Duomo que a estação Centrale) e o preço é ligeiramente diferente: 11€ ida, 15€ ida e volta.

Embora o Malpensa Express seja mais rápido, eu tive que optar pelo Shuttle Bus porque o Hostel era próximo da Estação Centrale.

Cumps

André

 

[Hugo Gonçalves_9067]

ahh entendo..
Eu como chego ao aeroporto a' meia noite também não sei se da' .. sabes ate' qe horas ha' comboio ?

ou seja a forma mais económica seria ir de comboio -_-

 

[andre.doc]

ahh entendo eu como chego ao aeroporto a' meia noite tambem nao sei se da' .. sabes ate' qe horas a' comboio ?

Eu acho que há comboio até às 01h30 e depois de novo às 05h30. Mas podes verificar o horário do comboio/do bus para a Estação Centrale e para Cadorna através destes links:
http://www.malpensaexpress.it
http://www.malpensashuttle.it/carico/documenti/orari_mxp-mil_cle.pdf

 

[Lipe]

Boas,

Agradeço desde já teres feito referência ao meu report do Dubai, pois fi-lo com o mesmo gosto e dedicação que tu fizeste o teu e para servir a comunidade.

Gostei bastante de ler o teu report, pois se me pedissem para contar de novo a minha viagem, podia perfeitamente ler o teu report!

Quase que parece que fizemos férias todos juntos! FOste visitar praticamente todos os sítios que eu também fui, em ordem diferente, mas com o mesmo objectivo - Disfrutar ao máximo a estadia.

A minha opinião sobre o Dubai reflecte-se nas tuas últimas frases!

A nostalgia é grande ao ver as tuas fotos Obrigado.

 

[andre.doc]

Boas,

Agradeço desde já teres feito referência ao meu report do Dubai, pois fi-lo com o mesmo gosto e dedicação que tu fizeste o teu e para servir a comunidade.

Gostei bastante de ler o teu report, pois se me pedissem para contar de novo a minha viagem, podia perfeitamente ler o teu report!

Quase que parece que fizemos férias todos juntos! FOste visitar praticamente todos os sítios que eu também fui, em ordem diferente, mas com o mesmo objectivo - Disfrutar ao máximo a estadia.

A minha opinião sobre o Dubai reflecte-se nas tuas últimas frases!

A nostalgia é grande ao ver as tuas fotos Obrigado.

Olá Lipe! Senti exatamente o mesmo que tu. Ao ler o teu report foi como se estivesse a recordar todos os passos da minha viagem, impressionante! Mostrei o teu report (que só descobri depois de ter regressado) à minha esposa e ela só me dizia "temos uma foto igualzinha a essa... e a esta também... e a esta... e a esta também..."

Coincidimos não só nos locais visitados como aparentemente também nas opiniões formadas e no impacto que este destino teve em nós :lol:

 

[CarpeDiemMan]

Olá Andre

És responsável por meter a minha inveja ao rubro, estou mesmo muito invejoso neste momento .
Muito bom o teu report, com muitas e excelentes fotos.

Cumprimentos

 

[andre.doc]

Olá Andre

És responsável por meter a minha inveja ao rubro, estou mesmo muito invejoso neste momento .
Muito bom o teu report, com muitas e excelentes fotos.

Cumprimentos

Obrigado Carpe Diem,

sei bem do que falas, essa inveja também sinto frequentemente a ver os reports do pessoal aqui no portal

Depois desta viagem, ficam as memórias e a esperança em voltar a repetir as mesmas sensações num outro destino... Houvesse tempo e principalmente dinheiro e acho que dava várias voltas ao mundo até conseguir satisfazer a minha fome de viagens!!!

Abraço

 

[CarpeDiemMan]

Olá Andre

Só para esclarecer todos os nossos colegas que frequentam o Portal. Quando digo que tenho inveja, não é no mau sentido, mas sim uma inveja saudavél até porque digo na brincadeira. Digo isso quando queria já ter visitado certos locais e ainda não o fiz. Até costumo dizer de lugares onde já estive, quando aqui o pessoal deixa mensagens quando estão de férias e me apetecia estar lá também.
Penso que ninguém tinha dúvidas disso, mas convém deixar o apontamento .

Cumprimentos

 

[andre.doc]

Olá Andre

Só para esclarecer todos os nossos colegas que frequentam o Portal. Quando digo que tenho inveja, não é no mau sentido, mas sim uma inveja saudavél até porque digo na brincadeira. Digo isso quando queria já ter visitado certos locais e ainda não o fiz. Até costumo dizer de lugares onde já estive, quando aqui o pessoal deixa mensagens quando estão de férias e me apetecia estar lá também.
Penso que ninguém tinha dúvidas disso, mas convém deixar o apontamento .

Cumprimentos

Carpe Diem,

acho todos se identificam com a tal "inveja" que falas, tanto de sítios onde nunca fomos como aqueles que são especiais para nós. Neste último caso, a tal inveja é uma espécie de nostalgia misturada com a vontade de voltar a revisitar os mesmos destinos onde fomos tão felizes...

 

[CarpeDiemMan]

Olá André

Nem mais, é exactamente nesse sentido a que me refiro quando utilizo a palavra inveja .

 

[Tiquiss]

Muito bom report, excelentes fotos (algumas parecem autênticas montagens lol). Brutal mesmo.

Os tipos são mesmo megalômanos...

 

[Bee]

Um report cheio de fotos que brutais.
Um report à altura dos arranha-céus dos Emirados