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[Report] Islândia 25-4-18 a 6-5-18 - (I) o lado prático da coisa

Leonorb

Moderador
Staff
Olá a todos,

Eis o meu report da viagem que fiz à Islândia – (I) o lado prático da coisa
Depois faço o dos passeios.

Organização da viagem:

Optei por organizar e reservar eu tudo. De notar que viajei sozinha o que encarece um pouco mais.

Inspirei-me nas sugestões de uma agência de viagens, Pinto Lopes, no que respeita ao percurso principal.

Escolhi esta altura do ano, por ser mais barata e também a fácil para ir, para mim.

Assim, fiz:

25/4 - Lisboa-Reiquiavique

26 e 27 – Reiquiavique atrações do circulo dourado

28 – Reiquiavique – Akurerey

29 – Atracções da região de Akurerey

30 – Akurerey – Egilsstadir

1/5 – Egilsstadir – Hofn

2 – Atracções da zona de hofn

3 – Hofn - Hunkubökkum, Kirkjubæjarklaustur

4 - Hunkubökkum – Requiavique

5 – de novo Reiquiavique, uma atracção do circulo dourado e um passeio aAkranes

6/5 – Reiquiavique – casa

Nas mudanças de cidade, foram incluídos alguns desvios e passeios previstos e não previstos.

O meu foco era mesmo a natureza e “prescindi” das cidades e museus, i.e. do urbano.

Em relação aos dias de viagem o ideal teria sido mais duas noites ou seja 3 dias full. Assim para aproveitar bem, levantei-me sempre muito cedo e chegava já tarde aos hotéis. Enquanto havia luz do dia passeava. Confesso que foi um pouco cansativo. Se as F-roads estivessem abertas acho que ainda lá estava.


Os voos:

Reservei pela TAP e Icelandair. Não foi a solução mais barata mas foi aquela que me permitiu aproveitar melhor o período disponível, uma vez que não tinha flexibilidade de datas.

Fiz Lisboa – Frankfurt – Kelavik – Frankfurt – Lisboa

Achei os preços da Icelandair muito caros; a bordo o catering é pago e não é assim lá muito barato, sobretudo atendendo à qualidade. Só oferecem água.

Os voos Tap 202€, os Icelandair 515 USD (Icelandair US, sei lá como). A refeição a bordo não me lembra nem quero, sei que fiquei chocada.

Também não achei o satf lá muito simpático, mas sem nada a apontar no profissionalismo.

São também muito rigorosos (para não dizer chatinhos) no que respeita à bagagem – medidas, peso, nº peças – e claro, cobram os excessos. Uma “pochete” mínima além das 3 peças já causa moça. Contam as peças e se estivem dentro, pesam… também não podem exceder um grama.

Carro:

Aluguei pela Rentalcars e correu muito bem. Optei por um SUV – Suzuki Jimny.

A minha opcção resultou das pesquisas que fiz, onde por várias vezes havia referência a estradas secundárias e mesmo partes da N1, em gravilha. Nesta altura do ano as F-roads estão fechadas; aqui seria mesmo obrigatório circular com um 4X4.

Além de ser mais caro que um utilitário, também consome muito.

Aproveitei o facto de ser um SUV, mas nesta altura do ano não é necessário. Fiz três percursos que não teria feito num utilitário porque teria medo de, por azar, causar algum dano ao carro, mas há tanto para ver que é fácil prescindir de uma estrada secundária em más condições.

É preciso ter em conta que se houver danos causados por pedras ou gravilha, cobram, e não é difícil acontecer e muito causado por outros condutores menos cuidadosos. É importante fazer um seguro que cubra estes danos e ter em conta que se forem mesmo muito graves, seguradoras são seguradoras…

Também não é necessário ter ar condicionado nesta altura do ano, digo eu. Está frio e a tradicional chauffageé mais do que suficiente e foi o que usei, nunca liguei ao ar condicionado.

Ainda que um utilitário seja mais do que suficiente, aconselho a escolher um com alguma robustez por causa do clima. Quando faz vento forte, é mesmo muito forte… em qualquer altura cai uma boa chuvada ou nevão.

Em relação a custos, o carro podia ter sido até 40% mais barato e o gasto com combustível até 30% mais barato.

No aeroporto há um mini bus que nos leva até à zona de levantamento dos carros. As renting estão todas reunidas numa área do aeroporto. Funciona muito bem, com um a boa cadência (10 minutos) e não é pago (milagre!).

