Saruka
Membro Conhecido
Esta viagem já há alguns anos que tem se tornado "A Viagem!" quando falamos sobre o tema, e este ano reuniram-se alguns factores que possibilitaram a concretização deste sonho.
No inicio do ano andava atenta aos voos e encontrei voos a 125€ por pessoa ida e volta com escala em Genebra, para fim de Setembro, altura em que o número de horas de sol ainda é razoável, a probabilidade de ver auroras era substancial, e mais importante de tudo, podíamos tirar férias! Então, marquei, de 25 de Setembro a 2 de Outubro, pela Easy Jet, escala a Genebra, partida de Lisboa e lá chegávamos nós a Reyquiavique!
Levamos de Portugal noodles, massas instantâneas, barras de cereais, e os nossos almoços foram sempre sandes ou noodles de copo, aquecíamos a água na cafeteira do alojamento, levamos um termo para manter a água quente. Já lá fomos ao supermercado comprar mais alguns alimentos e assim tínhamos mantimentos no carro para todo o dia!
Dia 25:
Chegamos ao aeroporto, levantamos o carro, e seguimos em direcção a Kirkjufell. Já chegamos quase ao anoitecer, o voo atrasou um pouco e para primeiro contacto com as estradas islandesas correu tudo bem, conduzimos 3h. Lá é habitual haver algum condicionamento no horário do check in, mas tivemos sorte, em quase todo o lado que ficamos enviaram o código da porta e entravamos mesmo após o horário.
Dormimos numa Guesthouse com vista para Kirkjufell, com wc privativo, cozinha comunitária, impecável.
Dia 26:
Neste dia tinhamos previstos 530km pela frente, então acordamos pelas 7h30, paragem junto à cascata de Kirkjufell.
Primeiro pensamento: " Para primeira impressão não está nada mal!!"
Seguimos viagem até Arnastapi, e Budir.
Black Church em Budir:
Arnastapi:
Paramos no Bónus de Borgarnes para abastecermos de pão, queijo, fiambre, skyrs, sumos, leite, gastamos 40€.
Próxima paragem: Hvitserkur, sendo que há um desvio de 20km, (terra batida cheia de buracos) da estrada principal que segue para Akuyeri, mas vale muito a pena!
Agilizei o roteiro de hoje com a finalidade de terminar o dia no GeoSea, mas infelizmente já chegamos de noite a Husavik. O tempo estava ótimo na zona de Budir e Arnastapi e perdemos a manha toda a caminhar por lá. Deixamos o GeoSea para a manha seguinte.
Dia 27:
Infelizmente estava um nevoeiro cerrado e por isso acabamos por não ir mesmo ao GeoSea. Se fosse hoje, tinha feito o roteiro de forma a pernoitar em Akuyeri, pareceu uma cidade acolhedora e muito gira.
Seguimos para Godafoss.
Próximo destino: Myvatn, que mais parece Marte!
Aproveitamos o resto do dia para passear ao longo do lago, visitar a zona de Dimmuborgir.
Fomos ainda ao parque de Hverarönd, com uma atividade geotérmica brutal, solo alaranjado, água a fervilhar, fumarolas, cheiro a enxofre, como quem diz, cheiro a ovos podres
Subimos até ao Krafla, infelizmente estava imenso nevoeiro e por isso a foto possível:
Acabamos o dia de hoje nos banhos termais de Myvatn, compramos os bilhetes no alojamento. Tem de se escolher uma hora no momento da compra do bilhete. Pagamos 33€ por pessoa.
Alojamento:
Neste alojamento tinha sido um ótimo sitio para vermos a aurora boreal, o índice era favorável segundo a app My Aurora, mas o céu estava muito encoberto. Para que se consiga ver a aurora é preciso reunir alguns fatores, entre eles, escuridão (portanto, longe das grandes cidades), céu limpo e o indice KP (é uma escala da atividade geomagnética).