As empresas de aluguer dão um cartão com desconto de combustível numa rede abastecedora. Depois é ir à net ver onde há as bombas ao longo do percurso para poder aproveitar o desconto.

Para ver os custos de carros, basta simular…. Agora já é mais caro. O meu ficou em 599€ com o tal seguro com todas as coberturas.

Quem optar por ir apenas para a zona de Reiquiavique e circulo dourado deve ponderar o aluguer de carro na totalidade da estadia. Há imensas excursões com refeição incluída; não investiguei bem mas para uma pessoa penso que sairá mais barato.

Hotéis:

Reservei todos pelo booking. Correu lindamente.

A escolha dos hotéis não é fácil; são caríssimos e para mim um pouco pior porque, além do suplemento de single nos hotéis que não tinham quarto individual, não prescindo de casa de banho privativa. Outra condicionante foi o facto de ter optado por hotéis, nomeadamente os primeiros, cuja data de cancelamento gratuito fosse o mais próximo possível da data de partida e no caso dia 21 a 24 de Abril. Condicionantes minhas…

Existem muitos hostel’s, sendo que os fora das cidades, na sua maioria, equivalem ao nosso turismo rural. São agricultores que fazem na sua quinta uma zona de turismo com bungalows, restaurante… são a opção mais em conta principalmente para famílias ou grupos já que assim podem partilhar a CB com pessoas conhecidas.

Também há hotéis com quartos com CB partilhada, logo mais barato, mas ainda assim caro se comparado com os preços por cá e não só, também com outros países da europa.

Na maioria dos hotéis o pequeno- almoço é pago à parte e caro, claro.

Depois existe a relação qualidade/preço. Paga-se 100 € por noite num hotel que aqui, com as mesmas condições, cobraria 30 €… ou menos.

De notar que no que respeita a higiene, são irrepreensíveis. Nos hotéis e não só.

Assim, gastos com hotéis foram de 110€ a 195€ por noite contando com o pequeno-almoço. O de 110€ foi um hostel onde, por engano, fiquei num bungalow com 2 quartos independentes mas casa de banho partilhada e depois devolveram a diferença ficando por 55€. O pequeno-almoço, variou nos não incluídos, de 15 a 24 €. A 15€ o PA é básico.

O pão, em geral, é bom. Quem tem costela alentejana está safo!

De notar que para quem opta por andar de um lado para o outro, pode ter vantagem em reservar sem PA no caso de querer sair muito cedo do hotel.

Apesar de ter escolhido hotéis com estacionamento, em Reiquiavique os lugares não eram suficientes para todos os hóspedes e é difícil estacionar na zona próxima do centro. Se mal estacionado, levam o carro.

Refeições:

Outro drama nos preços. Escandalosamente caro comer nos restaurantes.

Não há a opcção evidente de um restaurante mais simples logo mais barato. Tipo “vou comer nesta tasca”. Parece que combinam os preços e as diferenças são mínimas.

Em Reiquiavique há uns alternativos, mas ainda assim… No meu caso, como não me foquei nem fixei em cidades muito tempo, também não pude procurar.

Em alguns percursos também não havia nada para além de uma bomba de gasolina.

Assim a solução é mesmo ir ao super e fazer compras para piqueniques. Também já ia de cá com a dica. Depois, optar pelas bombas em algumas situações e algumas vezes os restaurantes.

Os piqueniques são mesmo necessários para quem se faz à estrada. Fazemos quilómetros sem nada e muito menos onde comer. Depois são muito rigorosos nos horários e para quem anda a passear, ir comer fora de horas é frequente. Quer isto dizer que mesmo havendo onde, podemos não conseguir comer. O fora de horas ao almoço pode ser chegar às 14 H, ao jantar às 21 H.

A comida é boa e razoavelmente servida, mas hambúrgueres é doença; nos restaurantes é o mais em conta, daí o mais solicitado, mas são muito bons porque são caseiros. Nas bombas não tanto, mais tipo fast food.

O super mais barato é o Bonús, mas a qualidade de algumas coisas, não sei…

Fiz compras no Bonús e em bombas que têm minimercado e cafetaria/restaurante. Também não deu para investigar super’s, mas se houver uma próxima passo este.

Assim, para terem uma noção:

Refeição na bomba de hamburger e imperial – 25€; sopa (grande servida com pão torrado com manteiga - a sopa normalmente é condimentada e não serve para crianças) e uma cerveja num hostel pelo caminho – 21 €; salmão grelhado com salada e batata (grande gratinada) e taça de vinho num restaurante – 80 €; idem mas hambúrguer 70€… Um café 3 a 5 €….