Dia 28:
Exploramos mais um pouco a zona envolvente ao lago Myvatn. A atividade geotérmica nesta zona da ilha é mesmo intensa, e mesmo à beira da estrada há um lago com água a fervilhar:
Paramos num café no cimo de uma colina na zona de Dimmuborgir para tomarmos um chocolate quente. E eis que ouvimos uma empregada a dizer a um casal que na noite passada tinha havido aurora no sul da Islândia e esta noite também iria haver, mas no sul, naquela zona nem pensar! Fomos falar com ela e nessa noite íamos ficar em Egilsstadir, ela disse-nos que nem pensar, para irmos para sul! Tivemos a ver no mapa e ela aconselhou-nos a pernoitar em Hofn, e ir para a praia de Stokksnes, que era famosa por fotógrafos irem fotografar auroras lá, e que íamos ver de certeza. Depois de troca de olhares entre nós, decidimos arriscar, afinal era um dos grandes objetivos da viagem, sabíamos o quanto era difícil reunir todos os fatores, e então tínhamos só mais 5h de estrada pela frente.
Como achamos que tínhamos pouco para conduzir, ainda fomos à Dettifoss, que por sinal é brutal, e ainda bem que fomos. É uma das maiores cascatas da Europa! Tem um caudal de 300m3/segundo!
MAS...o pior está para vir. A partir de Egilsstadir os 20km seguintes da estrada para Hofn é em terra batida, sem iluminação, sem protetores laterais, a descer, com água de ambos os lados em algumas partes, eu nunca senti tanto medo na minha vida! Só pensava onde tínhamos a cabeça para nos termos metido nisto de conduzir 5h seguidas, e chegar ás 22h a Hofn, sem conhecermos a estrada! Acabaram os 20km, e eis que a estrada continua...péssima! pelo menos mais 10km em terra batida. e finalmente termina o pesadelo, estrada normal, e lá fui eu a cancelar o hotel que tinha reservado, cobraram-nos à mesma a noite, mas nós nem aí, reservei novo alojamento. Pousamos as coisas e vamos à procura da tal praia, caminho de terra batida no meio do mato, só se ouvia o barulho das ondas nas rochas, que meeedo! Chegamos ao fim da estrada e havia um café (Viking Café) e montes de caravanas, carrinhas de Tours, e nós! Pagamos 6€ para levarmos o carro para perto da praia, sentamo-nos numa duna. E eis que a magia acontece. É uma sensação única, é mágico! vimos a aurora com várias tonalidades, a dançar no céu por cima de nós. Com os nossos telemóveis conseguimos estas fotos, imagino as fotos brutais que conseguiríamos com uma máquina profissional.
No inicio do ano andava atenta aos voos e encontrei voos a 125€ por pessoa ida e volta com escala em Genebra, para fim de Setembro, altura em que o número de horas de sol ainda é razoável, a probabilidade de ver auroras era substancial, e mais importante de tudo, podíamos tirar férias! Então, marquei, de 25 de Setembro a 2 de Outubro, pela Easy Jet, escala a Genebra, partida de Lisboa e lá chegávamos nós a Reyquiavique!
Levamos de Portugal noodles, massas instantâneas, barras de cereais, e os nossos almoços foram sempre sandes ou noodles de copo, aquecíamos a água na cafeteira do alojamento, levamos um termo para manter a água quente. Já lá fomos ao supermercado comprar mais alguns alimentos e assim tínhamos mantimentos no carro para todo o dia!
Dia 25:
Chegamos ao aeroporto, levantamos o carro, e seguimos em direcção a Kirkjufell. Já chegamos quase ao anoitecer, o voo atrasou um pouco e para primeiro contacto com as estradas islandesas correu tudo bem, conduzimos 3h. Lá é habitual haver algum condicionamento no horário do check in, mas tivemos sorte, em quase todo o lado que ficamos enviaram o código da porta e entravamos mesmo após o horário.
Dormimos numa Guesthouse com vista para Kirkjufell, com wc privativo, cozinha comunitária, impecável.
Dia 26:
Neste dia tinhamos previstos 530km pela frente, então acordamos pelas 7h30, paragem junto à cascata de Kirkjufell.
Primeiro pensamento: " Para primeira impressão não está nada mal!!"
Seguimos viagem até Arnastapi, e Budir.
Black Church em Budir:
Arnastapi:
Paramos no Bónus de Borgarnes para abastecermos de pão, queijo, fiambre, skyrs, sumos, leite, gastamos 40€.
Próxima paragem: Hvitserkur, sendo que há um desvio de 20km, (terra batida cheia de buracos) da estrada principal que segue para Akuyeri, mas vale muito a pena!