Os preços no supermercado são também mais elevados que cá.

Nas bombas há café de saco oferecido, mesmo o aditivado com leite; nos hotéis também. O café de saco é bem melhor que o expresso, salvo excepção. Só bebi um expresso bom.

Não percebi a razão, mas oferecer café e os aditivos é praxe, excepto nos restaurantes e cafetarias, claro.

As atracções:

Algumas começam a ser pagas. Como não dá para cobrar entrada cobram o estacionamento. Acho bem. O valor reverte para a manutenção e faz falta porque pressão turística é muita. Paguei, de 3 a 5€ mas só em três. Penso que em breve serão todas pagas.

A norte, algumas estão disponíveis para visita, mas a infraestrutura de suporte, quando existia, estava fechada. Ou seja, não há onde comer nem fazer pipi…. A norte nesta altura do ano, há muito menos turismo.

Conduzir:

Os limites de velocidade são mesmo para respeitar. Há imensos radares assinalados e não assinalados. Nas localidades há policia… Estacionar fora dos locais permitidos também não convém.

Não se pode para na estrada, não é permitido, mas toda a gente o faz apesar de haver imensos locais para se parar, descansar, ver a paisagem e consultar a informação turística. É preciso ter cuidado quando se pára na estrada. Fazemos muitos quilómetros sem ver ninguém mas de repente aparece um carro atrás. Vêm das quintas, julgo, aparecem do nada. A estrada N1 não bermas dai ser perigoso. Uma solução é parar nas entradas para as quintas.

Também é preciso ter cuidado com os pesados. Andam em excesso de velocidade e não são muito respeitadores dos outros condutores. São os principais “fornecedores” de pedras e gravilha ao nosso carro.

A N1 tem alguns troços em gravilha mas estão bem assinalados. A leste é onde tem mais, pareceu-me, e há muitas pontes onde só passa um carro de cada vez; havia muitas zonas em obras e algumas pontes a serem alargadas.

O pior da condução na Islândia é mesmo o constante pé ao travão. O nosso e o dos outros. As paisagens são deslumbrantes e é impossível resistir a abrandar e/ou parar. 100 km demoram três horas…

Clima:

É instável, nada a fazer. Em 100 mts passamos do sol para a chuva. Deitamo-nos com céu limpo e acordamos com nevão. Deixar de fazer um passeio por causa do tempo pode significar não o fazer. O melhor é ir preparado para o clima.

A levar na mala nesta altura do ano:

Quem optar por ser fazer à estrada aconselho que leve um casaco quente e confortável para conduzir. Estamos sempre a sair do carro e o veste e despe casaco não é pratico. O melhor é ter a temperatura do carro baixa e ir com roupa quente e confortável principalmente para quem guia.

Uma capa plástica comprida, daquelas muito leves, também dá jeito. Para além da chuva é necessária na visita a algumas quedas de água. Podem comprar lá mas são caras.

Umas botas de neve daquelas com pitons metálicos também podem fazer falta. Fiz alguns trilhos com gelo e lama e foram um verdadeiro desafio ao equilíbrio. A tal bengala de trekking também dá jeito em alguns passeios a pé.

Quem quiser ir para o marnesta altura do ano tem mesmo de ter roupa que porteja bem do miuito frio e vento gelado, para além da molha. Eu desisti de ir porque ouvi os comentarios de outros turistas no hotel... iam morrendo.

Attn: Não é permitido entrar com comida ou bebidas...



E pronto. É o que me lembro de mais importante.

A seguir faço o report dos passeios e se me lembrar de algo mais escrevo lá. Ainda estou a redimensionar as fotos…
 
Última edição por um moderador:

ploferreira

Administrador
Staff
Olá @Leonorb,

Obrigado por este report, muita informação útil para o planeamento da viagem a este belo pais.

Ficamos a aguardar a continuação desta aventura e claro queremos ver fotos :)
 

d3ci0

Membro Conhecido
Muito obrigado pela partilha!!:)
Estas dicas vão ajudar a muitos a planear as suas viagens!!;)
Agora só falta uma fotos para animar a malta!!!:D:D:D
 

PaulaCoelho

Membro Conhecido
Muito útil... confirma o que tenho lido sobre a Islândia ser muito cara!
Também adoraria visitar mas ainda não convenci ninguém do meu gang e sozinha acho que "rebenta" com o orçamento :rolleyes:
Boas dicas :)
 
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