Agilizei o roteiro de hoje com a finalidade de terminar o dia no GeoSea, mas infelizmente já chegamos de noite a Husavik. O tempo estava ótimo na zona de Budir e Arnastapi e perdemos a manha toda a caminhar por lá. Deixamos o GeoSea para a manha seguinte.
Dia 27:
Infelizmente estava um nevoeiro cerrado e por isso acabamos por não ir mesmo ao GeoSea. Se fosse hoje, tinha feito o roteiro de forma a pernoitar em Akuyeri, pareceu uma cidade acolhedora e muito gira.
Seguimos para Godafoss.
Próximo destino: Myvatn, que mais parece Marte!
Aproveitamos o resto do dia para passear ao longo do lago, visitar a zona de Dimmuborgir.
Fomos ainda ao parque de Hverarönd, com uma atividade geotérmica brutal, solo alaranjado, água a fervilhar, fumarolas, cheiro a enxofre, como quem diz, cheiro a ovos podres
Subimos até ao Krafla, infelizmente estava imenso nevoeiro e por isso a foto possível:
Acabamos o dia de hoje nos banhos termais de Myvatn, compramos os bilhetes no alojamento. Tem de se escolher uma hora no momento da compra do bilhete. Pagamos 33€ por pessoa.
Alojamento:
Neste alojamento tinha sido um ótimo sitio para vermos a aurora boreal, o índice era favorável segundo a app My Aurora, mas o céu estava muito encoberto. Para que se consiga ver a aurora é preciso reunir alguns fatores, entre eles, escuridão (portanto, longe das grandes cidades), céu limpo e o indice KP (é uma escala da atividade geomagnética).
Dia 28:
Exploramos mais um pouco a zona envolvente ao lago Myvatn. A atividade geotérmica nesta zona da ilha é mesmo intensa, e mesmo à beira da estrada há um lago com água a fervilhar:
Paramos num café no cimo de uma colina na zona de Dimmuborgir para tomarmos um chocolate quente. E eis que ouvimos uma empregada a dizer a um casal que na noite passada tinha havido aurora no sul da Islândia e esta noite também iria haver, mas no sul, naquela zona nem pensar! Fomos falar com ela e nessa noite íamos ficar em Egilsstadir, ela disse-nos que nem pensar, para irmos para sul! Tivemos a ver no mapa e ela aconselhou-nos a pernoitar em Hofn, e ir para a praia de Stokksnes, que era famosa por fotógrafos irem fotografar auroras lá, e que íamos ver de certeza. Depois de troca de olhares entre nós, decidimos arriscar, afinal era um dos grandes objetivos da viagem, sabíamos o quanto era difícil reunir todos os fatores, e então tínhamos só mais 5h de estrada pela frente.
Como achamos que tínhamos pouco para conduzir, ainda fomos à Dettifoss, que por sinal é brutal, e ainda bem que fomos. É uma das maiores cascatas da Europa! Tem um caudal de 300m3/segundo!
MAS...o pior está para vir. A partir de Egilsstadir os 20km seguintes da estrada para Hofn é em terra batida, sem iluminação, sem protetores laterais, a descer, com água de ambos os lados em algumas partes, eu nunca senti tanto medo na minha vida! Só pensava onde tínhamos a cabeça para nos termos metido nisto de conduzir 5h seguidas, e chegar ás 22h a Hofn, sem conhecermos a estrada! Acabaram os 20km, e eis que a estrada continua...péssima! pelo menos mais 10km em terra batida. e finalmente termina o pesadelo, estrada normal, e lá fui eu a cancelar o hotel que tinha reservado, cobraram-nos à mesma a noite, mas nós nem aí, reservei novo alojamento. Pousamos as coisas e vamos à procura da tal praia, caminho de terra batida no meio do mato, só se ouvia o barulho das ondas nas rochas, que meeedo! Chegamos ao fim da estrada e havia um café (Viking Café) e montes de caravanas, carrinhas de Tours, e nós! Pagamos 6€ para levarmos o carro para perto da praia, sentamo-nos numa duna. E eis que a magia acontece. É uma sensação única, é mágico! vimos a aurora com várias tonalidades, a dançar no céu por cima de nós. Com os nossos telemóveis conseguimos estas fotos, imagino as fotos brutais que conseguiríamos com uma máquina profissional.
Última edição: